Política industrial: ‘Copo está um pouco mais cheio’, diz André Clark, da Siemens


‘A Embraer, o Proálcool e o próprio agronegócio não surgiram do nada’, lembra Clark no CNN Talks, ao apontar exemplos da capacidade do Brasil de inovar e desenvolver segmentos

Por Eduardo Geraque
Atualização:

O vice-presidente da Siemens Energy Brasil, André Clark, chamou a responsabilidade para o setor privado sobre a política industrial que o governo federal tenta implementar. “É uma política feita com muito diálogo. Nós, do setor privado, temos a responsabilidade de executar aquilo mesmo que a gente desenhou. Ela foi gerada com vasta participação do mundo privado”, afirmou o executivo, nesta quinta-feira, 29, durante mais uma edição do CNN Talks, realizado no Solar Fábio Prado, na Avenida Faria Lima.

“Consigo enxergar o copo um pouco mais cheio. O Brasil fez, ao longo do tempo, políticas industriais altamente vitoriosas. A Embraer, o Proálcool e o próprio agronegócio não surgiram do nada. Há 50 anos, Mato Grosso era considerado uma região inapropriada para a agricultura”, lembra Clark.

O próprio início da Siemens no Brasil é ilustrativo: a empresa surgiu como uma fábrica criada para atender à demanda das grandes usinas hidrelétricas por máquinas potentes.

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O Brasil é vitorioso. Fizemos várias decisões corretas, por mais que possamos discutir se o mundo conspirou ou não a nosso favor

André Clark, vice-presidente da Siemens Energy Brasil

'O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem de processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde', diz Clark Foto: Werther Santana/Estadão

O próprio exemplo da Embraer, segundo Maurílio Albanese, diretor de desenvolvimento tecnológico da empresa, evoluiu a partir do tripé representado pelo governo, pela indústria e pela academia. “Antes de fazer aviões, a ideia era de que precisávamos formar engenheiros. A educação sempre foi fundamental. Hoje, são 1.700 engenheiros com mestrado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) focado no setor aeronáutico que trabalham na Embraer”, disse Albanese, ele mesmo um dos profissionais que emergiram desse grupo com uma formação focada no setor aeronáutico.

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De acordo com o executivo do grupo baseado em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, 50% da receita da Embraer vem de produtos desenvolvidos nos últimos cinco anos. O que mostra que a inovação é, e será cada vez mais, a grande mola propulsora da empresa. “Se pararmos, daqui a cinco anos a Embraer terá metade do tamanho que ela tem hoje”, diz Albanese.

Gargalos para a indústria

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Apesar dos avanços de setores como de Defesa e da construção de aviões de uma forma geral, gargalos precisam ser resolvidos, segundo Marina Viana, diretora-executiva da GE Healthcare Brasil. “Incentivos fiscais são extremamente importantes para o desenvolvimento industrial e tecnológico aqui no Brasil. Eles existem, mas precisamos ainda mais”, afirmou a executiva de um grupo com 51 mil trabalhadores do mundo e 110 mil equipamentos da área de saúde instalados apenas no Brasil.

Se a GE aposta em tecnologia, e dados conectados de forma inteligente para atender às demandas de saúde da população, o maior ciclo de prosperidade já visto na história, em curso atualmente no mundo, é movido pela necessidade de uma transição energética parruda, segundo Clark, da Siemens.

“Tem muito capital sendo investido, inclusive no Brasil. E o mercado de capitais ainda aceitou isso como um ativo. O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem que processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde. São processos que já estão acontecendo”, avaliou Clark.

O vice-presidente da Siemens Energy Brasil, André Clark, chamou a responsabilidade para o setor privado sobre a política industrial que o governo federal tenta implementar. “É uma política feita com muito diálogo. Nós, do setor privado, temos a responsabilidade de executar aquilo mesmo que a gente desenhou. Ela foi gerada com vasta participação do mundo privado”, afirmou o executivo, nesta quinta-feira, 29, durante mais uma edição do CNN Talks, realizado no Solar Fábio Prado, na Avenida Faria Lima.

“Consigo enxergar o copo um pouco mais cheio. O Brasil fez, ao longo do tempo, políticas industriais altamente vitoriosas. A Embraer, o Proálcool e o próprio agronegócio não surgiram do nada. Há 50 anos, Mato Grosso era considerado uma região inapropriada para a agricultura”, lembra Clark.

