Os primeiros 100 dias do governo Lula na economia contados em gráficos


Mercado passou a prever juros e inflação mais altos e manteve cenário de crescimento econômico modesto

Por Luiz Guilherme Gerbelli

Os primeiros 100 dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram marcados por sinais difusos na área econômica e deram uma clara indicação de que a nova administração do petista não será tão pragmática como uma parte dos analistas esperava. “Foi um certo choque de realidade para quem achava que este governo seria parecido com o Lula 1″, afirma Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Em seu primeiro governo, entre 2003 e 2006, Lula manteve políticas econômicas herdadas do antecessor Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Foto: Eraldo Peres/AP

Neste início de mandato, o debate econômico foi dominado por um duro embate entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista chamou o comandante do BC de “esse cidadão” e afirmou que não “tem explicação” para a taxa básica de juros (Selic) estar no patamar atual de 13,75%. “Foi um grande retrocesso (esse embate). É uma instituição de Estado, que nada tem a ver com o governo”, diz Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências.

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Lula também tem criticado sucessivamente as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos últimos anos. Em 2023, ela é de 3,25%. Em 2024, cai para 3%.

O resultado desse conflito foi uma piora da percepção de risco dos investidores com a economia brasileira. O dólar chegou a encostar em R$ 5,40, e a Bolsa perdeu os 100 mil pontos.

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Os investidores também passaram a prever juros mais altos por um período maior em relação ao cenário que vislumbravam antes da eleição presidencial do ano passado. Na prática, empresas e famílias já pagam mais caro para financiar os seus investimentos e consumos, respectivamente.

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Nesse balanço inicial de governo, os analistas ainda destacam a apresentação do tão aguardado arcabouço fiscal apresentado pelo Ministério da Fazenda. A sinalização de um rumo para o futuro das contas públicas ajudou a melhorar o humor dos investidores com o País nas últimas semanas. Do lado positivo, apontam também a estratégia do governo de buscar uma reforma tributária liderada por Bernard Appy, a melhora das relações institucionais e a preocupação com o meio ambiente. “A reforma tributária pode ter impactos importantes para o PIB potencial do País”, afirma Alessandra.

Mas qual foi o impacto na economia?

Os seguidos sinais de que o governo Lula pode alterar a meta de inflação levaram os economistas consultados pela pesquisa Focus - divulgada semanalmente pelo Banco Central - a revisarem as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tanto em 2023 como em 2024.

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“O mercado, de forma geral, aumentou as expectativas de inflação com base numa ideia de que este governo vai tentar, sim, uma meta mais alta”, diz Alessandra.

Com uma inflação mais alta, os analistas passaram a projetar que o BC deverá manter uma Selic elevada. Hoje, o cenário para a taxa básica de juros é de que ela deve recuar do patamar atual, mas vai permanecer em dois dígitos até o fim de 2024.

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“Essa combinação de presidente da República contestando o regime de metas e a intenção de voltar a usar banco estatal - sobretudo o BNDES - vai implicar num cenário em que o BC vai ter de parar (um ciclo de baixa) numa taxa mais alta”, diz Sobral.

Por fim, a combinação de uma política monetaria tão apertada e um cenário de incerteza elevada faz com que os analistas projetem um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) bastante modesto.

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“Esse ambiente maior de incerteza, juros futuros mais altos, cenário de crédito têm um viés baixista, mas o desempenho do agro melhor do que o esperado acabou compensando”, afirma Alessandra. “Para frente, o mercado fez algumas mudanças marginais, mas não alterou a percepção de crescimento de médio prazo.”

Os primeiros 100 dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram marcados por sinais difusos na área econômica e deram uma clara indicação de que a nova administração do petista não será tão pragmática como uma parte dos analistas esperava. “Foi um certo choque de realidade para quem achava que este governo seria parecido com o Lula 1″, afirma Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Em seu primeiro governo, entre 2003 e 2006, Lula manteve políticas econômicas herdadas do antecessor Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Foto: Eraldo Peres/AP

Neste início de mandato, o debate econômico foi dominado por um duro embate entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista chamou o comandante do BC de “esse cidadão” e afirmou que não “tem explicação” para a taxa básica de juros (Selic) estar no patamar atual de 13,75%. “Foi um grande retrocesso (esse embate). É uma instituição de Estado, que nada tem a ver com o governo”, diz Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências.

Lula também tem criticado sucessivamente as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos últimos anos. Em 2023, ela é de 3,25%. Em 2024, cai para 3%.

