Receita para o crescimento do Brasil


Plano de Retomada da Indústria propõe uma série de ações para a valorização do setor

Por CNI

Um ponto crucial para o desenvolvimento do País na próxima década será a atenção dada à indústria: a alocação de recursos públicos para o setor precisa ser proporcional ao seu peso na formação do PIB brasileiro, o que não vem ocorrendo. O Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, propõe uma série de ações para criar um círculo virtuoso de desenvolvimento – processo em grande parte autofinanciável, pois irá acelerar o crescimento econômico e a arrecadação tributária.

Divulgação Foto: Div

Um dos benefícios será a redução do Custo Brasil, o que aumentará a competitividade dos produtos feitos no País, tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Ao mesmo tempo, medidas tributárias e de financiamento assegurarão condições mais favoráveis aos investimentos, o que levará à ampliação da capacidade produtiva da indústria nacional e permitirá a modernização do parque industrial brasileiro.

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“O estímulo à inovação e à capacitação profissional são princípios fundamentais do plano”, enfatiza Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi. Várias ações previstas no plano estão diretamente relacionadas a investimentos na formação e na capacitação da força de trabalho e no aumento do esforço em Pesquisa & Desenvolvimento.

Outro ponto essencial é a promoção da sustentabilidade, em atenção aos critérios estabelecidos pela agenda ESG, conceito composto pelos pilares Ambiental, Social e Governança. “Nossa indústria desenvolve tecnologias para a redução de emissões, busca fontes de energias renováveis e o uso de bioinsumos”, descreve Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e CEO do Instituto Amazônia +21.

“Quando o mundo olha para o Brasil, é natural destacar o fator ambiental, mas não podemos descuidar dos outros fatores. A indústria brasileira busca ser ESG nas três dimensões”, diz Thomé. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas brasileiras valorizam a transparência e adotam regras de compliance. “Já a responsabilidade social começa pelo bem-estar de funcionários, mas vai até a consciência de que a empresa é um ator social e precisa contribuir com o coletivo”, conclui.

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Artigo

Paulo Gala | Professor de Economia na FGV-SP e economista-chefe do Banco Master. É autor do livro “Brasil, uma economia que não aprende” Foto: Div

Domínio tecnológico & reindustrialização

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Desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque estão na fronteira tecnológica. Não existe outro caminho para se desenvolver, aumentar a renda per capita, enriquecer o país e reduzir as desigualdades sociais. E não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem possuir um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para em pé.

Uma premissa-chave para a reindustrialização do Brasil é entender que serviços complexos e sofisticados caminham junto com o setor industrial, em um ambiente de mercados extremamente concentrados. É um mito a ideia de que vamos simplesmente promover uma abertura comercial e conquistar mercados. Nosso desafio é encontrar vantagens comparativas que nos permitam bater as companhias que já dominam os grandes mercados mundiais.

Precisamos, também, de políticas públicas que turbinem nossas empresas, para que elas consigam galgar espaços tecnológicos, e que as apoiem, mediante exigência de contrapartidas, como a conquista de mercado mundial, metas de exportação e avanços em sofisticação tecnológica.

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O Brasil tem à sua frente a janela de oportunidades da transição verde, da sustentabilidade. Já somos um dos maiores players mundiais em etanol e em biomassa, e temos grande potencial para o hidrogênio verde. Além disso, 10% da energia nacional é gerada por parques eólicos localizados no Nordeste. Isso é mais do que é gerado em Itaipu. Mas, para aproveitar essas oportunidades, precisamos desenhar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do País nessa área, usando o BNDES e outras fontes de promoção do desenvolvimento.

Esse é o caminho para retomarmos a industrialização em setores que ainda não estão desenvolvidos nem dominados pelas gigantes multinacionais. Estamos entre as maiores economias do mundo, mas só chegamos à metade do caminho e da escada tecnológica. Agora, a subida até o topo é muito mais difícil do que até a metade, porque vamos ter que enfrentar diretamente os grandes atores do mercado mundial. Só não podemos repetir os erros do passado.

