Quando ainda pertencia a Silvio Santos, o banco Panamericano tinha um rombo de R$ 4,3 bilhões e ficou à beira de quebrar no final do ano passado.
Outro banco, o BTG Pactual, apareceu e comprou a instituição do animador de TV. Pagou R$ 450 milhões, apenas um terço do valor patrimonial do Panamericano - e sem a necessidade de desembolsar esse valor de imediato, como frisou uma reportagem do "Valor Econômico".
Por esse valor, o BTG assumirá um Panamericano já sanado, pois o rombo do banco fundado por Silvio Santos, conforme noticiou o "Estadão" com exclusividade há um mês, ficou sob responsabilidade do Fundo Garantidor de Crédito, uma entidade de direito privado abastecida com dinheiro das instituições financeiras no Brasil, inclusive dos bancos estatais.
E agora, a mesma reportagem do "Valor Econômico" mencionada acima traz mais um dado que mostra como o negócio foi bom para o BTG: este banco assumirá o Panamericano com quase R$ 2,5 bilhões em créditos tributários. Em janeiro, o ex-banco de Silvio Santos divulgara que o crédito tributário estava em R$ 700 milhões.
O "Valor" afirma, ainda, que o BTG levou em conta essa informação de um crédito bilionário quando fechou o negócio. No entanto, a Receita Federal ainda pode contestar o direito do BTG de assumir esses créditos, segundo a reportagem.