Reunião do G20 busca saídas sustentáveis para recuperação mundial depois da pandemia


Diante de um cenário conturbado, com guerra, inflação em alta e crise energética, não há garantias de que haverá consenso para um documento final; últimos encontros terminaram sem comunicado formal

Por Eduardo Laguna

Diante do quadro de guerra na Ucrânia, inflação em níveis históricos nos países ricos, crise energética na Europa e, por fim, risco de recessão global, os chefes de Estado do G20, como é chamado o grupo das 20 maiores economias do mundo, voltam a se encontrar esta semana em Bali, na Indonésia. O desafio será pavimentar, sob bases socioambientalmente sustentáveis, a recuperação de um mundo que ainda sofre para se recuperar dos estragos da pandemia.

Só que, com as divergências entre as maiores potências do grupo em torno do conflito no Leste Europeu, nada garante que, desta vez, haverá consenso na redação de um documento final. Os últimos encontros terminaram sem comunicado formal do grupo.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviará seu ministro de relações exteriores, Sergei Lavrov. Contando com o apoio da China e a neutralidade de emergentes como Índia, África do Sul e o próprio Brasil, caberá ao chanceler a missão de frear a confecção de um documento que represente uma condenação categórica do grupo à invasão de tropas russas na Ucrânia.

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Agenda ambiental

Especialistas em relações internacionais veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20. Também há chance de maior acordo entre os países em torno da recuperação econômica, do combate à inflação, da reestruturação de cadeias produtivas e dos acordos comerciais.

Especialistas veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20 Foto: Willy Kurniawan/REUTERS
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“Por outro lado, é improvável que o tema mais relevante, ou seja, a guerra na Ucrânia, seja tratado a partir de algum tipo de consenso”, diz Vinícius Müller, professor de Economia da Eseg, faculdade do Grupo Etapa. “Mesmo que haja uma convergência entre França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, o mesmo não deve ocorrer com a Índia e a China, que tendem a adotar posições mais cautelosas em relação a qualquer tipo de condenação à Rússia.” Economista e doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, Igor Lucena diz que a perspectiva de a guerra avançar nos próximos dias torna mais difícil um alinhamento entre os membros do G20.

A segurança alimentar, dado o risco de uma crise de alimentos já no ano que vem, a vulnerabilidade energética da Europa, que busca fontes de energia substitutas ao gás russo, e a digitalização das economias estão entre os assuntos que mais devem pautar as reuniões entre chefes de Estado na terça e na quarta-feira, os dias da cúpula. Há expectativa de o fortalecimento de acordos globais de comércio ser defendido por China e União Europeia.

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Preocupações com a instabilidade na geopolítica também podem estimular debates envolvendo a entrada de Suécia e Finlândia na Otan, a organização militar do Ocidente, bem como as tensões entre China e Taiwan. Num esforço para estreitar as relações, os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, terão na segunda-feira, véspera da cúpula do G20, uma reunião bilateral. Será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu o posto.

Fim de governo esvazia a participação brasileira

Recluso no Palácio da Alvorada desde a derrota na eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem, até agora, presença prevista nas reuniões de cúpula do G20. Se não viajar, de fato, a Bali, a participação brasileira no evento, já bastante esvaziada por se tratar de um governo em seus últimos dias, deve perder ainda mais em importância.

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Salvo mudança de plano de última hora, o Brasil será representado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França. Especialistas em relações internacionais esperam uma atuação discreta do chanceler.

Estrategista-chefe do Voiter, Roberto Dumas diz que, com a troca de governo, espera-se um retorno do Brasil às relações multilaterais, com o País apresentando ao mundo uma aguardada nova agenda ambiental. “O Brasil voltou ao cenário internacional. Não significa que é um protagonista, mas que agora tem muito mais a dizer, principalmente em relação ao meio ambiente.”

Diante do quadro de guerra na Ucrânia, inflação em níveis históricos nos países ricos, crise energética na Europa e, por fim, risco de recessão global, os chefes de Estado do G20, como é chamado o grupo das 20 maiores economias do mundo, voltam a se encontrar esta semana em Bali, na Indonésia. O desafio será pavimentar, sob bases socioambientalmente sustentáveis, a recuperação de um mundo que ainda sofre para se recuperar dos estragos da pandemia.

Só que, com as divergências entre as maiores potências do grupo em torno do conflito no Leste Europeu, nada garante que, desta vez, haverá consenso na redação de um documento final. Os últimos encontros terminaram sem comunicado formal do grupo.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviará seu ministro de relações exteriores, Sergei Lavrov. Contando com o apoio da China e a neutralidade de emergentes como Índia, África do Sul e o próprio Brasil, caberá ao chanceler a missão de frear a confecção de um documento que represente uma condenação categórica do grupo à invasão de tropas russas na Ucrânia.

