Preço de mais da metade dos alimentos no supermercado caiu ou se manteve estável em junho, diz FGV


Deflação de custos chega ao varejo e deve ajudar a moderar a inflação oficial do País nos próximos meses, aponta estudo

Por Daniela Amorim

RIO - Os preços no atacado vêm renovando recorde de quedas a cada nova divulgação do Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação de custos, enfim, já chega ao varejo, e deve ajudar a moderar a inflação oficial do País nos próximos meses, aponta um estudo sobre a disseminação de aumentos de preços em diferentes estágios da atividade econômica, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) a pedido do Estadão/Broadcast.

Dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, o índice de difusão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que mostra a proporção de itens com aumentos de preços do atacado, ficou abaixo dos 30% pela primeira vez na série histórica iniciada em 2010: apenas 27,99% tiveram alta. No mês de junho, essa fatia caiu ainda mais, para 22,16%, ressaltou Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV. O resultado significa que quase 80% dos produtos no atacado registraram queda ou estabilidade de preços no último mês.

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“Agora em junho foi também a primeira vez na série histórica que a difusão do IPA-Alimentos (itens alimentícios comercializados no atacado) ficou abaixo dos 30%: 28,21%”, acrescentou Peçanha.

Os cortes de preços de alimentos no atacado são os que mais se refletem em reduções também no varejo, cuja variação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), ressalta o pesquisador.

“Quanto ao IPC, agora em junho foi a primeira vez desde outubro de 2019 que a difusão do IPC-Alimentação ficou abaixo de 50% (48,03%), ou seja, mais da metade dos alimentos no supermercado nesse último mês caíram de preço ou ficaram com preço estável”, frisou Peçanha.

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Preços de alimentos caíram ou se mantiveram no mesmo nível nos supermercados Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

O IGP-DI de junho caiu 1,45%, com quedas de preços tanto no atacado, -2,13%, quanto no varejo, -0,10%. O IGP-DI acumulou uma retração de 7,44% em 12 meses, taxa mais negativa da série histórica iniciada em 1944. O resultado foi puxado pela deflação no atacado: o IPA-DI acumulou uma queda também recorde de 11,21% em 12 meses.

“Esses efeitos do IPA ainda não se materializaram integralmente no varejo. Ainda têm alguns repasses de quedas que podem favorecer um número mais baixo para a inflação ao consumidor este ano. Boa parte disso pode acontecer em alimentos ainda”, previu André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV.

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Segundo Braz, repasses mais intensos das quedas de custos do atacado para o varejo podem levar o IPC a encerrar o ano de 2023 em patamar mais baixo do que o previsto. O mesmo vale para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Acontece o impacto no atacado, e três meses depois ele se transmite para o varejo”, calculou Braz. “O varejo tem uma série de coisas que podem influenciar: concorrência, margem de lucro, frete. Às vezes, o que gente vê no produtor não chega ao consumidor com a mesma intensidade”, ponderou.

O pesquisador Matheus Peçanha, do Ibre/FGV, construiu a série histórica do índice de difusão para a inflação pelo IPA-DI e pelo IPC-DI, fazendo diferentes exercícios de itens investigados para testar a lógica de repasse de custos do atacado para o varejo ao longo do tempo.

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“Dentro dos bens livres, já é conhecido que os alimentos possuem uma dinâmica muito mais ativa nesse quesito de repasse de custos”, lembrou Peçanha. “Mesmo olhando para o curtíssimo prazo da trajetória da difusão dos itens alimentícios do IPA, já dá para ter um bom ‘insight’ do que vai ocorrer com a trajetória da difusão dos alimentos no IPC”, acrescentou.

Os produtos agropecuários, que concentram a maior parte dos itens alimentícios, acumulam uma queda de preços de 15,14% no atacado nos 12 meses encerrados em junho de 2023. Peçanha lembra que os alimentos respondem por quase 20% da cesta de consumo das famílias, ou seja, praticamente um quinto do cálculo da inflação ao consumidor.

“Se o IPA ainda está muito negativo, isso ainda é uma notícia favorável ao consumidor. Quer dizer, ainda há espaço para os alimentos caírem mais ao consumidor”, corroborou André Braz.

