Petrobras pede ao Ibama análise de 10 áreas para projetos de usinas eólicas em alto-mar


Presidente da estatal, Jean Paul Prates disse que não colocaria a empresa em ‘negócios malucos’ e destacou que, além de ganhos financeiros, projetos devem trazer vantagens tecnológicas

Por Ludmylla Rocha, Wilian Miron e Jorge Barbosa

A Petrobras protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para dez áreas na costa brasileira, visando a implantação futura de usinas eólicas offshore, disse nesta quarta-feira, 13, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Wind Power, em São Paulo.

O executivo disse também que a experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. As áreas onde as usinas serão implantadas, afirmou, são relativamente rasas, o que poderia dar ao Brasil vantagens em relação a outros países também em relação à manutenção das usinas. “Temos que ousar como empresa grande, não só porque é estatal, mas por ser uma empresa grande”, disse.

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Segundo ele, os projetos de geração eólica da estatal, especialmente em alto-mar, têm sido desenvolvidos com responsabilidade e buscando todas as instâncias de aprovação.

Prates afirmou que a estatal já “está pronta para desenvolver o seu negócio offshore”, sinalizando que seria necessário apenas dar andamento aos projetos do ponto de vista operacional. O tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos, afirmou.

Produção de energia eólica em alto-mar é uma das tentativas de acelerar a transição energética Foto: Andrei Netto / AE
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Ele disse que a empresa está apoiando a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal, no Rio Grande do Norte, visando a expansão neste segmento. “Petrobras torna-se, hoje, a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama”, comentou.

Prates destacou que a empresa planeja entrar no mercado de energia via eólicas offshore para atender o mercado “independente de como ele estará configurado”. “Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de realmente chegar chegando, dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil, então, evidentemente que é para gerar energia para o mercado”, afirmou.

Ele mitigou eventuais críticas que parte do mercado financeiro poderia fazer à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. “Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo disse que seria inviável. O mercado financeiro é imediatista”, comentou.

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O presidente da Petrobras disse que não colocaria a empresa em “negócios malucos” e destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas e conhecimento sobre a atuação nesse segmento. “Vamos fazer uma transição energética com responsabilidade. Não se pode brincar com a Petrobras e colocá-la em projeto maluco.”

Projetos protocolados

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, afirmou que a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) de projetos em eólicas offshore. Segundo o executivo, a empresa já realizou um trabalho em conjunto com a Equinor por mais de 14 GW no mesmo modelo de negócios.

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O gerente executivo de energia renovável da Petrobras acrescentou que está avaliando locais de potencial mais avançado e com pré-avaliação para futuras instalações de eólicas offshore.

Segundo Pedroso, do ponto de vista estratégico, a Petrobras também estuda a possibilidade de instalações de aerogeradores em águas rasas. “É importante olharmos para além de águas profundas”, disse o executivo.

Em relação à energia eólica onshore (em terras), o executivo apontou que o Brasil produz atualmente 29 GW de energia eólica onshore.

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A Petrobras também estuda aproveitar parte da geração de energia para alimentar suas plataformas de exploração e produção, acrescentou Pedroso. Ele assinalou ainda que a estatal almeja o desenvolvimento da geração de energia na Margem Equatorial.

Aquisição de parques eólicos

O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, acrescentou que a empresa tem planejado a realização de ações no curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da produção de energia elétrica a partir da matriz eólica no Brasil.

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Para o curtíssimo prazo, Tolmasquim afirmou que a estatal está “analisando propostas de aquisições de parques eólicos” e que as iniciativas onshore (em terra) “podem já se transformar em realidade antes de 2025″. O executivo ressaltou, contudo, que as energias offshore estão programadas para um período mais adiante.

Ele afirmou que a empresa não investirá em projetos que não sejam rentáveis ao comentar a entrada da empresa no mercado de energia eólica offshore. “Essa fase é de estudar a área, os ventos, depois vem a fase dos custos, do capex e aí vamos avaliar a viabilidade. A Petrobras só entra em projetos quando o valor presente líquidos é positivo. A Petrobras não investirá se não for rentável, agora, a gente só vai saber isso depois que fizer os estudos”, disse.