Um ponto crucial para o desenvolvimento do País na próxima década será a atenção dada à indústria: a alocação de recursos públicos para o setor precisa ser proporcional ao seu peso na formação do PIB brasileiro, o que não vem ocorrendo. O Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, propõe uma série de ações para criar um círculo virtuoso de desenvolvimento – processo em grande parte autofinanciável, pois irá acelerar o crescimento econômico e a arrecadação tributária.

Divulgação Foto: Div

Um dos benefícios será a redução do Custo Brasil, o que aumentará a competitividade dos produtos feitos no País, tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Ao mesmo tempo, medidas tributárias e de financiamento assegurarão condições mais favoráveis aos investimentos, o que levará à ampliação da capacidade produtiva da indústria nacional e permitirá a modernização do parque industrial brasileiro.

“O estímulo à inovação e à capacitação profissional são princípios fundamentais do plano”, enfatiza Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi. Várias ações previstas no plano estão diretamente relacionadas a investimentos na formação e na capacitação da força de trabalho e no aumento do esforço em Pesquisa & Desenvolvimento.

Outro ponto essencial é a promoção da sustentabilidade, em atenção aos critérios estabelecidos pela agenda ESG, conceito composto pelos pilares Ambiental, Social e Governança. “Nossa indústria desenvolve tecnologias para a redução de emissões, busca fontes de energias renováveis e o uso de bioinsumos”, descreve Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e CEO do Instituto Amazônia +21.

“Quando o mundo olha para o Brasil, é natural destacar o fator ambiental, mas não podemos descuidar dos outros fatores. A indústria brasileira busca ser ESG nas três dimensões”, diz Thomé. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas brasileiras valorizam a transparência e adotam regras de compliance. “Já a responsabilidade social começa pelo bem-estar de funcionários, mas vai até a consciência de que a empresa é um ator social e precisa contribuir com o coletivo”, conclui.

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Paulo Gala | Professor de Economia na FGV-SP e economista-chefe do Banco Master. É autor do livro “Brasil, uma economia que não aprende” Foto: Div

Domínio tecnológico & reindustrialização

Desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque estão na fronteira tecnológica. Não existe outro caminho para se desenvolver, aumentar a renda per capita, enriquecer o país e reduzir as desigualdades sociais. E não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem possuir um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para em pé.

Uma premissa-chave para a reindustrialização do Brasil é entender que serviços complexos e sofisticados caminham junto com o setor industrial, em um ambiente de mercados extremamente concentrados. É um mito a ideia de que vamos simplesmente promover uma abertura comercial e conquistar mercados. Nosso desafio é encontrar vantagens comparativas que nos permitam bater as companhias que já dominam os grandes mercados mundiais.

Precisamos, também, de políticas públicas que turbinem nossas empresas, para que elas consigam galgar espaços tecnológicos, e que as apoiem, mediante exigência de contrapartidas, como a conquista de mercado mundial, metas de exportação e avanços em sofisticação tecnológica.

O Brasil tem à sua frente a janela de oportunidades da transição verde, da sustentabilidade. Já somos um dos maiores players mundiais em etanol e em biomassa, e temos grande potencial para o hidrogênio verde. Além disso, 10% da energia nacional é gerada por parques eólicos localizados no Nordeste. Isso é mais do que é gerado em Itaipu. Mas, para aproveitar essas oportunidades, precisamos desenhar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do País nessa área, usando o BNDES e outras fontes de promoção do desenvolvimento.

Esse é o caminho para retomarmos a industrialização em setores que ainda não estão desenvolvidos nem dominados pelas gigantes multinacionais. Estamos entre as maiores economias do mundo, mas só chegamos à metade do caminho e da escada tecnológica. Agora, a subida até o topo é muito mais difícil do que até a metade, porque vamos ter que enfrentar diretamente os grandes atores do mercado mundial. Só não podemos repetir os erros do passado.

