PT deve manter vice-presidência de Habitação da Caixa após acordo com Lira e Centrão


As outras onze vice-presidências do banco ainda são negociadas entre o governo e o grupo de parlamentares

Por Iander Porcella e Amanda Pupo
Atualização:

BRASÍLIA - O PT fez um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a tendência agora é o partido manter o comando da vice-presidência de Habitação da Caixa, apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do Executivo.

A função é exercida hoje por Inês Magalhães, indicada pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deve permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de “porteira fechada”, ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Na última sexta-feira, 4, a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa foi oficializada no Diário Oficial da União, mas ele tomará posse somente nesta quinta-feira, 9. Funcionário de carreira aposentado, o novo chefe do banco público é apadrinhado de Lira.

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Foi o deputado alagoano que conduziu a articulação com o governo para a mudança na Caixa, que antes era comandada por Rita Serrano. A troca foi anunciada pelo Palácio do Planalto em 25 de outubro, após meses de negociações.

Presidente da Câmara, Arthur Lira é a principal liderança do Centrão Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

A Caixa tem 12 vice-presidências, e o principal impasse para o acordo entre governo e Centrão era o comando da Habitação, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O União Brasil queria tirar Inês Magalhães do posto para colocar um apadrinhado do partido no lugar. No entanto, o perfil da atual ocupante do posto garantiu a ela uma sobrevida.

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Pesou a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Antônio Vieira Fernandes. Os dois já trabalharam juntos. O novo presidente da Caixa foi secretário-executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.

A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, “transita bem com todo mundo”. Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.

Com Inês mantida no cargo, o Centrão negocia a divisão das outras 11 vice-presidências do banco público. Além do PP de Lira, União Brasil e Republicanos devem indicar nomes. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mobilizou cerca de 30 deputados para exigir uma vice, e deve ter seu pedido atendido. O PDT, por sua vez, indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, mas ainda não obteve resposta.

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A entrega da presidência e a maior parte das vice-presidências da Caixa fez parte de um acordo de Lula com Lira para garantir governabilidade e apoio na Câmara. A troca no comando do banco público foi negociada junto com a reforma ministerial que alçou André Fufuca (PP) ao comando do Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos) à chefia da pasta de Portos e Aeroportos.

A nomeação de Vieira Fernandes foi divulgada pelo governo horas antes de a Câmara aprovar o projeto de lei que prevê a taxação dos “super-ricos” no País e de fundos de alta renda no exterior, mantidos por brasileiros em paraísos fiscais.

Já o acordo para a entrega dos ministérios ao Centrão destravou a aprovação da proposta que retomou o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que dá vantagem à União nos julgamentos. As duas matérias fazem parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

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Vieira Fernandes foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e por Gilberto Occhi, que também é ligado ao PP.

Occhi chegou a ser cogitado para a presidência do banco público agora, cargo que ocupou durante o governo Michel Temer, mas a possível indicação acabou perdendo força. Outro nome que circulou para o comando da Caixa foi o da ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), atual diretora financeira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

BRASÍLIA - O PT fez um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a tendência agora é o partido manter o comando da vice-presidência de Habitação da Caixa, apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do Executivo.

A função é exercida hoje por Inês Magalhães, indicada pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deve permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de “porteira fechada”, ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Na última sexta-feira, 4, a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa foi oficializada no Diário Oficial da União, mas ele tomará posse somente nesta quinta-feira, 9. Funcionário de carreira aposentado, o novo chefe do banco público é apadrinhado de Lira.

Foi o deputado alagoano que conduziu a articulação com o governo para a mudança na Caixa, que antes era comandada por Rita Serrano. A troca foi anunciada pelo Palácio do Planalto em 25 de outubro, após meses de negociações.

Presidente da Câmara, Arthur Lira é a principal liderança do Centrão Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

A Caixa tem 12 vice-presidências, e o principal impasse para o acordo entre governo e Centrão era o comando da Habitação, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O União Brasil queria tirar Inês Magalhães do posto para colocar um apadrinhado do partido no lugar. No entanto, o perfil da atual ocupante do posto garantiu a ela uma sobrevida.

Pesou a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Antônio Vieira Fernandes. Os dois já trabalharam juntos. O novo presidente da Caixa foi secretário-executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.

A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, “transita bem com todo mundo”. Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.

Com Inês mantida no cargo, o Centrão negocia a divisão das outras 11 vice-presidências do banco público. Além do PP de Lira, União Brasil e Republicanos devem indicar nomes. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mobilizou cerca de 30 deputados para exigir uma vice, e deve ter seu pedido atendido. O PDT, por sua vez, indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, mas ainda não obteve resposta.

A entrega da presidência e a maior parte das vice-presidências da Caixa fez parte de um acordo de Lula com Lira para garantir governabilidade e apoio na Câmara. A troca no comando do banco público foi negociada junto com a reforma ministerial que alçou André Fufuca (PP) ao comando do Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos) à chefia da pasta de Portos e Aeroportos.

