O rendimento dos fundos FGTS-Petrobrás tem passado por altas e baixas - chegou a apresentar rendimento de 100% em maio e recuou para aproximadamente 56% na semana passada. A perda foi ampliada pela desvalorização da ação ordinária (ON, com direito a voto) da Petrobrás, que compõe os fundos, por causa do forte declínio da cotação do barril de petróleo no mercado internacional. O encolhimento da rentabilidade não é suficiente, contudo, para reverter a aposta no bom desempenho desses fundos. A orientação de analistas divide-se entre permanecer nos fundos Petrobrás ou investir em um carteira livre aberto - fundos de ações específicos para recursos do FGTS. A idéia de levar o dinheiro de volta à conta vinculada do FGTS deve ser descartada, dizem. O diretor da corretora Multi Stock, José Costa Gonçalves, prevê que, a menos que ocorram novos abalos como os provocados pelos atentados contra os EUA, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguirá em alta nos próximos meses. "E a valorização da Petrobrás deverá superar a do Ibovespa." O analista José Francisco Cataldo, da Corretora Sudameris, explica por que os fundos foram prejudicados pela queda do petróleo. "Os produtos vendidos pela estatal seguem o preço externo do barril. Se o petróleo cai, ela fatura menos." Cataldo afirma que o recuo do dólar também prejudicou a Petrobrás, que passou a receber menos reais na venda do bem produzido.