Pix incluiu 49 milhões de pessoas no sistema financeiro, diz BC


Sistema de pagamentos instantâneos ainda gerou maior inclusão entre jovens e mulheres, segundo relatório da autarquia

Por Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues

BRASÍLIA - O Pix foi responsável pela inclusão de 49 milhões de pessoas que não faziam transferências eletrônicas antes do lançamento do sistema de pagamentos instantâneos passaram a fazê-lo, com a maior inclusão financeira alcançada no Norte do País. Os dados são do Banco Central, que publicou nesta quinta-feira o estudo no Relatório de Economia Bancária (REB) de 2021, após uma comparação entre o uso do Pix e de TED.

Nos outros recortes, a autarquia citou que o sistema de pagamentos instantâneos gerou maior inclusão entre jovens e mulheres. Do ponto de vista econômico, as classes mais baixas, com menor participação no mercado formal e salários menores foram mais afetadas em termos de inclusão financeira pelo Pix. Da mesma forma aconteceu com as pessoas registradas no Cadastro Único, elegíveis a benefícios sociais.

Em relação a valores, o BC observou que o Pix costuma ter transferências mais baixas em relação ao TED. A avaliação foi feita dividindo a população brasileira em grupos a partir da utilização ou não da TED nos 12 meses anteriores ao lançamento do Pix (novembro de 2020) e o uso das transferências eletrônicas nos 14 meses posteriores à criação do sistema de pagamentos eletrônicos (de novembro de 2020 a dezembro de 2021).

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“Entre as mais de 120 milhões de pessoas que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix, 36 milhões (20% da população adulta) passaram a utilizar exclusivamente o Pix, enquanto 13 milhões (8% da população adulta) iniciaram a utilização de ambos os instrumentos”, disse o BC, destacando que há preferência pelo Pix entre as pessoas que começaram a usar os dois tipos de transferências, com média de 5 transações por mês contra 0,3 para TED.

No geral, 60% da população brasileira adulta (107 milhões de pessoas) aderiram a pelo menos um tipo de transferência eletrônica, sendo que 54% (96 milhões de pessoas) adotaram o Pix, sendo que 22% fizeram substituição parcial ante a TED e 4% total.

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Em todos os grupos, o BC nota que a TED é utilizada para transações de maior valor. Os grupos que fizeram uso do Pix apresentaram valores médios de transações entre R$ 171 e R$ 411, enquanto, para a TED, no período posterior ao lançamento do Pix, os valores médios variaram entre R$ 2.047 e R$ 6.506.

No mês de lançamento do Pix, os grupos que menos utilizavam crédito eram “Não Usuários Pix/TED” (30,5%), “Inclusão Pix” (37,7%) e “Inclusão Pix/TED” (50,8%). Nesse sentido, o órgão concluiu que, entre as pessoas incluídas no sistema após o Pix, houve maior crescimento na fatia de tomadores de crédito nos meses seguintes ao lançamento do sistema de pagamentos instantâneos, com 13,3 ponto porcentual entre aqueles que começaram a usar Pix e 18,4pp entre as pessoas que fizeram Pix e TED.

“Embora não seja possível argumentar a existência de uma relação causal neste momento, a análise sugere que o Pix representou incentivo ao relacionamento com o SFN, assim funcionado como porta de entrada para o uso de outros serviços financeiros. Essa avaliação, em contextos experimentais ou quase experimentais, seria de grande utilidade para a melhor compreensão desse fenômeno.”

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Banco Central publicou estudo que compara o uso do Pix e com o de TED Foto: Joá Souza/Futura Press

Regiões

A região Norte apresenta os maiores percentuais entre aqueles que não utilizavam TED e passaram a utilizar Pix, com destaque para os estados do Amapá, com 38% da população, seguido por Roraima (35%) e Amazonas (34%). Na sequência, aparecem com maior inclusão as regiões Centro-Oeste e Nordeste. Mas, em Estados como Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Piauí, mais da metade de suas populações adultas não utiliza os instrumentos de transferência.

