O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o projeto de privatização da Sabesp, a empresa de saneamento do Estado, está em curso e vai ser um dos maiores já feitos no Brasil. A expectativa é que a venda seja feita no primeiro semestre de 2024.
Quatro opções de vendas foram estudadas e se optou por uma oferta de ações (follow-on) com pequena participação do governo, o que diluiria a participação do Estado na Sabesp.
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“O modelo de privatização tem se mostrado possível”, disse ele em evento do Santander, que reuniu os governadores de Minas, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).
Tarcísio disse que, no processo de privatização da Sabesp, foi essencial uma parceria do governo estadual com a prefeitura da capital, cidade que mais consome os serviços da estatal, responsável por perto dos 50% do faturamento.
“A conversa com a prefeitura está azeitada após entrada na URAE”, disse o governador. No último dia 16, a Sabesp informou que o município de São Paulo assinou o termo de adesão à Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário 1 - Sudeste (URAE1), passo importante na formalização da unidade e que reforça a visão de prestação dos serviços de saneamento básico de forma regionalizada, conforme o Novo Marco do Saneamento.
Sobre o trem intercidades, que liga Campinas à capital, deve ser leiloado no final deste ano ou começo de 2024. O projeto é também levar o trem até São José dos Campos.
Porto de Santos
O governador de São Paulo voltou a defender a privatização do Porto de Santos. “Não fazê-la é uma grande perda de oportunidade”, afirmou. Segundo ele, Santos tem condições de mobilizar R$ 20 bilhões de capital em pouco tempo, mas é uma tarefa que depende também da iniciativa privada.
“Tenho esperança que em algum momento domine o senso de urgência. É uma região que vem empobrecendo ao longo do tempo e cuja competitividade precisa ser mantida”, disse o governador.
A privatização do Porto de Santos tem sido alvo de controvérsias políticas. O processo era pauta do governo Bolsonaro, quando Tarcísio era ministro da Infraestrutura.
Depois disso, desde que assumiu o cargo, o atual ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, tem se mostrado contrário ao projeto. Em maio, por exemplo, afirmou que a privatização “está fora de cogitação” e classificou a possibilidade como devaneio.