A partir da próxima sexta-feira,1º de novembro, começa a valer a mudança no Pix para aumentar a segurança, a fim de evitar fraudes digitais. Está prevista o início da fase de teste do Pix por aproximação.
O Banco do Brasil se antecipou e anunciou em 11 de outubro, o início da fase de testes do Pix por aproximação nas maquininhas da Cielo. Oficialmente, o Banco Central prevê que essa nova modalidade antecipada pelo BB poderia ser testada a partir de meados de novembro, e que deve estar em funcionamento para todos os clientes de todas as instituições financeiras a partir de fevereiro de 2025.
A seguir, saiba mais sobre as mudanças relativas à segurança, que abrangem clientes e bancos, e sobre as duas novas modalidades, Pix por aproximação e automático.
1. Quais são as novas medidas de segurança?
A principal delas é uma medida que minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix. Para isso, os valores de transferências por celulares ou computadores que não estão cadastrados no banco serão reduzidos. Dessa forma, as transações não poderão ser maiores que R$ 200 e o limite diário não poderá ultrapassar R$ 1.000.
2. E como fazer para movimentar valores maiores do que R$ 1.000?
Se você trocar de dispositivo, será necessário cadastrá-lo no banco. Só assim será possível liberar transações com valores maiores do que as estabelecidas na nova regra. Vale lembrar que nada muda para aqueles que possuem o mesmo dispositivo para efetuar transações via Pix.
3. Quais são as novas regras para os bancos?
Para garantir a segurança da entrada e da saída de recursos nas contas por meio de transações Pix, o BC também determinou algumas medidas que deverão ser seguidas pelas instituições financeiras. Veja abaixo:
- Utilizar solução de gerenciamento de risco de fraude que contemple as informações de segurança armazenadas no Banco Central e que seja capaz de identificar transações Pix atípicas ou não compatíveis com o perfil do cliente;
- Disponibilizar, em canal eletrônico de acesso amplo aos clientes, informações sobre os cuidados que os clientes devem ter para evitar fraudes;
- Verificar, pelo menos uma vez a cada seis meses, se seus clientes possuem marcações de fraude na base de dados do BC.
4. O que é o Pix por aproximação?
Assim como já ocorre com as wallets, as carteiras digitais usadas para operações de débito e crédito, ao usar o Pix por aproximação o cliente não precisará mais entrar no aplicativo do banco para realizar as transações que deseja. A previsão é a de que o sistema estará oficialmente disponível a todos a partir de fevereiro do ano que vem.
Leia Também:
5. O que muda com o Pix por aproximação em relação ao que ocorre hoje?
Atualmente, para fazer o pagamento com Pix de alguma compra online, o cliente precisa deixar o ambiente virtual em que está, entrar no aplicativo de seu banco e fazer o Pix, seja pelo sistema copia e cola, digitando a chave fornecida ou escaneando o QRCode.
Sem o direcionamento, o pagamento será efetuado na própria plataforma onde a compra está sendo feita. Funcionará aos moldes do que ocorre hoje com quem deixa cartão de crédito cadastrado em determinado site em que faz suas compras online.
6. O que é o Pix automático e como ele funciona?
Previsto para entrar em operação em junho de 2025, essa nova modalidade facilitará cobranças recorrentes. O Banco Central explicou que, com permissão do usuário, o Pix Automático vai permitir cobranças automáticas sem precisar confirmar cada pagamento. Isso facilita o processo para quem paga e para quem recebe, tornando a cobrança mais eficiente, barata e diminuindo a chance de atrasos nos pagamentos.
7. Quais são os tipos de cobranças recorrentes?
São todas aquelas que têm previsão de serem pagas em determinados períodos, geralmente todo mês. Veja exemplos abaixo:
- Contas de consumo: água, luz e gás;
- Escolas, faculdades, cursos de idioma;
- Academias e clubes sociais;
- Planos de saúde;
- Serviços de streaming (Netflix, Amazon, HBO etc);
- Portais de notícias.