Agenda ambiental

Especialistas em relações internacionais veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20. Também há chance de maior acordo entre os países em torno da recuperação econômica, do combate à inflação, da reestruturação de cadeias produtivas e dos acordos comerciais.

Especialistas veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20 Foto: Willy Kurniawan/REUTERS

“Por outro lado, é improvável que o tema mais relevante, ou seja, a guerra na Ucrânia, seja tratado a partir de algum tipo de consenso”, diz Vinícius Müller, professor de Economia da Eseg, faculdade do Grupo Etapa. “Mesmo que haja uma convergência entre França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, o mesmo não deve ocorrer com a Índia e a China, que tendem a adotar posições mais cautelosas em relação a qualquer tipo de condenação à Rússia.” Economista e doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, Igor Lucena diz que a perspectiva de a guerra avançar nos próximos dias torna mais difícil um alinhamento entre os membros do G20.

A segurança alimentar, dado o risco de uma crise de alimentos já no ano que vem, a vulnerabilidade energética da Europa, que busca fontes de energia substitutas ao gás russo, e a digitalização das economias estão entre os assuntos que mais devem pautar as reuniões entre chefes de Estado na terça e na quarta-feira, os dias da cúpula. Há expectativa de o fortalecimento de acordos globais de comércio ser defendido por China e União Europeia.

Preocupações com a instabilidade na geopolítica também podem estimular debates envolvendo a entrada de Suécia e Finlândia na Otan, a organização militar do Ocidente, bem como as tensões entre China e Taiwan. Num esforço para estreitar as relações, os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, terão na segunda-feira, véspera da cúpula do G20, uma reunião bilateral. Será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu o posto.

Fim de governo esvazia a participação brasileira

Recluso no Palácio da Alvorada desde a derrota na eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem, até agora, presença prevista nas reuniões de cúpula do G20. Se não viajar, de fato, a Bali, a participação brasileira no evento, já bastante esvaziada por se tratar de um governo em seus últimos dias, deve perder ainda mais em importância.

Salvo mudança de plano de última hora, o Brasil será representado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França. Especialistas em relações internacionais esperam uma atuação discreta do chanceler.

Estrategista-chefe do Voiter, Roberto Dumas diz que, com a troca de governo, espera-se um retorno do Brasil às relações multilaterais, com o País apresentando ao mundo uma aguardada nova agenda ambiental. “O Brasil voltou ao cenário internacional. Não significa que é um protagonista, mas que agora tem muito mais a dizer, principalmente em relação ao meio ambiente.”

Diante do quadro de guerra na Ucrânia, inflação em níveis históricos nos países ricos, crise energética na Europa e, por fim, risco de recessão global, os chefes de Estado do G20, como é chamado o grupo das 20 maiores economias do mundo, voltam a se encontrar esta semana em Bali, na Indonésia. O desafio será pavimentar, sob bases socioambientalmente sustentáveis, a recuperação de um mundo que ainda sofre para se recuperar dos estragos da pandemia.

Só que, com as divergências entre as maiores potências do grupo em torno do conflito no Leste Europeu, nada garante que, desta vez, haverá consenso na redação de um documento final. Os últimos encontros terminaram sem comunicado formal do grupo.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviará seu ministro de relações exteriores, Sergei Lavrov. Contando com o apoio da China e a neutralidade de emergentes como Índia, África do Sul e o próprio Brasil, caberá ao chanceler a missão de frear a confecção de um documento que represente uma condenação categórica do grupo à invasão de tropas russas na Ucrânia.

Agenda ambiental

Especialistas em relações internacionais veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20. Também há chance de maior acordo entre os países em torno da recuperação econômica, do combate à inflação, da reestruturação de cadeias produtivas e dos acordos comerciais.

Especialistas veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20 Foto: Willy Kurniawan/REUTERS

“Por outro lado, é improvável que o tema mais relevante, ou seja, a guerra na Ucrânia, seja tratado a partir de algum tipo de consenso”, diz Vinícius Müller, professor de Economia da Eseg, faculdade do Grupo Etapa. “Mesmo que haja uma convergência entre França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, o mesmo não deve ocorrer com a Índia e a China, que tendem a adotar posições mais cautelosas em relação a qualquer tipo de condenação à Rússia.” Economista e doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, Igor Lucena diz que a perspectiva de a guerra avançar nos próximos dias torna mais difícil um alinhamento entre os membros do G20.

A segurança alimentar, dado o risco de uma crise de alimentos já no ano que vem, a vulnerabilidade energética da Europa, que busca fontes de energia substitutas ao gás russo, e a digitalização das economias estão entre os assuntos que mais devem pautar as reuniões entre chefes de Estado na terça e na quarta-feira, os dias da cúpula. Há expectativa de o fortalecimento de acordos globais de comércio ser defendido por China e União Europeia.

