Você já pensou em como garantir sua tranquilidade financeira na aposentadoria e ainda realizar seus sonhos de médio e longo prazo? A previdência privada pode ser uma importante aliada nesse planejamento, mas ainda são poucas as pessoas que conhecem essa modalidade e a estão utilizando.
Levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi) mostra que apenas 11 milhões de brasileiros investem em previdência privada, número que equivale a cerca de 9% da população.
Os dados contrastam com uma nova realidade do País: o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Segundo o IBGE, a quantidade de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em 12 anos. Esses números são um alento. Afinal, é maravilhoso saber que viveremos mais. O problema é que poucos têm conhecimento sobre a importância do planejamento financeiro ou estão se preparando para esses anos a mais que teremos. Ao mesmo tempo que estamos vivendo mais e temos que pensar na aposentadoria, contamos com um contingente de jovens que estão começando a vida, cheios de sonhos para realizar, pensando em estudar fora, fazer um intercâmbio, comprar o primeiro imóvel, e que também precisam se planejar para o futuro mais distante.
“O brasileiro está vivendo mais e isso traz desdobramentos para a forma como a gente se organiza para ter uma reserva no futuro. Nesse sentido, a previdência complementa a possibilidade de ter essa renda mais adiante”, explica Rodrigo Caravelli, superintendente de Novos Canais da Brasilprev, empresa líder de mercado e especialista em previdência privada.
Ele lembra que durante a vida há desafios para constituir uma reserva financeira, mas com disciplina é possível criar o hábito de investir. Dessa forma, a previdência privada traz flexibilidade e disciplina para o investidor. “Pode aumentar a contribuição ou diminuir, fazer aportes adicionais na regularidade que quiser. O importante é entender que, independentemente de como vai fazer isso, a pessoa está juntando valores para ela mesma”, reforça Caravelli, ao destacar que é fundamental ter uma reserva de curto prazo para não ter de lançar mão do valor que está sendo guardado para o futuro e, assim, perder rendimentos.
“Para o jovem, é importante se preocupar com isso antes, pois tem possibilidade de usar o tempo a seu favor. Se ele começa a construir uma reserva mais cedo, usa o rendimento, a mágica dos juros compostos, e pode colocar menos dinheiro na largada”, complementa Caravelli, ao lembrar que, quanto antes a pessoa começar a guardar recursos, menor será o investimento inicial.
Os pais podem dar um empurrãozinho nessa fase inicial. Esse foi o caso da Renata Takaoka, que decidiu investir em previdência privada para os filhos quando eles nasceram. “Meus três filhos possuíam o plano de previdência Brasilprev Júnior desde que eram bebês, recurso este que os ajudou a realizar sonhos. Hoje, com 32, 30 e 19 anos, os dois mais velhos se formaram em Medicina e resgatamos o valor para presenteá-los com um carro para cada. Mas isso só foi possível porque eles tinham essas reservas. Se tivessem que começar a pagar os veículos do zero, não teriam condições”, diz Renata. O filho mais novo, por sua vez, ainda está planejando o que fará com o valor acumulado. “Guardar dinheiro para o futuro é muito vantajoso. É importante termos uma segurança financeira e, com uma contribuição pequena por mês, é possível conquistarmos objetivos ou garantirmos uma aposentadoria mais confortável”, considera Renata.
Rafael Toro, profissional CFP com mais de 15 anos de experiência como professor e fundador da Rafael Toro Academia de Finanças, reforça a importância de ter o tempo como aliado. “Você prefere pagar o teu sonho com dinheiro ou tempo?”, pergunta Toro. Para ilustrar, ele apresenta um exemplo: se alguém investir a 1% ao mês hoje para acumular R$ 1 milhão em 10 anos, terá que investir R$ 5.000 por mês. Se o prazo for estendido para 30 anos, o investimento total seria de R$ 100 mil, ou R$ 300 por mês. “Investir a longo prazo resulta em um retorno de R$ 9 para cada R$ 1 investido, em contraste com o retorno de apenas R$ 1 para cada R$ 1 investido no curto prazo. Portanto, é mais vantajoso começar a pensar no seu sonho o quanto antes, para que se precise fazer menos esforço”, ensina.
Para ele, a pessoa que está entrando no mercado de trabalho, com 18 ou 19 anos, já deve começar a investir. Nesse sentido, o projeto “Foca nos Sonhos”, desenvolvido pela Brasilprev, teve a iniciativa de entender qual a percepção do jovem sobre planejamento financeiro. “As condições ideais para juntar dinheiro nunca vão existir. Uso a previdência a meu favor, com pagamentos mensais, e isso dá disciplina de poupar”, comenta Toro. “O boleto é o porquinho do adulto, ele ajuda a pessoa a criar um hábito de todo mês guardar parte da sua renda e, assim, garantir a realização de sonhos ou uma reserva para a aposentadoria”, complementa.
A boa notícia, dizem os especialistas, é que a previdência privada é uma aliada em todos esses processos. Quanto mais cedo você começar a guardar os recursos, você terá mais tempo para acumular patrimônio e vai precisar fazer menos aportes para conquistar os seus objetivos. O importante é começar!