Prazos da renda fixa merecem atenção


Sair antes da hora de uma posição pode obrigar investidor a deixar ‘retorno na mesa’

Por Estadão Blue Studio

Com a Selic ainda na faixa de dois dígitos, a renda fixa continua como a queridinha entre os brasileiros. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as ofertas no mercado de capitais atingiram o recorde de R$ 337,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, puxadas pelos instrumentos de renda fixa, que captaram R$ 305 bilhões – equivalentes a 90% do total.

“O segmento continua extremamente atrativo. As taxas de juros ainda estão bastante elevadas e a perspectiva é de que permaneçam assim por um período considerável. Isso permite alocações com ganho real significativo em diversas modalidades, como pós-fixados, prefixados e atrelados à inflação”, diz Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentos.

Divulgação Foto: Getty Images
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A escolha do tipo de ativo mais indicado dependerá do prazo, dos objetivos e do perfil de risco de cada investidor. Josias Bento, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, diz que, para investidores conservadores ou aqueles que buscam preservar o capital, títulos pós-fixados como Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária e Letras de Câmbio (LCs) pós-fixadas são opções interessantes. “Esses ativos acompanham a taxa de juros e oferecem maior segurança”, aponta.

Por outro lado, papéis prefixados e atrelados à inflação – como Tesouro IPCA+ e CDBs prefixados – podem ser utilizados para “travar” taxas mais altas e garantir uma rentabilidade acima da inflação ao longo do tempo. “Além disso, debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, também podem ser consideradas, especialmente para investidores com horizonte de médio a longo prazo”, destaca.

Horizonte temporal

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É importante saber que ativos prefixados e atrelados à inflação estão sujeitos à marcação a mercado. Isso significa que, se o investidor precisar resgatar antes do vencimento, o rendimento pode ser diferente daquele que foi inicialmente combinado. “Se o investidor não quer estar sujeito a essa volatilidade, ele precisa carregar o investimento até o vencimento, escolhendo prazos que possa aguardar”, afirma Luigi Wis.

Para investidores que precisam do dinheiro em menos tempo, como nove meses ou um ano, ele afirma que o ideal é buscar Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) ou Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que são isentas de Imposto de Renda. Isso porque a alíquota de IR da renda fixa é regressiva, e no curto prazo os papéis que são tributados podem ser menos vantajosos.

Os investidores que visam investir por mais de dois anos podem olhar com maior atenção para os CDBs, pois a alíquota de IR é menor, de 15% sobre o lucro. Também é fundamental lembrar que o primeiro passo de todos os investidores deve ser montar uma reserva de emergência, com aplicações que possam ser resgatadas a qualquer momento, sem risco de perder parte do que foi investido. “Essa reserva deve ter ativos seguros e com bastante liquidez. Muitos investidores colocam um pouco de risco nessas operações, mas na hora que precisam usar o dinheiro acabam deixando parte do retorno ‘na mesa’”, alerta Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital. CDBs que pagam pelo menos 100% do CDI e tenham liquidez diária e Tesouro Selic estão entre os investimentos mais indicados por especialistas para a reserva de emergência.

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Vale a pena sair antes?

Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, afirma que sair de uma posição de renda fixa antes do prazo final só é vantajoso se não houver custos extras, que geralmente são cobrados pelas corretoras pelo resgate antecipado. “Se houver penalidades, geralmente não compensa sair antecipadamente, a menos que a nova oportunidade de investimento ofereça um retorno substancialmente maior, que cubra esse custo”, diz.

O executivo afirma que investimentos feitos em 2020 e 2021, durante o pico da pandemia de covid-19, podem ter rendimentos menos favoráveis comparados aos das aplicações realizadas a partir de 2022, quando as taxas de juros começaram a subir.

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Mesmo assim, é preciso avaliar o prejuízo que você terá por sair antes do prazo e também considerar fatores como o ambiente econômico, expectativas de movimentações futuras na taxa de juros, além da sua necessidade de liquidez. “Em momentos de alta volatilidade ou incerteza, manter investimentos de renda fixa até o vencimento pode oferecer maior segurança financeira. Avaliar o cenário macroeconômico e suas implicações é fundamental para tomar uma decisão bem-informada”, conclui.

