Inflação cai mais no Brasil do que em outros emergentes, diz presidente do BC


Apresentação de Roberto Campos Neto em Madri, nesta terça-feira, 2, mostrou que outros países também terão inflação acima da meta em 2023

Por Thaís Barcellos
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta terça-feira, 2, em reunião fechada com investidores, a forte desaceleração da inflação brasileira ante demais emergentes, mas ponderou que, quando se retira da conta itens voláteis, o índice inflacionário do País ainda é um dos maiores do grupo em 12 meses. As informações constam da apresentação feita na reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha, divulgada pelo BC.

O documento mostra que a inflação brasileira era a segunda mais alta do grupo de países no início deste ano, perdendo apenas para a Rússia, afetada pelas consequências econômicas da invasão da Ucrânia. Agora, em setembro, o índice de inflação oficial (IPCA) em 12 meses, de 7,2%, já era o segundo mais baixo, atrás apenas da China.

Mas, quando se retiram da conta os itens alimentícios e os preços ligados à energia, a inflação brasileira ainda figura entre as três mais altas do grupo, por volta de 10%, aparecendo após Rússia e Chile.

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Contudo, a apresentação mostra ainda que o Brasil não é o único país entre os emergentes que têm expectativas de inflação para 2022 (5,61%) e 2023 (4,94%) acima da meta. Principalmente países da América Latina têm o mesmo quadro, como Colômbia, Chile e México.

Quadro fiscal

Em relação ao quadro fiscal, Campos Neto ressaltou que o gasto para amenizar o custo da energia, considerando os combustíveis, no Brasil foi menor do que em países europeus, fortemente afetados pela redução do abastecimento de gás natural pela Rússia.

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Roberto Campos Neto; presidente do Banco Central fez apresentação em reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha.  Foto: Gabriela Biló/Estadão

Segundo o gráfico no documento divulgado pelo BC, o custo das medidas brasileiras foi da ordem de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto no Reino Unido ultrapassou 6%. Na Itália, Espanha, França e Holanda, o gasto ficou próximo a 3% do PIB.

Campos Neto ainda voltou a comentar sobre a aceleração do aperto monetário em países desenvolvidos e sobre a perspectiva de desaceleração da atividade econômica no mundo. “(Na China), houve surpresas positivas no terceiro trimestre de 2022, mas há sinais de desaceleração econômica. O setor imobiliário é muito relevante para o PIB e para a riqueza das famílias.”

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O presidente do BC repetiu que o Brasil é uma “exceção” nas perspectivas de atividade econômica, com o aumento das projeções de crescimento, enquanto o mundo tem um prognóstico mais negativo, ainda de acordo com a apresentação.

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta terça-feira, 2, em reunião fechada com investidores, a forte desaceleração da inflação brasileira ante demais emergentes, mas ponderou que, quando se retira da conta itens voláteis, o índice inflacionário do País ainda é um dos maiores do grupo em 12 meses. As informações constam da apresentação feita na reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha, divulgada pelo BC.

O documento mostra que a inflação brasileira era a segunda mais alta do grupo de países no início deste ano, perdendo apenas para a Rússia, afetada pelas consequências econômicas da invasão da Ucrânia. Agora, em setembro, o índice de inflação oficial (IPCA) em 12 meses, de 7,2%, já era o segundo mais baixo, atrás apenas da China.

Mas, quando se retiram da conta os itens alimentícios e os preços ligados à energia, a inflação brasileira ainda figura entre as três mais altas do grupo, por volta de 10%, aparecendo após Rússia e Chile.

Contudo, a apresentação mostra ainda que o Brasil não é o único país entre os emergentes que têm expectativas de inflação para 2022 (5,61%) e 2023 (4,94%) acima da meta. Principalmente países da América Latina têm o mesmo quadro, como Colômbia, Chile e México.

Quadro fiscal

Em relação ao quadro fiscal, Campos Neto ressaltou que o gasto para amenizar o custo da energia, considerando os combustíveis, no Brasil foi menor do que em países europeus, fortemente afetados pela redução do abastecimento de gás natural pela Rússia.

Roberto Campos Neto; presidente do Banco Central fez apresentação em reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha.  Foto: Gabriela Biló/Estadão

Segundo o gráfico no documento divulgado pelo BC, o custo das medidas brasileiras foi da ordem de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto no Reino Unido ultrapassou 6%. Na Itália, Espanha, França e Holanda, o gasto ficou próximo a 3% do PIB.

Campos Neto ainda voltou a comentar sobre a aceleração do aperto monetário em países desenvolvidos e sobre a perspectiva de desaceleração da atividade econômica no mundo. “(Na China), houve surpresas positivas no terceiro trimestre de 2022, mas há sinais de desaceleração econômica. O setor imobiliário é muito relevante para o PIB e para a riqueza das famílias.”

O presidente do BC repetiu que o Brasil é uma “exceção” nas perspectivas de atividade econômica, com o aumento das projeções de crescimento, enquanto o mundo tem um prognóstico mais negativo, ainda de acordo com a apresentação.

BRASÍLIA - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta terça-feira, 2, em reunião fechada com investidores, a forte desaceleração da inflação brasileira ante demais emergentes, mas ponderou que, quando se retira da conta itens voláteis, o índice inflacionário do País ainda é um dos maiores do grupo em 12 meses. As informações constam da apresentação feita na reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha, divulgada pelo BC.

O documento mostra que a inflação brasileira era a segunda mais alta do grupo de países no início deste ano, perdendo apenas para a Rússia, afetada pelas consequências econômicas da invasão da Ucrânia. Agora, em setembro, o índice de inflação oficial (IPCA) em 12 meses, de 7,2%, já era o segundo mais baixo, atrás apenas da China.

Mas, quando se retiram da conta os itens alimentícios e os preços ligados à energia, a inflação brasileira ainda figura entre as três mais altas do grupo, por volta de 10%, aparecendo após Rússia e Chile.

Contudo, a apresentação mostra ainda que o Brasil não é o único país entre os emergentes que têm expectativas de inflação para 2022 (5,61%) e 2023 (4,94%) acima da meta. Principalmente países da América Latina têm o mesmo quadro, como Colômbia, Chile e México.

Quadro fiscal

Em relação ao quadro fiscal, Campos Neto ressaltou que o gasto para amenizar o custo da energia, considerando os combustíveis, no Brasil foi menor do que em países europeus, fortemente afetados pela redução do abastecimento de gás natural pela Rússia.

Roberto Campos Neto; presidente do Banco Central fez apresentação em reunião organizada pelo Santander em Madri, na Espanha.  Foto: Gabriela Biló/Estadão

Segundo o gráfico no documento divulgado pelo BC, o custo das medidas brasileiras foi da ordem de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto no Reino Unido ultrapassou 6%. Na Itália, Espanha, França e Holanda, o gasto ficou próximo a 3% do PIB.

Campos Neto ainda voltou a comentar sobre a aceleração do aperto monetário em países desenvolvidos e sobre a perspectiva de desaceleração da atividade econômica no mundo. “(Na China), houve surpresas positivas no terceiro trimestre de 2022, mas há sinais de desaceleração econômica. O setor imobiliário é muito relevante para o PIB e para a riqueza das famílias.”

O presidente do BC repetiu que o Brasil é uma “exceção” nas perspectivas de atividade econômica, com o aumento das projeções de crescimento, enquanto o mundo tem um prognóstico mais negativo, ainda de acordo com a apresentação.

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