O governo do Reino Unido vai injetar 25,5 bilhões de libras (US$ 41,57 bilhões) no Royal Bank of Scotland e 5,7 bilhões de libras (US$ 9,29 bilhões) no Lloyds, como parte de um esquema de proteção de ativos há muito tempo esperado. O tamanho do aporte ficou em linha com as expectativas do mercado e o governo disse que, como resultado do acordo com os bancos, a operação reduzirá o custo estimado de seus esforços para ajudar o sistema bancário.
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O esquema de proteção foi anunciado em janeiro e oferecia aos bancos participantes seguro contra perdas adicionais em ativos tóxicos. A quantia que será injetada no RBS é a mesma anunciada em fevereiro; a diferença é que na época havia sido indicado que o capital seria aplicado em dois estágios.
O governo tem 70% do RBS. O banco informou que planeja separar-se de seu braço de seguros e vender agências na Inglaterra e no País de Gales.
O Lloyds, por sua vez, tentará levantar, no total, 21 bilhões de libras de seus investidores. Com o aporte, o governo manterá sua fatia de 43% no banco.
A Comissão Europeia disse hoje que pretende decidir sobre os planos de reestruturação dos dois bancos nas próximas semanas. Para atender às exigências da União Europeia, o Lloyds também terá de vender 180 bilhões de libras em ativos secundários, e o banco não poderá fazer certas aquisições nos próximos três ou quatro anos.
O Lloyds concordou em pagar 2,5 bilhões de libras ao governo pela garantia implícita que recebeu desde fevereiro sobre sua dívida. O governo também disse que o RBS terá de pagar ao Tesouro do Reino Unido um mínimo de 2,5 bilhões de libras quando eventualmente deixar o esquema.
O Tesouro, no entanto, abriu mão de algo entre 9 bilhões e 11 bilhões de libras em receita fiscal que teria recebido do RBS sob os termos originais do programa. As informações são da Dow Jones.