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Braz prevê que o IPCA encerre 2023 com alta de 4,8%, seguido por aumento de 3,8% em 2024.“A inflação pode ficar dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação em 2023″, ressaltou Braz. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, com teto de tolerância de 4,75%.

RIO - Os preços no atacado vêm renovando recorde de quedas a cada nova divulgação do Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação de custos, enfim, já chega ao varejo, e deve ajudar a moderar a inflação oficial do País nos próximos meses, aponta um estudo sobre a disseminação de aumentos de preços em diferentes estágios da atividade econômica, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) a pedido do Estadão/Broadcast.

Dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, o índice de difusão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que mostra a proporção de itens com aumentos de preços do atacado, ficou abaixo dos 30% pela primeira vez na série histórica iniciada em 2010: apenas 27,99% tiveram alta. No mês de junho, essa fatia caiu ainda mais, para 22,16%, ressaltou Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV. O resultado significa que quase 80% dos produtos no atacado registraram queda ou estabilidade de preços no último mês.

“Agora em junho foi também a primeira vez na série histórica que a difusão do IPA-Alimentos (itens alimentícios comercializados no atacado) ficou abaixo dos 30%: 28,21%”, acrescentou Peçanha.

Os cortes de preços de alimentos no atacado são os que mais se refletem em reduções também no varejo, cuja variação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), ressalta o pesquisador.

“Quanto ao IPC, agora em junho foi a primeira vez desde outubro de 2019 que a difusão do IPC-Alimentação ficou abaixo de 50% (48,03%), ou seja, mais da metade dos alimentos no supermercado nesse último mês caíram de preço ou ficaram com preço estável”, frisou Peçanha.

Preços de alimentos caíram ou se mantiveram no mesmo nível nos supermercados Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

O IGP-DI de junho caiu 1,45%, com quedas de preços tanto no atacado, -2,13%, quanto no varejo, -0,10%. O IGP-DI acumulou uma retração de 7,44% em 12 meses, taxa mais negativa da série histórica iniciada em 1944. O resultado foi puxado pela deflação no atacado: o IPA-DI acumulou uma queda também recorde de 11,21% em 12 meses.

“Esses efeitos do IPA ainda não se materializaram integralmente no varejo. Ainda têm alguns repasses de quedas que podem favorecer um número mais baixo para a inflação ao consumidor este ano. Boa parte disso pode acontecer em alimentos ainda”, previu André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV.

Segundo Braz, repasses mais intensos das quedas de custos do atacado para o varejo podem levar o IPC a encerrar o ano de 2023 em patamar mais baixo do que o previsto. O mesmo vale para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Acontece o impacto no atacado, e três meses depois ele se transmite para o varejo”, calculou Braz. “O varejo tem uma série de coisas que podem influenciar: concorrência, margem de lucro, frete. Às vezes, o que gente vê no produtor não chega ao consumidor com a mesma intensidade”, ponderou.

O pesquisador Matheus Peçanha, do Ibre/FGV, construiu a série histórica do índice de difusão para a inflação pelo IPA-DI e pelo IPC-DI, fazendo diferentes exercícios de itens investigados para testar a lógica de repasse de custos do atacado para o varejo ao longo do tempo.

“Dentro dos bens livres, já é conhecido que os alimentos possuem uma dinâmica muito mais ativa nesse quesito de repasse de custos”, lembrou Peçanha. “Mesmo olhando para o curtíssimo prazo da trajetória da difusão dos itens alimentícios do IPA, já dá para ter um bom ‘insight’ do que vai ocorrer com a trajetória da difusão dos alimentos no IPC”, acrescentou.

Os produtos agropecuários, que concentram a maior parte dos itens alimentícios, acumulam uma queda de preços de 15,14% no atacado nos 12 meses encerrados em junho de 2023. Peçanha lembra que os alimentos respondem por quase 20% da cesta de consumo das famílias, ou seja, praticamente um quinto do cálculo da inflação ao consumidor.

“Se o IPA ainda está muito negativo, isso ainda é uma notícia favorável ao consumidor. Quer dizer, ainda há espaço para os alimentos caírem mais ao consumidor”, corroborou André Braz.

Braz prevê que o IPCA encerre 2023 com alta de 4,8%, seguido por aumento de 3,8% em 2024.“A inflação pode ficar dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação em 2023″, ressaltou Braz. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, com teto de tolerância de 4,75%.

