Economia estagnada, com investimento e poupança em queda, aponta futuro desanimador; leia análise


No terceiro trimestre, taxa de investimentos na economia voltou a cair e ficou em 16,6%, número considerado muito baixo

Por Alexandre Calais
Atualização:

Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

Mas dois dados importantes chamam a atenção negativamente. A taxa de investimentos da economia, que o IBGE chama de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a cair. Estava em 17,2% do PIB no segundo trimestre, um número já considerado bastante baixo, e ficou em 16,6% no terceiro trimestre. Para muitos analistas, uma taxa considerada razoável, dadas as nossas características de país emergente, seria de 25%. A taxa de poupança também caiu. Era de 16,9% no segundo trimestre, e agora ficou em 15,7%.

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Esses são números importantes porque dão indícios de para onde caminha a economia. Representam, por exemplo, o vigor das empresas, a vontade de investir em máquinas, em processos que elevem a sua produtividade. Em última instância, mostram a confiança que as pessoas e empresas têm no futuro do País. E, levando-se em conta esses dados, essa confiança vem caindo.

Taxa de investimento baixo significa, por exemplo, poucos recursos gastos na melhora do parque produtivo Foto: Paulo Pinto/Estadão

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano estão por volta de 3% - no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, estavam em 2,8%. Para 2024, a projeção está em 1,5%, e para 2025, em 1,9%. Não são números animadores.

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E, com a economia global se tornando cada vez mais complexa, com novas tecnologias sendo adotadas mundo afora, uso intensivo de inteligência artificial, nosso desafio de tornar o Brasil um competidor forte é cada vez maior. Os dados divulgados também nesta terça-feira do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostram o tamanho do nosso buraco.

Entre 81 países avaliados, o Brasil ficou em 52.º em Leitura, 61.º em Ciências e em 65.º em Matemática. Quer dizer, temos um problema de formação dos jovens que se reflete diretamente na qualidade da mão de obra que chega ao mercado de trabalho. Com profissionais pouco qualificados, será difícil elevar a produtividade. E o País dificilmente vai romper esse ciclo de crescimento medíocre da economia. Nunca vai dar o salto de um país de renda média, como o que somos hoje, para se tornar um país desenvolvido.

O diagnóstico está dado há tempos. É preciso investir em educação, em reformas estruturais (como a tributária, finalmente a caminho), em reduzir a burocracia, a corrupção. Mas, ano após ano, é sempre difícil acreditar que estamos no caminho certo.

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Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

Mas dois dados importantes chamam a atenção negativamente. A taxa de investimentos da economia, que o IBGE chama de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a cair. Estava em 17,2% do PIB no segundo trimestre, um número já considerado bastante baixo, e ficou em 16,6% no terceiro trimestre. Para muitos analistas, uma taxa considerada razoável, dadas as nossas características de país emergente, seria de 25%. A taxa de poupança também caiu. Era de 16,9% no segundo trimestre, e agora ficou em 15,7%.

Esses são números importantes porque dão indícios de para onde caminha a economia. Representam, por exemplo, o vigor das empresas, a vontade de investir em máquinas, em processos que elevem a sua produtividade. Em última instância, mostram a confiança que as pessoas e empresas têm no futuro do País. E, levando-se em conta esses dados, essa confiança vem caindo.

Taxa de investimento baixo significa, por exemplo, poucos recursos gastos na melhora do parque produtivo Foto: Paulo Pinto/Estadão

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano estão por volta de 3% - no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, estavam em 2,8%. Para 2024, a projeção está em 1,5%, e para 2025, em 1,9%. Não são números animadores.

E, com a economia global se tornando cada vez mais complexa, com novas tecnologias sendo adotadas mundo afora, uso intensivo de inteligência artificial, nosso desafio de tornar o Brasil um competidor forte é cada vez maior. Os dados divulgados também nesta terça-feira do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostram o tamanho do nosso buraco.

Entre 81 países avaliados, o Brasil ficou em 52.º em Leitura, 61.º em Ciências e em 65.º em Matemática. Quer dizer, temos um problema de formação dos jovens que se reflete diretamente na qualidade da mão de obra que chega ao mercado de trabalho. Com profissionais pouco qualificados, será difícil elevar a produtividade. E o País dificilmente vai romper esse ciclo de crescimento medíocre da economia. Nunca vai dar o salto de um país de renda média, como o que somos hoje, para se tornar um país desenvolvido.

O diagnóstico está dado há tempos. É preciso investir em educação, em reformas estruturais (como a tributária, finalmente a caminho), em reduzir a burocracia, a corrupção. Mas, ano após ano, é sempre difícil acreditar que estamos no caminho certo.

Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

Mas dois dados importantes chamam a atenção negativamente. A taxa de investimentos da economia, que o IBGE chama de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a cair. Estava em 17,2% do PIB no segundo trimestre, um número já considerado bastante baixo, e ficou em 16,6% no terceiro trimestre. Para muitos analistas, uma taxa considerada razoável, dadas as nossas características de país emergente, seria de 25%. A taxa de poupança também caiu. Era de 16,9% no segundo trimestre, e agora ficou em 15,7%.

Esses são números importantes porque dão indícios de para onde caminha a economia. Representam, por exemplo, o vigor das empresas, a vontade de investir em máquinas, em processos que elevem a sua produtividade. Em última instância, mostram a confiança que as pessoas e empresas têm no futuro do País. E, levando-se em conta esses dados, essa confiança vem caindo.

Taxa de investimento baixo significa, por exemplo, poucos recursos gastos na melhora do parque produtivo Foto: Paulo Pinto/Estadão

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano estão por volta de 3% - no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, estavam em 2,8%. Para 2024, a projeção está em 1,5%, e para 2025, em 1,9%. Não são números animadores.

