Jornalista

Opinião|Zerar o déficit no próximo ano é uma meta fiscal inatingível da Fazenda


Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que objetivo pode ser alcançado

Por Raquel Landim

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

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As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Fernando Haddad prometeu zerar o déficit orçamentário em 2024 Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda
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Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

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Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

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O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Fernando Haddad prometeu zerar o déficit orçamentário em 2024 Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Fernando Haddad prometeu zerar o déficit orçamentário em 2024 Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Fernando Haddad prometeu zerar o déficit orçamentário em 2024 Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

Um clima de otimismo se alastrou pela economia nas últimas semanas, principalmente após a aprovação da reforma tributária pela Câmara. O PIB mais forte puxado pelo agronegócio, a inflação mais fraca e a perspectiva de queda de juros também ajudaram.

O cenário positivo encobria, porém, um problema crônico: contas públicas. Nesta semana, os dados de arrecadação e os resultados do Tesouro Nacional vão tornar o buraco mais evidente.

As estimativas divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas já deram uma pista. A projeção de déficit primário subiu de R$ 136 bilhões para R$ 145 bilhões, o que significa 1,4% do PIB.

Os economistas alertavam para essa piora quando a inflação e as commodities deixassem de inchar a arrecadação. Seus avisos foram sucessivamente ignorados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Lula da Silva, que escolheram transformar receitas conjunturais em despesas estruturais.

Fernando Haddad prometeu zerar o déficit orçamentário em 2024 Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda

Com a ajuda do Congresso, foi aprovado o parcelamento dos precatórios, a desoneração dos combustíveis, a recomposição do orçamento dos ministérios, a política de valorização do salário mínimo, o reajuste da tabela do Imposto de Renda, etc., etc.

Entre os especialistas em política fiscal, ninguém mais acredita que o ministro Fernando Haddad vai zerar o déficit no ano que vem, conforme prometeu quando apresentou o novo arcabouço.

Num exemplo louvável de transparência, o próprio Tesouro fez a conta. Para cumprir a promessa, o governo precisa de R$ 162,4 bilhões a mais. É uma arrecadação extraordinária expressiva, o que ajuda a explicar a aflição de Haddad, que esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Haddad sinalizou a Lira que precisa aprovar logo medidas que elevem os impostos sobre a renda. Estão na mira fundos exclusivos, empresas offshore, lucros e dividendos – ou seja, o topo da pirâmide.

São medidas que melhoram a distribuição de renda, logo, é justo que sejam discutidas e aprovadas. Mas não será fácil nem rápido. Vão enfrentar resistência política acirrada e podem comprometer, inclusive, a tramitação da reforma tributária do consumo no Senado.

A missão de Haddad fica mais difícil, porque o governo decidiu equilibrar as contas com aumento de carga tributária sem cortar despesa. Um ajuste fiscal saudável demandaria, por exemplo, enxugar a máquina pública.

O ministro vive uma lua de mel com o mercado, que se reflete na Bolsa e no câmbio. As contas públicas vão lembrá-lo em breve de que ele tem “o pior emprego do mundo” – na definição excelente do jornalista Thomas Traumann.

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