Jornalista

Opinião|Como explicar o mau humor do empresariado com Lula?


O clima nas rodas de conversas é de decepção com o presidente e de busca de alternativas para 2026

Por Raquel Landim

Não é segredo que há poucos empresários petistas no Brasil. Na última campanha presidencial, os pesos-pesados do PIB se dividiram entre bolsonaristas e os que apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva a fim de se livrar das ameaças antidemocráticas de Jair Bolsonaro.

Essa fatia do empresariado acreditou na promessa de governo de coalizão e embarcou praticamente sem garantias. Com as investigações da Polícia Federal a todo vapor contra o ex-presidente, ninguém se arrepende da escolha.

Mas o clima nas rodas de conversas é de decepção com Lula e de busca de alternativas para 2026. A avaliação do empresariado é que Lula perdeu seu principal ativo: a habilidade política para ouvir, negociar e formar consensos.

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Uma queixa comum nesse meio é por que Lula insiste em se posicionar contra Israel na guerra de Gaza e a favor de Vladimir Putin no conflito da Ucrânia, ou ainda, nas palavras de um empresário, “em dar tapinhas nas costas” de Nicolás Maduro. “Não ganhamos nada com isso. Não parece um país sério”, afirma.

Lula durante reunião ministerial Foto: André Borges / EFE

O intervencionismo recente nas empresas públicas e privadas, comandado diretamente por Lula, também não colabora. Para o empresariado, o presidente vem transformando a retórica do PT em prática.

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Induzido ou não ao erro por seus auxiliares, foi de Lula a ordem para reter os dividendos da Petrobras. Também parte do presidente a orientação para reestatizar a Eletrobras e para pressionar a Vale e a Braskem a abrigarem seu ex-ministro Guido Mantega. Isso sem se preocupar com a percepção de aumento da impunidade no País.

Soma-se a isso uma economia que não vai mal, mas também não vai bem, um governo desarticulado com 38 ministérios, pauta econômica parada no Congresso, e o mau humor está instalado. Nem mesmo todo o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resolve.

Discretamente o empresariado busca nomes mais moderados. Pela esquerda, Haddad seria o preferido, mas Lula vai tentar a reeleição. Pela direita, aparece o governador Tarcísio de Freitas, pois Bolsonaro está inelegível.

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Tarcísio faz acenos à base bolsonarista e ao ex-presidente, mas mantém diálogo no Congresso, no Judiciário e no empresariado. É visto como um candidato moderado, mas que dificilmente disputará o cargo se não tiver chances reais de vitória.

De toda forma, 2026 está longe e há tempo para o PIB se reconciliar com Lula. Basta a pauta econômica destravar, o crescimento acelerar ou o presidente voltar a ouvir os que pensam diferente dele. Nenhuma das três alternativas está na mesa agora.

Não é segredo que há poucos empresários petistas no Brasil. Na última campanha presidencial, os pesos-pesados do PIB se dividiram entre bolsonaristas e os que apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva a fim de se livrar das ameaças antidemocráticas de Jair Bolsonaro.

Essa fatia do empresariado acreditou na promessa de governo de coalizão e embarcou praticamente sem garantias. Com as investigações da Polícia Federal a todo vapor contra o ex-presidente, ninguém se arrepende da escolha.

Mas o clima nas rodas de conversas é de decepção com Lula e de busca de alternativas para 2026. A avaliação do empresariado é que Lula perdeu seu principal ativo: a habilidade política para ouvir, negociar e formar consensos.

Uma queixa comum nesse meio é por que Lula insiste em se posicionar contra Israel na guerra de Gaza e a favor de Vladimir Putin no conflito da Ucrânia, ou ainda, nas palavras de um empresário, “em dar tapinhas nas costas” de Nicolás Maduro. “Não ganhamos nada com isso. Não parece um país sério”, afirma.

Lula durante reunião ministerial Foto: André Borges / EFE

O intervencionismo recente nas empresas públicas e privadas, comandado diretamente por Lula, também não colabora. Para o empresariado, o presidente vem transformando a retórica do PT em prática.