Com a Selic ainda na faixa de dois dígitos, a renda fixa continua como a queridinha entre os brasileiros. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as ofertas no mercado de capitais atingiram o recorde de R$ 337,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, puxadas pelos instrumentos de renda fixa, que captaram R$ 305 bilhões – equivalentes a 90% do total.

“O segmento continua extremamente atrativo. As taxas de juros ainda estão bastante elevadas e a perspectiva é de que permaneçam assim por um período considerável. Isso permite alocações com ganho real significativo em diversas modalidades, como pós-fixados, prefixados e atrelados à inflação”, diz Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentos.

Divulgação Foto: Getty Images

A escolha do tipo de ativo mais indicado dependerá do prazo, dos objetivos e do perfil de risco de cada investidor. Josias Bento, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, diz que, para investidores conservadores ou aqueles que buscam preservar o capital, títulos pós-fixados como Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária e Letras de Câmbio (LCs) pós-fixadas são opções interessantes. “Esses ativos acompanham a taxa de juros e oferecem maior segurança”, aponta.

Por outro lado, papéis prefixados e atrelados à inflação – como Tesouro IPCA+ e CDBs prefixados – podem ser utilizados para “travar” taxas mais altas e garantir uma rentabilidade acima da inflação ao longo do tempo. “Além disso, debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, também podem ser consideradas, especialmente para investidores com horizonte de médio a longo prazo”, destaca.

Horizonte temporal

É importante saber que ativos prefixados e atrelados à inflação estão sujeitos à marcação a mercado. Isso significa que, se o investidor precisar resgatar antes do vencimento, o rendimento pode ser diferente daquele que foi inicialmente combinado. “Se o investidor não quer estar sujeito a essa volatilidade, ele precisa carregar o investimento até o vencimento, escolhendo prazos que possa aguardar”, afirma Luigi Wis.

Para investidores que precisam do dinheiro em menos tempo, como nove meses ou um ano, ele afirma que o ideal é buscar Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) ou Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que são isentas de Imposto de Renda. Isso porque a alíquota de IR da renda fixa é regressiva, e no curto prazo os papéis que são tributados podem ser menos vantajosos.

Os investidores que visam investir por mais de dois anos podem olhar com maior atenção para os CDBs, pois a alíquota de IR é menor, de 15% sobre o lucro. Também é fundamental lembrar que o primeiro passo de todos os investidores deve ser montar uma reserva de emergência, com aplicações que possam ser resgatadas a qualquer momento, sem risco de perder parte do que foi investido. “Essa reserva deve ter ativos seguros e com bastante liquidez. Muitos investidores colocam um pouco de risco nessas operações, mas na hora que precisam usar o dinheiro acabam deixando parte do retorno ‘na mesa’”, alerta Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital. CDBs que pagam pelo menos 100% do CDI e tenham liquidez diária e Tesouro Selic estão entre os investimentos mais indicados por especialistas para a reserva de emergência.

Vale a pena sair antes?

Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, afirma que sair de uma posição de renda fixa antes do prazo final só é vantajoso se não houver custos extras, que geralmente são cobrados pelas corretoras pelo resgate antecipado. “Se houver penalidades, geralmente não compensa sair antecipadamente, a menos que a nova oportunidade de investimento ofereça um retorno substancialmente maior, que cubra esse custo”, diz.

O executivo afirma que investimentos feitos em 2020 e 2021, durante o pico da pandemia de covid-19, podem ter rendimentos menos favoráveis comparados aos das aplicações realizadas a partir de 2022, quando as taxas de juros começaram a subir.

Mesmo assim, é preciso avaliar o prejuízo que você terá por sair antes do prazo e também considerar fatores como o ambiente econômico, expectativas de movimentações futuras na taxa de juros, além da sua necessidade de liquidez. “Em momentos de alta volatilidade ou incerteza, manter investimentos de renda fixa até o vencimento pode oferecer maior segurança financeira. Avaliar o cenário macroeconômico e suas implicações é fundamental para tomar uma decisão bem-informada”, conclui.

