Porto do Açu, no Rio, inaugura primeiros armazéns para escoar soja e milho de Minas e Centro-Oeste


Expansão da estrutura custou R$ 104 milhões; próximo investimento é instalação de misturadora de fertilizantes, ao custo de R$ 200 milhões

Por Gabriel Vasconcelos

SÃO JOÃO DA BARRA - A Prumo Logística, dona do Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, deu o primeiro passo concreto na expansão da estrutura para movimentação de grãos vindos de Minas Gerais e do Centro-Oeste. A estratégia foi antecipada pelo Estadão/Broadcast no início de março.

São dois novos armazéns construídos no Terminal Multicargas (T-Mult) do porto, a um investimento de R$ 104 milhões desembolsados pela Minas Port, empresa de comercialização e logística do setor siderúrgico que agora passa a atuar junto ao agronegócio. A ideia é escoar soja e milho brasileiros pelo Açu e internalizar fertilizantes importados para aproveitar o “caminho de volta” dos caminhões.

Segundo o presidente da Minas Port, Marcelo Marra, o próximo passo da empresa é instalar uma misturadora de fertilizantes com capacidade de movimentar 850 mil toneladas desse produto por ano, a um investimento de R$ 200 milhões. O projeto, que já conta com licenciamento ambiental, terá as obras iniciadas em agosto deste ano e tem previsão de operação em outubro de 2025.

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Negócio

No caso dos armazéns, e também da futura misturadora de fertilizantes, a Minas Port pagará o aluguel à Prumo pelas áreas. São 20 anos de contrato para uso da área e do cais. O presidente do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo, diz que esse é só um primeiro movimento na direção do agro. Há conversas “avançadas” com a própria Minas Port e outras empresas para a construção de novos terminais dedicados a grãos em breve.

Porto de Açu tenta atrair exportações do agronegócio Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO
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Por ora, os dois novos armazéns da Minas Port, que totalizam 12,8 mil m² cobertos, adicionam uma capacidade de estocagem de 70 mil toneladas de grãos, o equivalente a 2 mil caminhões do tipo rodotrem cheios. Hoje, diz Figueiredo, toda essa soja e milho vão para China e Oriente Médio.

O pátio aberto anexo, com cerca de 14 mil m², também vai armazenar outros produtos, como insumos para cimenteiras e cales, além de carvão mineral. O Porto do Açu já vinha movimentando grãos por meio do T-Mult, que contava com três armazéns cobertos para cargas genéricas desde 2023. No ano passado, foram 200 mil toneladas de milho e soja. Para este ano, é esperada movimentação de 500 mil toneladas desses grãos e, para 2025, 3 milhões de toneladas.

Segundo Marra, da Minas Port, a armazenagem do terminal já está toda “comprada” no curto prazo, o que se deve à fuga das empresas do setor de Portos marcados por filas, como Santos. “Só em 2023, a espera para atracação (demurrage) nos portos de Santos e Paranaguá custaram R$ 3 bilhões ao setor”, disse.

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Nessa linha, o presidente da Prumo Logística, Rogério Zampronha, disse que a fila nos grandes portos públicos do País chegou a mais de dois meses no ano passado, sendo que um único dia de espera de um navio de grande porte pode custar entre US$ 20 mil e US$ 25 mil, o que não acontece hoje no Açu, um porto privado.

Para além disso, diz Marra, o aproveitamento dos armazéns e cais para o recebimento de fertilizantes que voltarão nos mesmos caminhões que trouxerem os grãos vai reduzir o custo total da operação “fazenda-navio” da Minas Port em 20%.

T-Mult

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No ano passado, o T-Mult do Porto do Açu movimentou 2,1 milhões de toneladas entre grãos e outros produtos, uma alta de 33% em relação a 2022. Então foram adicionadas ao portfólio cargas como briquetes de minério de ferro, lítio, grãos e sal recebido por cabotagem, de 55 clientes.

Embora desponte como alavanca para novos negócios no curto prazo, o T-Mult ainda representa um volume pequeno da movimentação total do Porto do Açu, 85 milhões de toneladas, dominadas em 90% por petróleo para exportação e minério de ferro, que alcançaram, respectivamente, 50 milhões e 24 milhões de toneladas em 2023. Esses volumes são puxados pelas operações de logística de óleo e gás da Vast e de minério da Anglo American, que leva sua produção de Minas Gerais ao Açu por meio de um mineroduto de 529 quilômetros.

Ampliação do cais

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Com a ampliação dos terminais, até o fim deste ano, a área de cais operacional do T-Mult será alongada de 340 metros para 500 metros, com um calado de até 13,1 metros, e um segundo berço para operar dois navios do tipo Panamax simultaneamente. O Açu planeja, nos próximos anos, alcançar uma movimentação de grãos de 5 milhões de toneladas, o equivalente à movimentação simultânea de dois navios de grande porte.