O próprio início da Siemens no Brasil é ilustrativo: a empresa surgiu como uma fábrica criada para atender à demanda das grandes usinas hidrelétricas por máquinas potentes.

O Brasil é vitorioso. Fizemos várias decisões corretas, por mais que possamos discutir se o mundo conspirou ou não a nosso favor

André Clark, vice-presidente da Siemens Energy Brasil

'O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem de processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde', diz Clark Foto: Werther Santana/Estadão

O próprio exemplo da Embraer, segundo Maurílio Albanese, diretor de desenvolvimento tecnológico da empresa, evoluiu a partir do tripé representado pelo governo, pela indústria e pela academia. “Antes de fazer aviões, a ideia era de que precisávamos formar engenheiros. A educação sempre foi fundamental. Hoje, são 1.700 engenheiros com mestrado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) focado no setor aeronáutico que trabalham na Embraer”, disse Albanese, ele mesmo um dos profissionais que emergiram desse grupo com uma formação focada no setor aeronáutico.

De acordo com o executivo do grupo baseado em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, 50% da receita da Embraer vem de produtos desenvolvidos nos últimos cinco anos. O que mostra que a inovação é, e será cada vez mais, a grande mola propulsora da empresa. “Se pararmos, daqui a cinco anos a Embraer terá metade do tamanho que ela tem hoje”, diz Albanese.

Gargalos para a indústria

Apesar dos avanços de setores como de Defesa e da construção de aviões de uma forma geral, gargalos precisam ser resolvidos, segundo Marina Viana, diretora-executiva da GE Healthcare Brasil. “Incentivos fiscais são extremamente importantes para o desenvolvimento industrial e tecnológico aqui no Brasil. Eles existem, mas precisamos ainda mais”, afirmou a executiva de um grupo com 51 mil trabalhadores do mundo e 110 mil equipamentos da área de saúde instalados apenas no Brasil.

Se a GE aposta em tecnologia, e dados conectados de forma inteligente para atender às demandas de saúde da população, o maior ciclo de prosperidade já visto na história, em curso atualmente no mundo, é movido pela necessidade de uma transição energética parruda, segundo Clark, da Siemens.

“Tem muito capital sendo investido, inclusive no Brasil. E o mercado de capitais ainda aceitou isso como um ativo. O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem que processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde. São processos que já estão acontecendo”, avaliou Clark.

O vice-presidente da Siemens Energy Brasil, André Clark, chamou a responsabilidade para o setor privado sobre a política industrial que o governo federal tenta implementar. “É uma política feita com muito diálogo. Nós, do setor privado, temos a responsabilidade de executar aquilo mesmo que a gente desenhou. Ela foi gerada com vasta participação do mundo privado”, afirmou o executivo, nesta quinta-feira, 29, durante mais uma edição do CNN Talks, realizado no Solar Fábio Prado, na Avenida Faria Lima.

“Consigo enxergar o copo um pouco mais cheio. O Brasil fez, ao longo do tempo, políticas industriais altamente vitoriosas. A Embraer, o Proálcool e o próprio agronegócio não surgiram do nada. Há 50 anos, Mato Grosso era considerado uma região inapropriada para a agricultura”, lembra Clark.

O próprio início da Siemens no Brasil é ilustrativo: a empresa surgiu como uma fábrica criada para atender à demanda das grandes usinas hidrelétricas por máquinas potentes.

O Brasil é vitorioso. Fizemos várias decisões corretas, por mais que possamos discutir se o mundo conspirou ou não a nosso favor

André Clark, vice-presidente da Siemens Energy Brasil

'O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem de processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde', diz Clark Foto: Werther Santana/Estadão

O próprio exemplo da Embraer, segundo Maurílio Albanese, diretor de desenvolvimento tecnológico da empresa, evoluiu a partir do tripé representado pelo governo, pela indústria e pela academia. “Antes de fazer aviões, a ideia era de que precisávamos formar engenheiros. A educação sempre foi fundamental. Hoje, são 1.700 engenheiros com mestrado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) focado no setor aeronáutico que trabalham na Embraer”, disse Albanese, ele mesmo um dos profissionais que emergiram desse grupo com uma formação focada no setor aeronáutico.

De acordo com o executivo do grupo baseado em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, 50% da receita da Embraer vem de produtos desenvolvidos nos últimos cinco anos. O que mostra que a inovação é, e será cada vez mais, a grande mola propulsora da empresa. “Se pararmos, daqui a cinco anos a Embraer terá metade do tamanho que ela tem hoje”, diz Albanese.