O resultado desse conflito foi uma piora da percepção de risco dos investidores com a economia brasileira. O dólar chegou a encostar em R$ 5,40, e a Bolsa perdeu os 100 mil pontos.

Os investidores também passaram a prever juros mais altos por um período maior em relação ao cenário que vislumbravam antes da eleição presidencial do ano passado. Na prática, empresas e famílias já pagam mais caro para financiar os seus investimentos e consumos, respectivamente.

Nesse balanço inicial de governo, os analistas ainda destacam a apresentação do tão aguardado arcabouço fiscal apresentado pelo Ministério da Fazenda. A sinalização de um rumo para o futuro das contas públicas ajudou a melhorar o humor dos investidores com o País nas últimas semanas. Do lado positivo, apontam também a estratégia do governo de buscar uma reforma tributária liderada por Bernard Appy, a melhora das relações institucionais e a preocupação com o meio ambiente. “A reforma tributária pode ter impactos importantes para o PIB potencial do País”, afirma Alessandra.

Mas qual foi o impacto na economia?

Os seguidos sinais de que o governo Lula pode alterar a meta de inflação levaram os economistas consultados pela pesquisa Focus - divulgada semanalmente pelo Banco Central - a revisarem as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tanto em 2023 como em 2024.

“O mercado, de forma geral, aumentou as expectativas de inflação com base numa ideia de que este governo vai tentar, sim, uma meta mais alta”, diz Alessandra.

Com uma inflação mais alta, os analistas passaram a projetar que o BC deverá manter uma Selic elevada. Hoje, o cenário para a taxa básica de juros é de que ela deve recuar do patamar atual, mas vai permanecer em dois dígitos até o fim de 2024.

“Essa combinação de presidente da República contestando o regime de metas e a intenção de voltar a usar banco estatal - sobretudo o BNDES - vai implicar num cenário em que o BC vai ter de parar (um ciclo de baixa) numa taxa mais alta”, diz Sobral.

Por fim, a combinação de uma política monetaria tão apertada e um cenário de incerteza elevada faz com que os analistas projetem um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) bastante modesto.

“Esse ambiente maior de incerteza, juros futuros mais altos, cenário de crédito têm um viés baixista, mas o desempenho do agro melhor do que o esperado acabou compensando”, afirma Alessandra. “Para frente, o mercado fez algumas mudanças marginais, mas não alterou a percepção de crescimento de médio prazo.”

Os primeiros 100 dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram marcados por sinais difusos na área econômica e deram uma clara indicação de que a nova administração do petista não será tão pragmática como uma parte dos analistas esperava. “Foi um certo choque de realidade para quem achava que este governo seria parecido com o Lula 1″, afirma Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Em seu primeiro governo, entre 2003 e 2006, Lula manteve políticas econômicas herdadas do antecessor Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Foto: Eraldo Peres/AP

Neste início de mandato, o debate econômico foi dominado por um duro embate entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista chamou o comandante do BC de “esse cidadão” e afirmou que não “tem explicação” para a taxa básica de juros (Selic) estar no patamar atual de 13,75%. “Foi um grande retrocesso (esse embate). É uma instituição de Estado, que nada tem a ver com o governo”, diz Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências.

Lula também tem criticado sucessivamente as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos últimos anos. Em 2023, ela é de 3,25%. Em 2024, cai para 3%.

O resultado desse conflito foi uma piora da percepção de risco dos investidores com a economia brasileira. O dólar chegou a encostar em R$ 5,40, e a Bolsa perdeu os 100 mil pontos.

Os investidores também passaram a prever juros mais altos por um período maior em relação ao cenário que vislumbravam antes da eleição presidencial do ano passado. Na prática, empresas e famílias já pagam mais caro para financiar os seus investimentos e consumos, respectivamente.

Nesse balanço inicial de governo, os analistas ainda destacam a apresentação do tão aguardado arcabouço fiscal apresentado pelo Ministério da Fazenda. A sinalização de um rumo para o futuro das contas públicas ajudou a melhorar o humor dos investidores com o País nas últimas semanas. Do lado positivo, apontam também a estratégia do governo de buscar uma reforma tributária liderada por Bernard Appy, a melhora das relações institucionais e a preocupação com o meio ambiente. “A reforma tributária pode ter impactos importantes para o PIB potencial do País”, afirma Alessandra.

Mas qual foi o impacto na economia?

Os seguidos sinais de que o governo Lula pode alterar a meta de inflação levaram os economistas consultados pela pesquisa Focus - divulgada semanalmente pelo Banco Central - a revisarem as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tanto em 2023 como em 2024.

