Quaresma faz preço do ovo subir 18,8% em São Paulo, aponta levantamento


Subida tão forte no período é inédita, diz pesquisadora; produção caiu por conta de altos custoso

Por Sandy Oliveira

Impulsionado pela Quaresma, o preço do ovo em São Paulo subiu em média 18,8% em abril em comparação com igual mês de 2022, passando de R$ 148,51 a caixa com 30 dúzias de ovos brancos para R$ 176,57, apontou levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encaminhado ao Estadão/Broadcast. As cotações se referem à região de Bastos, principal produtora de ovos do Estado.

Segundo a pesquisadora Juliana Ferraz, que integra a equipe de ovos do Cepea, a alta este ano tem sido a mais acentuada desde o início da série histórica da instituição, que começou em 2013. “Nunca vimos subida tão forte na Quaresma”, confirma. Além da demanda reforçada em um período em que a população católica evita o consumo de carnes e o ovo é o substituto ideal, Ferraz comenta que a queda na produção, em função dos altos custos, também contribuiu para valorizar o produto.

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“A produção caiu muito com a alta dos custos e os avicultores chegaram a operar com margens negativas em alguns casos”, continua. A alta das despesas foi puxada principalmente pelas cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos da atividade, que representam cerca de 60% dos custos. Ferraz destaca, ainda, que os preços de embalagens e medicamentos também subiram “de forma bastante considerável”.

Nessa conjuntura, o estímulo para elevar o alojamento de aves e aumentar a produção de ovos foi reduzido, especialmente entre os pequenos produtores. “Eles optaram por reduzir sua capacidade produtiva e, por isso, o movimento de alta reflete a queda na disponibilidade de ovos.”

Produção caiu com aumento nos custos aos produtores Foto: Alexandre Hisayasu / Estadão
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Ferraz destaca também que a demanda internacional pelo produto está crescendo, mas ainda é pouco significativa para o mercado e representa apenas 1% da produção. “É um volume baixo. Está evoluindo, mas ainda é muito baixo e não tem potencial suficiente para influenciar os preços no mercado doméstico”, diz.

Para o curto e o médio prazos, Juliana avalia que a produção seguirá ajustada à demanda. “Se os preços das embalagens e do farelo de soja não subirem, é possível ter algum tipo de baixa nas cotações, mas não tão significativo.”

Via de regra, ela explica que, com o fim do período de Quaresma, a demanda cai e os preços também. “Mas por causa das incertezas no cenário econômico mundial e do País, os produtores não sinalizam uma motivação para elevar o nível de alojamento”, diz. Por isso, Ferraz acredita que este ano a demanda e a oferta de ovos ficarão ajustadas se comparadas com os anos anteriores, “sem queda expressiva nos preços”.

Impulsionado pela Quaresma, o preço do ovo em São Paulo subiu em média 18,8% em abril em comparação com igual mês de 2022, passando de R$ 148,51 a caixa com 30 dúzias de ovos brancos para R$ 176,57, apontou levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encaminhado ao Estadão/Broadcast. As cotações se referem à região de Bastos, principal produtora de ovos do Estado.

Segundo a pesquisadora Juliana Ferraz, que integra a equipe de ovos do Cepea, a alta este ano tem sido a mais acentuada desde o início da série histórica da instituição, que começou em 2013. “Nunca vimos subida tão forte na Quaresma”, confirma. Além da demanda reforçada em um período em que a população católica evita o consumo de carnes e o ovo é o substituto ideal, Ferraz comenta que a queda na produção, em função dos altos custos, também contribuiu para valorizar o produto.

“A produção caiu muito com a alta dos custos e os avicultores chegaram a operar com margens negativas em alguns casos”, continua. A alta das despesas foi puxada principalmente pelas cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos da atividade, que representam cerca de 60% dos custos. Ferraz destaca, ainda, que os preços de embalagens e medicamentos também subiram “de forma bastante considerável”.