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No Centro-Oeste e Sudeste, o fenômeno mais observado foi de substituição parcial da TED pelo Pix, ambas as localidades com26%. Já o Distrito Federal se destaca nos grupos de substituição parcial e total, que, juntos, somam 41% da população adulta. Por outro lado, o Sul do País aparece com maior porcentual de pessoas que não aderiu ao Pix (9%).

Idade

Sob o aspecto etário da população brasileira, com exceção do grupo entre 15 e 24 anos, à medida que aumenta a faixa etária da população, há menor grau de uso de TED e de Pix. Entre os mais velhos, há menor adoção do Pix entre aqueles que já utilizavam TED.

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Nas faixas mais jovens da população, percebe-se maior uso, principalmente por aqueles que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix. Na faixa entre 25 e 34 anos, 39% passaram a usar só o Pix e 33% os dois tipos de transferência.

Baixa renda

Segundo o BC, a população registrada no Cadastro Único tem presença mais forte no grupo que não faz nenhuma transferência eletrônica, tanto entre os beneficiários do Programa Bolsa Família quanto entre aqueles que não estão no programa. Mas 29,9% dos participantes do Cadastro Único não faziam movimentação eletrônica antes do Pix e passaram a fazê-lo, sendo que 22,6% usaram só o Pix.

BRASÍLIA - O Pix foi responsável pela inclusão de 49 milhões de pessoas que não faziam transferências eletrônicas antes do lançamento do sistema de pagamentos instantâneos passaram a fazê-lo, com a maior inclusão financeira alcançada no Norte do País. Os dados são do Banco Central, que publicou nesta quinta-feira o estudo no Relatório de Economia Bancária (REB) de 2021, após uma comparação entre o uso do Pix e de TED.

Nos outros recortes, a autarquia citou que o sistema de pagamentos instantâneos gerou maior inclusão entre jovens e mulheres. Do ponto de vista econômico, as classes mais baixas, com menor participação no mercado formal e salários menores foram mais afetadas em termos de inclusão financeira pelo Pix. Da mesma forma aconteceu com as pessoas registradas no Cadastro Único, elegíveis a benefícios sociais.

Em relação a valores, o BC observou que o Pix costuma ter transferências mais baixas em relação ao TED. A avaliação foi feita dividindo a população brasileira em grupos a partir da utilização ou não da TED nos 12 meses anteriores ao lançamento do Pix (novembro de 2020) e o uso das transferências eletrônicas nos 14 meses posteriores à criação do sistema de pagamentos eletrônicos (de novembro de 2020 a dezembro de 2021).

“Entre as mais de 120 milhões de pessoas que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix, 36 milhões (20% da população adulta) passaram a utilizar exclusivamente o Pix, enquanto 13 milhões (8% da população adulta) iniciaram a utilização de ambos os instrumentos”, disse o BC, destacando que há preferência pelo Pix entre as pessoas que começaram a usar os dois tipos de transferências, com média de 5 transações por mês contra 0,3 para TED.

No geral, 60% da população brasileira adulta (107 milhões de pessoas) aderiram a pelo menos um tipo de transferência eletrônica, sendo que 54% (96 milhões de pessoas) adotaram o Pix, sendo que 22% fizeram substituição parcial ante a TED e 4% total.

Em todos os grupos, o BC nota que a TED é utilizada para transações de maior valor. Os grupos que fizeram uso do Pix apresentaram valores médios de transações entre R$ 171 e R$ 411, enquanto, para a TED, no período posterior ao lançamento do Pix, os valores médios variaram entre R$ 2.047 e R$ 6.506.