Com a Selic ainda na faixa de dois dígitos, a renda fixa continua como a queridinha entre os brasileiros. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que as ofertas no mercado de capitais atingiram o recorde de R$ 337,9 bilhões no primeiro semestre de 2024, puxadas pelos instrumentos de renda fixa, que captaram R$ 305 bilhões – equivalentes a 90% do total.

“O segmento continua extremamente atrativo. As taxas de juros ainda estão bastante elevadas e a perspectiva é de que permaneçam assim por um período considerável. Isso permite alocações com ganho real significativo em diversas modalidades, como pós-fixados, prefixados e atrelados à inflação”, diz Luigi Wis, especialista em investimentos da Genial Investimentos.

Divulgação Foto: Getty Images

A escolha do tipo de ativo mais indicado dependerá do prazo, dos objetivos e do perfil de risco de cada investidor. Josias Bento, especialista em mercado de capitais e sócio da GT Capital, diz que, para investidores conservadores ou aqueles que buscam preservar o capital, títulos pós-fixados como Tesouro Selic, Certificados de Depósito Bancário (CDBs) de liquidez diária e Letras de Câmbio (LCs) pós-fixadas são opções interessantes. “Esses ativos acompanham a taxa de juros e oferecem maior segurança”, aponta.

Por outro lado, papéis prefixados e atrelados à inflação – como Tesouro IPCA+ e CDBs prefixados – podem ser utilizados para “travar” taxas mais altas e garantir uma rentabilidade acima da inflação ao longo do tempo. “Além disso, debêntures incentivadas, que são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, também podem ser consideradas, especialmente para investidores com horizonte de médio a longo prazo”, destaca.

Horizonte temporal

É importante saber que ativos prefixados e atrelados à inflação estão sujeitos à marcação a mercado. Isso significa que, se o investidor precisar resgatar antes do vencimento, o rendimento pode ser diferente daquele que foi inicialmente combinado. “Se o investidor não quer estar sujeito a essa volatilidade, ele precisa carregar o investimento até o vencimento, escolhendo prazos que possa aguardar”, afirma Luigi Wis.

Para investidores que precisam do dinheiro em menos tempo, como nove meses ou um ano, ele afirma que o ideal é buscar Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) ou Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), que são isentas de Imposto de Renda. Isso porque a alíquota de IR da renda fixa é regressiva, e no curto prazo os papéis que são tributados podem ser menos vantajosos.

Os investidores que visam investir por mais de dois anos podem olhar com maior atenção para os CDBs, pois a alíquota de IR é menor, de 15% sobre o lucro. Também é fundamental lembrar que o primeiro passo de todos os investidores deve ser montar uma reserva de emergência, com aplicações que possam ser resgatadas a qualquer momento, sem risco de perder parte do que foi investido. “Essa reserva deve ter ativos seguros e com bastante liquidez. Muitos investidores colocam um pouco de risco nessas operações, mas na hora que precisam usar o dinheiro acabam deixando parte do retorno ‘na mesa’”, alerta Kaique Fonseca, economista e sócio da A7 Capital. CDBs que pagam pelo menos 100% do CDI e tenham liquidez diária e Tesouro Selic estão entre os investimentos mais indicados por especialistas para a reserva de emergência.

Vale a pena sair antes?

Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, afirma que sair de uma posição de renda fixa antes do prazo final só é vantajoso se não houver custos extras, que geralmente são cobrados pelas corretoras pelo resgate antecipado. “Se houver penalidades, geralmente não compensa sair antecipadamente, a menos que a nova oportunidade de investimento ofereça um retorno substancialmente maior, que cubra esse custo”, diz.

O executivo afirma que investimentos feitos em 2020 e 2021, durante o pico da pandemia de covid-19, podem ter rendimentos menos favoráveis comparados aos das aplicações realizadas a partir de 2022, quando as taxas de juros começaram a subir.

Mesmo assim, é preciso avaliar o prejuízo que você terá por sair antes do prazo e também considerar fatores como o ambiente econômico, expectativas de movimentações futuras na taxa de juros, além da sua necessidade de liquidez. “Em momentos de alta volatilidade ou incerteza, manter investimentos de renda fixa até o vencimento pode oferecer maior segurança financeira. Avaliar o cenário macroeconômico e suas implicações é fundamental para tomar uma decisão bem-informada”, conclui.

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