Nessa conjuntura, o estímulo para elevar o alojamento de aves e aumentar a produção de ovos foi reduzido, especialmente entre os pequenos produtores. “Eles optaram por reduzir sua capacidade produtiva e, por isso, o movimento de alta reflete a queda na disponibilidade de ovos.”

Produção caiu com aumento nos custos aos produtores Foto: Alexandre Hisayasu / Estadão

Ferraz destaca também que a demanda internacional pelo produto está crescendo, mas ainda é pouco significativa para o mercado e representa apenas 1% da produção. “É um volume baixo. Está evoluindo, mas ainda é muito baixo e não tem potencial suficiente para influenciar os preços no mercado doméstico”, diz.

Para o curto e o médio prazos, Juliana avalia que a produção seguirá ajustada à demanda. “Se os preços das embalagens e do farelo de soja não subirem, é possível ter algum tipo de baixa nas cotações, mas não tão significativo.”

Via de regra, ela explica que, com o fim do período de Quaresma, a demanda cai e os preços também. “Mas por causa das incertezas no cenário econômico mundial e do País, os produtores não sinalizam uma motivação para elevar o nível de alojamento”, diz. Por isso, Ferraz acredita que este ano a demanda e a oferta de ovos ficarão ajustadas se comparadas com os anos anteriores, “sem queda expressiva nos preços”.

Impulsionado pela Quaresma, o preço do ovo em São Paulo subiu em média 18,8% em abril em comparação com igual mês de 2022, passando de R$ 148,51 a caixa com 30 dúzias de ovos brancos para R$ 176,57, apontou levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encaminhado ao Estadão/Broadcast. As cotações se referem à região de Bastos, principal produtora de ovos do Estado.

Segundo a pesquisadora Juliana Ferraz, que integra a equipe de ovos do Cepea, a alta este ano tem sido a mais acentuada desde o início da série histórica da instituição, que começou em 2013. “Nunca vimos subida tão forte na Quaresma”, confirma. Além da demanda reforçada em um período em que a população católica evita o consumo de carnes e o ovo é o substituto ideal, Ferraz comenta que a queda na produção, em função dos altos custos, também contribuiu para valorizar o produto.

“A produção caiu muito com a alta dos custos e os avicultores chegaram a operar com margens negativas em alguns casos”, continua. A alta das despesas foi puxada principalmente pelas cotações do milho e do farelo de soja, principais insumos da atividade, que representam cerca de 60% dos custos. Ferraz destaca, ainda, que os preços de embalagens e medicamentos também subiram “de forma bastante considerável”.

Nessa conjuntura, o estímulo para elevar o alojamento de aves e aumentar a produção de ovos foi reduzido, especialmente entre os pequenos produtores. “Eles optaram por reduzir sua capacidade produtiva e, por isso, o movimento de alta reflete a queda na disponibilidade de ovos.”

Produção caiu com aumento nos custos aos produtores Foto: Alexandre Hisayasu / Estadão

Ferraz destaca também que a demanda internacional pelo produto está crescendo, mas ainda é pouco significativa para o mercado e representa apenas 1% da produção. “É um volume baixo. Está evoluindo, mas ainda é muito baixo e não tem potencial suficiente para influenciar os preços no mercado doméstico”, diz.

Para o curto e o médio prazos, Juliana avalia que a produção seguirá ajustada à demanda. “Se os preços das embalagens e do farelo de soja não subirem, é possível ter algum tipo de baixa nas cotações, mas não tão significativo.”

Via de regra, ela explica que, com o fim do período de Quaresma, a demanda cai e os preços também. “Mas por causa das incertezas no cenário econômico mundial e do País, os produtores não sinalizam uma motivação para elevar o nível de alojamento”, diz. Por isso, Ferraz acredita que este ano a demanda e a oferta de ovos ficarão ajustadas se comparadas com os anos anteriores, “sem queda expressiva nos preços”.

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