RIO - Os preços no atacado vêm renovando recorde de quedas a cada nova divulgação do Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação de custos, enfim, já chega ao varejo, e deve ajudar a moderar a inflação oficial do País nos próximos meses, aponta um estudo sobre a disseminação de aumentos de preços em diferentes estágios da atividade econômica, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) a pedido do Estadão/Broadcast.

Dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, o índice de difusão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que mostra a proporção de itens com aumentos de preços do atacado, ficou abaixo dos 30% pela primeira vez na série histórica iniciada em 2010: apenas 27,99% tiveram alta. No mês de junho, essa fatia caiu ainda mais, para 22,16%, ressaltou Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV. O resultado significa que quase 80% dos produtos no atacado registraram queda ou estabilidade de preços no último mês.

“Agora em junho foi também a primeira vez na série histórica que a difusão do IPA-Alimentos (itens alimentícios comercializados no atacado) ficou abaixo dos 30%: 28,21%”, acrescentou Peçanha.

Os cortes de preços de alimentos no atacado são os que mais se refletem em reduções também no varejo, cuja variação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), ressalta o pesquisador.

“Quanto ao IPC, agora em junho foi a primeira vez desde outubro de 2019 que a difusão do IPC-Alimentação ficou abaixo de 50% (48,03%), ou seja, mais da metade dos alimentos no supermercado nesse último mês caíram de preço ou ficaram com preço estável”, frisou Peçanha.

Preços de alimentos caíram ou se mantiveram no mesmo nível nos supermercados Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

O IGP-DI de junho caiu 1,45%, com quedas de preços tanto no atacado, -2,13%, quanto no varejo, -0,10%. O IGP-DI acumulou uma retração de 7,44% em 12 meses, taxa mais negativa da série histórica iniciada em 1944. O resultado foi puxado pela deflação no atacado: o IPA-DI acumulou uma queda também recorde de 11,21% em 12 meses.

“Esses efeitos do IPA ainda não se materializaram integralmente no varejo. Ainda têm alguns repasses de quedas que podem favorecer um número mais baixo para a inflação ao consumidor este ano. Boa parte disso pode acontecer em alimentos ainda”, previu André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV.

Segundo Braz, repasses mais intensos das quedas de custos do atacado para o varejo podem levar o IPC a encerrar o ano de 2023 em patamar mais baixo do que o previsto. O mesmo vale para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Acontece o impacto no atacado, e três meses depois ele se transmite para o varejo”, calculou Braz. “O varejo tem uma série de coisas que podem influenciar: concorrência, margem de lucro, frete. Às vezes, o que gente vê no produtor não chega ao consumidor com a mesma intensidade”, ponderou.

O pesquisador Matheus Peçanha, do Ibre/FGV, construiu a série histórica do índice de difusão para a inflação pelo IPA-DI e pelo IPC-DI, fazendo diferentes exercícios de itens investigados para testar a lógica de repasse de custos do atacado para o varejo ao longo do tempo.

“Dentro dos bens livres, já é conhecido que os alimentos possuem uma dinâmica muito mais ativa nesse quesito de repasse de custos”, lembrou Peçanha. “Mesmo olhando para o curtíssimo prazo da trajetória da difusão dos itens alimentícios do IPA, já dá para ter um bom ‘insight’ do que vai ocorrer com a trajetória da difusão dos alimentos no IPC”, acrescentou.

Os produtos agropecuários, que concentram a maior parte dos itens alimentícios, acumulam uma queda de preços de 15,14% no atacado nos 12 meses encerrados em junho de 2023. Peçanha lembra que os alimentos respondem por quase 20% da cesta de consumo das famílias, ou seja, praticamente um quinto do cálculo da inflação ao consumidor.

“Se o IPA ainda está muito negativo, isso ainda é uma notícia favorável ao consumidor. Quer dizer, ainda há espaço para os alimentos caírem mais ao consumidor”, corroborou André Braz.

Braz prevê que o IPCA encerre 2023 com alta de 4,8%, seguido por aumento de 3,8% em 2024.“A inflação pode ficar dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação em 2023″, ressaltou Braz. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, com teto de tolerância de 4,75%.