A empresa anunciou mais cedo uma parceria com a Weg para produção de um aerogerador de sete megawatts (MW) visando desenvolver expertise para equipamentos de maior porte a serem utilizados no mercado de eólicas offshore. A Petrobras investirá R$ 130 milhões, nos próximos 25 meses, no projeto que já está em andamento pela Weg.

Para a determinação da viabilidade será necessário avaliar os projetos, os custos de equipamentos e o preço da energia. “Neste momento, a gente não sabe, é um primeiro passo”.

Tolmasquim afirmou que, embora a demanda seja uma preocupação que tem sido apontada por alguns grupos, a tendência é que, com a descarbonização global e adoção de iniciativas de eletrificação e potencial produção de hidrogênio verde, o consumo tende a aumentar exponencialmente. “Tem um mundo que vai demandar energia elétrica e a questão vai ser outra: de onde vamos tirar tanta energia, e não estou falando nem de carro elétrico.”

A Petrobras protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para dez áreas na costa brasileira, visando a implantação futura de usinas eólicas offshore, disse nesta quarta-feira, 13, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Wind Power, em São Paulo.

O executivo disse também que a experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. As áreas onde as usinas serão implantadas, afirmou, são relativamente rasas, o que poderia dar ao Brasil vantagens em relação a outros países também em relação à manutenção das usinas. “Temos que ousar como empresa grande, não só porque é estatal, mas por ser uma empresa grande”, disse.

Segundo ele, os projetos de geração eólica da estatal, especialmente em alto-mar, têm sido desenvolvidos com responsabilidade e buscando todas as instâncias de aprovação.

Prates afirmou que a estatal já “está pronta para desenvolver o seu negócio offshore”, sinalizando que seria necessário apenas dar andamento aos projetos do ponto de vista operacional. O tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos, afirmou.

Produção de energia eólica em alto-mar é uma das tentativas de acelerar a transição energética Foto: Andrei Netto / AE

Ele disse que a empresa está apoiando a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal, no Rio Grande do Norte, visando a expansão neste segmento. “Petrobras torna-se, hoje, a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama”, comentou.

Prates destacou que a empresa planeja entrar no mercado de energia via eólicas offshore para atender o mercado “independente de como ele estará configurado”. “Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de realmente chegar chegando, dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil, então, evidentemente que é para gerar energia para o mercado”, afirmou.

Ele mitigou eventuais críticas que parte do mercado financeiro poderia fazer à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. “Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo disse que seria inviável. O mercado financeiro é imediatista”, comentou.

O presidente da Petrobras disse que não colocaria a empresa em “negócios malucos” e destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas e conhecimento sobre a atuação nesse segmento. “Vamos fazer uma transição energética com responsabilidade. Não se pode brincar com a Petrobras e colocá-la em projeto maluco.”

Projetos protocolados

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, afirmou que a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) de projetos em eólicas offshore. Segundo o executivo, a empresa já realizou um trabalho em conjunto com a Equinor por mais de 14 GW no mesmo modelo de negócios.

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras acrescentou que está avaliando locais de potencial mais avançado e com pré-avaliação para futuras instalações de eólicas offshore.

Segundo Pedroso, do ponto de vista estratégico, a Petrobras também estuda a possibilidade de instalações de aerogeradores em águas rasas. “É importante olharmos para além de águas profundas”, disse o executivo.

Em relação à energia eólica onshore (em terras), o executivo apontou que o Brasil produz atualmente 29 GW de energia eólica onshore.

A Petrobras também estuda aproveitar parte da geração de energia para alimentar suas plataformas de exploração e produção, acrescentou Pedroso. Ele assinalou ainda que a estatal almeja o desenvolvimento da geração de energia na Margem Equatorial.

Aquisição de parques eólicos

O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, acrescentou que a empresa tem planejado a realização de ações no curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da produção de energia elétrica a partir da matriz eólica no Brasil.

