Petrobras: produção de óleo e gás no segundo trimestre sobe 2,4% em um ano


Segundo estatal, alta no período se deve ao crescimento da produção de navios-plataforma e da entrada em produção de 12 novos poços; é o primeiro resultado operacional da nova gestão

Por Denise Luna e Gabriel Vasconcelos

RIO - A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta segunda-feira, 29.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

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Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up (crescimento da produção) dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Produção comercial de óleo e gás pela Petrobras foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.

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Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

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Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.

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Venda de derivados

O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno caiu 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado, para 1,7 milhão de barris por dia (bpd). Com relação aos três meses imediatamente anteriores, houve alta de 3,2% nessas vendas.

No primeiro semestre, as vendas registraram média de 1,67 milhões de barris por dia, 2% abaixo na comparação com o primeiro semestre de 2023.

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Em relatório, a Petrobras informou que o aumento das vendas na margem se deveu, principalmente, ao maior volume de vendas de diesel e GLP. A queda na comparação interanual não foi justificada no relatório.

No diesel, as vendas caíram 0,6% em um ano e subiram 3,8% na comparação com os três meses anteriores, para 717 mil bpd.

No caso do diesel, para a mesma comparação, a Petrobras salientou o aumento do consumo, “tipicamente mais alto no segundo trimestre de cada ano em relação ao primeiro, reflexo de uma maior atividade econômica”.

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Com relação à gasolina, a retração ante o segundo trimestre de 2023 foi de 9,7%, para 392 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, houve avanço de 1,6% no volume vendido deste combustível.

Essa alta nas vendas de gasolina com relação aos três primeiros meses do ano foi atribuída à maior competitividade da gasolina ante o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex. Não houve comentários sobre a queda na comparação com o mesmo período de 2023.

A venda interna de gás natural, por sua vez, caiu 12% no segundo trimestre deste ano com relação ao do ano passado, para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação aos três primeiros meses do ano, também houve queda, de 6,4%.

Essa baixa na margem foi atribuída ao aumento da participação de outros agentes no mercado, fenômeno ligado ao processo de abertura de mercado em curso. “Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas”, também destacou a Petrobras.

A produção total de derivados da estatal caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023, para 1,744 milhão de barris por dia (bpd).

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino ficou em 91% de abril a junho, uma queda ante a média de 93% registrada no mesmo período de 2023. No semestre, o FUT do parque de refino da Petrobras também ficou, na média, em 91%, dois pontos porcentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.

Exportações sobem 35,9%

As exportações líquidas no segundo trimestre de 2024 chegaram a 851 mil barris por dia (Mbpd), alta de 35,9% na comparação com o mesmo período de 2023, e mais 0,4% do que o verificado nos primeiros três meses deste ano.

A maior parte dessas exportações são de petróleo cru, que totalizou 651 Mbpd, alta de 58,4% na comparação anual e 0,2% ante os três meses imediatamente anteriores.

A segunda exportação mais relevante foi a de óleo combustível, com 63 mil bpd, queda de 22,6% em um ano e de 17% na margem. A exportação de todos os outros derivados, juntos, totalizaram 63 mil bpd de abril a junho.

Segundo a Petrobras, as exportações de óleo combustível foram menores em função da menor produção do derivado, ligada à “elevada disponibilidade e eficiência das unidades de conversão e tratamento das refinarias no trimestre” (outros produtos de maior valor agregado), além da destinação de correntes de óleo combustível para produção de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).

Sem abrir os números, a Petrobras informou, também, que houve aumento das exportações de gasolina relacionado a maior produção do combustível.

As importações da Petrobras, por sua vez, recuaram 15,1% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2023, para 304 mil bpd. Na comparação com o período de janeiro a março, houve queda menor, de 11,6% nas importações.

Essas importações são dominadas por petróleo (outros tipos usados em refinarias), que foi de 168 mil bpd na média do segundo trimestre, e também de gás liquefeito de petróleo, com média de 70 mil bpd em igual período.