No mês de lançamento do Pix, os grupos que menos utilizavam crédito eram “Não Usuários Pix/TED” (30,5%), “Inclusão Pix” (37,7%) e “Inclusão Pix/TED” (50,8%). Nesse sentido, o órgão concluiu que, entre as pessoas incluídas no sistema após o Pix, houve maior crescimento na fatia de tomadores de crédito nos meses seguintes ao lançamento do sistema de pagamentos instantâneos, com 13,3 ponto porcentual entre aqueles que começaram a usar Pix e 18,4pp entre as pessoas que fizeram Pix e TED.

“Embora não seja possível argumentar a existência de uma relação causal neste momento, a análise sugere que o Pix representou incentivo ao relacionamento com o SFN, assim funcionado como porta de entrada para o uso de outros serviços financeiros. Essa avaliação, em contextos experimentais ou quase experimentais, seria de grande utilidade para a melhor compreensão desse fenômeno.”

Banco Central publicou estudo que compara o uso do Pix e com o de TED Foto: Joá Souza/Futura Press

Regiões

A região Norte apresenta os maiores percentuais entre aqueles que não utilizavam TED e passaram a utilizar Pix, com destaque para os estados do Amapá, com 38% da população, seguido por Roraima (35%) e Amazonas (34%). Na sequência, aparecem com maior inclusão as regiões Centro-Oeste e Nordeste. Mas, em Estados como Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Piauí, mais da metade de suas populações adultas não utiliza os instrumentos de transferência.

No Centro-Oeste e Sudeste, o fenômeno mais observado foi de substituição parcial da TED pelo Pix, ambas as localidades com26%. Já o Distrito Federal se destaca nos grupos de substituição parcial e total, que, juntos, somam 41% da população adulta. Por outro lado, o Sul do País aparece com maior porcentual de pessoas que não aderiu ao Pix (9%).

Idade

Sob o aspecto etário da população brasileira, com exceção do grupo entre 15 e 24 anos, à medida que aumenta a faixa etária da população, há menor grau de uso de TED e de Pix. Entre os mais velhos, há menor adoção do Pix entre aqueles que já utilizavam TED.

Nas faixas mais jovens da população, percebe-se maior uso, principalmente por aqueles que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix. Na faixa entre 25 e 34 anos, 39% passaram a usar só o Pix e 33% os dois tipos de transferência.

Baixa renda

Segundo o BC, a população registrada no Cadastro Único tem presença mais forte no grupo que não faz nenhuma transferência eletrônica, tanto entre os beneficiários do Programa Bolsa Família quanto entre aqueles que não estão no programa. Mas 29,9% dos participantes do Cadastro Único não faziam movimentação eletrônica antes do Pix e passaram a fazê-lo, sendo que 22,6% usaram só o Pix.

BRASÍLIA - O Pix foi responsável pela inclusão de 49 milhões de pessoas que não faziam transferências eletrônicas antes do lançamento do sistema de pagamentos instantâneos passaram a fazê-lo, com a maior inclusão financeira alcançada no Norte do País. Os dados são do Banco Central, que publicou nesta quinta-feira o estudo no Relatório de Economia Bancária (REB) de 2021, após uma comparação entre o uso do Pix e de TED.

Nos outros recortes, a autarquia citou que o sistema de pagamentos instantâneos gerou maior inclusão entre jovens e mulheres. Do ponto de vista econômico, as classes mais baixas, com menor participação no mercado formal e salários menores foram mais afetadas em termos de inclusão financeira pelo Pix. Da mesma forma aconteceu com as pessoas registradas no Cadastro Único, elegíveis a benefícios sociais.

Em relação a valores, o BC observou que o Pix costuma ter transferências mais baixas em relação ao TED. A avaliação foi feita dividindo a população brasileira em grupos a partir da utilização ou não da TED nos 12 meses anteriores ao lançamento do Pix (novembro de 2020) e o uso das transferências eletrônicas nos 14 meses posteriores à criação do sistema de pagamentos eletrônicos (de novembro de 2020 a dezembro de 2021).

