Petrobras: decisão de reter dividendos pode ser revista por conselheiros do governo; leia bastidor


Conselheiros da estatal indicados pelo Executivo votaram pela retenção integral dos dividendos extraordinários, mas forte reação negativa do mercado fez com que começassem a reavaliar a decisão

Por Denise Luna
Atualização:

RIO - O grupo de conselheiros na Petrobras indicado pelo governo pode rever a decisão de reter 100% dos dividendos extraordinários da estatal, anunciada na sexta-feira, 8. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, diante da forte reação negativa do mercado financeiro com a decisão, os conselheiros avaliaram, durante o final de semana, que a decisão acabou sendo equivocada.

O conselho da Petrobras é formado por 11 pessoas, sendo 6 indicadas pelo governo (Ministério de Minas e Energia e Casa Civil). Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, o argumento deste grupo para reter os dividendos seria evitar um crescimento acelerado da dívida da companhia - embora a direção da companhia tenha deixado claro, na sexta-feira, que esses recursos não poderiam ser usados para nada que não fosse o pagamento de dividendos.

Já pessoas próximas à direção da estatal acreditam que a decisão tenha como pano de fundo o eterno embate entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na avaliação da diretoria, a ideia seria atrapalhar a divulgação do primeiro resultado da estatal na gestão de Prates, que contabilizou o segundo maior lucro da história da companhia.

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A reportagem apurou que a diretoria da estatal trabalhou durante meses para formular a proposta apresentada por Prates ao conselho na última quinta-feira, 7 - de reter 50% dos dividendos extraordinários e distribuir a outra metade, o que já tinha sido absorvido pelo mercado. A intenção seria acostumar os acionistas a fazer uma reserva dos proventos, para futuras distribuições.

Lula defendeu a retenção integral dos dividendos extraordinários  Foto: Pablo Porciuncula/AFP

Desta forma a empresa continuaria a distribuir dividendos como seus pares na indústria, e não muito acima, como ocorreu em 2022. Porém, sem nenhuma explicação plausível, na avaliação das pessoas consultadas pela reportagem, os membros do Conselho ligados ao MME, e apoiados pela Casa Civil, decidiram segurar a distribuição integral dos ganhos extras, como Prates deixou claro na sexta-feira, 8, em conferência com analistas.

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O problema, na avaliação dessas pessoas, é que o presidente Lula não gostou da repercussão e da queda das ações, e no final de semana interpretou que foi induzido a erro, apesar de alertas recebidos de Prates sobre o impacto que isso iria causar em relação à segurança de autonomia da gestão. Depois da decisão, os acionistas puniram a companhia com uma queda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em um único pregão.

Nesta segunda-feira, 11, Prates está em Brasília e o assunto deve estar na pauta de algumas reuniões que deve realizar. O executivo se absteve de votar após não terem levado a proposta da diretoria em consideração. A votação ficou dividida entre os votos para a retenção total dos indicados pelo MME e de distribuição total pelos membros indicados pelo mercado de ações.

Com a repercussão negativa da decisão do Conselho, a tendência é de que agora a questão seja rediscutida e, assim como deseja o mercado, o pagamento dos dividendos extras, ou pelo menos parte dele, como queria a diretoria, seja distribuído em outra data. A distribuição de dividendos ainda depende de aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada no próximo 25 de abril. A proposta aprovada no Conselho foi de distribuir R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre, que somado ao já antecipado vai resultar em um provento anual de R$ 72,4 bilhões.

RIO - O grupo de conselheiros na Petrobras indicado pelo governo pode rever a decisão de reter 100% dos dividendos extraordinários da estatal, anunciada na sexta-feira, 8. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, diante da forte reação negativa do mercado financeiro com a decisão, os conselheiros avaliaram, durante o final de semana, que a decisão acabou sendo equivocada.

O conselho da Petrobras é formado por 11 pessoas, sendo 6 indicadas pelo governo (Ministério de Minas e Energia e Casa Civil). Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, o argumento deste grupo para reter os dividendos seria evitar um crescimento acelerado da dívida da companhia - embora a direção da companhia tenha deixado claro, na sexta-feira, que esses recursos não poderiam ser usados para nada que não fosse o pagamento de dividendos.

Já pessoas próximas à direção da estatal acreditam que a decisão tenha como pano de fundo o eterno embate entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na avaliação da diretoria, a ideia seria atrapalhar a divulgação do primeiro resultado da estatal na gestão de Prates, que contabilizou o segundo maior lucro da história da companhia.

A reportagem apurou que a diretoria da estatal trabalhou durante meses para formular a proposta apresentada por Prates ao conselho na última quinta-feira, 7 - de reter 50% dos dividendos extraordinários e distribuir a outra metade, o que já tinha sido absorvido pelo mercado. A intenção seria acostumar os acionistas a fazer uma reserva dos proventos, para futuras distribuições.