Para o curtíssimo prazo, Tolmasquim afirmou que a estatal está “analisando propostas de aquisições de parques eólicos” e que as iniciativas onshore (em terra) “podem já se transformar em realidade antes de 2025″. O executivo ressaltou, contudo, que as energias offshore estão programadas para um período mais adiante.

Ele afirmou que a empresa não investirá em projetos que não sejam rentáveis ao comentar a entrada da empresa no mercado de energia eólica offshore. “Essa fase é de estudar a área, os ventos, depois vem a fase dos custos, do capex e aí vamos avaliar a viabilidade. A Petrobras só entra em projetos quando o valor presente líquidos é positivo. A Petrobras não investirá se não for rentável, agora, a gente só vai saber isso depois que fizer os estudos”, disse.

A empresa anunciou mais cedo uma parceria com a Weg para produção de um aerogerador de sete megawatts (MW) visando desenvolver expertise para equipamentos de maior porte a serem utilizados no mercado de eólicas offshore. A Petrobras investirá R$ 130 milhões, nos próximos 25 meses, no projeto que já está em andamento pela Weg.

Para a determinação da viabilidade será necessário avaliar os projetos, os custos de equipamentos e o preço da energia. “Neste momento, a gente não sabe, é um primeiro passo”.

Tolmasquim afirmou que, embora a demanda seja uma preocupação que tem sido apontada por alguns grupos, a tendência é que, com a descarbonização global e adoção de iniciativas de eletrificação e potencial produção de hidrogênio verde, o consumo tende a aumentar exponencialmente. “Tem um mundo que vai demandar energia elétrica e a questão vai ser outra: de onde vamos tirar tanta energia, e não estou falando nem de carro elétrico.”

A Petrobras protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para dez áreas na costa brasileira, visando a implantação futura de usinas eólicas offshore, disse nesta quarta-feira, 13, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Wind Power, em São Paulo.

O executivo disse também que a experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. As áreas onde as usinas serão implantadas, afirmou, são relativamente rasas, o que poderia dar ao Brasil vantagens em relação a outros países também em relação à manutenção das usinas. “Temos que ousar como empresa grande, não só porque é estatal, mas por ser uma empresa grande”, disse.

Segundo ele, os projetos de geração eólica da estatal, especialmente em alto-mar, têm sido desenvolvidos com responsabilidade e buscando todas as instâncias de aprovação.

Prates afirmou que a estatal já “está pronta para desenvolver o seu negócio offshore”, sinalizando que seria necessário apenas dar andamento aos projetos do ponto de vista operacional. O tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos, afirmou.

Produção de energia eólica em alto-mar é uma das tentativas de acelerar a transição energética Foto: Andrei Netto / AE

Ele disse que a empresa está apoiando a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal, no Rio Grande do Norte, visando a expansão neste segmento. “Petrobras torna-se, hoje, a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama”, comentou.

Prates destacou que a empresa planeja entrar no mercado de energia via eólicas offshore para atender o mercado “independente de como ele estará configurado”. “Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de realmente chegar chegando, dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil, então, evidentemente que é para gerar energia para o mercado”, afirmou.

Ele mitigou eventuais críticas que parte do mercado financeiro poderia fazer à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. “Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo disse que seria inviável. O mercado financeiro é imediatista”, comentou.

O presidente da Petrobras disse que não colocaria a empresa em “negócios malucos” e destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas e conhecimento sobre a atuação nesse segmento. “Vamos fazer uma transição energética com responsabilidade. Não se pode brincar com a Petrobras e colocá-la em projeto maluco.”

Projetos protocolados

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, afirmou que a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) de projetos em eólicas offshore. Segundo o executivo, a empresa já realizou um trabalho em conjunto com a Equinor por mais de 14 GW no mesmo modelo de negócios.

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras acrescentou que está avaliando locais de potencial mais avançado e com pré-avaliação para futuras instalações de eólicas offshore.