Um ponto crucial para o desenvolvimento do País na próxima década será a atenção dada à indústria: a alocação de recursos públicos para o setor precisa ser proporcional ao seu peso na formação do PIB brasileiro, o que não vem ocorrendo. O Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, propõe uma série de ações para criar um círculo virtuoso de desenvolvimento – processo em grande parte autofinanciável, pois irá acelerar o crescimento econômico e a arrecadação tributária.

Divulgação Foto: Div

Um dos benefícios será a redução do Custo Brasil, o que aumentará a competitividade dos produtos feitos no País, tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Ao mesmo tempo, medidas tributárias e de financiamento assegurarão condições mais favoráveis aos investimentos, o que levará à ampliação da capacidade produtiva da indústria nacional e permitirá a modernização do parque industrial brasileiro.

“O estímulo à inovação e à capacitação profissional são princípios fundamentais do plano”, enfatiza Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi. Várias ações previstas no plano estão diretamente relacionadas a investimentos na formação e na capacitação da força de trabalho e no aumento do esforço em Pesquisa & Desenvolvimento.

Outro ponto essencial é a promoção da sustentabilidade, em atenção aos critérios estabelecidos pela agenda ESG, conceito composto pelos pilares Ambiental, Social e Governança. “Nossa indústria desenvolve tecnologias para a redução de emissões, busca fontes de energias renováveis e o uso de bioinsumos”, descreve Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e CEO do Instituto Amazônia +21.

“Quando o mundo olha para o Brasil, é natural destacar o fator ambiental, mas não podemos descuidar dos outros fatores. A indústria brasileira busca ser ESG nas três dimensões”, diz Thomé. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas brasileiras valorizam a transparência e adotam regras de compliance. “Já a responsabilidade social começa pelo bem-estar de funcionários, mas vai até a consciência de que a empresa é um ator social e precisa contribuir com o coletivo”, conclui.

Artigo

Paulo Gala | Professor de Economia na FGV-SP e economista-chefe do Banco Master. É autor do livro “Brasil, uma economia que não aprende” Foto: Div

Domínio tecnológico & reindustrialização

Desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque estão na fronteira tecnológica. Não existe outro caminho para se desenvolver, aumentar a renda per capita, enriquecer o país e reduzir as desigualdades sociais. E não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem possuir um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para em pé.

Uma premissa-chave para a reindustrialização do Brasil é entender que serviços complexos e sofisticados caminham junto com o setor industrial, em um ambiente de mercados extremamente concentrados. É um mito a ideia de que vamos simplesmente promover uma abertura comercial e conquistar mercados. Nosso desafio é encontrar vantagens comparativas que nos permitam bater as companhias que já dominam os grandes mercados mundiais.

Precisamos, também, de políticas públicas que turbinem nossas empresas, para que elas consigam galgar espaços tecnológicos, e que as apoiem, mediante exigência de contrapartidas, como a conquista de mercado mundial, metas de exportação e avanços em sofisticação tecnológica.

O Brasil tem à sua frente a janela de oportunidades da transição verde, da sustentabilidade. Já somos um dos maiores players mundiais em etanol e em biomassa, e temos grande potencial para o hidrogênio verde. Além disso, 10% da energia nacional é gerada por parques eólicos localizados no Nordeste. Isso é mais do que é gerado em Itaipu. Mas, para aproveitar essas oportunidades, precisamos desenhar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do País nessa área, usando o BNDES e outras fontes de promoção do desenvolvimento.

Esse é o caminho para retomarmos a industrialização em setores que ainda não estão desenvolvidos nem dominados pelas gigantes multinacionais. Estamos entre as maiores economias do mundo, mas só chegamos à metade do caminho e da escada tecnológica. Agora, a subida até o topo é muito mais difícil do que até a metade, porque vamos ter que enfrentar diretamente os grandes atores do mercado mundial. Só não podemos repetir os erros do passado.

