Projeto da Ceará Steel morrerá com reajuste do gás


Devido ao impasse nas negociações sobre o valor do insumo, o início de operações do complexo já foi adiado de 2009 para 2010

Por Agencia Estado

O projeto Ceará Steel, complexo siderúrgico de US$ 830 milhões e que prevê produção de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço ao ano, pode ser cancelado caso a Petrobras mantenha sua posição de reajustar para cima os preços do fornecimento de gás ao empreendimento. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo gerente de Desenvolvimento do projeto, Ricardo Santana Parente Soares, acrescentando que as alternativas de preço sugeridas pela estatal brasileira "estão fora da realidade". Devido ao impasse nas negociações sobre o valor do insumo, o início de operações do complexo já foi adiado de 2009 para 2010. O complexo Ceará Steel é uma parceria entre a coreana Dongkuk Steel (60%); a italiana Danieli (30%) e a Companhia Vale do Rio Doce (10%). De acordo com Soares, o empreendimento tem previsão de consumo de 1,8 milhão de metros cúbicos de gás por dia. O executivo informou que, pelos termos do contrato assinado em outubro do ano passado, até o volume de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia, o valor a ser pago para a Petrobras é de US$ 2,44 por milhão de BTU (British Thermal Unity - unidade britânica de medida térmica); acima desse montante, ou seja, 600 mil metros cúbicos/dia, o valor a ser pago é US$ 2,91 por milhão de BTU. "Em agosto deste ano, fomos comunicados oficialmente pela Petrobras que existe um desequilíbrio econômico entre as partes e que gostaria de renegociar o contrato", disse. Soares preferiu não informar os preços propostos pela Petrobras. Mas fontes que acompanham o processo de negociação entre as duas empresas informam que as alternativas de preço propostas pela estatal brasileira vão de US$ 5,90 a US$ 7,90 por milhão de BTU. Mesmo sem confirmar valores, o executivo admitiu, no entanto, que, com o preço proposto pela Petrobras "o projeto morre". Isso porque todo o planejamento do empreendimento, incluindo seu custo, levou em conta os preços acordados com a Petrobras em outubro do ano passado. Soares informou ainda que os preços do gás são reajustados anualmente, com base na variação do Producer Price Index (PPI) - All Commodities. "Não existe outra fonte de energia para viabilizar o empreendimento", afirmou. Na avaliação do executivo, "não é realidade" o valor de prejuízo em torno de US$ 1 bilhão que a estatal alegou que terá, se fornecer gás para o projeto aos preços acordados no contrato. A opinião do executivo é que a mudança na postura da estatal brasileira vem da necessidade de arcar com custos extras para buscar alternativas menos dependentes do gás natural boliviano - como, por exemplo, investimentos em Gás Natural Liquefeito (GNL). Ao ser questionado se a Ceará Steel procurou políticos do Ceará para realizar lobby junto ao governo federal para que a Petrobras dê novas alternativas, Soares afirmou que a iniciativa dos políticos cearenses de defender o projeto "foi totalmente voluntária, da parte deles". No entanto, fez questão de ressaltar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cita o projeto "na página 15 de seu plano de governo de 2007 a 2010, sobre política industrial". Negociações A Ceará Steel e a Petrobras já tiveram seis reuniões técnicas para debater o assunto, desde agosto desde ano. "Estamos abertos à negociação sobre o preço excedente do gás, os 600 mil metros cúbicos por dia; mas não dos 1,2 milhão de metros cúbicos/dia", disse. O executivo informou ainda que a Ceará Steel, em 28 de novembro, pediu uma reunião com o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli. Até o momento, a estatal não deu resposta a esse pedido, de acordo com ele. O executivo comparou as conversações com a estatal brasileira com as negociações sobre gás enfrentadas pela própria Petrobras com a Bolívia. "Nós não podemos pagar o preço da briga da Bolívia. Ela (a Petrobras) está fazendo conosco o que o Evo Morales fez com ela", afirmou.