Segundo Pedroso, do ponto de vista estratégico, a Petrobras também estuda a possibilidade de instalações de aerogeradores em águas rasas. “É importante olharmos para além de águas profundas”, disse o executivo.

Em relação à energia eólica onshore (em terras), o executivo apontou que o Brasil produz atualmente 29 GW de energia eólica onshore.

A Petrobras também estuda aproveitar parte da geração de energia para alimentar suas plataformas de exploração e produção, acrescentou Pedroso. Ele assinalou ainda que a estatal almeja o desenvolvimento da geração de energia na Margem Equatorial.

Aquisição de parques eólicos

O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, acrescentou que a empresa tem planejado a realização de ações no curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da produção de energia elétrica a partir da matriz eólica no Brasil.

Para o curtíssimo prazo, Tolmasquim afirmou que a estatal está “analisando propostas de aquisições de parques eólicos” e que as iniciativas onshore (em terra) “podem já se transformar em realidade antes de 2025″. O executivo ressaltou, contudo, que as energias offshore estão programadas para um período mais adiante.

Ele afirmou que a empresa não investirá em projetos que não sejam rentáveis ao comentar a entrada da empresa no mercado de energia eólica offshore. “Essa fase é de estudar a área, os ventos, depois vem a fase dos custos, do capex e aí vamos avaliar a viabilidade. A Petrobras só entra em projetos quando o valor presente líquidos é positivo. A Petrobras não investirá se não for rentável, agora, a gente só vai saber isso depois que fizer os estudos”, disse.

A empresa anunciou mais cedo uma parceria com a Weg para produção de um aerogerador de sete megawatts (MW) visando desenvolver expertise para equipamentos de maior porte a serem utilizados no mercado de eólicas offshore. A Petrobras investirá R$ 130 milhões, nos próximos 25 meses, no projeto que já está em andamento pela Weg.

Para a determinação da viabilidade será necessário avaliar os projetos, os custos de equipamentos e o preço da energia. “Neste momento, a gente não sabe, é um primeiro passo”.

Tolmasquim afirmou que, embora a demanda seja uma preocupação que tem sido apontada por alguns grupos, a tendência é que, com a descarbonização global e adoção de iniciativas de eletrificação e potencial produção de hidrogênio verde, o consumo tende a aumentar exponencialmente. “Tem um mundo que vai demandar energia elétrica e a questão vai ser outra: de onde vamos tirar tanta energia, e não estou falando nem de carro elétrico.”

A Petrobras protocolou no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) pedidos de estudos para dez áreas na costa brasileira, visando a implantação futura de usinas eólicas offshore, disse nesta quarta-feira, 13, o diretor-presidente da companhia, Jean Paul Prates, durante o evento Brazil Wind Power, em São Paulo.

O executivo disse também que a experiência da Petrobras na extração de óleo e gás em alto-mar pode ajudar no desenvolvimento dos projetos. As áreas onde as usinas serão implantadas, afirmou, são relativamente rasas, o que poderia dar ao Brasil vantagens em relação a outros países também em relação à manutenção das usinas. “Temos que ousar como empresa grande, não só porque é estatal, mas por ser uma empresa grande”, disse.

Segundo ele, os projetos de geração eólica da estatal, especialmente em alto-mar, têm sido desenvolvidos com responsabilidade e buscando todas as instâncias de aprovação.

Prates afirmou que a estatal já “está pronta para desenvolver o seu negócio offshore”, sinalizando que seria necessário apenas dar andamento aos projetos do ponto de vista operacional. O tempo necessário para a efetivação dos projetos é de cinco até oito anos, afirmou.

Produção de energia eólica em alto-mar é uma das tentativas de acelerar a transição energética Foto: Andrei Netto / AE

Ele disse que a empresa está apoiando a instalação de um dos maiores centros de pesquisa de eólicas offshore em Natal, no Rio Grande do Norte, visando a expansão neste segmento. “Petrobras torna-se, hoje, a maior empresa com pedido protocolado junto ao Ibama”, comentou.