A Petrobras destacou que houve redução nas importações, principalmente de diesel, devido às maiores importações realizadas no trimestre anterior para recomposição de estoques, na esteira de paradas de manutenção. De fato, as importações de diesel caíram 60,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2023, e 57,5% na comparação com os três meses anteriores.

RIO - A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta segunda-feira, 29.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up (crescimento da produção) dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Produção comercial de óleo e gás pela Petrobras foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.

Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.

Venda de derivados

O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno caiu 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado, para 1,7 milhão de barris por dia (bpd). Com relação aos três meses imediatamente anteriores, houve alta de 3,2% nessas vendas.

No primeiro semestre, as vendas registraram média de 1,67 milhões de barris por dia, 2% abaixo na comparação com o primeiro semestre de 2023.

Em relatório, a Petrobras informou que o aumento das vendas na margem se deveu, principalmente, ao maior volume de vendas de diesel e GLP. A queda na comparação interanual não foi justificada no relatório.

No diesel, as vendas caíram 0,6% em um ano e subiram 3,8% na comparação com os três meses anteriores, para 717 mil bpd.

No caso do diesel, para a mesma comparação, a Petrobras salientou o aumento do consumo, “tipicamente mais alto no segundo trimestre de cada ano em relação ao primeiro, reflexo de uma maior atividade econômica”.

Com relação à gasolina, a retração ante o segundo trimestre de 2023 foi de 9,7%, para 392 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, houve avanço de 1,6% no volume vendido deste combustível.

Essa alta nas vendas de gasolina com relação aos três primeiros meses do ano foi atribuída à maior competitividade da gasolina ante o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex. Não houve comentários sobre a queda na comparação com o mesmo período de 2023.

A venda interna de gás natural, por sua vez, caiu 12% no segundo trimestre deste ano com relação ao do ano passado, para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação aos três primeiros meses do ano, também houve queda, de 6,4%.

Essa baixa na margem foi atribuída ao aumento da participação de outros agentes no mercado, fenômeno ligado ao processo de abertura de mercado em curso. “Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas”, também destacou a Petrobras.

A produção total de derivados da estatal caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023, para 1,744 milhão de barris por dia (bpd).

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino ficou em 91% de abril a junho, uma queda ante a média de 93% registrada no mesmo período de 2023. No semestre, o FUT do parque de refino da Petrobras também ficou, na média, em 91%, dois pontos porcentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.

Exportações sobem 35,9%

As exportações líquidas no segundo trimestre de 2024 chegaram a 851 mil barris por dia (Mbpd), alta de 35,9% na comparação com o mesmo período de 2023, e mais 0,4% do que o verificado nos primeiros três meses deste ano.

A maior parte dessas exportações são de petróleo cru, que totalizou 651 Mbpd, alta de 58,4% na comparação anual e 0,2% ante os três meses imediatamente anteriores.

A segunda exportação mais relevante foi a de óleo combustível, com 63 mil bpd, queda de 22,6% em um ano e de 17% na margem. A exportação de todos os outros derivados, juntos, totalizaram 63 mil bpd de abril a junho.

Segundo a Petrobras, as exportações de óleo combustível foram menores em função da menor produção do derivado, ligada à “elevada disponibilidade e eficiência das unidades de conversão e tratamento das refinarias no trimestre” (outros produtos de maior valor agregado), além da destinação de correntes de óleo combustível para produção de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).

Sem abrir os números, a Petrobras informou, também, que houve aumento das exportações de gasolina relacionado a maior produção do combustível.

As importações da Petrobras, por sua vez, recuaram 15,1% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2023, para 304 mil bpd. Na comparação com o período de janeiro a março, houve queda menor, de 11,6% nas importações.

Essas importações são dominadas por petróleo (outros tipos usados em refinarias), que foi de 168 mil bpd na média do segundo trimestre, e também de gás liquefeito de petróleo, com média de 70 mil bpd em igual período.