Um ponto crucial para o desenvolvimento do País na próxima década será a atenção dada à indústria: a alocação de recursos públicos para o setor precisa ser proporcional ao seu peso na formação do PIB brasileiro, o que não vem ocorrendo. O Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, propõe uma série de ações para criar um círculo virtuoso de desenvolvimento – processo em grande parte autofinanciável, pois irá acelerar o crescimento econômico e a arrecadação tributária.

Divulgação Foto: Div

Um dos benefícios será a redução do Custo Brasil, o que aumentará a competitividade dos produtos feitos no País, tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Ao mesmo tempo, medidas tributárias e de financiamento assegurarão condições mais favoráveis aos investimentos, o que levará à ampliação da capacidade produtiva da indústria nacional e permitirá a modernização do parque industrial brasileiro.

“O estímulo à inovação e à capacitação profissional são princípios fundamentais do plano”, enfatiza Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi. Várias ações previstas no plano estão diretamente relacionadas a investimentos na formação e na capacitação da força de trabalho e no aumento do esforço em Pesquisa & Desenvolvimento.

Outro ponto essencial é a promoção da sustentabilidade, em atenção aos critérios estabelecidos pela agenda ESG, conceito composto pelos pilares Ambiental, Social e Governança. “Nossa indústria desenvolve tecnologias para a redução de emissões, busca fontes de energias renováveis e o uso de bioinsumos”, descreve Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e CEO do Instituto Amazônia +21.

“Quando o mundo olha para o Brasil, é natural destacar o fator ambiental, mas não podemos descuidar dos outros fatores. A indústria brasileira busca ser ESG nas três dimensões”, diz Thomé. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas brasileiras valorizam a transparência e adotam regras de compliance. “Já a responsabilidade social começa pelo bem-estar de funcionários, mas vai até a consciência de que a empresa é um ator social e precisa contribuir com o coletivo”, conclui.

Artigo

Paulo Gala | Professor de Economia na FGV-SP e economista-chefe do Banco Master. É autor do livro “Brasil, uma economia que não aprende” Foto: Div

Domínio tecnológico & reindustrialização

Desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque estão na fronteira tecnológica. Não existe outro caminho para se desenvolver, aumentar a renda per capita, enriquecer o país e reduzir as desigualdades sociais. E não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem possuir um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para em pé.

Uma premissa-chave para a reindustrialização do Brasil é entender que serviços complexos e sofisticados caminham junto com o setor industrial, em um ambiente de mercados extremamente concentrados. É um mito a ideia de que vamos simplesmente promover uma abertura comercial e conquistar mercados. Nosso desafio é encontrar vantagens comparativas que nos permitam bater as companhias que já dominam os grandes mercados mundiais.

Precisamos, também, de políticas públicas que turbinem nossas empresas, para que elas consigam galgar espaços tecnológicos, e que as apoiem, mediante exigência de contrapartidas, como a conquista de mercado mundial, metas de exportação e avanços em sofisticação tecnológica.

O Brasil tem à sua frente a janela de oportunidades da transição verde, da sustentabilidade. Já somos um dos maiores players mundiais em etanol e em biomassa, e temos grande potencial para o hidrogênio verde. Além disso, 10% da energia nacional é gerada por parques eólicos localizados no Nordeste. Isso é mais do que é gerado em Itaipu. Mas, para aproveitar essas oportunidades, precisamos desenhar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do País nessa área, usando o BNDES e outras fontes de promoção do desenvolvimento.

Esse é o caminho para retomarmos a industrialização em setores que ainda não estão desenvolvidos nem dominados pelas gigantes multinacionais. Estamos entre as maiores economias do mundo, mas só chegamos à metade do caminho e da escada tecnológica. Agora, a subida até o topo é muito mais difícil do que até a metade, porque vamos ter que enfrentar diretamente os grandes atores do mercado mundial. Só não podemos repetir os erros do passado.

