Reforma tributária: empresas temem custos da transição e falam em ‘dezenas de milhões’


Diretores de áreas tributárias de grandes companhias dizem que será preciso um processo simultâneo para apuração e pagamento de impostos durante a fase de adaptação

Por Carolina Maingué Pires

Os diretores das áreas tributárias das empresas estão preocupados com custos adicionais durante o período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Os tributos existentes hoje irão coexistir com os novos Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), o que demandará o processamento simultâneo de dois sistemas de apuração e pagamento.

Em evento realizado pela Bravo, tax fintech, empresa da área tributária, na semana passada, em São Paulo, as equipes tributárias de companhias como Casas Bahia, Jaguar Land Rover, Bat, 99 e Red Bull manifestaram preocupações sobre o tema.

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“No fim do dia, todo mundo tem uma conta pra entregar. Nossa missão é dizer para o conselho da empresa quanto a Reforma irá custar”, disse Alessandra Vieira, diretora tributária no Grupo Casas Bahia, em painel no evento. Ao Estadão/Broadcast, Alessandra afirmou que o número ainda está sendo fechado, mas que deve girar em torno de “dezenas de milhões”.

A conta, segundo ela, inclui somente as despesas operacionais, sem incluir eventuais diferenças de alíquota. “Precisaremos emitir duas notas diferentes, precisaremos de uma equipe olhando para os novos impostos. É um custo que vai competir com o core do negócio”, falou.

Já a padronização das alíquotas dentro dos Estados, que terão mais restrições para conceder benefícios fiscais aos setores, deve resultar, segundo ela, em uma mudança na distribuição de lojas. “Antes, a parte fiscal era mandatória. Agora, devemos ir mais para perto dos clientes”, falou.

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Juliana Paranhos, diretora da área fiscal na BAT, dona de marcas de cigarros como Lucky Strike e Dunhill, disse acreditar que a transação da Reforma “tem tudo para ser caótica”.

“Há líderes optando por fazer as mesmas pessoas olharem para o tributo antigo e para o novo, olharem para a obrigação assessória antiga e para a nova. E tem também a opção de dividir a equipe para que uma parte do time mantenha a estabilização do regime antigo enquanto a outra parte vai construir a reforma tributária”, afirmou.

Companhias avaliam terceirizar equipes para período de adaptação

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Karen Steuer, gerente tributária nacional na Red Bull, disse apostar na terceirização como uma possível solução para ajudar na adaptação das equipes à transição. De acordo com ela, “o mais importante é conseguir garantir que o time interno esteja focado na estratégia, disponível para novos projetos”.

A profissional defendeu o chamado Business Process Outsourcing (BPO), ou terceirização de processos de negócios, que consiste na transferência total ou parcial da operação fiscal e contábil das empresas para um parceiro. O serviço é um dos que são oferecidos pela Bravo, organizadora do evento.

Os diretores das áreas tributárias das empresas estão preocupados com custos adicionais durante o período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Os tributos existentes hoje irão coexistir com os novos Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), o que demandará o processamento simultâneo de dois sistemas de apuração e pagamento.

Em evento realizado pela Bravo, tax fintech, empresa da área tributária, na semana passada, em São Paulo, as equipes tributárias de companhias como Casas Bahia, Jaguar Land Rover, Bat, 99 e Red Bull manifestaram preocupações sobre o tema.

“No fim do dia, todo mundo tem uma conta pra entregar. Nossa missão é dizer para o conselho da empresa quanto a Reforma irá custar”, disse Alessandra Vieira, diretora tributária no Grupo Casas Bahia, em painel no evento. Ao Estadão/Broadcast, Alessandra afirmou que o número ainda está sendo fechado, mas que deve girar em torno de “dezenas de milhões”.

A conta, segundo ela, inclui somente as despesas operacionais, sem incluir eventuais diferenças de alíquota. “Precisaremos emitir duas notas diferentes, precisaremos de uma equipe olhando para os novos impostos. É um custo que vai competir com o core do negócio”, falou.