“Entre as mais de 120 milhões de pessoas que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix, 36 milhões (20% da população adulta) passaram a utilizar exclusivamente o Pix, enquanto 13 milhões (8% da população adulta) iniciaram a utilização de ambos os instrumentos”, disse o BC, destacando que há preferência pelo Pix entre as pessoas que começaram a usar os dois tipos de transferências, com média de 5 transações por mês contra 0,3 para TED.

No geral, 60% da população brasileira adulta (107 milhões de pessoas) aderiram a pelo menos um tipo de transferência eletrônica, sendo que 54% (96 milhões de pessoas) adotaram o Pix, sendo que 22% fizeram substituição parcial ante a TED e 4% total.

Em todos os grupos, o BC nota que a TED é utilizada para transações de maior valor. Os grupos que fizeram uso do Pix apresentaram valores médios de transações entre R$ 171 e R$ 411, enquanto, para a TED, no período posterior ao lançamento do Pix, os valores médios variaram entre R$ 2.047 e R$ 6.506.

No mês de lançamento do Pix, os grupos que menos utilizavam crédito eram “Não Usuários Pix/TED” (30,5%), “Inclusão Pix” (37,7%) e “Inclusão Pix/TED” (50,8%). Nesse sentido, o órgão concluiu que, entre as pessoas incluídas no sistema após o Pix, houve maior crescimento na fatia de tomadores de crédito nos meses seguintes ao lançamento do sistema de pagamentos instantâneos, com 13,3 ponto porcentual entre aqueles que começaram a usar Pix e 18,4pp entre as pessoas que fizeram Pix e TED.

“Embora não seja possível argumentar a existência de uma relação causal neste momento, a análise sugere que o Pix representou incentivo ao relacionamento com o SFN, assim funcionado como porta de entrada para o uso de outros serviços financeiros. Essa avaliação, em contextos experimentais ou quase experimentais, seria de grande utilidade para a melhor compreensão desse fenômeno.”

Banco Central publicou estudo que compara o uso do Pix e com o de TED Foto: Joá Souza/Futura Press

Regiões

A região Norte apresenta os maiores percentuais entre aqueles que não utilizavam TED e passaram a utilizar Pix, com destaque para os estados do Amapá, com 38% da população, seguido por Roraima (35%) e Amazonas (34%). Na sequência, aparecem com maior inclusão as regiões Centro-Oeste e Nordeste. Mas, em Estados como Acre, Alagoas, Maranhão, Paraíba e Piauí, mais da metade de suas populações adultas não utiliza os instrumentos de transferência.

No Centro-Oeste e Sudeste, o fenômeno mais observado foi de substituição parcial da TED pelo Pix, ambas as localidades com26%. Já o Distrito Federal se destaca nos grupos de substituição parcial e total, que, juntos, somam 41% da população adulta. Por outro lado, o Sul do País aparece com maior porcentual de pessoas que não aderiu ao Pix (9%).

Idade

Sob o aspecto etário da população brasileira, com exceção do grupo entre 15 e 24 anos, à medida que aumenta a faixa etária da população, há menor grau de uso de TED e de Pix. Entre os mais velhos, há menor adoção do Pix entre aqueles que já utilizavam TED.

Nas faixas mais jovens da população, percebe-se maior uso, principalmente por aqueles que não utilizavam TED antes do lançamento do Pix. Na faixa entre 25 e 34 anos, 39% passaram a usar só o Pix e 33% os dois tipos de transferência.

Baixa renda

Segundo o BC, a população registrada no Cadastro Único tem presença mais forte no grupo que não faz nenhuma transferência eletrônica, tanto entre os beneficiários do Programa Bolsa Família quanto entre aqueles que não estão no programa. Mas 29,9% dos participantes do Cadastro Único não faziam movimentação eletrônica antes do Pix e passaram a fazê-lo, sendo que 22,6% usaram só o Pix.

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