Risco geopolítico com a guerra em Israel vira segunda maior preocupação do sistema financeiro global


Como reflexo do aumento das incertezas globais, gestores preveem crescimento menor da economia mundial e têm se tornado mais cautelosos com investimentos

Por Altamiro Silva Junior e Aline Bronzati
Atualização:

São Paulo e Nova York - A escalada da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas fez o temor de piora geopolítica crescer no mercado financeiro mundial. Uma pesquisa do Bank of America (BofA), que ouviu quase 300 investidores e gestores globais, que cuidam de US$ 736 bilhões, mostra que o risco geopolítico foi o que mais cresceu em outubro e já ocupa a segunda posição na lista de maiores preocupações dos agentes do mercado financeiro global. No topo da lista está a inflação alta e suas consequências para as taxas de juros.

O confronto no Oriente Médio teve até agora impacto limitado no mercado financeiro, com efeitos mais concentrados nas commodities, sobretudo petróleo e gás. Mas a preocupação na comunidade financeira tem crescido de forma disseminada, como pôde ser observado nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em Marrakesh, no Marrocos, na semana passada. Nos corredores e nas mesas das duas reuniões, a guerra no Oriente Médio dominou a agenda. Apesar de terem considerado prematuro mensurar impactos, os organismos admitiram que o conflito obscurece e adiciona mais uma incerteza ao cenário econômico.

“Os investidores estão muito receosos com a guerra. Ninguém sabe se vai escalar e quanto, sem contar o impacto nos juros nos Estados Unidos”, diz o executivo de um grande banco brasileiro, na condição de anonimato.

continua após a publicidade

Nesse cenário com mais incerteza, a pesquisa do Bank of America, que ouviu gestores globais entre os dias 6 e 12 deste mês, ressalta que os investidores se tornaram mais pessimistas - ‘bearish’, no jargão do mercado financeiro. Como reflexo, aumentaram o volume de recursos em caixa e 50% dos entrevistados esperam um menor crescimento mundial.

“As tensões geopolíticas são identificadas pelas empresas como o maior risco para a economia global”, disse o analista da Oxford Economics, Jamie Thompson. Pesquisa este mês da consultoria concluiu que o sentimento empresarial se deteriorou na sequência do ataque do Hamas a Israel. “Empresários ficaram mais preocupados com os riscos de piora para a atividade econômica mundial”, ressalta o economista.

continua após a publicidade
Foguetes lançados contra Israel, em meio a prédios destruídos na Cidade de Gaza  Foto: Mohammed Dahman/AP

O alerta da Oxford Economics é que as incertezas estão se acumulando na economia mundial, colocando “nuvens no cenário”. A piora da situação no Oriente Médio vem se somar à guerra na Ucrânia, ao temor de piora da relação entre China e Taiwan e à inflação alta que não cede em vários países, fora a situação política nos Estados Unidos, sem presidente da Câmara, em Washington.

No Marrocos, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, definiu o momento como uma “policrise”. Citado pela primeira vez em 1970, o termo foi popularizado pelo historiador britânico Adam Tooze, da Universidade de Columbia, para descrever a conjunção de múltiplas crises.

continua após a publicidade

“Sabe-se que o potencial de causar danos é enorme, mas ainda não é possível saber a extensão pelo tempo decorrido. Qualquer que seja o cenário, vai ter algum impacto”, disse Haddad, em entrevista ao Broadcast na semana das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

São Paulo e Nova York - A escalada da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas fez o temor de piora geopolítica crescer no mercado financeiro mundial. Uma pesquisa do Bank of America (BofA), que ouviu quase 300 investidores e gestores globais, que cuidam de US$ 736 bilhões, mostra que o risco geopolítico foi o que mais cresceu em outubro e já ocupa a segunda posição na lista de maiores preocupações dos agentes do mercado financeiro global. No topo da lista está a inflação alta e suas consequências para as taxas de juros.

O confronto no Oriente Médio teve até agora impacto limitado no mercado financeiro, com efeitos mais concentrados nas commodities, sobretudo petróleo e gás. Mas a preocupação na comunidade financeira tem crescido de forma disseminada, como pôde ser observado nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em Marrakesh, no Marrocos, na semana passada. Nos corredores e nas mesas das duas reuniões, a guerra no Oriente Médio dominou a agenda. Apesar de terem considerado prematuro mensurar impactos, os organismos admitiram que o conflito obscurece e adiciona mais uma incerteza ao cenário econômico.

“Os investidores estão muito receosos com a guerra. Ninguém sabe se vai escalar e quanto, sem contar o impacto nos juros nos Estados Unidos”, diz o executivo de um grande banco brasileiro, na condição de anonimato.

