BRASÍLIA - O presidente da União Democrática Ruralista (UDR) e agora indicado para ser vice-ministro de assuntos fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, afirmou hoje que "a reforma agrária brasileira feita nos últimos 30 anos, é fracassada". O ruralista avaliou que a política fundiária atual foi feita por governos que usavam o tema "com popularidade e exploraram aspectos ideológicos e políticos".
Para o presidente da UDR, apesar do investimento feito pelo governo com a questão agrária, muitos assentamentos se assemelham a "favelas rurais". "Não estou generalizando, mas isso existe, e existem muitas irregularidades nessas questões fundiárias", completou Nabhan Garcia em entrevista após a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.
Segundo ele, a prioridade da sua área no Ministério da Agricultura será acabar com conflitos fundiários e isso começará a acontecer quando as invasões de propriedades cessarem. "Não se pode falar em país democrático, em democracia que não respeita o estado democrático de direito. Uma propriedade rural é como a sua casa e imagine chegar lá e está invadida?".
O presidente da UDR classificou como crime a ocupação de terras e disse que quem invadir propriedades rurais será excluído do processo de reforma agrária. "Por outro lado, aquele produtor, proprietário rural que não for produtivo corre o risco de perder a propriedade de ter expropriada. Nesse governo a lei será para todos", explicou. "Quem promover anarquia, vandalismo, desestabilização, ou usar pessoas, famílias, como massa de manobra para impor reforma agrária, pode ter certeza que não vai conseguir", concluiu.