Preocupações com a instabilidade na geopolítica também podem estimular debates envolvendo a entrada de Suécia e Finlândia na Otan, a organização militar do Ocidente, bem como as tensões entre China e Taiwan. Num esforço para estreitar as relações, os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, terão na segunda-feira, véspera da cúpula do G20, uma reunião bilateral. Será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu o posto.

Fim de governo esvazia a participação brasileira

Recluso no Palácio da Alvorada desde a derrota na eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem, até agora, presença prevista nas reuniões de cúpula do G20. Se não viajar, de fato, a Bali, a participação brasileira no evento, já bastante esvaziada por se tratar de um governo em seus últimos dias, deve perder ainda mais em importância.

Salvo mudança de plano de última hora, o Brasil será representado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França. Especialistas em relações internacionais esperam uma atuação discreta do chanceler.

Estrategista-chefe do Voiter, Roberto Dumas diz que, com a troca de governo, espera-se um retorno do Brasil às relações multilaterais, com o País apresentando ao mundo uma aguardada nova agenda ambiental. “O Brasil voltou ao cenário internacional. Não significa que é um protagonista, mas que agora tem muito mais a dizer, principalmente em relação ao meio ambiente.”

Diante do quadro de guerra na Ucrânia, inflação em níveis históricos nos países ricos, crise energética na Europa e, por fim, risco de recessão global, os chefes de Estado do G20, como é chamado o grupo das 20 maiores economias do mundo, voltam a se encontrar esta semana em Bali, na Indonésia. O desafio será pavimentar, sob bases socioambientalmente sustentáveis, a recuperação de um mundo que ainda sofre para se recuperar dos estragos da pandemia.

Só que, com as divergências entre as maiores potências do grupo em torno do conflito no Leste Europeu, nada garante que, desta vez, haverá consenso na redação de um documento final. Os últimos encontros terminaram sem comunicado formal do grupo.

O presidente russo, Vladimir Putin, enviará seu ministro de relações exteriores, Sergei Lavrov. Contando com o apoio da China e a neutralidade de emergentes como Índia, África do Sul e o próprio Brasil, caberá ao chanceler a missão de frear a confecção de um documento que represente uma condenação categórica do grupo à invasão de tropas russas na Ucrânia.

Agenda ambiental

Especialistas em relações internacionais veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20. Também há chance de maior acordo entre os países em torno da recuperação econômica, do combate à inflação, da reestruturação de cadeias produtivas e dos acordos comerciais.

Especialistas veem espaço para avanços na agenda ambiental, com os compromissos assumidos na conferência do clima da ONU ecoando nas reuniões do G20 Foto: Willy Kurniawan/REUTERS

“Por outro lado, é improvável que o tema mais relevante, ou seja, a guerra na Ucrânia, seja tratado a partir de algum tipo de consenso”, diz Vinícius Müller, professor de Economia da Eseg, faculdade do Grupo Etapa. “Mesmo que haja uma convergência entre França, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão, o mesmo não deve ocorrer com a Índia e a China, que tendem a adotar posições mais cautelosas em relação a qualquer tipo de condenação à Rússia.” Economista e doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa, Igor Lucena diz que a perspectiva de a guerra avançar nos próximos dias torna mais difícil um alinhamento entre os membros do G20.

A segurança alimentar, dado o risco de uma crise de alimentos já no ano que vem, a vulnerabilidade energética da Europa, que busca fontes de energia substitutas ao gás russo, e a digitalização das economias estão entre os assuntos que mais devem pautar as reuniões entre chefes de Estado na terça e na quarta-feira, os dias da cúpula. Há expectativa de o fortalecimento de acordos globais de comércio ser defendido por China e União Europeia.

Preocupações com a instabilidade na geopolítica também podem estimular debates envolvendo a entrada de Suécia e Finlândia na Otan, a organização militar do Ocidente, bem como as tensões entre China e Taiwan. Num esforço para estreitar as relações, os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, terão na segunda-feira, véspera da cúpula do G20, uma reunião bilateral. Será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde que Biden assumiu o posto.

Fim de governo esvazia a participação brasileira

Recluso no Palácio da Alvorada desde a derrota na eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem, até agora, presença prevista nas reuniões de cúpula do G20. Se não viajar, de fato, a Bali, a participação brasileira no evento, já bastante esvaziada por se tratar de um governo em seus últimos dias, deve perder ainda mais em importância.

Salvo mudança de plano de última hora, o Brasil será representado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França. Especialistas em relações internacionais esperam uma atuação discreta do chanceler.

Estrategista-chefe do Voiter, Roberto Dumas diz que, com a troca de governo, espera-se um retorno do Brasil às relações multilaterais, com o País apresentando ao mundo uma aguardada nova agenda ambiental. “O Brasil voltou ao cenário internacional. Não significa que é um protagonista, mas que agora tem muito mais a dizer, principalmente em relação ao meio ambiente.”

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