PIB de 1,9% quebra argumento de que ‘tem de haver uma taxa de juros muito alta’, diz Simone Tebet


Para ministra do Planejamento, desempenho da agricultura foi ‘extraordinário’; setor teve alta de 21,6% enquanto PIB da indústria caiu 0,1%, e o do setor de serviços alta de 0,6%.

Por Adriana Fernandes

BRASÍLIA - Os números não mentem. Foi dessa forma que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, avaliou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos primeiros três meses do governo Lula. Para ela, o resultado desmancha a expectativa pessimista que existia no início do ano em relação à capacidade de reação da economia diante de um cenário de juros altos para conter a inflação.

“Quebra o argumento de que o crescimento impacta demais a inflação e tem de haver uma taxa de juros muito alta”, disse a ministra em conversa, por telefone, com um grupo de jornalistas para comentar os dados do PIB pelo IBGE. “O resultado é uma notícia muito boa e o Brasil está precisando de notícia boa”, disse.

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A ministra reforçou que a economia cresceu acima do previsto num quadro de decréscimo das expectativas de inflação do País. Tebet previu o início da queda da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, pelo Banco Central “em julho e agosto” em 0,25%, ainda que em porcentual menor do que ela disse que gostaria.

A queda dos juros, diz a ministra, vai alimentar “o crédito, a indústria, o varejo, o consumo das famílias” garantindo um crescimento maior do PIB maior do que 2%. Mesmo se não houver incremento da atividade nos outros trimestres deste ano, o PIB brasileiro irá crescer pelo menos 2,3%, superando significativamente a projeção de mercado que está em 1,3%, apontam os números da assessoria econômica da ministra.

Arcabouço

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O incremento da atividade econômica vai ajuda no cumprimento da meta fiscal com o aumento das receitas do governo, previu a ministra. Para ela, essa perspectiva dá credibilidade maior ao novo arcabouço fiscal (que vincula o crescimento dos gastos ao aumento de arrecadação) e confiança no trabalho da equipe econômica de que “não só anuncia, mas faz”.

A ministra do Planejamento destacou que a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária até o final de junho na Câmara e os efeitos das medidas adotadas pelo governo vão ajudar ainda mais no crescimento.

Entre as medidas citadas por ela e que ainda não surtiram efeito, a ministra elencou o aumento do salário mínimo, a inclusão de famílias no programa Bolsa Família, correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa e programa para baratear os carros populares. “O carro popular tem uma durabilidade muita temporária. Aquece a economia neste ano. Vai ajudar o setor automobilístico com critérios muito rigorosos”, avaliou. Tebet não quis antecipar novas medidas que poderão melhorar

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Agricultura x Indústria

A ministra comentou o desempenho da agricultura, classificado por ela de “extraordinário”. O setor teve alta de 21,6% enquanto o PIB da indústria caiu 0,1%, e o do setor de serviços alta de 0,6%. “Tão importante quanto falar do agronegócio é mostrar o crescimento, ainda que números menores, do setor de serviços. Foi a 11ª elevação consecutiva”, enfatizou.

Agronegócio teve alta de 21,6% no trimestre Foto: Tiago Queiroz / ESTADÃO CONTEÚDO
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Com essa diferença de desemprenho entre indústria e serviços, a ministra reforçou a importância da reforma tributária. Tebet defendeu o fortalecimento da indústria para melhorar esse cenário.

“O Brasil cresce mesmo sem a indústria. Imagina com uma indústria fortalecida o que aconteceria?” questionou sem antes lembrar que o agronegócio atua com maior estrutura “sem impacto negativo de carga tributária”. Ou em outras palavras, é um setor menos tributado.

BRASÍLIA - Os números não mentem. Foi dessa forma que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, avaliou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos primeiros três meses do governo Lula. Para ela, o resultado desmancha a expectativa pessimista que existia no início do ano em relação à capacidade de reação da economia diante de um cenário de juros altos para conter a inflação.

“Quebra o argumento de que o crescimento impacta demais a inflação e tem de haver uma taxa de juros muito alta”, disse a ministra em conversa, por telefone, com um grupo de jornalistas para comentar os dados do PIB pelo IBGE. “O resultado é uma notícia muito boa e o Brasil está precisando de notícia boa”, disse.

A ministra reforçou que a economia cresceu acima do previsto num quadro de decréscimo das expectativas de inflação do País. Tebet previu o início da queda da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, pelo Banco Central “em julho e agosto” em 0,25%, ainda que em porcentual menor do que ela disse que gostaria.

A queda dos juros, diz a ministra, vai alimentar “o crédito, a indústria, o varejo, o consumo das famílias” garantindo um crescimento maior do PIB maior do que 2%. Mesmo se não houver incremento da atividade nos outros trimestres deste ano, o PIB brasileiro irá crescer pelo menos 2,3%, superando significativamente a projeção de mercado que está em 1,3%, apontam os números da assessoria econômica da ministra.

Arcabouço

O incremento da atividade econômica vai ajuda no cumprimento da meta fiscal com o aumento das receitas do governo, previu a ministra. Para ela, essa perspectiva dá credibilidade maior ao novo arcabouço fiscal (que vincula o crescimento dos gastos ao aumento de arrecadação) e confiança no trabalho da equipe econômica de que “não só anuncia, mas faz”.

