PT e aliados barram tentativa de desidratar a PEC da Transição


Emenda de senador do Podemos assinada por 31 colegas reduzia de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões espaço no teto de gastos e baixava prazo de vigência de proposta para 1 ano

Por Iander Porcella e Adriana Fernandes

Uma articulação da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu barrar ontem uma tentativa de desidratar ainda mais a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permite gastos extras em 2023 e 2024 para acomodar as promessas eleitorais do novo governo. Uma emenda encabeçada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e assinada por outros 31 senadores pedia a redução da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões.

A operação para barrar a investida de opositores ao governo eleito envolveu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que integra a equipe da transição. No plenário, o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), rejeitou a proposta de elevação do teto para R$ 100 bilhões e a redução do prazo de validade da medida, de dois anos para um ano.

Aprovada na CCJ do Senado, a PEC da Transição começou a ser discutida no plenário da Casa na tarde desta quarta-feira (07). FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR
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Na noite desta quarta-feira, 7, o Senado aprovou em primeiro turno, 64 senadores votaram a favor, a PEC da Transição.

O texto da PEC aprovado na terça-feira na CCJ do Senado eleva em R$ 145 bilhões o teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – pelo período de dois anos, em 2023 e 2024, para bancar o pagamento de um Auxílio Brasil de R$ 600. O texto também permite gastos extras de até R$ 23 bilhões mediante receitas extraordinárias, o que eleva o impacto fiscal da proposta para R$ 168 bilhões.

Na CCJ, a PEC só foi aprovada após o senador Jaques Wagner (PT-BA) anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, para os R$ 145 bilhões incluídos no parecer do relator. Além disso, o PT se comprometeu a enviar ao Congresso até agosto um projeto de lei complementar com uma nova proposta de regra fiscal para substituir o teto de gastos.

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Emendas

Para tentar viabilizar a aprovação da PEC no Senado, Silveira acatou uma série de emendas, entre elas, uma que garante o pagamento do vale-gás a famílias de baixa renda em 2023 sem necessidade de compensação fiscal. Outras retiram uma série de despesas do teto de gastos, como despesas das instituições federais de ensino e da Fundação Oswaldo Cruz custeadas por receitas próprias, de doações ou de convênios celebrados com demais entes da federação ou entidades privadas.

A expectativa é de que o texto seja analisado pela Câmara na semana que vem. De acordo com deputados do PT, há acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja apensada a outro texto que esteja pronto para ir a plenário – ou seja, sem passar por comissões. Na Câmara, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, com votação também em dois turnos. Lira já sinalizou que pode pautar a votação para a próxima quarta-feira. l

Uma articulação da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu barrar ontem uma tentativa de desidratar ainda mais a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permite gastos extras em 2023 e 2024 para acomodar as promessas eleitorais do novo governo. Uma emenda encabeçada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e assinada por outros 31 senadores pedia a redução da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões.

A operação para barrar a investida de opositores ao governo eleito envolveu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que integra a equipe da transição. No plenário, o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), rejeitou a proposta de elevação do teto para R$ 100 bilhões e a redução do prazo de validade da medida, de dois anos para um ano.

Aprovada na CCJ do Senado, a PEC da Transição começou a ser discutida no plenário da Casa na tarde desta quarta-feira (07). FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Na noite desta quarta-feira, 7, o Senado aprovou em primeiro turno, 64 senadores votaram a favor, a PEC da Transição.

O texto da PEC aprovado na terça-feira na CCJ do Senado eleva em R$ 145 bilhões o teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – pelo período de dois anos, em 2023 e 2024, para bancar o pagamento de um Auxílio Brasil de R$ 600. O texto também permite gastos extras de até R$ 23 bilhões mediante receitas extraordinárias, o que eleva o impacto fiscal da proposta para R$ 168 bilhões.

Na CCJ, a PEC só foi aprovada após o senador Jaques Wagner (PT-BA) anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, para os R$ 145 bilhões incluídos no parecer do relator. Além disso, o PT se comprometeu a enviar ao Congresso até agosto um projeto de lei complementar com uma nova proposta de regra fiscal para substituir o teto de gastos.

Emendas

Para tentar viabilizar a aprovação da PEC no Senado, Silveira acatou uma série de emendas, entre elas, uma que garante o pagamento do vale-gás a famílias de baixa renda em 2023 sem necessidade de compensação fiscal. Outras retiram uma série de despesas do teto de gastos, como despesas das instituições federais de ensino e da Fundação Oswaldo Cruz custeadas por receitas próprias, de doações ou de convênios celebrados com demais entes da federação ou entidades privadas.

A expectativa é de que o texto seja analisado pela Câmara na semana que vem. De acordo com deputados do PT, há acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja apensada a outro texto que esteja pronto para ir a plenário – ou seja, sem passar por comissões. Na Câmara, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, com votação também em dois turnos. Lira já sinalizou que pode pautar a votação para a próxima quarta-feira. l

Uma articulação da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu barrar ontem uma tentativa de desidratar ainda mais a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permite gastos extras em 2023 e 2024 para acomodar as promessas eleitorais do novo governo. Uma emenda encabeçada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e assinada por outros 31 senadores pedia a redução da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões.