Um ponto crucial para o desenvolvimento do País na próxima década será a atenção dada à indústria: a alocação de recursos públicos para o setor precisa ser proporcional ao seu peso na formação do PIB brasileiro, o que não vem ocorrendo. O Plano de Retomada da Indústria, elaborado pela CNI, propõe uma série de ações para criar um círculo virtuoso de desenvolvimento – processo em grande parte autofinanciável, pois irá acelerar o crescimento econômico e a arrecadação tributária.

Divulgação Foto: Div

Um dos benefícios será a redução do Custo Brasil, o que aumentará a competitividade dos produtos feitos no País, tanto no mercado internacional quanto no doméstico. Ao mesmo tempo, medidas tributárias e de financiamento assegurarão condições mais favoráveis aos investimentos, o que levará à ampliação da capacidade produtiva da indústria nacional e permitirá a modernização do parque industrial brasileiro.

“O estímulo à inovação e à capacitação profissional são princípios fundamentais do plano”, enfatiza Rafael Lucchesi, diretor de Educação e Tecnologia da CNI, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi. Várias ações previstas no plano estão diretamente relacionadas a investimentos na formação e na capacitação da força de trabalho e no aumento do esforço em Pesquisa & Desenvolvimento.

Outro ponto essencial é a promoção da sustentabilidade, em atenção aos critérios estabelecidos pela agenda ESG, conceito composto pelos pilares Ambiental, Social e Governança. “Nossa indústria desenvolve tecnologias para a redução de emissões, busca fontes de energias renováveis e o uso de bioinsumos”, descreve Marcelo Thomé da Silva de Almeida, presidente da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e CEO do Instituto Amazônia +21.

“Quando o mundo olha para o Brasil, é natural destacar o fator ambiental, mas não podemos descuidar dos outros fatores. A indústria brasileira busca ser ESG nas três dimensões”, diz Thomé. Ele lembra que, cada vez mais, as empresas brasileiras valorizam a transparência e adotam regras de compliance. “Já a responsabilidade social começa pelo bem-estar de funcionários, mas vai até a consciência de que a empresa é um ator social e precisa contribuir com o coletivo”, conclui.

Artigo

Paulo Gala | Professor de Economia na FGV-SP e economista-chefe do Banco Master. É autor do livro “Brasil, uma economia que não aprende” Foto: Div

Domínio tecnológico & reindustrialização

Desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque estão na fronteira tecnológica. Não existe outro caminho para se desenvolver, aumentar a renda per capita, enriquecer o país e reduzir as desigualdades sociais. E não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem possuir um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para em pé.

Uma premissa-chave para a reindustrialização do Brasil é entender que serviços complexos e sofisticados caminham junto com o setor industrial, em um ambiente de mercados extremamente concentrados. É um mito a ideia de que vamos simplesmente promover uma abertura comercial e conquistar mercados. Nosso desafio é encontrar vantagens comparativas que nos permitam bater as companhias que já dominam os grandes mercados mundiais.

Precisamos, também, de políticas públicas que turbinem nossas empresas, para que elas consigam galgar espaços tecnológicos, e que as apoiem, mediante exigência de contrapartidas, como a conquista de mercado mundial, metas de exportação e avanços em sofisticação tecnológica.

O Brasil tem à sua frente a janela de oportunidades da transição verde, da sustentabilidade. Já somos um dos maiores players mundiais em etanol e em biomassa, e temos grande potencial para o hidrogênio verde. Além disso, 10% da energia nacional é gerada por parques eólicos localizados no Nordeste. Isso é mais do que é gerado em Itaipu. Mas, para aproveitar essas oportunidades, precisamos desenhar políticas públicas que fomentem o desenvolvimento do País nessa área, usando o BNDES e outras fontes de promoção do desenvolvimento.

Esse é o caminho para retomarmos a industrialização em setores que ainda não estão desenvolvidos nem dominados pelas gigantes multinacionais. Estamos entre as maiores economias do mundo, mas só chegamos à metade do caminho e da escada tecnológica. Agora, a subida até o topo é muito mais difícil do que até a metade, porque vamos ter que enfrentar diretamente os grandes atores do mercado mundial. Só não podemos repetir os erros do passado.

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