Dona do Porto, a Prumo Logística é controlada pelo grupo americano de private equity EIG Global Energy Partners, com 59,6% da empresa.

SÃO JOÃO DA BARRA - A Prumo Logística, dona do Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, deu o primeiro passo concreto na expansão da estrutura para movimentação de grãos vindos de Minas Gerais e do Centro-Oeste. A estratégia foi antecipada pelo Estadão/Broadcast no início de março.

São dois novos armazéns construídos no Terminal Multicargas (T-Mult) do porto, a um investimento de R$ 104 milhões desembolsados pela Minas Port, empresa de comercialização e logística do setor siderúrgico que agora passa a atuar junto ao agronegócio. A ideia é escoar soja e milho brasileiros pelo Açu e internalizar fertilizantes importados para aproveitar o “caminho de volta” dos caminhões.

Segundo o presidente da Minas Port, Marcelo Marra, o próximo passo da empresa é instalar uma misturadora de fertilizantes com capacidade de movimentar 850 mil toneladas desse produto por ano, a um investimento de R$ 200 milhões. O projeto, que já conta com licenciamento ambiental, terá as obras iniciadas em agosto deste ano e tem previsão de operação em outubro de 2025.

Negócio

No caso dos armazéns, e também da futura misturadora de fertilizantes, a Minas Port pagará o aluguel à Prumo pelas áreas. São 20 anos de contrato para uso da área e do cais. O presidente do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo, diz que esse é só um primeiro movimento na direção do agro. Há conversas “avançadas” com a própria Minas Port e outras empresas para a construção de novos terminais dedicados a grãos em breve.

Porto de Açu tenta atrair exportações do agronegócio Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO

Por ora, os dois novos armazéns da Minas Port, que totalizam 12,8 mil m² cobertos, adicionam uma capacidade de estocagem de 70 mil toneladas de grãos, o equivalente a 2 mil caminhões do tipo rodotrem cheios. Hoje, diz Figueiredo, toda essa soja e milho vão para China e Oriente Médio.

O pátio aberto anexo, com cerca de 14 mil m², também vai armazenar outros produtos, como insumos para cimenteiras e cales, além de carvão mineral. O Porto do Açu já vinha movimentando grãos por meio do T-Mult, que contava com três armazéns cobertos para cargas genéricas desde 2023. No ano passado, foram 200 mil toneladas de milho e soja. Para este ano, é esperada movimentação de 500 mil toneladas desses grãos e, para 2025, 3 milhões de toneladas.

Segundo Marra, da Minas Port, a armazenagem do terminal já está toda “comprada” no curto prazo, o que se deve à fuga das empresas do setor de Portos marcados por filas, como Santos. “Só em 2023, a espera para atracação (demurrage) nos portos de Santos e Paranaguá custaram R$ 3 bilhões ao setor”, disse.

Nessa linha, o presidente da Prumo Logística, Rogério Zampronha, disse que a fila nos grandes portos públicos do País chegou a mais de dois meses no ano passado, sendo que um único dia de espera de um navio de grande porte pode custar entre US$ 20 mil e US$ 25 mil, o que não acontece hoje no Açu, um porto privado.

Para além disso, diz Marra, o aproveitamento dos armazéns e cais para o recebimento de fertilizantes que voltarão nos mesmos caminhões que trouxerem os grãos vai reduzir o custo total da operação “fazenda-navio” da Minas Port em 20%.

T-Mult

No ano passado, o T-Mult do Porto do Açu movimentou 2,1 milhões de toneladas entre grãos e outros produtos, uma alta de 33% em relação a 2022. Então foram adicionadas ao portfólio cargas como briquetes de minério de ferro, lítio, grãos e sal recebido por cabotagem, de 55 clientes.

Embora desponte como alavanca para novos negócios no curto prazo, o T-Mult ainda representa um volume pequeno da movimentação total do Porto do Açu, 85 milhões de toneladas, dominadas em 90% por petróleo para exportação e minério de ferro, que alcançaram, respectivamente, 50 milhões e 24 milhões de toneladas em 2023. Esses volumes são puxados pelas operações de logística de óleo e gás da Vast e de minério da Anglo American, que leva sua produção de Minas Gerais ao Açu por meio de um mineroduto de 529 quilômetros.

Ampliação do cais

Com a ampliação dos terminais, até o fim deste ano, a área de cais operacional do T-Mult será alongada de 340 metros para 500 metros, com um calado de até 13,1 metros, e um segundo berço para operar dois navios do tipo Panamax simultaneamente. O Açu planeja, nos próximos anos, alcançar uma movimentação de grãos de 5 milhões de toneladas, o equivalente à movimentação simultânea de dois navios de grande porte.