Prates destacou que a empresa planeja entrar no mercado de energia via eólicas offshore para atender o mercado “independente de como ele estará configurado”. “Nós já passamos da fase da autoprodução. Isso é uma dimensão de projeto que é completamente diferente. Estamos falando aqui de realmente chegar chegando, dos maiores projetos de geração de energia offshore do Brasil, então, evidentemente que é para gerar energia para o mercado”, afirmou.

Ele mitigou eventuais críticas que parte do mercado financeiro poderia fazer à volta da empresa para a geração de energia, poucos anos após vender seus últimos ativos ao FIP Pirineus, em 2021. “Quando o pré-sal foi descoberto, todo mundo disse que seria inviável. O mercado financeiro é imediatista”, comentou.

O presidente da Petrobras disse que não colocaria a empresa em “negócios malucos” e destacou que, além de ganhos financeiros, os projetos devem trazer vantagens tecnológicas e conhecimento sobre a atuação nesse segmento. “Vamos fazer uma transição energética com responsabilidade. Não se pode brincar com a Petrobras e colocá-la em projeto maluco.”

Projetos protocolados

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras, Daniel Pedroso, afirmou que a estatal tem protocolado 23 GW (gigawatts) de projetos em eólicas offshore. Segundo o executivo, a empresa já realizou um trabalho em conjunto com a Equinor por mais de 14 GW no mesmo modelo de negócios.

O gerente executivo de energia renovável da Petrobras acrescentou que está avaliando locais de potencial mais avançado e com pré-avaliação para futuras instalações de eólicas offshore.

Segundo Pedroso, do ponto de vista estratégico, a Petrobras também estuda a possibilidade de instalações de aerogeradores em águas rasas. “É importante olharmos para além de águas profundas”, disse o executivo.

Em relação à energia eólica onshore (em terras), o executivo apontou que o Brasil produz atualmente 29 GW de energia eólica onshore.

A Petrobras também estuda aproveitar parte da geração de energia para alimentar suas plataformas de exploração e produção, acrescentou Pedroso. Ele assinalou ainda que a estatal almeja o desenvolvimento da geração de energia na Margem Equatorial.

Aquisição de parques eólicos

O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, acrescentou que a empresa tem planejado a realização de ações no curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento da produção de energia elétrica a partir da matriz eólica no Brasil.

Para o curtíssimo prazo, Tolmasquim afirmou que a estatal está “analisando propostas de aquisições de parques eólicos” e que as iniciativas onshore (em terra) “podem já se transformar em realidade antes de 2025″. O executivo ressaltou, contudo, que as energias offshore estão programadas para um período mais adiante.

Ele afirmou que a empresa não investirá em projetos que não sejam rentáveis ao comentar a entrada da empresa no mercado de energia eólica offshore. “Essa fase é de estudar a área, os ventos, depois vem a fase dos custos, do capex e aí vamos avaliar a viabilidade. A Petrobras só entra em projetos quando o valor presente líquidos é positivo. A Petrobras não investirá se não for rentável, agora, a gente só vai saber isso depois que fizer os estudos”, disse.

A empresa anunciou mais cedo uma parceria com a Weg para produção de um aerogerador de sete megawatts (MW) visando desenvolver expertise para equipamentos de maior porte a serem utilizados no mercado de eólicas offshore. A Petrobras investirá R$ 130 milhões, nos próximos 25 meses, no projeto que já está em andamento pela Weg.

Para a determinação da viabilidade será necessário avaliar os projetos, os custos de equipamentos e o preço da energia. “Neste momento, a gente não sabe, é um primeiro passo”.

Tolmasquim afirmou que, embora a demanda seja uma preocupação que tem sido apontada por alguns grupos, a tendência é que, com a descarbonização global e adoção de iniciativas de eletrificação e potencial produção de hidrogênio verde, o consumo tende a aumentar exponencialmente. “Tem um mundo que vai demandar energia elétrica e a questão vai ser outra: de onde vamos tirar tanta energia, e não estou falando nem de carro elétrico.”

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