“O mercado, de forma geral, aumentou as expectativas de inflação com base numa ideia de que este governo vai tentar, sim, uma meta mais alta”, diz Alessandra.

Com uma inflação mais alta, os analistas passaram a projetar que o BC deverá manter uma Selic elevada. Hoje, o cenário para a taxa básica de juros é de que ela deve recuar do patamar atual, mas vai permanecer em dois dígitos até o fim de 2024.

“Essa combinação de presidente da República contestando o regime de metas e a intenção de voltar a usar banco estatal - sobretudo o BNDES - vai implicar num cenário em que o BC vai ter de parar (um ciclo de baixa) numa taxa mais alta”, diz Sobral.

Por fim, a combinação de uma política monetaria tão apertada e um cenário de incerteza elevada faz com que os analistas projetem um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) bastante modesto.

“Esse ambiente maior de incerteza, juros futuros mais altos, cenário de crédito têm um viés baixista, mas o desempenho do agro melhor do que o esperado acabou compensando”, afirma Alessandra. “Para frente, o mercado fez algumas mudanças marginais, mas não alterou a percepção de crescimento de médio prazo.”

Os primeiros 100 dias do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram marcados por sinais difusos na área econômica e deram uma clara indicação de que a nova administração do petista não será tão pragmática como uma parte dos analistas esperava. “Foi um certo choque de realidade para quem achava que este governo seria parecido com o Lula 1″, afirma Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos. Em seu primeiro governo, entre 2003 e 2006, Lula manteve políticas econômicas herdadas do antecessor Fernando Henrique Cardoso.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Foto: Eraldo Peres/AP

Neste início de mandato, o debate econômico foi dominado por um duro embate entre Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. O petista chamou o comandante do BC de “esse cidadão” e afirmou que não “tem explicação” para a taxa básica de juros (Selic) estar no patamar atual de 13,75%. “Foi um grande retrocesso (esse embate). É uma instituição de Estado, que nada tem a ver com o governo”, diz Alessandra Ribeiro, sócia e economista da consultoria Tendências.

Lula também tem criticado sucessivamente as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos últimos anos. Em 2023, ela é de 3,25%. Em 2024, cai para 3%.

O resultado desse conflito foi uma piora da percepção de risco dos investidores com a economia brasileira. O dólar chegou a encostar em R$ 5,40, e a Bolsa perdeu os 100 mil pontos.

Os investidores também passaram a prever juros mais altos por um período maior em relação ao cenário que vislumbravam antes da eleição presidencial do ano passado. Na prática, empresas e famílias já pagam mais caro para financiar os seus investimentos e consumos, respectivamente.

Nesse balanço inicial de governo, os analistas ainda destacam a apresentação do tão aguardado arcabouço fiscal apresentado pelo Ministério da Fazenda. A sinalização de um rumo para o futuro das contas públicas ajudou a melhorar o humor dos investidores com o País nas últimas semanas. Do lado positivo, apontam também a estratégia do governo de buscar uma reforma tributária liderada por Bernard Appy, a melhora das relações institucionais e a preocupação com o meio ambiente. “A reforma tributária pode ter impactos importantes para o PIB potencial do País”, afirma Alessandra.

Mas qual foi o impacto na economia?

Os seguidos sinais de que o governo Lula pode alterar a meta de inflação levaram os economistas consultados pela pesquisa Focus - divulgada semanalmente pelo Banco Central - a revisarem as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tanto em 2023 como em 2024.

“O mercado, de forma geral, aumentou as expectativas de inflação com base numa ideia de que este governo vai tentar, sim, uma meta mais alta”, diz Alessandra.

Com uma inflação mais alta, os analistas passaram a projetar que o BC deverá manter uma Selic elevada. Hoje, o cenário para a taxa básica de juros é de que ela deve recuar do patamar atual, mas vai permanecer em dois dígitos até o fim de 2024.

“Essa combinação de presidente da República contestando o regime de metas e a intenção de voltar a usar banco estatal - sobretudo o BNDES - vai implicar num cenário em que o BC vai ter de parar (um ciclo de baixa) numa taxa mais alta”, diz Sobral.

Por fim, a combinação de uma política monetaria tão apertada e um cenário de incerteza elevada faz com que os analistas projetem um desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) bastante modesto.

“Esse ambiente maior de incerteza, juros futuros mais altos, cenário de crédito têm um viés baixista, mas o desempenho do agro melhor do que o esperado acabou compensando”, afirma Alessandra. “Para frente, o mercado fez algumas mudanças marginais, mas não alterou a percepção de crescimento de médio prazo.”

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