A ministra do Planejamento destacou que a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária até o final de junho na Câmara e os efeitos das medidas adotadas pelo governo vão ajudar ainda mais no crescimento.

Entre as medidas citadas por ela e que ainda não surtiram efeito, a ministra elencou o aumento do salário mínimo, a inclusão de famílias no programa Bolsa Família, correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa e programa para baratear os carros populares. “O carro popular tem uma durabilidade muita temporária. Aquece a economia neste ano. Vai ajudar o setor automobilístico com critérios muito rigorosos”, avaliou. Tebet não quis antecipar novas medidas que poderão melhorar

Agricultura x Indústria

A ministra comentou o desempenho da agricultura, classificado por ela de “extraordinário”. O setor teve alta de 21,6% enquanto o PIB da indústria caiu 0,1%, e o do setor de serviços alta de 0,6%. “Tão importante quanto falar do agronegócio é mostrar o crescimento, ainda que números menores, do setor de serviços. Foi a 11ª elevação consecutiva”, enfatizou.

Agronegócio teve alta de 21,6% no trimestre Foto: Tiago Queiroz / ESTADÃO CONTEÚDO

Com essa diferença de desemprenho entre indústria e serviços, a ministra reforçou a importância da reforma tributária. Tebet defendeu o fortalecimento da indústria para melhorar esse cenário.

“O Brasil cresce mesmo sem a indústria. Imagina com uma indústria fortalecida o que aconteceria?” questionou sem antes lembrar que o agronegócio atua com maior estrutura “sem impacto negativo de carga tributária”. Ou em outras palavras, é um setor menos tributado.

BRASÍLIA - Os números não mentem. Foi dessa forma que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, avaliou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos primeiros três meses do governo Lula. Para ela, o resultado desmancha a expectativa pessimista que existia no início do ano em relação à capacidade de reação da economia diante de um cenário de juros altos para conter a inflação.

“Quebra o argumento de que o crescimento impacta demais a inflação e tem de haver uma taxa de juros muito alta”, disse a ministra em conversa, por telefone, com um grupo de jornalistas para comentar os dados do PIB pelo IBGE. “O resultado é uma notícia muito boa e o Brasil está precisando de notícia boa”, disse.

A ministra reforçou que a economia cresceu acima do previsto num quadro de decréscimo das expectativas de inflação do País. Tebet previu o início da queda da taxa Selic, hoje em 13,75% ao ano, pelo Banco Central “em julho e agosto” em 0,25%, ainda que em porcentual menor do que ela disse que gostaria.

A queda dos juros, diz a ministra, vai alimentar “o crédito, a indústria, o varejo, o consumo das famílias” garantindo um crescimento maior do PIB maior do que 2%. Mesmo se não houver incremento da atividade nos outros trimestres deste ano, o PIB brasileiro irá crescer pelo menos 2,3%, superando significativamente a projeção de mercado que está em 1,3%, apontam os números da assessoria econômica da ministra.

Arcabouço

O incremento da atividade econômica vai ajuda no cumprimento da meta fiscal com o aumento das receitas do governo, previu a ministra. Para ela, essa perspectiva dá credibilidade maior ao novo arcabouço fiscal (que vincula o crescimento dos gastos ao aumento de arrecadação) e confiança no trabalho da equipe econômica de que “não só anuncia, mas faz”.

A ministra do Planejamento destacou que a aprovação do arcabouço fiscal, da reforma tributária até o final de junho na Câmara e os efeitos das medidas adotadas pelo governo vão ajudar ainda mais no crescimento.

Entre as medidas citadas por ela e que ainda não surtiram efeito, a ministra elencou o aumento do salário mínimo, a inclusão de famílias no programa Bolsa Família, correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa e programa para baratear os carros populares. “O carro popular tem uma durabilidade muita temporária. Aquece a economia neste ano. Vai ajudar o setor automobilístico com critérios muito rigorosos”, avaliou. Tebet não quis antecipar novas medidas que poderão melhorar

Agricultura x Indústria

A ministra comentou o desempenho da agricultura, classificado por ela de “extraordinário”. O setor teve alta de 21,6% enquanto o PIB da indústria caiu 0,1%, e o do setor de serviços alta de 0,6%. “Tão importante quanto falar do agronegócio é mostrar o crescimento, ainda que números menores, do setor de serviços. Foi a 11ª elevação consecutiva”, enfatizou.

Agronegócio teve alta de 21,6% no trimestre Foto: Tiago Queiroz / ESTADÃO CONTEÚDO

Com essa diferença de desemprenho entre indústria e serviços, a ministra reforçou a importância da reforma tributária. Tebet defendeu o fortalecimento da indústria para melhorar esse cenário.

“O Brasil cresce mesmo sem a indústria. Imagina com uma indústria fortalecida o que aconteceria?” questionou sem antes lembrar que o agronegócio atua com maior estrutura “sem impacto negativo de carga tributária”. Ou em outras palavras, é um setor menos tributado.

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