A nomeação de Vieira Fernandes foi divulgada pelo governo horas antes de a Câmara aprovar o projeto de lei que prevê a taxação dos “super-ricos” no País e de fundos de alta renda no exterior, mantidos por brasileiros em paraísos fiscais.

Já o acordo para a entrega dos ministérios ao Centrão destravou a aprovação da proposta que retomou o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que dá vantagem à União nos julgamentos. As duas matérias fazem parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

Vieira Fernandes foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e por Gilberto Occhi, que também é ligado ao PP.

Occhi chegou a ser cogitado para a presidência do banco público agora, cargo que ocupou durante o governo Michel Temer, mas a possível indicação acabou perdendo força. Outro nome que circulou para o comando da Caixa foi o da ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), atual diretora financeira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

BRASÍLIA - O PT fez um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a tendência agora é o partido manter o comando da vice-presidência de Habitação da Caixa, apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do Executivo.

A função é exercida hoje por Inês Magalhães, indicada pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deve permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de “porteira fechada”, ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Na última sexta-feira, 4, a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa foi oficializada no Diário Oficial da União, mas ele tomará posse somente nesta quinta-feira, 9. Funcionário de carreira aposentado, o novo chefe do banco público é apadrinhado de Lira.

Foi o deputado alagoano que conduziu a articulação com o governo para a mudança na Caixa, que antes era comandada por Rita Serrano. A troca foi anunciada pelo Palácio do Planalto em 25 de outubro, após meses de negociações.

Presidente da Câmara, Arthur Lira é a principal liderança do Centrão Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

A Caixa tem 12 vice-presidências, e o principal impasse para o acordo entre governo e Centrão era o comando da Habitação, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O União Brasil queria tirar Inês Magalhães do posto para colocar um apadrinhado do partido no lugar. No entanto, o perfil da atual ocupante do posto garantiu a ela uma sobrevida.

Pesou a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Antônio Vieira Fernandes. Os dois já trabalharam juntos. O novo presidente da Caixa foi secretário-executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.

A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, “transita bem com todo mundo”. Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.

Com Inês mantida no cargo, o Centrão negocia a divisão das outras 11 vice-presidências do banco público. Além do PP de Lira, União Brasil e Republicanos devem indicar nomes. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mobilizou cerca de 30 deputados para exigir uma vice, e deve ter seu pedido atendido. O PDT, por sua vez, indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, mas ainda não obteve resposta.

A entrega da presidência e a maior parte das vice-presidências da Caixa fez parte de um acordo de Lula com Lira para garantir governabilidade e apoio na Câmara. A troca no comando do banco público foi negociada junto com a reforma ministerial que alçou André Fufuca (PP) ao comando do Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos) à chefia da pasta de Portos e Aeroportos.

A nomeação de Vieira Fernandes foi divulgada pelo governo horas antes de a Câmara aprovar o projeto de lei que prevê a taxação dos “super-ricos” no País e de fundos de alta renda no exterior, mantidos por brasileiros em paraísos fiscais.

Já o acordo para a entrega dos ministérios ao Centrão destravou a aprovação da proposta que retomou o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que dá vantagem à União nos julgamentos. As duas matérias fazem parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

Vieira Fernandes foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e por Gilberto Occhi, que também é ligado ao PP.

Occhi chegou a ser cogitado para a presidência do banco público agora, cargo que ocupou durante o governo Michel Temer, mas a possível indicação acabou perdendo força. Outro nome que circulou para o comando da Caixa foi o da ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), atual diretora financeira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

BRASÍLIA - O PT fez um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a tendência agora é o partido manter o comando da vice-presidência de Habitação da Caixa, apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do Executivo.

A função é exercida hoje por Inês Magalhães, indicada pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deve permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de “porteira fechada”, ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Na última sexta-feira, 4, a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa foi oficializada no Diário Oficial da União, mas ele tomará posse somente nesta quinta-feira, 9. Funcionário de carreira aposentado, o novo chefe do banco público é apadrinhado de Lira.

Foi o deputado alagoano que conduziu a articulação com o governo para a mudança na Caixa, que antes era comandada por Rita Serrano. A troca foi anunciada pelo Palácio do Planalto em 25 de outubro, após meses de negociações.

Presidente da Câmara, Arthur Lira é a principal liderança do Centrão Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

A Caixa tem 12 vice-presidências, e o principal impasse para o acordo entre governo e Centrão era o comando da Habitação, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O União Brasil queria tirar Inês Magalhães do posto para colocar um apadrinhado do partido no lugar. No entanto, o perfil da atual ocupante do posto garantiu a ela uma sobrevida.

Pesou a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Antônio Vieira Fernandes. Os dois já trabalharam juntos. O novo presidente da Caixa foi secretário-executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.

A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, “transita bem com todo mundo”. Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.