A Petrobras destacou que houve redução nas importações, principalmente de diesel, devido às maiores importações realizadas no trimestre anterior para recomposição de estoques, na esteira de paradas de manutenção. De fato, as importações de diesel caíram 60,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2023, e 57,5% na comparação com os três meses anteriores.

RIO - A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta segunda-feira, 29.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up (crescimento da produção) dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Produção comercial de óleo e gás pela Petrobras foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.

Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.

Venda de derivados

O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno caiu 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado, para 1,7 milhão de barris por dia (bpd). Com relação aos três meses imediatamente anteriores, houve alta de 3,2% nessas vendas.

No primeiro semestre, as vendas registraram média de 1,67 milhões de barris por dia, 2% abaixo na comparação com o primeiro semestre de 2023.

Em relatório, a Petrobras informou que o aumento das vendas na margem se deveu, principalmente, ao maior volume de vendas de diesel e GLP. A queda na comparação interanual não foi justificada no relatório.

No diesel, as vendas caíram 0,6% em um ano e subiram 3,8% na comparação com os três meses anteriores, para 717 mil bpd.

No caso do diesel, para a mesma comparação, a Petrobras salientou o aumento do consumo, “tipicamente mais alto no segundo trimestre de cada ano em relação ao primeiro, reflexo de uma maior atividade econômica”.

Com relação à gasolina, a retração ante o segundo trimestre de 2023 foi de 9,7%, para 392 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, houve avanço de 1,6% no volume vendido deste combustível.

Essa alta nas vendas de gasolina com relação aos três primeiros meses do ano foi atribuída à maior competitividade da gasolina ante o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex. Não houve comentários sobre a queda na comparação com o mesmo período de 2023.

A venda interna de gás natural, por sua vez, caiu 12% no segundo trimestre deste ano com relação ao do ano passado, para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação aos três primeiros meses do ano, também houve queda, de 6,4%.

Essa baixa na margem foi atribuída ao aumento da participação de outros agentes no mercado, fenômeno ligado ao processo de abertura de mercado em curso. “Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas”, também destacou a Petrobras.

A produção total de derivados da estatal caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023, para 1,744 milhão de barris por dia (bpd).

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino ficou em 91% de abril a junho, uma queda ante a média de 93% registrada no mesmo período de 2023. No semestre, o FUT do parque de refino da Petrobras também ficou, na média, em 91%, dois pontos porcentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.

Exportações sobem 35,9%

As exportações líquidas no segundo trimestre de 2024 chegaram a 851 mil barris por dia (Mbpd), alta de 35,9% na comparação com o mesmo período de 2023, e mais 0,4% do que o verificado nos primeiros três meses deste ano.

A maior parte dessas exportações são de petróleo cru, que totalizou 651 Mbpd, alta de 58,4% na comparação anual e 0,2% ante os três meses imediatamente anteriores.

A segunda exportação mais relevante foi a de óleo combustível, com 63 mil bpd, queda de 22,6% em um ano e de 17% na margem. A exportação de todos os outros derivados, juntos, totalizaram 63 mil bpd de abril a junho.

Segundo a Petrobras, as exportações de óleo combustível foram menores em função da menor produção do derivado, ligada à “elevada disponibilidade e eficiência das unidades de conversão e tratamento das refinarias no trimestre” (outros produtos de maior valor agregado), além da destinação de correntes de óleo combustível para produção de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).

Sem abrir os números, a Petrobras informou, também, que houve aumento das exportações de gasolina relacionado a maior produção do combustível.

As importações da Petrobras, por sua vez, recuaram 15,1% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2023, para 304 mil bpd. Na comparação com o período de janeiro a março, houve queda menor, de 11,6% nas importações.

Essas importações são dominadas por petróleo (outros tipos usados em refinarias), que foi de 168 mil bpd na média do segundo trimestre, e também de gás liquefeito de petróleo, com média de 70 mil bpd em igual período.

A Petrobras destacou que houve redução nas importações, principalmente de diesel, devido às maiores importações realizadas no trimestre anterior para recomposição de estoques, na esteira de paradas de manutenção. De fato, as importações de diesel caíram 60,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2023, e 57,5% na comparação com os três meses anteriores.