O projeto Ceará Steel, complexo siderúrgico de US$ 830 milhões e que prevê produção de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço ao ano, pode ser cancelado caso a Petrobras mantenha sua posição de reajustar para cima os preços do fornecimento de gás ao empreendimento. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo gerente de Desenvolvimento do projeto, Ricardo Santana Parente Soares, acrescentando que as alternativas de preço sugeridas pela estatal brasileira "estão fora da realidade". Devido ao impasse nas negociações sobre o valor do insumo, o início de operações do complexo já foi adiado de 2009 para 2010. O complexo Ceará Steel é uma parceria entre a coreana Dongkuk Steel (60%); a italiana Danieli (30%) e a Companhia Vale do Rio Doce (10%). De acordo com Soares, o empreendimento tem previsão de consumo de 1,8 milhão de metros cúbicos de gás por dia. O executivo informou que, pelos termos do contrato assinado em outubro do ano passado, até o volume de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia, o valor a ser pago para a Petrobras é de US$ 2,44 por milhão de BTU (British Thermal Unity - unidade britânica de medida térmica); acima desse montante, ou seja, 600 mil metros cúbicos/dia, o valor a ser pago é US$ 2,91 por milhão de BTU. "Em agosto deste ano, fomos comunicados oficialmente pela Petrobras que existe um desequilíbrio econômico entre as partes e que gostaria de renegociar o contrato", disse. Soares preferiu não informar os preços propostos pela Petrobras. Mas fontes que acompanham o processo de negociação entre as duas empresas informam que as alternativas de preço propostas pela estatal brasileira vão de US$ 5,90 a US$ 7,90 por milhão de BTU. Mesmo sem confirmar valores, o executivo admitiu, no entanto, que, com o preço proposto pela Petrobras "o projeto morre". Isso porque todo o planejamento do empreendimento, incluindo seu custo, levou em conta os preços acordados com a Petrobras em outubro do ano passado. Soares informou ainda que os preços do gás são reajustados anualmente, com base na variação do Producer Price Index (PPI) - All Commodities. "Não existe outra fonte de energia para viabilizar o empreendimento", afirmou. Na avaliação do executivo, "não é realidade" o valor de prejuízo em torno de US$ 1 bilhão que a estatal alegou que terá, se fornecer gás para o projeto aos preços acordados no contrato. A opinião do executivo é que a mudança na postura da estatal brasileira vem da necessidade de arcar com custos extras para buscar alternativas menos dependentes do gás natural boliviano - como, por exemplo, investimentos em Gás Natural Liquefeito (GNL). Ao ser questionado se a Ceará Steel procurou políticos do Ceará para realizar lobby junto ao governo federal para que a Petrobras dê novas alternativas, Soares afirmou que a iniciativa dos políticos cearenses de defender o projeto "foi totalmente voluntária, da parte deles". No entanto, fez questão de ressaltar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cita o projeto "na página 15 de seu plano de governo de 2007 a 2010, sobre política industrial". Negociações A Ceará Steel e a Petrobras já tiveram seis reuniões técnicas para debater o assunto, desde agosto desde ano. "Estamos abertos à negociação sobre o preço excedente do gás, os 600 mil metros cúbicos por dia; mas não dos 1,2 milhão de metros cúbicos/dia", disse. O executivo informou ainda que a Ceará Steel, em 28 de novembro, pediu uma reunião com o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli. Até o momento, a estatal não deu resposta a esse pedido, de acordo com ele. O executivo comparou as conversações com a estatal brasileira com as negociações sobre gás enfrentadas pela própria Petrobras com a Bolívia. "Nós não podemos pagar o preço da briga da Bolívia. Ela (a Petrobras) está fazendo conosco o que o Evo Morales fez com ela", afirmou.

O projeto Ceará Steel, complexo siderúrgico de US$ 830 milhões e que prevê produção de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço ao ano, pode ser cancelado caso a Petrobras mantenha sua posição de reajustar para cima os preços do fornecimento de gás ao empreendimento. A informação foi dada nesta quarta-feira pelo gerente de Desenvolvimento do projeto, Ricardo Santana Parente Soares, acrescentando que as alternativas de preço sugeridas pela estatal brasileira "estão fora da realidade". Devido ao impasse nas negociações sobre o valor do insumo, o início de operações do complexo já foi adiado de 2009 para 2010. O complexo Ceará Steel é uma parceria entre a coreana Dongkuk Steel (60%); a italiana Danieli (30%) e a Companhia Vale do Rio Doce (10%). De acordo com Soares, o empreendimento tem previsão de consumo de 1,8 milhão de metros cúbicos de gás por dia. O executivo informou que, pelos termos do contrato assinado em outubro do ano passado, até o volume de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia, o valor a ser pago para a Petrobras é de US$ 2,44 por milhão de BTU (British Thermal Unity - unidade britânica de medida térmica); acima desse montante, ou seja, 600 mil metros cúbicos/dia, o valor a ser pago é US$ 2,91 por milhão de BTU. "Em agosto deste ano, fomos comunicados oficialmente pela Petrobras que existe um desequilíbrio econômico entre as partes e que gostaria de renegociar o contrato", disse. Soares preferiu não informar os preços propostos pela Petrobras. Mas fontes que acompanham o processo de negociação entre as duas empresas informam que as alternativas de preço propostas pela estatal brasileira vão de US$ 5,90 a US$ 7,90 por milhão de BTU. Mesmo sem confirmar valores, o executivo admitiu, no entanto, que, com o preço proposto pela Petrobras "o projeto morre". Isso porque todo o planejamento do empreendimento, incluindo seu custo, levou em conta os preços acordados com a Petrobras em outubro do ano passado. Soares informou ainda que os preços do gás são reajustados anualmente, com base na variação do Producer Price Index (PPI) - All Commodities. "Não existe outra fonte de energia para viabilizar o empreendimento", afirmou. Na avaliação do executivo, "não é realidade" o valor de prejuízo em torno de US$ 1 bilhão que a estatal alegou que terá, se fornecer gás para o projeto aos preços acordados no contrato. A opinião do executivo é que a mudança na postura da estatal brasileira vem da necessidade de arcar com custos extras para buscar alternativas menos dependentes do gás natural boliviano - como, por exemplo, investimentos em Gás Natural Liquefeito (GNL). Ao ser questionado se a Ceará Steel procurou políticos do Ceará para realizar lobby junto ao governo federal para que a Petrobras dê novas alternativas, Soares afirmou que a iniciativa dos políticos cearenses de defender o projeto "foi totalmente voluntária, da parte deles". No entanto, fez questão de ressaltar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cita o projeto "na página 15 de seu plano de governo de 2007 a 2010, sobre política industrial". Negociações A Ceará Steel e a Petrobras já tiveram seis reuniões técnicas para debater o assunto, desde agosto desde ano. "Estamos abertos à negociação sobre o preço excedente do gás, os 600 mil metros cúbicos por dia; mas não dos 1,2 milhão de metros cúbicos/dia", disse. O executivo informou ainda que a Ceará Steel, em 28 de novembro, pediu uma reunião com o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli. Até o momento, a estatal não deu resposta a esse pedido, de acordo com ele. O executivo comparou as conversações com a estatal brasileira com as negociações sobre gás enfrentadas pela própria Petrobras com a Bolívia. "Nós não podemos pagar o preço da briga da Bolívia. Ela (a Petrobras) está fazendo conosco o que o Evo Morales fez com ela", afirmou.

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