O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ressaltou nesta quinta-feira, 8, o crescimento “extraordinário” da adoção do Pix, a plataforma de transações financeiras instantâneas da autarquia.
Durante um evento sobre os cinco anos do Cadastro Positivo, organizado pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), ele disse que o Pix alcançou 235 milhões de operações em um único dia, representando mais de duas transações por pessoa. E comparou o número ao sistema de transações da Índia, observando que o Pix registra um volume quatro vezes maior.
“O Pix talvez seja o sistema que mais gerou inclusão financeira na história”, afirmou Campos Neto, enfatizando que economias locais inteiras começaram a operar por meio da plataforma.
Atualmente, o Pix opera com apenas 30% de sua capacidade total e planeja adicionar novas funcionalidades para tornar as transações online mais convenientes, incluindo pagamentos por aproximação e automáticos. Campos Neto lembrou que a plataforma é programável e que “muitas coisas ainda podem ser feitas” com o Pix.
Em relação às próximas fases da agenda digital do BC, ele discutiu a possibilidade de as pessoas compararem produtos financeiros em tempo real e em um ambiente digital unificado, o que levou ao Open Finance. Esse sistema, conforme Campos Neto, já economizou “dezenas de milhões de reais” para seus usuários.
As soluções, no entanto, não seriam completas se não fossem tokenizadas, disse o presidente do BC, ao explicar o projeto do Drex, a moeda digital da autarquia. Ele destacou que a comunidade internacional já considera a tokenização como o método mais eficiente para depósitos.
Segundo Campos Neto, a moeda que dominará o mundo digital. “Não importa qual é moeda que vai prevalecer, vamos ter conversão imediata e instantânea em várias moedas”, assinalou.