RIO - A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta segunda-feira, 29.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up (crescimento da produção) dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Produção comercial de óleo e gás pela Petrobras foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023 Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.

Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.

Venda de derivados

O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno caiu 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado, para 1,7 milhão de barris por dia (bpd). Com relação aos três meses imediatamente anteriores, houve alta de 3,2% nessas vendas.

No primeiro semestre, as vendas registraram média de 1,67 milhões de barris por dia, 2% abaixo na comparação com o primeiro semestre de 2023.

Em relatório, a Petrobras informou que o aumento das vendas na margem se deveu, principalmente, ao maior volume de vendas de diesel e GLP. A queda na comparação interanual não foi justificada no relatório.

No diesel, as vendas caíram 0,6% em um ano e subiram 3,8% na comparação com os três meses anteriores, para 717 mil bpd.

No caso do diesel, para a mesma comparação, a Petrobras salientou o aumento do consumo, “tipicamente mais alto no segundo trimestre de cada ano em relação ao primeiro, reflexo de uma maior atividade econômica”.

Com relação à gasolina, a retração ante o segundo trimestre de 2023 foi de 9,7%, para 392 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, houve avanço de 1,6% no volume vendido deste combustível.

Essa alta nas vendas de gasolina com relação aos três primeiros meses do ano foi atribuída à maior competitividade da gasolina ante o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex. Não houve comentários sobre a queda na comparação com o mesmo período de 2023.

A venda interna de gás natural, por sua vez, caiu 12% no segundo trimestre deste ano com relação ao do ano passado, para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação aos três primeiros meses do ano, também houve queda, de 6,4%.

Essa baixa na margem foi atribuída ao aumento da participação de outros agentes no mercado, fenômeno ligado ao processo de abertura de mercado em curso. “Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas”, também destacou a Petrobras.

A produção total de derivados da estatal caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023, para 1,744 milhão de barris por dia (bpd).

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino ficou em 91% de abril a junho, uma queda ante a média de 93% registrada no mesmo período de 2023. No semestre, o FUT do parque de refino da Petrobras também ficou, na média, em 91%, dois pontos porcentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.

Exportações sobem 35,9%

As exportações líquidas no segundo trimestre de 2024 chegaram a 851 mil barris por dia (Mbpd), alta de 35,9% na comparação com o mesmo período de 2023, e mais 0,4% do que o verificado nos primeiros três meses deste ano.

A maior parte dessas exportações são de petróleo cru, que totalizou 651 Mbpd, alta de 58,4% na comparação anual e 0,2% ante os três meses imediatamente anteriores.

A segunda exportação mais relevante foi a de óleo combustível, com 63 mil bpd, queda de 22,6% em um ano e de 17% na margem. A exportação de todos os outros derivados, juntos, totalizaram 63 mil bpd de abril a junho.

Segundo a Petrobras, as exportações de óleo combustível foram menores em função da menor produção do derivado, ligada à “elevada disponibilidade e eficiência das unidades de conversão e tratamento das refinarias no trimestre” (outros produtos de maior valor agregado), além da destinação de correntes de óleo combustível para produção de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).

Sem abrir os números, a Petrobras informou, também, que houve aumento das exportações de gasolina relacionado a maior produção do combustível.

As importações da Petrobras, por sua vez, recuaram 15,1% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2023, para 304 mil bpd. Na comparação com o período de janeiro a março, houve queda menor, de 11,6% nas importações.

Essas importações são dominadas por petróleo (outros tipos usados em refinarias), que foi de 168 mil bpd na média do segundo trimestre, e também de gás liquefeito de petróleo, com média de 70 mil bpd em igual período.

A Petrobras destacou que houve redução nas importações, principalmente de diesel, devido às maiores importações realizadas no trimestre anterior para recomposição de estoques, na esteira de paradas de manutenção. De fato, as importações de diesel caíram 60,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2023, e 57,5% na comparação com os três meses anteriores.

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