Produção industrial em junho fica estável e em nível semelhante ao do início de 2009, aponta IBGE


Mês registrou alta de 0,1%, após crescimento de 0,3% em maio e queda de 0,6% em abril; apenas sete das 25 atividades da indústria tiveram avanço

Por Gabriel Vasconcelos

A indústria brasileira se manteve em junho no campo positivo pelo segundo mês seguido, dando sequência à trajetória vacilante e de baixo crescimento do setor em 2023.

A produção industrial subiu apenas 0,1% em junho na comparação com maio, após alta de 0,3% naquele mês e perda de 0,6% em abril, mostram dados da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física, divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Embora esteja 0,5% acima do nível de produção de dezembro, a indústria nacional ainda segue presa num nível de produção semelhante ao que era visto entre janeiro e fevereiro de 2009 e 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. “Essa comparação dá uma dimensão do espaço que precisa ser recuperado”, resume o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

Além disso, o perfil do crescimento da indústria em junho é “preocupante”, segundo ele.

Isso porque o avanço de 0,1% na margem foi pouco “espalhado”, chegando a apenas sete das 25 atividades industriais monitoradas. Este é o menor espalhamento do campo positivo desde outubro de 2022, quando somente seis atividades registraram crescimento.

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Indústria segue abaixo do nível de produção de antes da pandemia Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A alta da produção em junho ficou concentrada nas indústrias extrativas (+2,9%), puxadas por petróleo e minério de ferro. No ano, a atividade acumula alta de 5,8% e, em 12 meses, de 1,2%, ajudando a sustentar o avanço da indústria no País.

Ao mesmo tempo, a indústria de transformação, que engloba a produção de bens de capital, intermediários e de consumo, recuou 0,2% ante maio, no terceiro mês de queda seguido. Macedo atribui esse retrospecto ruim da indústria de transformação em 2023 ao elevado patamar da taxa básica de juros da economia, de 13,75%.

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“De um lado, isso (juros altos) traz um grau de diminuição da atividade produtiva e, de outro, também afeta as famílias. Há dificuldade de acesso ao crédito, encarecimento desse crédito e permanência das taxas de inadimplência em patamares altos”, diz.

Atividades

Somente sete dos 25 ramos pesquisados viram a produção crescer em junho. Além das indústrias extrativas, outras contribuições positivas vieram da confecção de artigos do vestuário e acessórios, que cresceram 4,9% na passagem de maio para junho; dos produtos de borracha e de material plástico, que avançaram 1,2%; e dos produtos de metal, com alta também de 1,2% na produção. Duas atividades, a produção de químicos e a manutenção e reparação de máquinas e equipamentos ficaram estáveis.

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Entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, viram a produção recuar 3,6% em junho ante maio, após quatro meses seguidos de alta. Já veículos automotores, reboques e carrocerias caíram 4% e, máquinas e equipamentos, recuaram 4,5%. As três juntas exerceram os principais impactos negativos para o índice da indústria em junho.

Veículos

O especialista observou que o pacote de isenção de impostos na compra de carros 0 km até R$ 120 mil anunciado pelo governo federal no fim de maio tem ajudado nas vendas, mas ainda não teve impacto sobre a produção de veículos.

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O fenômeno fica claro no movimento da categoria de bens de consumo duráveis, na qual os veículos se encaixam e cuja produção caiu 4,6% em junho na comparação com maio.

Segundo Macedo, neste primeiro momento, o efeito das isenções recaiu mais sobre a diminuição de estoques do que, de fato, sobre a produção de veículos novos pela indústria automotiva.

Ainda assim, na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a fabricação de automóveis, especificamente, avançou 1,1%, segundo o IBGE.

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Nessa base, outros itens duráveis avançaram bem mais: eletrodomésticos (10,2%), com a produção da linha branca avançando 0,3%, da linha marrom, 18,1%; equipamentos de transporte (11,8%). Nessa categoria, a única produção que caiu foi a de equipamentos de mobiliário (-6,0%).

A indústria brasileira se manteve em junho no campo positivo pelo segundo mês seguido, dando sequência à trajetória vacilante e de baixo crescimento do setor em 2023.

A produção industrial subiu apenas 0,1% em junho na comparação com maio, após alta de 0,3% naquele mês e perda de 0,6% em abril, mostram dados da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física, divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora esteja 0,5% acima do nível de produção de dezembro, a indústria nacional ainda segue presa num nível de produção semelhante ao que era visto entre janeiro e fevereiro de 2009 e 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. “Essa comparação dá uma dimensão do espaço que precisa ser recuperado”, resume o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

Além disso, o perfil do crescimento da indústria em junho é “preocupante”, segundo ele.

Isso porque o avanço de 0,1% na margem foi pouco “espalhado”, chegando a apenas sete das 25 atividades industriais monitoradas. Este é o menor espalhamento do campo positivo desde outubro de 2022, quando somente seis atividades registraram crescimento.

Indústria segue abaixo do nível de produção de antes da pandemia Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A alta da produção em junho ficou concentrada nas indústrias extrativas (+2,9%), puxadas por petróleo e minério de ferro. No ano, a atividade acumula alta de 5,8% e, em 12 meses, de 1,2%, ajudando a sustentar o avanço da indústria no País.

Ao mesmo tempo, a indústria de transformação, que engloba a produção de bens de capital, intermediários e de consumo, recuou 0,2% ante maio, no terceiro mês de queda seguido. Macedo atribui esse retrospecto ruim da indústria de transformação em 2023 ao elevado patamar da taxa básica de juros da economia, de 13,75%.

