Reforma tributária: Braga diz que Conselho Federativo será técnico e irá delimitar atribuições


Tema virou alvo de divergências entre governadores durante tramitação da proposta na Câmara

Por Mariana Carneiro
Atualização:

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

“As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado”, disse. “Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo.”

continua após a publicidade

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá.

Segundo Braga, País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo Foto: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO
continua após a publicidade

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo — IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) — e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não-cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho.

continua após a publicidade

Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

Neste sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

“O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara”, afirmou.

continua após a publicidade

Aprovação às escuras

Durante sua fala no evento em Guarujá, Braga reafirmou que a reforma não deverá elevar a carga tributária e que, para isso, pretende incluir no texto da PEC um limite explícito. A ideia dele, segundo adiantou, é que o Tribunal de Contas da União calcule qual é a carga tributária recolhida pelos atuais cinco tributos e explicitar que o novo IVA não poderá exceder este limite.

Segundo ele, o País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo. Ele contou que, após receber o texto da Câmara, procurou o Ministério da Fazenda para pedir estudos que indicassem as alíquotas que seriam estabelecidas de acordo com o modelo aprovado pelos deputados. Depois, foi ao TCU pedir o apoio e auxílio do ponto de vista técnico, a fim de realizar uma análise dos estudos apresentados pela Fazenda.

continua após a publicidade

Braga frisou que a Câmara deu um primeiro passo importante, mas que o sistema brasileiro é bicameral. “A matéria ainda não foi aprovada”, pontuou. “No Senado, irá sofrer um amplo debate.”/Com Marianna Gualter e Eduardo Laguna, que viajaram a convite do Esfera Brasil

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

“As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado”, disse. “Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo.”

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá.

Segundo Braga, País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo Foto: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo — IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) — e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não-cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho.

Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

Neste sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

“O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara”, afirmou.

Aprovação às escuras

Durante sua fala no evento em Guarujá, Braga reafirmou que a reforma não deverá elevar a carga tributária e que, para isso, pretende incluir no texto da PEC um limite explícito. A ideia dele, segundo adiantou, é que o Tribunal de Contas da União calcule qual é a carga tributária recolhida pelos atuais cinco tributos e explicitar que o novo IVA não poderá exceder este limite.

Segundo ele, o País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo. Ele contou que, após receber o texto da Câmara, procurou o Ministério da Fazenda para pedir estudos que indicassem as alíquotas que seriam estabelecidas de acordo com o modelo aprovado pelos deputados. Depois, foi ao TCU pedir o apoio e auxílio do ponto de vista técnico, a fim de realizar uma análise dos estudos apresentados pela Fazenda.

Braga frisou que a Câmara deu um primeiro passo importante, mas que o sistema brasileiro é bicameral. “A matéria ainda não foi aprovada”, pontuou. “No Senado, irá sofrer um amplo debate.”/Com Marianna Gualter e Eduardo Laguna, que viajaram a convite do Esfera Brasil

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

“As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado”, disse. “Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo.”

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá.

Segundo Braga, País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo Foto: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo — IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) — e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não-cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho.

Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

Neste sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

“O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara”, afirmou.

Aprovação às escuras

Durante sua fala no evento em Guarujá, Braga reafirmou que a reforma não deverá elevar a carga tributária e que, para isso, pretende incluir no texto da PEC um limite explícito. A ideia dele, segundo adiantou, é que o Tribunal de Contas da União calcule qual é a carga tributária recolhida pelos atuais cinco tributos e explicitar que o novo IVA não poderá exceder este limite.

Segundo ele, o País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo. Ele contou que, após receber o texto da Câmara, procurou o Ministério da Fazenda para pedir estudos que indicassem as alíquotas que seriam estabelecidas de acordo com o modelo aprovado pelos deputados. Depois, foi ao TCU pedir o apoio e auxílio do ponto de vista técnico, a fim de realizar uma análise dos estudos apresentados pela Fazenda.

Braga frisou que a Câmara deu um primeiro passo importante, mas que o sistema brasileiro é bicameral. “A matéria ainda não foi aprovada”, pontuou. “No Senado, irá sofrer um amplo debate.”/Com Marianna Gualter e Eduardo Laguna, que viajaram a convite do Esfera Brasil

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

“As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado”, disse. “Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo.”

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá.

Segundo Braga, País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo Foto: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo — IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) — e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não-cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho.

Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

Neste sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

“O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara”, afirmou.

Aprovação às escuras

Durante sua fala no evento em Guarujá, Braga reafirmou que a reforma não deverá elevar a carga tributária e que, para isso, pretende incluir no texto da PEC um limite explícito. A ideia dele, segundo adiantou, é que o Tribunal de Contas da União calcule qual é a carga tributária recolhida pelos atuais cinco tributos e explicitar que o novo IVA não poderá exceder este limite.