Nesse cenário com mais incerteza, a pesquisa do Bank of America, que ouviu gestores globais entre os dias 6 e 12 deste mês, ressalta que os investidores se tornaram mais pessimistas - ‘bearish’, no jargão do mercado financeiro. Como reflexo, aumentaram o volume de recursos em caixa e 50% dos entrevistados esperam um menor crescimento mundial.

“As tensões geopolíticas são identificadas pelas empresas como o maior risco para a economia global”, disse o analista da Oxford Economics, Jamie Thompson. Pesquisa este mês da consultoria concluiu que o sentimento empresarial se deteriorou na sequência do ataque do Hamas a Israel. “Empresários ficaram mais preocupados com os riscos de piora para a atividade econômica mundial”, ressalta o economista.

Foguetes lançados contra Israel, em meio a prédios destruídos na Cidade de Gaza  Foto: Mohammed Dahman/AP

O alerta da Oxford Economics é que as incertezas estão se acumulando na economia mundial, colocando “nuvens no cenário”. A piora da situação no Oriente Médio vem se somar à guerra na Ucrânia, ao temor de piora da relação entre China e Taiwan e à inflação alta que não cede em vários países, fora a situação política nos Estados Unidos, sem presidente da Câmara, em Washington.

No Marrocos, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, definiu o momento como uma “policrise”. Citado pela primeira vez em 1970, o termo foi popularizado pelo historiador britânico Adam Tooze, da Universidade de Columbia, para descrever a conjunção de múltiplas crises.

“Sabe-se que o potencial de causar danos é enorme, mas ainda não é possível saber a extensão pelo tempo decorrido. Qualquer que seja o cenário, vai ter algum impacto”, disse Haddad, em entrevista ao Broadcast na semana das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

São Paulo e Nova York - A escalada da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas fez o temor de piora geopolítica crescer no mercado financeiro mundial. Uma pesquisa do Bank of America (BofA), que ouviu quase 300 investidores e gestores globais, que cuidam de US$ 736 bilhões, mostra que o risco geopolítico foi o que mais cresceu em outubro e já ocupa a segunda posição na lista de maiores preocupações dos agentes do mercado financeiro global. No topo da lista está a inflação alta e suas consequências para as taxas de juros.

O confronto no Oriente Médio teve até agora impacto limitado no mercado financeiro, com efeitos mais concentrados nas commodities, sobretudo petróleo e gás. Mas a preocupação na comunidade financeira tem crescido de forma disseminada, como pôde ser observado nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em Marrakesh, no Marrocos, na semana passada. Nos corredores e nas mesas das duas reuniões, a guerra no Oriente Médio dominou a agenda. Apesar de terem considerado prematuro mensurar impactos, os organismos admitiram que o conflito obscurece e adiciona mais uma incerteza ao cenário econômico.

“Os investidores estão muito receosos com a guerra. Ninguém sabe se vai escalar e quanto, sem contar o impacto nos juros nos Estados Unidos”, diz o executivo de um grande banco brasileiro, na condição de anonimato.

Nesse cenário com mais incerteza, a pesquisa do Bank of America, que ouviu gestores globais entre os dias 6 e 12 deste mês, ressalta que os investidores se tornaram mais pessimistas - ‘bearish’, no jargão do mercado financeiro. Como reflexo, aumentaram o volume de recursos em caixa e 50% dos entrevistados esperam um menor crescimento mundial.

“As tensões geopolíticas são identificadas pelas empresas como o maior risco para a economia global”, disse o analista da Oxford Economics, Jamie Thompson. Pesquisa este mês da consultoria concluiu que o sentimento empresarial se deteriorou na sequência do ataque do Hamas a Israel. “Empresários ficaram mais preocupados com os riscos de piora para a atividade econômica mundial”, ressalta o economista.

Foguetes lançados contra Israel, em meio a prédios destruídos na Cidade de Gaza  Foto: Mohammed Dahman/AP

O alerta da Oxford Economics é que as incertezas estão se acumulando na economia mundial, colocando “nuvens no cenário”. A piora da situação no Oriente Médio vem se somar à guerra na Ucrânia, ao temor de piora da relação entre China e Taiwan e à inflação alta que não cede em vários países, fora a situação política nos Estados Unidos, sem presidente da Câmara, em Washington.

No Marrocos, o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad, definiu o momento como uma “policrise”. Citado pela primeira vez em 1970, o termo foi popularizado pelo historiador britânico Adam Tooze, da Universidade de Columbia, para descrever a conjunção de múltiplas crises.

“Sabe-se que o potencial de causar danos é enorme, mas ainda não é possível saber a extensão pelo tempo decorrido. Qualquer que seja o cenário, vai ter algum impacto”, disse Haddad, em entrevista ao Broadcast na semana das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, em Marrakesh.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.