A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria da Graça Foster, revelou que a companhia firmou uma carta de compromisso com a Comgás se comprometendo a fornecer novos volumes de gás natural assim que a estatal possuir oferta. "Tão logo os projetos estejam concluídos e a oferta esteja disponível, nos dispomos a negociar novos volumes", disse a executiva durante evento realizado em Santos. A diretora da Petrobras contou que existe compromisso semelhante com a distribuidora CEG, do Rio de Janeiro. De acordo com a executiva, os novos volumes a serem comercializados com a Comgás podem chegar até a 5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) em 2012. A executiva ressalta que o número pode variar, uma vez que se tratar de uma média ao longo do ano. Pelas informações da estatal, a partir de 2010 já haveria a possibilidade de a Comgás receber um volume adicional de 2,1 milhões de m³/d. Maria da Graça contou que esse compromisso foi sinalizado na assinatura da renovação dos contratos com a companhia em dezembro de 2007. A executiva afirmou que, durante as negociações, a Comgás tentou contratar novos volumes adicionais junto a Petrobras, o que não foi possível atender integralmente. Ainda assim, a executiva disse que os novos volumes contratados pela concessionária são superiores aos definidos no antigo contrato. Para esses novos contratos, a executiva afirmou que ainda não está definido se o gás será comercializado nas modalidades flexíveis ou se será um volume firme. "Mas com certeza algum volume será firme. Para nós, esse tipo de contrato é muito melhor", garantiu a diretora da Petrobras, ressaltando que esse é um contrato que confere maior previsibilidade. A executiva admitiu que a entrada de novos volumes de gás a partir de 2009 depende, além da entrada em operação de novos campos de gás, da conclusão dos projetos da área de transporte. Entre os empreendimentos citados estão os gasodutos Gastau, Gasan e Caraguatatuba - Taubaté. "Não iremos cometer o erro de vender o que não temos. As decisões são tomadas com racionalidade", disse a executiva. De acordo com Maria da Graça, a Petrobras é a principal interessada em desenvolver o mercado para consumir o gás que produz, uma vez que isso permite monetizar as reservas da companhia.