Segundo ele, o País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo. Ele contou que, após receber o texto da Câmara, procurou o Ministério da Fazenda para pedir estudos que indicassem as alíquotas que seriam estabelecidas de acordo com o modelo aprovado pelos deputados. Depois, foi ao TCU pedir o apoio e auxílio do ponto de vista técnico, a fim de realizar uma análise dos estudos apresentados pela Fazenda.

Braga frisou que a Câmara deu um primeiro passo importante, mas que o sistema brasileiro é bicameral. “A matéria ainda não foi aprovada”, pontuou. “No Senado, irá sofrer um amplo debate.”/Com Marianna Gualter e Eduardo Laguna, que viajaram a convite do Esfera Brasil

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que vai delimitar as atribuições do Conselho Federativo, a ser criado para gerir o novo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), na Proposta de Emenda Constitucional que altera a tributação sobre o consumo.

O texto da reforma aprovado na Câmara remete essa regulamentação a uma lei complementar, a ser discutida após a aprovação da espinha dorsal da reforma. Braga, contudo, afirmou que vai antecipar a discussão para esta etapa no Legislativo.

“As competências do Conselho Federativo estarão no comando constitucional de forma clara, porque a questão federativa é uma questão do pacto federativo e está na Constituição, e assim será preservado”, disse. “Agora as questões técnicas, assim como ocorre no Simples Nacional, serão exercidas pelo Conselho Federativo.”

O relator participou de um debate sobre a reforma promovido pelo Grupo Esfera, no Guarujá.

Segundo Braga, País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo Foto: MARCOS OLIVEIRA/AG. SENADO

A opinião de Braga vai de encontro ao que propôs o Ministério da Fazenda na concepção da reforma, que queria evitar o assunto neste momento, concentrando-se sobre os princípios da mudança tributária. Mas a governança do conselho se transformou em um debate que divide os governadores, temerosos de perder autonomia sobre a gestão das receitas estaduais.

O Conselho Federativo vai concentrar a arrecadação de cinco tributos que incidem sobre o consumo — IPI, PIS e Cofins (federais) e ICMS (estadual) e ISS (municipal) — e distribuir para os entes federados. A centralização é importante para garantir que impostos recolhidos ao longo da cadeia sejam ressarcidos para as empresas sem que um Estado tenha que arcar mais com esse pagamento do que outros, o que poderia emperrar a devolução. A não-cumulatividade é um dos pilares da atual reforma tributária.

Durante a tramitação na Câmara, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), patrocinou uma modificação no texto para evitar que os Estados do Norte e Nordeste, mais numerosos, controlassem as decisões do conselho.

Isso incomodou os políticos dessas regiões, como Braga, que viram na iniciativa uma afronta ao equilíbrio federativo. Desde que a tramitação começou no Senado, o relator vem sinalizando que fará alterações ao texto para preservar o que ele considera ser uma relação equânime entre todos os Estados.

Neste sábado, Braga avançou ao indicar que, ao delimitar que o conselho será meramente operacional, não há motivos para disputas políticas pela sua governança.

“O Conselho Federativo será técnico, administrativo. Não tem espaço político no Senado para que o conselho tenha outras funções. Caso contrário, existem inúmeras emendas de senadores, inclusive com propostas radicais de extinção do conselho, o que inviabilizaria a metodologia aprovada na Câmara”, afirmou.

Aprovação às escuras

Durante sua fala no evento em Guarujá, Braga reafirmou que a reforma não deverá elevar a carga tributária e que, para isso, pretende incluir no texto da PEC um limite explícito. A ideia dele, segundo adiantou, é que o Tribunal de Contas da União calcule qual é a carga tributária recolhida pelos atuais cinco tributos e explicitar que o novo IVA não poderá exceder este limite.

Segundo ele, o País não pode aprovar uma reforma tributária às escuras, sem a perspectiva de qual será a alíquota para o consumidor e o setor produtivo. Ele contou que, após receber o texto da Câmara, procurou o Ministério da Fazenda para pedir estudos que indicassem as alíquotas que seriam estabelecidas de acordo com o modelo aprovado pelos deputados. Depois, foi ao TCU pedir o apoio e auxílio do ponto de vista técnico, a fim de realizar uma análise dos estudos apresentados pela Fazenda.

Braga frisou que a Câmara deu um primeiro passo importante, mas que o sistema brasileiro é bicameral. “A matéria ainda não foi aprovada”, pontuou. “No Senado, irá sofrer um amplo debate.”/Com Marianna Gualter e Eduardo Laguna, que viajaram a convite do Esfera Brasil

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.