A companhia aérea australiana Qantas permitirá que seus funcionários de bordo usem sapatos sem salto, cabelos longos e rosto sem maquiagem, independentemente de seu gênero, como parte da modernização de algumas regras para promover a inclusão e o conforto de seus funcionários. As mudanças nas diretrizes da Qantas estão alinhadas com os comentários dos funcionários e a evolução das expectativas dos clientes, afirmou o grupo aéreo em comunicado.
Entre as grandes mudanças no uniforme da tripulação da Qantas, assim como de sua companhia aérea de baixo custo, Jetstar, está o fato de que as comissárias não serão obrigadas a usar sapatos de salto ou maquiagem, e nenhum membro da tripulação será proibido de usar base no rosto.
As novas regras também permitem que qualquer membro da tripulação ou funcionário em terra tenha cabelos longos, presos em um rabo de cavalo ou coque, use brincos de diamante, óculos com armações claras ou joias, incluindo relógios, embora os funcionários da companhia aérea devam esconder suas tatuagens e usar crachás com seus nomes.
Embora os uniformes da Qantas não tenham mudado, a companhia aérea esclareceu no comunicado que introduziu combinações que “substituem os conjuntos de uniformes masculinos e femininos”. “Estamos orgulhosos de nossa diversidade e, além de atualizar nossas diretrizes, essas mudanças tornarão o uso de nosso uniforme mais confortável e prático para todos os nossos funcionários, incluindo aqueles que têm uma ampla gama de tipos de corpo e diversas origens culturais”, disse um porta-voz da Qantas em comunicado.
A Qantas lembrou que nos anos 70, as comissárias de bordo usavam saias acima dos joelhos e nos anos 80, era recomendado que usassem delineador azul-marinho como maquiagem, e que as novas medidas se adequam aos tempos atuais. Muitas companhias aéreas ao redor do mundo exigem que a equipe feminina use sapatos de salto alto como parte de seus uniformes, apesar de muitas delas realizarem voos intercontinentais ou precisarem caminhar longas distâncias dentro dos aeroportos, embora algumas empresas tenham permitido o uso de sapatos baixos, como a Japan Airlines fez em 2020.
Além disso, a Virgin Atlantic deixou de exigir que suas comissárias usem maquiagem em 2019 e no ano passado introduziu uniformes de gênero neutro, enquanto a companhia aérea Air New Zealand permite que seus funcionários exibam suas tatuagens, uma vez que na Nova Zelândia elas são um símbolo de identidade cultural entre a população maori./EFE