A operação para barrar a investida de opositores ao governo eleito envolveu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que integra a equipe da transição. No plenário, o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), rejeitou a proposta de elevação do teto para R$ 100 bilhões e a redução do prazo de validade da medida, de dois anos para um ano.

Aprovada na CCJ do Senado, a PEC da Transição começou a ser discutida no plenário da Casa na tarde desta quarta-feira (07). FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Na noite desta quarta-feira, 7, o Senado aprovou em primeiro turno, 64 senadores votaram a favor, a PEC da Transição.

O texto da PEC aprovado na terça-feira na CCJ do Senado eleva em R$ 145 bilhões o teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – pelo período de dois anos, em 2023 e 2024, para bancar o pagamento de um Auxílio Brasil de R$ 600. O texto também permite gastos extras de até R$ 23 bilhões mediante receitas extraordinárias, o que eleva o impacto fiscal da proposta para R$ 168 bilhões.

Na CCJ, a PEC só foi aprovada após o senador Jaques Wagner (PT-BA) anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, para os R$ 145 bilhões incluídos no parecer do relator. Além disso, o PT se comprometeu a enviar ao Congresso até agosto um projeto de lei complementar com uma nova proposta de regra fiscal para substituir o teto de gastos.

Emendas

Para tentar viabilizar a aprovação da PEC no Senado, Silveira acatou uma série de emendas, entre elas, uma que garante o pagamento do vale-gás a famílias de baixa renda em 2023 sem necessidade de compensação fiscal. Outras retiram uma série de despesas do teto de gastos, como despesas das instituições federais de ensino e da Fundação Oswaldo Cruz custeadas por receitas próprias, de doações ou de convênios celebrados com demais entes da federação ou entidades privadas.

A expectativa é de que o texto seja analisado pela Câmara na semana que vem. De acordo com deputados do PT, há acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja apensada a outro texto que esteja pronto para ir a plenário – ou seja, sem passar por comissões. Na Câmara, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, com votação também em dois turnos. Lira já sinalizou que pode pautar a votação para a próxima quarta-feira. l

Uma articulação da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu barrar ontem uma tentativa de desidratar ainda mais a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que permite gastos extras em 2023 e 2024 para acomodar as promessas eleitorais do novo governo. Uma emenda encabeçada pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e assinada por outros 31 senadores pedia a redução da ampliação do teto de gastos de R$ 145 bilhões para R$ 100 bilhões.

A operação para barrar a investida de opositores ao governo eleito envolveu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que integra a equipe da transição. No plenário, o relator da PEC, senador Alexandre Silveira (PSD-MG), rejeitou a proposta de elevação do teto para R$ 100 bilhões e a redução do prazo de validade da medida, de dois anos para um ano.

Aprovada na CCJ do Senado, a PEC da Transição começou a ser discutida no plenário da Casa na tarde desta quarta-feira (07). FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR

Na noite desta quarta-feira, 7, o Senado aprovou em primeiro turno, 64 senadores votaram a favor, a PEC da Transição.

O texto da PEC aprovado na terça-feira na CCJ do Senado eleva em R$ 145 bilhões o teto de gastos – regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação – pelo período de dois anos, em 2023 e 2024, para bancar o pagamento de um Auxílio Brasil de R$ 600. O texto também permite gastos extras de até R$ 23 bilhões mediante receitas extraordinárias, o que eleva o impacto fiscal da proposta para R$ 168 bilhões.

Na CCJ, a PEC só foi aprovada após o senador Jaques Wagner (PT-BA) anunciar, em nome de Lula, um acordo para reduzir a ampliação do teto de gastos de R$ 175 bilhões, como estava previsto no parecer inicial do relator, para os R$ 145 bilhões incluídos no parecer do relator. Além disso, o PT se comprometeu a enviar ao Congresso até agosto um projeto de lei complementar com uma nova proposta de regra fiscal para substituir o teto de gastos.

Emendas

Para tentar viabilizar a aprovação da PEC no Senado, Silveira acatou uma série de emendas, entre elas, uma que garante o pagamento do vale-gás a famílias de baixa renda em 2023 sem necessidade de compensação fiscal. Outras retiram uma série de despesas do teto de gastos, como despesas das instituições federais de ensino e da Fundação Oswaldo Cruz custeadas por receitas próprias, de doações ou de convênios celebrados com demais entes da federação ou entidades privadas.

A expectativa é de que o texto seja analisado pela Câmara na semana que vem. De acordo com deputados do PT, há acordo com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para que a proposta seja apensada a outro texto que esteja pronto para ir a plenário – ou seja, sem passar por comissões. Na Câmara, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados, com votação também em dois turnos. Lira já sinalizou que pode pautar a votação para a próxima quarta-feira. l

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