E, com a economia global se tornando cada vez mais complexa, com novas tecnologias sendo adotadas mundo afora, uso intensivo de inteligência artificial, nosso desafio de tornar o Brasil um competidor forte é cada vez maior. Os dados divulgados também nesta terça-feira do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostram o tamanho do nosso buraco.

Entre 81 países avaliados, o Brasil ficou em 52.º em Leitura, 61.º em Ciências e em 65.º em Matemática. Quer dizer, temos um problema de formação dos jovens que se reflete diretamente na qualidade da mão de obra que chega ao mercado de trabalho. Com profissionais pouco qualificados, será difícil elevar a produtividade. E o País dificilmente vai romper esse ciclo de crescimento medíocre da economia. Nunca vai dar o salto de um país de renda média, como o que somos hoje, para se tornar um país desenvolvido.

O diagnóstico está dado há tempos. É preciso investir em educação, em reformas estruturais (como a tributária, finalmente a caminho), em reduzir a burocracia, a corrupção. Mas, ano após ano, é sempre difícil acreditar que estamos no caminho certo.

Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

Mas dois dados importantes chamam a atenção negativamente. A taxa de investimentos da economia, que o IBGE chama de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a cair. Estava em 17,2% do PIB no segundo trimestre, um número já considerado bastante baixo, e ficou em 16,6% no terceiro trimestre. Para muitos analistas, uma taxa considerada razoável, dadas as nossas características de país emergente, seria de 25%. A taxa de poupança também caiu. Era de 16,9% no segundo trimestre, e agora ficou em 15,7%.

Esses são números importantes porque dão indícios de para onde caminha a economia. Representam, por exemplo, o vigor das empresas, a vontade de investir em máquinas, em processos que elevem a sua produtividade. Em última instância, mostram a confiança que as pessoas e empresas têm no futuro do País. E, levando-se em conta esses dados, essa confiança vem caindo.

Taxa de investimento baixo significa, por exemplo, poucos recursos gastos na melhora do parque produtivo Foto: Paulo Pinto/Estadão

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano estão por volta de 3% - no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, estavam em 2,8%. Para 2024, a projeção está em 1,5%, e para 2025, em 1,9%. Não são números animadores.

E, com a economia global se tornando cada vez mais complexa, com novas tecnologias sendo adotadas mundo afora, uso intensivo de inteligência artificial, nosso desafio de tornar o Brasil um competidor forte é cada vez maior. Os dados divulgados também nesta terça-feira do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostram o tamanho do nosso buraco.

Entre 81 países avaliados, o Brasil ficou em 52.º em Leitura, 61.º em Ciências e em 65.º em Matemática. Quer dizer, temos um problema de formação dos jovens que se reflete diretamente na qualidade da mão de obra que chega ao mercado de trabalho. Com profissionais pouco qualificados, será difícil elevar a produtividade. E o País dificilmente vai romper esse ciclo de crescimento medíocre da economia. Nunca vai dar o salto de um país de renda média, como o que somos hoje, para se tornar um país desenvolvido.

O diagnóstico está dado há tempos. É preciso investir em educação, em reformas estruturais (como a tributária, finalmente a caminho), em reduzir a burocracia, a corrupção. Mas, ano após ano, é sempre difícil acreditar que estamos no caminho certo.

Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

Mas dois dados importantes chamam a atenção negativamente. A taxa de investimentos da economia, que o IBGE chama de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) voltou a cair. Estava em 17,2% do PIB no segundo trimestre, um número já considerado bastante baixo, e ficou em 16,6% no terceiro trimestre. Para muitos analistas, uma taxa considerada razoável, dadas as nossas características de país emergente, seria de 25%. A taxa de poupança também caiu. Era de 16,9% no segundo trimestre, e agora ficou em 15,7%.

Esses são números importantes porque dão indícios de para onde caminha a economia. Representam, por exemplo, o vigor das empresas, a vontade de investir em máquinas, em processos que elevem a sua produtividade. Em última instância, mostram a confiança que as pessoas e empresas têm no futuro do País. E, levando-se em conta esses dados, essa confiança vem caindo.

Taxa de investimento baixo significa, por exemplo, poucos recursos gastos na melhora do parque produtivo Foto: Paulo Pinto/Estadão

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro este ano estão por volta de 3% - no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, estavam em 2,8%. Para 2024, a projeção está em 1,5%, e para 2025, em 1,9%. Não são números animadores.

E, com a economia global se tornando cada vez mais complexa, com novas tecnologias sendo adotadas mundo afora, uso intensivo de inteligência artificial, nosso desafio de tornar o Brasil um competidor forte é cada vez maior. Os dados divulgados também nesta terça-feira do Pisa (o Programa Internacional de Avaliação de Alunos) mostram o tamanho do nosso buraco.

Entre 81 países avaliados, o Brasil ficou em 52.º em Leitura, 61.º em Ciências e em 65.º em Matemática. Quer dizer, temos um problema de formação dos jovens que se reflete diretamente na qualidade da mão de obra que chega ao mercado de trabalho. Com profissionais pouco qualificados, será difícil elevar a produtividade. E o País dificilmente vai romper esse ciclo de crescimento medíocre da economia. Nunca vai dar o salto de um país de renda média, como o que somos hoje, para se tornar um país desenvolvido.

O diagnóstico está dado há tempos. É preciso investir em educação, em reformas estruturais (como a tributária, finalmente a caminho), em reduzir a burocracia, a corrupção. Mas, ano após ano, é sempre difícil acreditar que estamos no caminho certo.

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