“De um lado, isso (juros altos) traz um grau de diminuição da atividade produtiva e, de outro, também afeta as famílias. Há dificuldade de acesso ao crédito, encarecimento desse crédito e permanência das taxas de inadimplência em patamares altos”, diz.

Atividades

Somente sete dos 25 ramos pesquisados viram a produção crescer em junho. Além das indústrias extrativas, outras contribuições positivas vieram da confecção de artigos do vestuário e acessórios, que cresceram 4,9% na passagem de maio para junho; dos produtos de borracha e de material plástico, que avançaram 1,2%; e dos produtos de metal, com alta também de 1,2% na produção. Duas atividades, a produção de químicos e a manutenção e reparação de máquinas e equipamentos ficaram estáveis.

Entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, viram a produção recuar 3,6% em junho ante maio, após quatro meses seguidos de alta. Já veículos automotores, reboques e carrocerias caíram 4% e, máquinas e equipamentos, recuaram 4,5%. As três juntas exerceram os principais impactos negativos para o índice da indústria em junho.

Veículos

O especialista observou que o pacote de isenção de impostos na compra de carros 0 km até R$ 120 mil anunciado pelo governo federal no fim de maio tem ajudado nas vendas, mas ainda não teve impacto sobre a produção de veículos.

O fenômeno fica claro no movimento da categoria de bens de consumo duráveis, na qual os veículos se encaixam e cuja produção caiu 4,6% em junho na comparação com maio.

Segundo Macedo, neste primeiro momento, o efeito das isenções recaiu mais sobre a diminuição de estoques do que, de fato, sobre a produção de veículos novos pela indústria automotiva.

Ainda assim, na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a fabricação de automóveis, especificamente, avançou 1,1%, segundo o IBGE.

Nessa base, outros itens duráveis avançaram bem mais: eletrodomésticos (10,2%), com a produção da linha branca avançando 0,3%, da linha marrom, 18,1%; equipamentos de transporte (11,8%). Nessa categoria, a única produção que caiu foi a de equipamentos de mobiliário (-6,0%).

A indústria brasileira se manteve em junho no campo positivo pelo segundo mês seguido, dando sequência à trajetória vacilante e de baixo crescimento do setor em 2023.

A produção industrial subiu apenas 0,1% em junho na comparação com maio, após alta de 0,3% naquele mês e perda de 0,6% em abril, mostram dados da Pesquisa Industrial Mensal — Produção Física, divulgados nesta terça-feira, 1, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora esteja 0,5% acima do nível de produção de dezembro, a indústria nacional ainda segue presa num nível de produção semelhante ao que era visto entre janeiro e fevereiro de 2009 e 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. “Essa comparação dá uma dimensão do espaço que precisa ser recuperado”, resume o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

Além disso, o perfil do crescimento da indústria em junho é “preocupante”, segundo ele.

Isso porque o avanço de 0,1% na margem foi pouco “espalhado”, chegando a apenas sete das 25 atividades industriais monitoradas. Este é o menor espalhamento do campo positivo desde outubro de 2022, quando somente seis atividades registraram crescimento.

Indústria segue abaixo do nível de produção de antes da pandemia Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A alta da produção em junho ficou concentrada nas indústrias extrativas (+2,9%), puxadas por petróleo e minério de ferro. No ano, a atividade acumula alta de 5,8% e, em 12 meses, de 1,2%, ajudando a sustentar o avanço da indústria no País.

Ao mesmo tempo, a indústria de transformação, que engloba a produção de bens de capital, intermediários e de consumo, recuou 0,2% ante maio, no terceiro mês de queda seguido. Macedo atribui esse retrospecto ruim da indústria de transformação em 2023 ao elevado patamar da taxa básica de juros da economia, de 13,75%.

“De um lado, isso (juros altos) traz um grau de diminuição da atividade produtiva e, de outro, também afeta as famílias. Há dificuldade de acesso ao crédito, encarecimento desse crédito e permanência das taxas de inadimplência em patamares altos”, diz.

Atividades

Somente sete dos 25 ramos pesquisados viram a produção crescer em junho. Além das indústrias extrativas, outras contribuições positivas vieram da confecção de artigos do vestuário e acessórios, que cresceram 4,9% na passagem de maio para junho; dos produtos de borracha e de material plástico, que avançaram 1,2%; e dos produtos de metal, com alta também de 1,2% na produção. Duas atividades, a produção de químicos e a manutenção e reparação de máquinas e equipamentos ficaram estáveis.

Entre as 16 atividades em queda, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, viram a produção recuar 3,6% em junho ante maio, após quatro meses seguidos de alta. Já veículos automotores, reboques e carrocerias caíram 4% e, máquinas e equipamentos, recuaram 4,5%. As três juntas exerceram os principais impactos negativos para o índice da indústria em junho.

Veículos

O especialista observou que o pacote de isenção de impostos na compra de carros 0 km até R$ 120 mil anunciado pelo governo federal no fim de maio tem ajudado nas vendas, mas ainda não teve impacto sobre a produção de veículos.

O fenômeno fica claro no movimento da categoria de bens de consumo duráveis, na qual os veículos se encaixam e cuja produção caiu 4,6% em junho na comparação com maio.

Segundo Macedo, neste primeiro momento, o efeito das isenções recaiu mais sobre a diminuição de estoques do que, de fato, sobre a produção de veículos novos pela indústria automotiva.

Ainda assim, na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a fabricação de automóveis, especificamente, avançou 1,1%, segundo o IBGE.

Nessa base, outros itens duráveis avançaram bem mais: eletrodomésticos (10,2%), com a produção da linha branca avançando 0,3%, da linha marrom, 18,1%; equipamentos de transporte (11,8%). Nessa categoria, a única produção que caiu foi a de equipamentos de mobiliário (-6,0%).

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