Protecionismo global gera desafios, mas oportunidades vão se abrir para o Brasil, diz Mercadante


Presidente do BNDES disse, no ‘Fórum Estadão Think’, que o País precisa continuar tratando a China como um parceiro estratégico

Por Eduardo Geraque
Atualização:

O cenário descrito pela professora Lia Valls Pereira, da UERJ e da FGV/Ibre, durante o Fórum Estadão Think - Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, na sede da Fiesp, aponta mais desafios para o comércio global. Segundo ela, tudo o que foi prometido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seja realmente implementado, a onda de protecionismo pelo mundo tende a crescer. “E o resultado, neste caso, é sabido, haverá uma desaceleração do comércio mundial”, disse a pesquisadora.

Um dos antídotos, segundo Pereira, é conhecido há décadas. “O comércio exterior não muda do dia para noite. Tem de haver persistência. É preciso ser feita uma política de Estado, e não de governo. Voltada para a melhoria da infraestrutura, da mão de obra, da digitalização. Temos de olhar para as nossas prioridades.”

Aloízio Mercadante, Lia Valls Pereira (C) e Tatiana Prazeres no seminário 'Estadão Think' Foto: Werther Santana/Estadão
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Por mais que o protecionismo anunciado pelo novo governo americano passe a fazer parte do dia a dia do mundo, exacerbando, por exemplo, os conflitos comerciais com a China, oportunidades também vão se abrir, segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Não há dúvida de que teremos uma nova onda de protecionismo. O governo Trump, eleito pelo voto popular de forma legítima, tem a maioria no Senado, na Câmara, na Suprema Corte e nos estados, com os governadores. Mas, mesmo assim, sou otimista”, disse.

Para Mercadante, várias janelas vão se abrir, principalmente se o Brasil continuar tratando, a China como um parceiro estratégico importante. “Somos complementares. Os chineses, por exemplo, estão interessados em investir aqui na área de energia e ferrovias.”

Raciocínio semelhante, explica o presidente do BNDES, pode ser aplicado com a Alemanha. “Vamos anunciar em breve um projeto importante com um grupo alemão em pesquisa e desenvolvimento. Temos grandes oportunidades. Há muitos desafios e riscos, mas precisamos ter mais ousadia no Brasil, principalmente em termos de políticas verdes. E, com o (eventual) grau de investimento então, haverá uma mudança no padrão de crescimento.”

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No âmbito interno, até para que o Brasil tenha o que ofertar aos seus parceiros comerciais no exterior, avançar em questões de infraestrutura e logística passa a ser decisivo, segundo Mercadante. “Nesse sentido, a descarbonização dos setores da aviação e marítimo estão dados. Por isso, o Brasil tem grandes oportunidades com o desenvolvimento dos combustíveis limpos para esses setores”, disse.

As cadeias de produção dos dois tipos de combustível se apoiam na produção de biocombustíveis, dominada pelo Brasil há décadas. Para Mercadante, o Brasil tem todas as chances de liderar esses primeiros passos da transição do setor aéreo para um mundo com menos carbono.

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As credenciais de sustentabilidade, quando se junta política comercial com ambiental, é um ativo brasileiro que deve ser mais bem apresentado nas mesas de negociação internacionais, afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Outro ativo importante para o País, segundo a representante do MDIC, é o fato de o Brasil estar distante dos focos de conflitos no mundo. “O ressurgimento das políticas industriais mundo afora é algo nítido. E também estamos com esse foco de reconhecer a importância da indústria. Precisamos, sim, abraçar com muita força a agenda do comércio e sustentabilidade, que veio para ficar e vai gerar muitas oportunidades para o Brasil”, disse.

O cenário descrito pela professora Lia Valls Pereira, da UERJ e da FGV/Ibre, durante o Fórum Estadão Think - Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, na sede da Fiesp, aponta mais desafios para o comércio global. Segundo ela, tudo o que foi prometido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seja realmente implementado, a onda de protecionismo pelo mundo tende a crescer. “E o resultado, neste caso, é sabido, haverá uma desaceleração do comércio mundial”, disse a pesquisadora.

Um dos antídotos, segundo Pereira, é conhecido há décadas. “O comércio exterior não muda do dia para noite. Tem de haver persistência. É preciso ser feita uma política de Estado, e não de governo. Voltada para a melhoria da infraestrutura, da mão de obra, da digitalização. Temos de olhar para as nossas prioridades.”

