Plano Safra tem ‘bom volume, mas elevado custo’; leia análise


Iniciativa de R$ 364,2 bilhões foi lançada nesta terça-feira, 27, pelo governo Lula ; valor é 27% maior do que no ano anterior

Por Felippe Serigati e Roberta Possamai
Atualização:

O Plano Safra 2023-2024 foi lançado nesta terça-feira, 27, com previsão de R$ 364,2 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial. O destaque positivo fica por conta do fortalecimento dos médios produtores (Pronamp) e para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que contam com uma maior disponibilidade de recursos.

Apesar do bom volume de crédito rural apresentado pelo Plano, ainda falta saber o montante de equalização, que será divulgado na quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Essa informação é importante, pois é o custo desse financiamento que deixará claro se os recursos ofertados são financeiramente viáveis ou não.

Outro aspecto positivo do Plano Safra divulgado foi a concessão de um prêmio para os produtores que atenderem critérios associados à legislação ambiental como (i) o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, (ii) não ter passivo ambiental, passível de emissão de cota de reserva ambiental e (iii) estar em Programa de Regularização Ambiental (PRA).

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Claramente, as medidas são insuficientes para os objetivos propostos, mas é importante reconhecer que refletem um passo fundamental que poderá ser ampliado nas próximas edições do Plano Safra.

Plano Safra de R$ 364,2 bilhões foi lançado nesta terça-feira, 27, pelo governo Lula ; valor é 27% maior do que no ano anterior Foto: Ricardo Stuckert / PR

As taxas de juros divulgadas são elevadas, em geral, no mesmo patamar daquele observado no Plano Safra do ciclo anterior. Certamente, o setor gostaria de linhas de crédito mais acessíveis, mas a realidade é que a Selic ainda está alta, e o Banco Central só poderá iniciar o ciclo de redução dessa taxa quando as expectativas de inflação para 2024 forem ancoradas em torno na meta daquele ano.

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Por fim, o anúncio dessa terça-feira foi apenas a primeira parte da divulgação do Plano Safra 2023-2024. Um ponto muito importante que ainda não foi divulgado é os valores disponíveis para o Programa de Seguro Rural. As instabilidades climáticas têm se mostrado mais frequentes gerando maior risco para as atividades agropecuárias.

O seguro rural, além de conferir maior estabilidade da renda dos produtores e de todas as regiões em que o agro é a atividade econômica predominante, também facilita que o setor consiga incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade média, bem como tornam a produção mais resistente às próprias intempéries. Vamos aguardar./Felippe Serigati e Roberta Possamai são pesquisadores do FGVAgro

O Plano Safra 2023-2024 foi lançado nesta terça-feira, 27, com previsão de R$ 364,2 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial. O destaque positivo fica por conta do fortalecimento dos médios produtores (Pronamp) e para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que contam com uma maior disponibilidade de recursos.

Apesar do bom volume de crédito rural apresentado pelo Plano, ainda falta saber o montante de equalização, que será divulgado na quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Essa informação é importante, pois é o custo desse financiamento que deixará claro se os recursos ofertados são financeiramente viáveis ou não.

Outro aspecto positivo do Plano Safra divulgado foi a concessão de um prêmio para os produtores que atenderem critérios associados à legislação ambiental como (i) o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, (ii) não ter passivo ambiental, passível de emissão de cota de reserva ambiental e (iii) estar em Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Claramente, as medidas são insuficientes para os objetivos propostos, mas é importante reconhecer que refletem um passo fundamental que poderá ser ampliado nas próximas edições do Plano Safra.

Plano Safra de R$ 364,2 bilhões foi lançado nesta terça-feira, 27, pelo governo Lula ; valor é 27% maior do que no ano anterior Foto: Ricardo Stuckert / PR

As taxas de juros divulgadas são elevadas, em geral, no mesmo patamar daquele observado no Plano Safra do ciclo anterior. Certamente, o setor gostaria de linhas de crédito mais acessíveis, mas a realidade é que a Selic ainda está alta, e o Banco Central só poderá iniciar o ciclo de redução dessa taxa quando as expectativas de inflação para 2024 forem ancoradas em torno na meta daquele ano.

Por fim, o anúncio dessa terça-feira foi apenas a primeira parte da divulgação do Plano Safra 2023-2024. Um ponto muito importante que ainda não foi divulgado é os valores disponíveis para o Programa de Seguro Rural. As instabilidades climáticas têm se mostrado mais frequentes gerando maior risco para as atividades agropecuárias.

O seguro rural, além de conferir maior estabilidade da renda dos produtores e de todas as regiões em que o agro é a atividade econômica predominante, também facilita que o setor consiga incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade média, bem como tornam a produção mais resistente às próprias intempéries. Vamos aguardar./Felippe Serigati e Roberta Possamai são pesquisadores do FGVAgro

O Plano Safra 2023-2024 foi lançado nesta terça-feira, 27, com previsão de R$ 364,2 bilhões em crédito rural para a agricultura empresarial. O destaque positivo fica por conta do fortalecimento dos médios produtores (Pronamp) e para o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), que contam com uma maior disponibilidade de recursos.

Apesar do bom volume de crédito rural apresentado pelo Plano, ainda falta saber o montante de equalização, que será divulgado na quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). Essa informação é importante, pois é o custo desse financiamento que deixará claro se os recursos ofertados são financeiramente viáveis ou não.

Outro aspecto positivo do Plano Safra divulgado foi a concessão de um prêmio para os produtores que atenderem critérios associados à legislação ambiental como (i) o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, (ii) não ter passivo ambiental, passível de emissão de cota de reserva ambiental e (iii) estar em Programa de Regularização Ambiental (PRA).

Claramente, as medidas são insuficientes para os objetivos propostos, mas é importante reconhecer que refletem um passo fundamental que poderá ser ampliado nas próximas edições do Plano Safra.

Plano Safra de R$ 364,2 bilhões foi lançado nesta terça-feira, 27, pelo governo Lula ; valor é 27% maior do que no ano anterior Foto: Ricardo Stuckert / PR

As taxas de juros divulgadas são elevadas, em geral, no mesmo patamar daquele observado no Plano Safra do ciclo anterior. Certamente, o setor gostaria de linhas de crédito mais acessíveis, mas a realidade é que a Selic ainda está alta, e o Banco Central só poderá iniciar o ciclo de redução dessa taxa quando as expectativas de inflação para 2024 forem ancoradas em torno na meta daquele ano.

Por fim, o anúncio dessa terça-feira foi apenas a primeira parte da divulgação do Plano Safra 2023-2024. Um ponto muito importante que ainda não foi divulgado é os valores disponíveis para o Programa de Seguro Rural. As instabilidades climáticas têm se mostrado mais frequentes gerando maior risco para as atividades agropecuárias.

O seguro rural, além de conferir maior estabilidade da renda dos produtores e de todas as regiões em que o agro é a atividade econômica predominante, também facilita que o setor consiga incorporar novas tecnologias, que aumentam a produtividade média, bem como tornam a produção mais resistente às próprias intempéries. Vamos aguardar./Felippe Serigati e Roberta Possamai são pesquisadores do FGVAgro

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