Com Inês mantida no cargo, o Centrão negocia a divisão das outras 11 vice-presidências do banco público. Além do PP de Lira, União Brasil e Republicanos devem indicar nomes. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mobilizou cerca de 30 deputados para exigir uma vice, e deve ter seu pedido atendido. O PDT, por sua vez, indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, mas ainda não obteve resposta.

A entrega da presidência e a maior parte das vice-presidências da Caixa fez parte de um acordo de Lula com Lira para garantir governabilidade e apoio na Câmara. A troca no comando do banco público foi negociada junto com a reforma ministerial que alçou André Fufuca (PP) ao comando do Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos) à chefia da pasta de Portos e Aeroportos.

A nomeação de Vieira Fernandes foi divulgada pelo governo horas antes de a Câmara aprovar o projeto de lei que prevê a taxação dos “super-ricos” no País e de fundos de alta renda no exterior, mantidos por brasileiros em paraísos fiscais.

Já o acordo para a entrega dos ministérios ao Centrão destravou a aprovação da proposta que retomou o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que dá vantagem à União nos julgamentos. As duas matérias fazem parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

Vieira Fernandes foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e por Gilberto Occhi, que também é ligado ao PP.

Occhi chegou a ser cogitado para a presidência do banco público agora, cargo que ocupou durante o governo Michel Temer, mas a possível indicação acabou perdendo força. Outro nome que circulou para o comando da Caixa foi o da ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), atual diretora financeira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

BRASÍLIA - O PT fez um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a tendência agora é o partido manter o comando da vice-presidência de Habitação da Caixa, apurou o Estadão/Broadcast com fontes do Congresso e do Executivo.

A função é exercida hoje por Inês Magalhães, indicada pela sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deve permanecer no posto, apesar da pressão inicial do Centrão para levar o banco público de “porteira fechada”, ou seja, com a ocupação de todos os cargos.

Na última sexta-feira, 4, a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa foi oficializada no Diário Oficial da União, mas ele tomará posse somente nesta quinta-feira, 9. Funcionário de carreira aposentado, o novo chefe do banco público é apadrinhado de Lira.

Foi o deputado alagoano que conduziu a articulação com o governo para a mudança na Caixa, que antes era comandada por Rita Serrano. A troca foi anunciada pelo Palácio do Planalto em 25 de outubro, após meses de negociações.

Presidente da Câmara, Arthur Lira é a principal liderança do Centrão Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

A Caixa tem 12 vice-presidências, e o principal impasse para o acordo entre governo e Centrão era o comando da Habitação, responsável pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O União Brasil queria tirar Inês Magalhães do posto para colocar um apadrinhado do partido no lugar. No entanto, o perfil da atual ocupante do posto garantiu a ela uma sobrevida.

Pesou a favor de Inês a proximidade que ela tem com Carlos Antônio Vieira Fernandes. Os dois já trabalharam juntos. O novo presidente da Caixa foi secretário-executivo do Ministério das Cidades, no governo Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que ela comandava a secretaria de Habitação da pasta. Esse histórico foi citado para justificar a permanência de Inês no cargo que ocupa atualmente no banco público.

A vice-presidente de Habitação da Caixa é referência em políticas para o setor e, de acordo com uma fonte do Congresso, “transita bem com todo mundo”. Em 2016, antes do impeachment de Dilma, ela chegou a ser ministra das Cidades.

Com Inês mantida no cargo, o Centrão negocia a divisão das outras 11 vice-presidências do banco público. Além do PP de Lira, União Brasil e Republicanos devem indicar nomes. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mobilizou cerca de 30 deputados para exigir uma vice, e deve ter seu pedido atendido. O PDT, por sua vez, indicou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, mas ainda não obteve resposta.

A entrega da presidência e a maior parte das vice-presidências da Caixa fez parte de um acordo de Lula com Lira para garantir governabilidade e apoio na Câmara. A troca no comando do banco público foi negociada junto com a reforma ministerial que alçou André Fufuca (PP) ao comando do Ministério do Esporte e Silvio Costa Filho (Republicanos) à chefia da pasta de Portos e Aeroportos.

A nomeação de Vieira Fernandes foi divulgada pelo governo horas antes de a Câmara aprovar o projeto de lei que prevê a taxação dos “super-ricos” no País e de fundos de alta renda no exterior, mantidos por brasileiros em paraísos fiscais.

Já o acordo para a entrega dos ministérios ao Centrão destravou a aprovação da proposta que retomou o “voto de qualidade” no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que dá vantagem à União nos julgamentos. As duas matérias fazem parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação federal.

Vieira Fernandes foi presidente do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa, e ocupou o posto de diretor-presidente da BRB Financeira, controlada pelo Banco de Brasília. Também fez parte da equipe do Ministério das Cidades no governo Dilma Rousseff, em período no qual a pasta foi comandada por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e por Gilberto Occhi, que também é ligado ao PP.

Occhi chegou a ser cogitado para a presidência do banco público agora, cargo que ocupou durante o governo Michel Temer, mas a possível indicação acabou perdendo força. Outro nome que circulou para o comando da Caixa foi o da ex-deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), atual diretora financeira do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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