Lula defendeu a retenção integral dos dividendos extraordinários  Foto: Pablo Porciuncula/AFP

Desta forma a empresa continuaria a distribuir dividendos como seus pares na indústria, e não muito acima, como ocorreu em 2022. Porém, sem nenhuma explicação plausível, na avaliação das pessoas consultadas pela reportagem, os membros do Conselho ligados ao MME, e apoiados pela Casa Civil, decidiram segurar a distribuição integral dos ganhos extras, como Prates deixou claro na sexta-feira, 8, em conferência com analistas.

O problema, na avaliação dessas pessoas, é que o presidente Lula não gostou da repercussão e da queda das ações, e no final de semana interpretou que foi induzido a erro, apesar de alertas recebidos de Prates sobre o impacto que isso iria causar em relação à segurança de autonomia da gestão. Depois da decisão, os acionistas puniram a companhia com uma queda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em um único pregão.

Nesta segunda-feira, 11, Prates está em Brasília e o assunto deve estar na pauta de algumas reuniões que deve realizar. O executivo se absteve de votar após não terem levado a proposta da diretoria em consideração. A votação ficou dividida entre os votos para a retenção total dos indicados pelo MME e de distribuição total pelos membros indicados pelo mercado de ações.

Com a repercussão negativa da decisão do Conselho, a tendência é de que agora a questão seja rediscutida e, assim como deseja o mercado, o pagamento dos dividendos extras, ou pelo menos parte dele, como queria a diretoria, seja distribuído em outra data. A distribuição de dividendos ainda depende de aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada no próximo 25 de abril. A proposta aprovada no Conselho foi de distribuir R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre, que somado ao já antecipado vai resultar em um provento anual de R$ 72,4 bilhões.

RIO - O grupo de conselheiros na Petrobras indicado pelo governo pode rever a decisão de reter 100% dos dividendos extraordinários da estatal, anunciada na sexta-feira, 8. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, diante da forte reação negativa do mercado financeiro com a decisão, os conselheiros avaliaram, durante o final de semana, que a decisão acabou sendo equivocada.

O conselho da Petrobras é formado por 11 pessoas, sendo 6 indicadas pelo governo (Ministério de Minas e Energia e Casa Civil). Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, o argumento deste grupo para reter os dividendos seria evitar um crescimento acelerado da dívida da companhia - embora a direção da companhia tenha deixado claro, na sexta-feira, que esses recursos não poderiam ser usados para nada que não fosse o pagamento de dividendos.

Já pessoas próximas à direção da estatal acreditam que a decisão tenha como pano de fundo o eterno embate entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Na avaliação da diretoria, a ideia seria atrapalhar a divulgação do primeiro resultado da estatal na gestão de Prates, que contabilizou o segundo maior lucro da história da companhia.

A reportagem apurou que a diretoria da estatal trabalhou durante meses para formular a proposta apresentada por Prates ao conselho na última quinta-feira, 7 - de reter 50% dos dividendos extraordinários e distribuir a outra metade, o que já tinha sido absorvido pelo mercado. A intenção seria acostumar os acionistas a fazer uma reserva dos proventos, para futuras distribuições.

Lula defendeu a retenção integral dos dividendos extraordinários  Foto: Pablo Porciuncula/AFP

Desta forma a empresa continuaria a distribuir dividendos como seus pares na indústria, e não muito acima, como ocorreu em 2022. Porém, sem nenhuma explicação plausível, na avaliação das pessoas consultadas pela reportagem, os membros do Conselho ligados ao MME, e apoiados pela Casa Civil, decidiram segurar a distribuição integral dos ganhos extras, como Prates deixou claro na sexta-feira, 8, em conferência com analistas.

O problema, na avaliação dessas pessoas, é que o presidente Lula não gostou da repercussão e da queda das ações, e no final de semana interpretou que foi induzido a erro, apesar de alertas recebidos de Prates sobre o impacto que isso iria causar em relação à segurança de autonomia da gestão. Depois da decisão, os acionistas puniram a companhia com uma queda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em um único pregão.

Nesta segunda-feira, 11, Prates está em Brasília e o assunto deve estar na pauta de algumas reuniões que deve realizar. O executivo se absteve de votar após não terem levado a proposta da diretoria em consideração. A votação ficou dividida entre os votos para a retenção total dos indicados pelo MME e de distribuição total pelos membros indicados pelo mercado de ações.

Com a repercussão negativa da decisão do Conselho, a tendência é de que agora a questão seja rediscutida e, assim como deseja o mercado, o pagamento dos dividendos extras, ou pelo menos parte dele, como queria a diretoria, seja distribuído em outra data. A distribuição de dividendos ainda depende de aprovação dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária (AGO), que será realizada no próximo 25 de abril. A proposta aprovada no Conselho foi de distribuir R$ 14,2 bilhões referentes ao quarto trimestre, que somado ao já antecipado vai resultar em um provento anual de R$ 72,4 bilhões.

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