Induzido ou não ao erro por seus auxiliares, foi de Lula a ordem para reter os dividendos da Petrobras. Também parte do presidente a orientação para reestatizar a Eletrobras e para pressionar a Vale e a Braskem a abrigarem seu ex-ministro Guido Mantega. Isso sem se preocupar com a percepção de aumento da impunidade no País.

Soma-se a isso uma economia que não vai mal, mas também não vai bem, um governo desarticulado com 38 ministérios, pauta econômica parada no Congresso, e o mau humor está instalado. Nem mesmo todo o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resolve.

Discretamente o empresariado busca nomes mais moderados. Pela esquerda, Haddad seria o preferido, mas Lula vai tentar a reeleição. Pela direita, aparece o governador Tarcísio de Freitas, pois Bolsonaro está inelegível.

Tarcísio faz acenos à base bolsonarista e ao ex-presidente, mas mantém diálogo no Congresso, no Judiciário e no empresariado. É visto como um candidato moderado, mas que dificilmente disputará o cargo se não tiver chances reais de vitória.

De toda forma, 2026 está longe e há tempo para o PIB se reconciliar com Lula. Basta a pauta econômica destravar, o crescimento acelerar ou o presidente voltar a ouvir os que pensam diferente dele. Nenhuma das três alternativas está na mesa agora.

Não é segredo que há poucos empresários petistas no Brasil. Na última campanha presidencial, os pesos-pesados do PIB se dividiram entre bolsonaristas e os que apoiaram Luiz Inácio Lula da Silva a fim de se livrar das ameaças antidemocráticas de Jair Bolsonaro.

Essa fatia do empresariado acreditou na promessa de governo de coalizão e embarcou praticamente sem garantias. Com as investigações da Polícia Federal a todo vapor contra o ex-presidente, ninguém se arrepende da escolha.

Mas o clima nas rodas de conversas é de decepção com Lula e de busca de alternativas para 2026. A avaliação do empresariado é que Lula perdeu seu principal ativo: a habilidade política para ouvir, negociar e formar consensos.

Uma queixa comum nesse meio é por que Lula insiste em se posicionar contra Israel na guerra de Gaza e a favor de Vladimir Putin no conflito da Ucrânia, ou ainda, nas palavras de um empresário, “em dar tapinhas nas costas” de Nicolás Maduro. “Não ganhamos nada com isso. Não parece um país sério”, afirma.

Lula durante reunião ministerial Foto: André Borges / EFE

O intervencionismo recente nas empresas públicas e privadas, comandado diretamente por Lula, também não colabora. Para o empresariado, o presidente vem transformando a retórica do PT em prática.

Induzido ou não ao erro por seus auxiliares, foi de Lula a ordem para reter os dividendos da Petrobras. Também parte do presidente a orientação para reestatizar a Eletrobras e para pressionar a Vale e a Braskem a abrigarem seu ex-ministro Guido Mantega. Isso sem se preocupar com a percepção de aumento da impunidade no País.

Soma-se a isso uma economia que não vai mal, mas também não vai bem, um governo desarticulado com 38 ministérios, pauta econômica parada no Congresso, e o mau humor está instalado. Nem mesmo todo o esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resolve.

Discretamente o empresariado busca nomes mais moderados. Pela esquerda, Haddad seria o preferido, mas Lula vai tentar a reeleição. Pela direita, aparece o governador Tarcísio de Freitas, pois Bolsonaro está inelegível.

Tarcísio faz acenos à base bolsonarista e ao ex-presidente, mas mantém diálogo no Congresso, no Judiciário e no empresariado. É visto como um candidato moderado, mas que dificilmente disputará o cargo se não tiver chances reais de vitória.

De toda forma, 2026 está longe e há tempo para o PIB se reconciliar com Lula. Basta a pauta econômica destravar, o crescimento acelerar ou o presidente voltar a ouvir os que pensam diferente dele. Nenhuma das três alternativas está na mesa agora.

Opinião por Raquel Landim

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