Já a padronização das alíquotas dentro dos Estados, que terão mais restrições para conceder benefícios fiscais aos setores, deve resultar, segundo ela, em uma mudança na distribuição de lojas. “Antes, a parte fiscal era mandatória. Agora, devemos ir mais para perto dos clientes”, falou.

Juliana Paranhos, diretora da área fiscal na BAT, dona de marcas de cigarros como Lucky Strike e Dunhill, disse acreditar que a transação da Reforma “tem tudo para ser caótica”.

“Há líderes optando por fazer as mesmas pessoas olharem para o tributo antigo e para o novo, olharem para a obrigação assessória antiga e para a nova. E tem também a opção de dividir a equipe para que uma parte do time mantenha a estabilização do regime antigo enquanto a outra parte vai construir a reforma tributária”, afirmou.

Companhias avaliam terceirizar equipes para período de adaptação

Karen Steuer, gerente tributária nacional na Red Bull, disse apostar na terceirização como uma possível solução para ajudar na adaptação das equipes à transição. De acordo com ela, “o mais importante é conseguir garantir que o time interno esteja focado na estratégia, disponível para novos projetos”.

A profissional defendeu o chamado Business Process Outsourcing (BPO), ou terceirização de processos de negócios, que consiste na transferência total ou parcial da operação fiscal e contábil das empresas para um parceiro. O serviço é um dos que são oferecidos pela Bravo, organizadora do evento.

Os diretores das áreas tributárias das empresas estão preocupados com custos adicionais durante o período de transição da reforma tributária, que começa em 2026. Os tributos existentes hoje irão coexistir com os novos Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), o que demandará o processamento simultâneo de dois sistemas de apuração e pagamento.

Em evento realizado pela Bravo, tax fintech, empresa da área tributária, na semana passada, em São Paulo, as equipes tributárias de companhias como Casas Bahia, Jaguar Land Rover, Bat, 99 e Red Bull manifestaram preocupações sobre o tema.

“No fim do dia, todo mundo tem uma conta pra entregar. Nossa missão é dizer para o conselho da empresa quanto a Reforma irá custar”, disse Alessandra Vieira, diretora tributária no Grupo Casas Bahia, em painel no evento. Ao Estadão/Broadcast, Alessandra afirmou que o número ainda está sendo fechado, mas que deve girar em torno de “dezenas de milhões”.

A conta, segundo ela, inclui somente as despesas operacionais, sem incluir eventuais diferenças de alíquota. “Precisaremos emitir duas notas diferentes, precisaremos de uma equipe olhando para os novos impostos. É um custo que vai competir com o core do negócio”, falou.

Já a padronização das alíquotas dentro dos Estados, que terão mais restrições para conceder benefícios fiscais aos setores, deve resultar, segundo ela, em uma mudança na distribuição de lojas. “Antes, a parte fiscal era mandatória. Agora, devemos ir mais para perto dos clientes”, falou.

Juliana Paranhos, diretora da área fiscal na BAT, dona de marcas de cigarros como Lucky Strike e Dunhill, disse acreditar que a transação da Reforma “tem tudo para ser caótica”.

“Há líderes optando por fazer as mesmas pessoas olharem para o tributo antigo e para o novo, olharem para a obrigação assessória antiga e para a nova. E tem também a opção de dividir a equipe para que uma parte do time mantenha a estabilização do regime antigo enquanto a outra parte vai construir a reforma tributária”, afirmou.

Companhias avaliam terceirizar equipes para período de adaptação

Karen Steuer, gerente tributária nacional na Red Bull, disse apostar na terceirização como uma possível solução para ajudar na adaptação das equipes à transição. De acordo com ela, “o mais importante é conseguir garantir que o time interno esteja focado na estratégia, disponível para novos projetos”.

A profissional defendeu o chamado Business Process Outsourcing (BPO), ou terceirização de processos de negócios, que consiste na transferência total ou parcial da operação fiscal e contábil das empresas para um parceiro. O serviço é um dos que são oferecidos pela Bravo, organizadora do evento.

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