Prates: ‘Não podemos nos desgarrar completamente do preço internacional’


Segundo presidente da Petrobras, preço dos combustíveis irá acompanhar alta do petróleo, mas não com mesma ‘volatilidade’ dos governos anteriores

Por Denise Luna
Atualização:

RIO - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse há pouco à CNN, que a nova política de preços da companhia não vai se afastar dos preços internacionais, mas dará maior flexibilidade para administrar as altas e baixas da gasolina e do diesel, reduzindo a volatilidade no mercado interno.

“Quando subir (o preço do petróleo), o nosso preço vai subir, mas não com a volatilidade que ocorreu em 2021 e 2022″, disse o executivo, referindo-se ao governo Bolsonaro, que manteve a política de paridade de preços de importação (PPI), implantada em 2016, durante o governo Temer.

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Prates afirmou que as novas diretrizes são “iguais a de qualquer empresa de petróleo” e que a ideia da companhia é implantar a nova política “aos pouquinhos”. Segundo ele, o novo modelo vai até o máximo do custo alternativo do cliente até o mínimo para a empresa.

“No limite máximo, o cliente não compra de mim, no mínimo, eu não quero vender”, explicou, afirmando que assim a Petrobras poderá conquistar mercado por se tornar mais competitiva.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Foto: MAURO PIMENTEL / AFP
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Ele voltou a criticar o PPI, que leva em conta os custos de importação, além do câmbio e da variação do preço do petróleo, afirmando que a antiga política “entregava toda a volatilidade especulativa, de países e guerras” no mercado brasileiro.

“A Petrobras se liberta, se alforria desse dogma do PPI, que foi muito mais falado do que praticado, e a gente volta a praticar uma política de uma empresa normal, que faz preço de acordo com as suas vantagens”, afirmou.

Concorrência

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Prates negou na entrevista que a Petrobras ainda seja o único agente do mercado de combustíveis no Brasil. Por isso, disse não entender a pressão sobre a estatal para praticar preços atrelados à importação.

“A Petrobras tem concorrência, todas as refinarias do mundo são concorrentes. No Brasil temos no Amazonas (Ream) e na Bahia (Mataripe)”, disse. “Porque se importo 1%, não posso vender ao preço de importação 99%”, completou.

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A Petrobras responde por cerca de 80% do mercado de derivados. Cerca de 14% ficam com a Acelen e outros 5% são de outras pequenas refinarias e importações, principalmente de diesel.

Prates tem dito que a nova política é necessária porque a Petrobras vinha perdendo clientes para seus concorrentes, entre eles, importadores.

Ele voltou a dizer que o PPI era uma “abstração”, classificação utilizada por ele desde que assumiu a empresa. Segundo ele, o PPI não trazia a previsibilidade que cobram da estatal, e que a partir de agora será mais fácil administrar o preço segundo as oscilações normais do mercado.

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“É um colchão limitado, mas manejando as refinarias conseguimos fazer a gestão disso”, explicou.

RIO - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse há pouco à CNN, que a nova política de preços da companhia não vai se afastar dos preços internacionais, mas dará maior flexibilidade para administrar as altas e baixas da gasolina e do diesel, reduzindo a volatilidade no mercado interno.

“Quando subir (o preço do petróleo), o nosso preço vai subir, mas não com a volatilidade que ocorreu em 2021 e 2022″, disse o executivo, referindo-se ao governo Bolsonaro, que manteve a política de paridade de preços de importação (PPI), implantada em 2016, durante o governo Temer.

Prates afirmou que as novas diretrizes são “iguais a de qualquer empresa de petróleo” e que a ideia da companhia é implantar a nova política “aos pouquinhos”. Segundo ele, o novo modelo vai até o máximo do custo alternativo do cliente até o mínimo para a empresa.

“No limite máximo, o cliente não compra de mim, no mínimo, eu não quero vender”, explicou, afirmando que assim a Petrobras poderá conquistar mercado por se tornar mais competitiva.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

Ele voltou a criticar o PPI, que leva em conta os custos de importação, além do câmbio e da variação do preço do petróleo, afirmando que a antiga política “entregava toda a volatilidade especulativa, de países e guerras” no mercado brasileiro.