Aloízio Mercadante, Lia Valls Pereira (C) e Tatiana Prazeres no seminário 'Estadão Think' Foto: Werther Santana/Estadão

Por mais que o protecionismo anunciado pelo novo governo americano passe a fazer parte do dia a dia do mundo, exacerbando, por exemplo, os conflitos comerciais com a China, oportunidades também vão se abrir, segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Não há dúvida de que teremos uma nova onda de protecionismo. O governo Trump, eleito pelo voto popular de forma legítima, tem a maioria no Senado, na Câmara, na Suprema Corte e nos estados, com os governadores. Mas, mesmo assim, sou otimista”, disse.

Para Mercadante, várias janelas vão se abrir, principalmente se o Brasil continuar tratando, a China como um parceiro estratégico importante. “Somos complementares. Os chineses, por exemplo, estão interessados em investir aqui na área de energia e ferrovias.”

Raciocínio semelhante, explica o presidente do BNDES, pode ser aplicado com a Alemanha. “Vamos anunciar em breve um projeto importante com um grupo alemão em pesquisa e desenvolvimento. Temos grandes oportunidades. Há muitos desafios e riscos, mas precisamos ter mais ousadia no Brasil, principalmente em termos de políticas verdes. E, com o (eventual) grau de investimento então, haverá uma mudança no padrão de crescimento.”

No âmbito interno, até para que o Brasil tenha o que ofertar aos seus parceiros comerciais no exterior, avançar em questões de infraestrutura e logística passa a ser decisivo, segundo Mercadante. “Nesse sentido, a descarbonização dos setores da aviação e marítimo estão dados. Por isso, o Brasil tem grandes oportunidades com o desenvolvimento dos combustíveis limpos para esses setores”, disse.

As cadeias de produção dos dois tipos de combustível se apoiam na produção de biocombustíveis, dominada pelo Brasil há décadas. Para Mercadante, o Brasil tem todas as chances de liderar esses primeiros passos da transição do setor aéreo para um mundo com menos carbono.

As credenciais de sustentabilidade, quando se junta política comercial com ambiental, é um ativo brasileiro que deve ser mais bem apresentado nas mesas de negociação internacionais, afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Outro ativo importante para o País, segundo a representante do MDIC, é o fato de o Brasil estar distante dos focos de conflitos no mundo. “O ressurgimento das políticas industriais mundo afora é algo nítido. E também estamos com esse foco de reconhecer a importância da indústria. Precisamos, sim, abraçar com muita força a agenda do comércio e sustentabilidade, que veio para ficar e vai gerar muitas oportunidades para o Brasil”, disse.

O cenário descrito pela professora Lia Valls Pereira, da UERJ e da FGV/Ibre, durante o Fórum Estadão Think - Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, na sede da Fiesp, aponta mais desafios para o comércio global. Segundo ela, tudo o que foi prometido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seja realmente implementado, a onda de protecionismo pelo mundo tende a crescer. “E o resultado, neste caso, é sabido, haverá uma desaceleração do comércio mundial”, disse a pesquisadora.

Um dos antídotos, segundo Pereira, é conhecido há décadas. “O comércio exterior não muda do dia para noite. Tem de haver persistência. É preciso ser feita uma política de Estado, e não de governo. Voltada para a melhoria da infraestrutura, da mão de obra, da digitalização. Temos de olhar para as nossas prioridades.”

Aloízio Mercadante, Lia Valls Pereira (C) e Tatiana Prazeres no seminário 'Estadão Think' Foto: Werther Santana/Estadão

Por mais que o protecionismo anunciado pelo novo governo americano passe a fazer parte do dia a dia do mundo, exacerbando, por exemplo, os conflitos comerciais com a China, oportunidades também vão se abrir, segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Não há dúvida de que teremos uma nova onda de protecionismo. O governo Trump, eleito pelo voto popular de forma legítima, tem a maioria no Senado, na Câmara, na Suprema Corte e nos estados, com os governadores. Mas, mesmo assim, sou otimista”, disse.

Para Mercadante, várias janelas vão se abrir, principalmente se o Brasil continuar tratando, a China como um parceiro estratégico importante. “Somos complementares. Os chineses, por exemplo, estão interessados em investir aqui na área de energia e ferrovias.”

Raciocínio semelhante, explica o presidente do BNDES, pode ser aplicado com a Alemanha. “Vamos anunciar em breve um projeto importante com um grupo alemão em pesquisa e desenvolvimento. Temos grandes oportunidades. Há muitos desafios e riscos, mas precisamos ter mais ousadia no Brasil, principalmente em termos de políticas verdes. E, com o (eventual) grau de investimento então, haverá uma mudança no padrão de crescimento.”