Dona do Porto, a Prumo Logística é controlada pelo grupo americano de private equity EIG Global Energy Partners, com 59,6% da empresa.

SÃO JOÃO DA BARRA - A Prumo Logística, dona do Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, deu o primeiro passo concreto na expansão da estrutura para movimentação de grãos vindos de Minas Gerais e do Centro-Oeste. A estratégia foi antecipada pelo Estadão/Broadcast no início de março.

São dois novos armazéns construídos no Terminal Multicargas (T-Mult) do porto, a um investimento de R$ 104 milhões desembolsados pela Minas Port, empresa de comercialização e logística do setor siderúrgico que agora passa a atuar junto ao agronegócio. A ideia é escoar soja e milho brasileiros pelo Açu e internalizar fertilizantes importados para aproveitar o “caminho de volta” dos caminhões.

Segundo o presidente da Minas Port, Marcelo Marra, o próximo passo da empresa é instalar uma misturadora de fertilizantes com capacidade de movimentar 850 mil toneladas desse produto por ano, a um investimento de R$ 200 milhões. O projeto, que já conta com licenciamento ambiental, terá as obras iniciadas em agosto deste ano e tem previsão de operação em outubro de 2025.

Negócio

No caso dos armazéns, e também da futura misturadora de fertilizantes, a Minas Port pagará o aluguel à Prumo pelas áreas. São 20 anos de contrato para uso da área e do cais. O presidente do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo, diz que esse é só um primeiro movimento na direção do agro. Há conversas “avançadas” com a própria Minas Port e outras empresas para a construção de novos terminais dedicados a grãos em breve.

Porto de Açu tenta atrair exportações do agronegócio Foto: PEDRO KIRILOS / ESTADÃO

Por ora, os dois novos armazéns da Minas Port, que totalizam 12,8 mil m² cobertos, adicionam uma capacidade de estocagem de 70 mil toneladas de grãos, o equivalente a 2 mil caminhões do tipo rodotrem cheios. Hoje, diz Figueiredo, toda essa soja e milho vão para China e Oriente Médio.

O pátio aberto anexo, com cerca de 14 mil m², também vai armazenar outros produtos, como insumos para cimenteiras e cales, além de carvão mineral. O Porto do Açu já vinha movimentando grãos por meio do T-Mult, que contava com três armazéns cobertos para cargas genéricas desde 2023. No ano passado, foram 200 mil toneladas de milho e soja. Para este ano, é esperada movimentação de 500 mil toneladas desses grãos e, para 2025, 3 milhões de toneladas.

Segundo Marra, da Minas Port, a armazenagem do terminal já está toda “comprada” no curto prazo, o que se deve à fuga das empresas do setor de Portos marcados por filas, como Santos. “Só em 2023, a espera para atracação (demurrage) nos portos de Santos e Paranaguá custaram R$ 3 bilhões ao setor”, disse.

Nessa linha, o presidente da Prumo Logística, Rogério Zampronha, disse que a fila nos grandes portos públicos do País chegou a mais de dois meses no ano passado, sendo que um único dia de espera de um navio de grande porte pode custar entre US$ 20 mil e US$ 25 mil, o que não acontece hoje no Açu, um porto privado.

Para além disso, diz Marra, o aproveitamento dos armazéns e cais para o recebimento de fertilizantes que voltarão nos mesmos caminhões que trouxerem os grãos vai reduzir o custo total da operação “fazenda-navio” da Minas Port em 20%.

T-Mult

No ano passado, o T-Mult do Porto do Açu movimentou 2,1 milhões de toneladas entre grãos e outros produtos, uma alta de 33% em relação a 2022. Então foram adicionadas ao portfólio cargas como briquetes de minério de ferro, lítio, grãos e sal recebido por cabotagem, de 55 clientes.

Embora desponte como alavanca para novos negócios no curto prazo, o T-Mult ainda representa um volume pequeno da movimentação total do Porto do Açu, 85 milhões de toneladas, dominadas em 90% por petróleo para exportação e minério de ferro, que alcançaram, respectivamente, 50 milhões e 24 milhões de toneladas em 2023. Esses volumes são puxados pelas operações de logística de óleo e gás da Vast e de minério da Anglo American, que leva sua produção de Minas Gerais ao Açu por meio de um mineroduto de 529 quilômetros.

Ampliação do cais

Com a ampliação dos terminais, até o fim deste ano, a área de cais operacional do T-Mult será alongada de 340 metros para 500 metros, com um calado de até 13,1 metros, e um segundo berço para operar dois navios do tipo Panamax simultaneamente. O Açu planeja, nos próximos anos, alcançar uma movimentação de grãos de 5 milhões de toneladas, o equivalente à movimentação simultânea de dois navios de grande porte.

Dona do Porto, a Prumo Logística é controlada pelo grupo americano de private equity EIG Global Energy Partners, com 59,6% da empresa.

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