As alterações do meio ambiente causadas pela ação humana são problemas globais. Estão causando o superaquecimento do planeta, o aumento de desastres naturais, a poluição no ar e na água, o derretimento das calotas polares, mudanças nos ecossistemas e perdas de biodiversidade.
Causam perdas econômicas consideráveis, como quebras de safras agrícolas, escassez de recursos naturais, impactos na saúde humana, ameaças à segurança alimentar e falta de água. Há medidas globais sendo adotadas, como o Acordo de Paris e iniciativas adotadas na COP-28.
É um problema global, mas parte da solução é local. Depende de cada indivíduo, de cada empresa e de cada governo nacional e subnacional serem conscientes de que também são responsáveis. O termo “glocalização” combina as palavras “global” e “localização”, gestores devem atuar pensando globalmente e atuando localmente.
Há avanços e retrocessos. Em São Paulo, a permissão para a construção de mais prédios sem o aumento proporcional da infraestrutura causa mais congestionamentos e consequentemente, mais poluição por quilômetro rodado. Medidas simples, como tornar as ruas mais amigáveis para bicicletas, contribuiriam positivamente.
Outro retrocesso em São Paulo é a fiscalização da Zona Azul. No início era fiscalizada por agentes caminhando. Era intensivo em mão de obra, gerando empregos, e não poluía. Mudou para uma fiscalização com veículos que, além de poluir, congestionam ainda mais o trânsito.
Em Itu, registram-se avanços na questão climática. Empresários têm desenvolvido estratégias para neutralizar o impacto ambiental de suas atividades. Projetos como o “Adote nascentes” e o “Arboreto”, um bosque com 49 espécies nativas em extinção, são contribuições por um planeta mais saudável.
A prefeitura adotou ações como a recuperação de biomas, inserção nas escolas da temática da bioeconomia, capacitação profissionalizante em bioeconomia e em economia circular e expansão da produção de biogás em propriedades rurais, entre outras.
A atuação local é fundamental para melhorar a questão ambiental. Exige que cada cidadão adote, na medida do possível, ações como privilegiar o transporte coletivo, economizar água e energia e os 3 Rs – reduzir, reutilizar e reciclar o que for possível. Cada gestor, público e privado, deve copiar as melhores práticas ambientais. Os esforços de cada um vão promover o bem-estar de todos.
Roberto Luis Troster é economista.