“A Petrobras se liberta, se alforria desse dogma do PPI, que foi muito mais falado do que praticado, e a gente volta a praticar uma política de uma empresa normal, que faz preço de acordo com as suas vantagens”, afirmou.

Concorrência

Prates negou na entrevista que a Petrobras ainda seja o único agente do mercado de combustíveis no Brasil. Por isso, disse não entender a pressão sobre a estatal para praticar preços atrelados à importação.

“A Petrobras tem concorrência, todas as refinarias do mundo são concorrentes. No Brasil temos no Amazonas (Ream) e na Bahia (Mataripe)”, disse. “Porque se importo 1%, não posso vender ao preço de importação 99%”, completou.

A Petrobras responde por cerca de 80% do mercado de derivados. Cerca de 14% ficam com a Acelen e outros 5% são de outras pequenas refinarias e importações, principalmente de diesel.

Prates tem dito que a nova política é necessária porque a Petrobras vinha perdendo clientes para seus concorrentes, entre eles, importadores.

Ele voltou a dizer que o PPI era uma “abstração”, classificação utilizada por ele desde que assumiu a empresa. Segundo ele, o PPI não trazia a previsibilidade que cobram da estatal, e que a partir de agora será mais fácil administrar o preço segundo as oscilações normais do mercado.

“É um colchão limitado, mas manejando as refinarias conseguimos fazer a gestão disso”, explicou.

RIO - O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse há pouco à CNN, que a nova política de preços da companhia não vai se afastar dos preços internacionais, mas dará maior flexibilidade para administrar as altas e baixas da gasolina e do diesel, reduzindo a volatilidade no mercado interno.

“Quando subir (o preço do petróleo), o nosso preço vai subir, mas não com a volatilidade que ocorreu em 2021 e 2022″, disse o executivo, referindo-se ao governo Bolsonaro, que manteve a política de paridade de preços de importação (PPI), implantada em 2016, durante o governo Temer.

Prates afirmou que as novas diretrizes são “iguais a de qualquer empresa de petróleo” e que a ideia da companhia é implantar a nova política “aos pouquinhos”. Segundo ele, o novo modelo vai até o máximo do custo alternativo do cliente até o mínimo para a empresa.

“No limite máximo, o cliente não compra de mim, no mínimo, eu não quero vender”, explicou, afirmando que assim a Petrobras poderá conquistar mercado por se tornar mais competitiva.

Jean Paul Prates, presidente da Petrobras Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

Ele voltou a criticar o PPI, que leva em conta os custos de importação, além do câmbio e da variação do preço do petróleo, afirmando que a antiga política “entregava toda a volatilidade especulativa, de países e guerras” no mercado brasileiro.

“A Petrobras se liberta, se alforria desse dogma do PPI, que foi muito mais falado do que praticado, e a gente volta a praticar uma política de uma empresa normal, que faz preço de acordo com as suas vantagens”, afirmou.

Concorrência

Prates negou na entrevista que a Petrobras ainda seja o único agente do mercado de combustíveis no Brasil. Por isso, disse não entender a pressão sobre a estatal para praticar preços atrelados à importação.

“A Petrobras tem concorrência, todas as refinarias do mundo são concorrentes. No Brasil temos no Amazonas (Ream) e na Bahia (Mataripe)”, disse. “Porque se importo 1%, não posso vender ao preço de importação 99%”, completou.

A Petrobras responde por cerca de 80% do mercado de derivados. Cerca de 14% ficam com a Acelen e outros 5% são de outras pequenas refinarias e importações, principalmente de diesel.

Prates tem dito que a nova política é necessária porque a Petrobras vinha perdendo clientes para seus concorrentes, entre eles, importadores.

Ele voltou a dizer que o PPI era uma “abstração”, classificação utilizada por ele desde que assumiu a empresa. Segundo ele, o PPI não trazia a previsibilidade que cobram da estatal, e que a partir de agora será mais fácil administrar o preço segundo as oscilações normais do mercado.

“É um colchão limitado, mas manejando as refinarias conseguimos fazer a gestão disso”, explicou.

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