Gargalos para a indústria

Apesar dos avanços de setores como de Defesa e da construção de aviões de uma forma geral, gargalos precisam ser resolvidos, segundo Marina Viana, diretora-executiva da GE Healthcare Brasil. “Incentivos fiscais são extremamente importantes para o desenvolvimento industrial e tecnológico aqui no Brasil. Eles existem, mas precisamos ainda mais”, afirmou a executiva de um grupo com 51 mil trabalhadores do mundo e 110 mil equipamentos da área de saúde instalados apenas no Brasil.

Se a GE aposta em tecnologia, e dados conectados de forma inteligente para atender às demandas de saúde da população, o maior ciclo de prosperidade já visto na história, em curso atualmente no mundo, é movido pela necessidade de uma transição energética parruda, segundo Clark, da Siemens.

“Tem muito capital sendo investido, inclusive no Brasil. E o mercado de capitais ainda aceitou isso como um ativo. O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem que processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde. São processos que já estão acontecendo”, avaliou Clark.

O vice-presidente da Siemens Energy Brasil, André Clark, chamou a responsabilidade para o setor privado sobre a política industrial que o governo federal tenta implementar. “É uma política feita com muito diálogo. Nós, do setor privado, temos a responsabilidade de executar aquilo mesmo que a gente desenhou. Ela foi gerada com vasta participação do mundo privado”, afirmou o executivo, nesta quinta-feira, 29, durante mais uma edição do CNN Talks, realizado no Solar Fábio Prado, na Avenida Faria Lima.

“Consigo enxergar o copo um pouco mais cheio. O Brasil fez, ao longo do tempo, políticas industriais altamente vitoriosas. A Embraer, o Proálcool e o próprio agronegócio não surgiram do nada. Há 50 anos, Mato Grosso era considerado uma região inapropriada para a agricultura”, lembra Clark.

O próprio início da Siemens no Brasil é ilustrativo: a empresa surgiu como uma fábrica criada para atender à demanda das grandes usinas hidrelétricas por máquinas potentes.

O Brasil é vitorioso. Fizemos várias decisões corretas, por mais que possamos discutir se o mundo conspirou ou não a nosso favor

André Clark, vice-presidente da Siemens Energy Brasil

'O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem de processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde', diz Clark Foto: Werther Santana/Estadão

O próprio exemplo da Embraer, segundo Maurílio Albanese, diretor de desenvolvimento tecnológico da empresa, evoluiu a partir do tripé representado pelo governo, pela indústria e pela academia. “Antes de fazer aviões, a ideia era de que precisávamos formar engenheiros. A educação sempre foi fundamental. Hoje, são 1.700 engenheiros com mestrado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) focado no setor aeronáutico que trabalham na Embraer”, disse Albanese, ele mesmo um dos profissionais que emergiram desse grupo com uma formação focada no setor aeronáutico.

De acordo com o executivo do grupo baseado em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, 50% da receita da Embraer vem de produtos desenvolvidos nos últimos cinco anos. O que mostra que a inovação é, e será cada vez mais, a grande mola propulsora da empresa. “Se pararmos, daqui a cinco anos a Embraer terá metade do tamanho que ela tem hoje”, diz Albanese.

Gargalos para a indústria

Apesar dos avanços de setores como de Defesa e da construção de aviões de uma forma geral, gargalos precisam ser resolvidos, segundo Marina Viana, diretora-executiva da GE Healthcare Brasil. “Incentivos fiscais são extremamente importantes para o desenvolvimento industrial e tecnológico aqui no Brasil. Eles existem, mas precisamos ainda mais”, afirmou a executiva de um grupo com 51 mil trabalhadores do mundo e 110 mil equipamentos da área de saúde instalados apenas no Brasil.

Se a GE aposta em tecnologia, e dados conectados de forma inteligente para atender às demandas de saúde da população, o maior ciclo de prosperidade já visto na história, em curso atualmente no mundo, é movido pela necessidade de uma transição energética parruda, segundo Clark, da Siemens.

“Tem muito capital sendo investido, inclusive no Brasil. E o mercado de capitais ainda aceitou isso como um ativo. O Brasil pode abastecer o mundo com suas commodities e com sua energia verde, mas tem que processar as coisas aqui, como o aço verde, o fertilizante verde. São processos que já estão acontecendo”, avaliou Clark.

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