No artigo, Strauss Kahn defende que os governos latino-americanos recuperem o "espaço fiscal" perdido durante a crise. Após a turbulência financeira de 2008, países como o Brasil aumentaram gastos públicos alegando que era necessário estimular a economia.
Curiosamente, no mesmo texto que dá argumentos para a contenção de despesas defende o aumento dos recursos para a área social. "Crescer por crescer [economicamente] não basta. [...] Inovadores programas de transferência de renda -- como o Bolsa Família do Brasil -- têm um papel importante e estão sendo copiados até nos Estados Unidos. A elevação dos gastos sociais e a melhoria da qualidade dos serviços nas áreas da educação, saúde e infraestrutura pública também são prioridades", afirma o artigo.
No mais alto cargo do FMI, Strauss-Kahn iniciou nesta semana uma visita à América Latina que incluirá o Brasil.
* Alcides Leite é professor de economia na Trevisan Escola de Negócios e analistas-inspetor concursado do Banco Central. Autor do livro "Brasil: A Trajetória de um País Forte".