RIO - Os preços no atacado vêm renovando recorde de quedas a cada nova divulgação do Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV). A deflação de custos, enfim, já chega ao varejo, e deve ajudar a moderar a inflação oficial do País nos próximos meses, aponta um estudo sobre a disseminação de aumentos de preços em diferentes estágios da atividade econômica, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) a pedido do Estadão/Broadcast.

Dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de maio, o índice de difusão do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que mostra a proporção de itens com aumentos de preços do atacado, ficou abaixo dos 30% pela primeira vez na série histórica iniciada em 2010: apenas 27,99% tiveram alta. No mês de junho, essa fatia caiu ainda mais, para 22,16%, ressaltou Matheus Peçanha, pesquisador responsável pelo levantamento do Ibre/FGV. O resultado significa que quase 80% dos produtos no atacado registraram queda ou estabilidade de preços no último mês.

“Agora em junho foi também a primeira vez na série histórica que a difusão do IPA-Alimentos (itens alimentícios comercializados no atacado) ficou abaixo dos 30%: 28,21%”, acrescentou Peçanha.

Os cortes de preços de alimentos no atacado são os que mais se refletem em reduções também no varejo, cuja variação é medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), ressalta o pesquisador.

“Quanto ao IPC, agora em junho foi a primeira vez desde outubro de 2019 que a difusão do IPC-Alimentação ficou abaixo de 50% (48,03%), ou seja, mais da metade dos alimentos no supermercado nesse último mês caíram de preço ou ficaram com preço estável”, frisou Peçanha.

Preços de alimentos caíram ou se mantiveram no mesmo nível nos supermercados Foto: DANIEL TEIXEIRA / ESTADÃO

O IGP-DI de junho caiu 1,45%, com quedas de preços tanto no atacado, -2,13%, quanto no varejo, -0,10%. O IGP-DI acumulou uma retração de 7,44% em 12 meses, taxa mais negativa da série histórica iniciada em 1944. O resultado foi puxado pela deflação no atacado: o IPA-DI acumulou uma queda também recorde de 11,21% em 12 meses.

“Esses efeitos do IPA ainda não se materializaram integralmente no varejo. Ainda têm alguns repasses de quedas que podem favorecer um número mais baixo para a inflação ao consumidor este ano. Boa parte disso pode acontecer em alimentos ainda”, previu André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV.

Segundo Braz, repasses mais intensos das quedas de custos do atacado para o varejo podem levar o IPC a encerrar o ano de 2023 em patamar mais baixo do que o previsto. O mesmo vale para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Acontece o impacto no atacado, e três meses depois ele se transmite para o varejo”, calculou Braz. “O varejo tem uma série de coisas que podem influenciar: concorrência, margem de lucro, frete. Às vezes, o que gente vê no produtor não chega ao consumidor com a mesma intensidade”, ponderou.

O pesquisador Matheus Peçanha, do Ibre/FGV, construiu a série histórica do índice de difusão para a inflação pelo IPA-DI e pelo IPC-DI, fazendo diferentes exercícios de itens investigados para testar a lógica de repasse de custos do atacado para o varejo ao longo do tempo.

“Dentro dos bens livres, já é conhecido que os alimentos possuem uma dinâmica muito mais ativa nesse quesito de repasse de custos”, lembrou Peçanha. “Mesmo olhando para o curtíssimo prazo da trajetória da difusão dos itens alimentícios do IPA, já dá para ter um bom ‘insight’ do que vai ocorrer com a trajetória da difusão dos alimentos no IPC”, acrescentou.

Os produtos agropecuários, que concentram a maior parte dos itens alimentícios, acumulam uma queda de preços de 15,14% no atacado nos 12 meses encerrados em junho de 2023. Peçanha lembra que os alimentos respondem por quase 20% da cesta de consumo das famílias, ou seja, praticamente um quinto do cálculo da inflação ao consumidor.

“Se o IPA ainda está muito negativo, isso ainda é uma notícia favorável ao consumidor. Quer dizer, ainda há espaço para os alimentos caírem mais ao consumidor”, corroborou André Braz.

Braz prevê que o IPCA encerre 2023 com alta de 4,8%, seguido por aumento de 3,8% em 2024.“A inflação pode ficar dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação em 2023″, ressaltou Braz. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,25%, com teto de tolerância de 4,75%.

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