No âmbito interno, até para que o Brasil tenha o que ofertar aos seus parceiros comerciais no exterior, avançar em questões de infraestrutura e logística passa a ser decisivo, segundo Mercadante. “Nesse sentido, a descarbonização dos setores da aviação e marítimo estão dados. Por isso, o Brasil tem grandes oportunidades com o desenvolvimento dos combustíveis limpos para esses setores”, disse.

As cadeias de produção dos dois tipos de combustível se apoiam na produção de biocombustíveis, dominada pelo Brasil há décadas. Para Mercadante, o Brasil tem todas as chances de liderar esses primeiros passos da transição do setor aéreo para um mundo com menos carbono.

As credenciais de sustentabilidade, quando se junta política comercial com ambiental, é um ativo brasileiro que deve ser mais bem apresentado nas mesas de negociação internacionais, afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Outro ativo importante para o País, segundo a representante do MDIC, é o fato de o Brasil estar distante dos focos de conflitos no mundo. “O ressurgimento das políticas industriais mundo afora é algo nítido. E também estamos com esse foco de reconhecer a importância da indústria. Precisamos, sim, abraçar com muita força a agenda do comércio e sustentabilidade, que veio para ficar e vai gerar muitas oportunidades para o Brasil”, disse.

O cenário descrito pela professora Lia Valls Pereira, da UERJ e da FGV/Ibre, durante o Fórum Estadão Think - Do Brasil para o mundo: Desafios para a nossa inserção global, realizado nesta terça-feira, 12, na sede da Fiesp, aponta mais desafios para o comércio global. Segundo ela, tudo o que foi prometido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, seja realmente implementado, a onda de protecionismo pelo mundo tende a crescer. “E o resultado, neste caso, é sabido, haverá uma desaceleração do comércio mundial”, disse a pesquisadora.

Um dos antídotos, segundo Pereira, é conhecido há décadas. “O comércio exterior não muda do dia para noite. Tem de haver persistência. É preciso ser feita uma política de Estado, e não de governo. Voltada para a melhoria da infraestrutura, da mão de obra, da digitalização. Temos de olhar para as nossas prioridades.”

Aloízio Mercadante, Lia Valls Pereira (C) e Tatiana Prazeres no seminário 'Estadão Think' Foto: Werther Santana/Estadão

Por mais que o protecionismo anunciado pelo novo governo americano passe a fazer parte do dia a dia do mundo, exacerbando, por exemplo, os conflitos comerciais com a China, oportunidades também vão se abrir, segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. “Não há dúvida de que teremos uma nova onda de protecionismo. O governo Trump, eleito pelo voto popular de forma legítima, tem a maioria no Senado, na Câmara, na Suprema Corte e nos estados, com os governadores. Mas, mesmo assim, sou otimista”, disse.

Para Mercadante, várias janelas vão se abrir, principalmente se o Brasil continuar tratando, a China como um parceiro estratégico importante. “Somos complementares. Os chineses, por exemplo, estão interessados em investir aqui na área de energia e ferrovias.”

Raciocínio semelhante, explica o presidente do BNDES, pode ser aplicado com a Alemanha. “Vamos anunciar em breve um projeto importante com um grupo alemão em pesquisa e desenvolvimento. Temos grandes oportunidades. Há muitos desafios e riscos, mas precisamos ter mais ousadia no Brasil, principalmente em termos de políticas verdes. E, com o (eventual) grau de investimento então, haverá uma mudança no padrão de crescimento.”

No âmbito interno, até para que o Brasil tenha o que ofertar aos seus parceiros comerciais no exterior, avançar em questões de infraestrutura e logística passa a ser decisivo, segundo Mercadante. “Nesse sentido, a descarbonização dos setores da aviação e marítimo estão dados. Por isso, o Brasil tem grandes oportunidades com o desenvolvimento dos combustíveis limpos para esses setores”, disse.

As cadeias de produção dos dois tipos de combustível se apoiam na produção de biocombustíveis, dominada pelo Brasil há décadas. Para Mercadante, o Brasil tem todas as chances de liderar esses primeiros passos da transição do setor aéreo para um mundo com menos carbono.

As credenciais de sustentabilidade, quando se junta política comercial com ambiental, é um ativo brasileiro que deve ser mais bem apresentado nas mesas de negociação internacionais, afirma Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Outro ativo importante para o País, segundo a representante do MDIC, é o fato de o Brasil estar distante dos focos de conflitos no mundo. “O ressurgimento das políticas industriais mundo afora é algo nítido. E também estamos com esse foco de reconhecer a importância da indústria. Precisamos, sim, abraçar com muita força a agenda do comércio e sustentabilidade, que veio para ficar e vai gerar muitas oportunidades para o Brasil”, disse.

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