Ex-presidente da Caixa demitida por Lula diz que enfrentou desafio de ser mulher no poder


Rita Serrano afirmou esperar deixar como legado mensagem de que é ‘preciso enfrentar a misoginia’; ela agradeceu ao presidente a confiança nos dez meses em que ocupou o cargo

Por Matheus Piovesana
Atualização:

No primeiro pronunciamento público desde que foi demitida da presidência da Caixa, Rita Serrano disse, em nota, que enfrentou o desafio de ser mulher em espaços de poder nos dez meses em que ocupou o cargo. Afirmou ainda que mostrou ser possível que um funcionário de carreira comande a Caixa. Ela trabalha no banco desde 1989, e disse que voltará a ser bancária.

“Ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador. Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses a fio na imprensa”, escreveu ela. “Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho.”

Serrano foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. O estopim para sua demissão foi o patrocínio da Caixa a uma exposição em que uma foto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aparecia em uma lata de lixo. Apesar disso, ela vinha sofrendo desgaste junto ao governo e ao mundo político desde o primeiro semestre, e seu cargo já vinha sendo negociado entre Lula e Lira desde julho.

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Na Caixa, Serrano será substituída por Carlos Antonio Vieira Fernandes, funcionário aposentado do banco, e que foi indicado por Lira. Internamente, a expectativa é que ele mostre maior habilidade política, embora a demissão de Serrano tenha sido recebida com tristeza.

Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, foi demitida por pressão de Arthur Lira Foto: CAIO SANTANA

No texto desta quinta-feira, 26, a ex-presidente da Caixa afirmou que sua gestão ajudou a resgatar a autoestima dos funcionários em trabalharem no banco. “Demos um salto de qualidade em diversos âmbitos da presença da Caixa na vida de todos e esse resultado positivo, que nos colocou em um dos melhores momentos da história do banco, é fruto de um esforço de trabalho coletivo”, disse ela, citando os 87 mil empregados do banco.

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Nos dez meses em que comandou a instituição, Rita Serrano recriou a vice-presidência de pessoas, contratou funcionários e abriu agências. Ela iniciou ainda a troca dos equipamentos de tecnologia das agências, em um investimento de R$ 4,8 bilhões.

Serrano agradeceu ainda a Lula pela “confiança depositada” nela. “Presidente, para mim, foi uma honra ter participado do seu governo. Nos próximos dias, faremos a transição com o futuro presidente do banco, ao qual desde já registro meus desejos de boa sorte”, conclui.

No primeiro pronunciamento público desde que foi demitida da presidência da Caixa, Rita Serrano disse, em nota, que enfrentou o desafio de ser mulher em espaços de poder nos dez meses em que ocupou o cargo. Afirmou ainda que mostrou ser possível que um funcionário de carreira comande a Caixa. Ela trabalha no banco desde 1989, e disse que voltará a ser bancária.

“Ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador. Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses a fio na imprensa”, escreveu ela. “Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho.”

Serrano foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. O estopim para sua demissão foi o patrocínio da Caixa a uma exposição em que uma foto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aparecia em uma lata de lixo. Apesar disso, ela vinha sofrendo desgaste junto ao governo e ao mundo político desde o primeiro semestre, e seu cargo já vinha sendo negociado entre Lula e Lira desde julho.

Na Caixa, Serrano será substituída por Carlos Antonio Vieira Fernandes, funcionário aposentado do banco, e que foi indicado por Lira. Internamente, a expectativa é que ele mostre maior habilidade política, embora a demissão de Serrano tenha sido recebida com tristeza.

Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, foi demitida por pressão de Arthur Lira Foto: CAIO SANTANA

No texto desta quinta-feira, 26, a ex-presidente da Caixa afirmou que sua gestão ajudou a resgatar a autoestima dos funcionários em trabalharem no banco. “Demos um salto de qualidade em diversos âmbitos da presença da Caixa na vida de todos e esse resultado positivo, que nos colocou em um dos melhores momentos da história do banco, é fruto de um esforço de trabalho coletivo”, disse ela, citando os 87 mil empregados do banco.

Nos dez meses em que comandou a instituição, Rita Serrano recriou a vice-presidência de pessoas, contratou funcionários e abriu agências. Ela iniciou ainda a troca dos equipamentos de tecnologia das agências, em um investimento de R$ 4,8 bilhões.

Serrano agradeceu ainda a Lula pela “confiança depositada” nela. “Presidente, para mim, foi uma honra ter participado do seu governo. Nos próximos dias, faremos a transição com o futuro presidente do banco, ao qual desde já registro meus desejos de boa sorte”, conclui.

No primeiro pronunciamento público desde que foi demitida da presidência da Caixa, Rita Serrano disse, em nota, que enfrentou o desafio de ser mulher em espaços de poder nos dez meses em que ocupou o cargo. Afirmou ainda que mostrou ser possível que um funcionário de carreira comande a Caixa. Ela trabalha no banco desde 1989, e disse que voltará a ser bancária.

“Ser mulher em espaços de poder é algo sempre desafiador. Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses a fio na imprensa”, escreveu ela. “Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia, de que é possível uma empregada de carreira ser presidente de um grande banco e entregar resultados, de que é possível ter um banco público eficiente e íntegro, de que é necessário e urgente pensar em outra forma de fazer política e ter relações humanizadas no trabalho.”

Serrano foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira. O estopim para sua demissão foi o patrocínio da Caixa a uma exposição em que uma foto do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aparecia em uma lata de lixo. Apesar disso, ela vinha sofrendo desgaste junto ao governo e ao mundo político desde o primeiro semestre, e seu cargo já vinha sendo negociado entre Lula e Lira desde julho.

Na Caixa, Serrano será substituída por Carlos Antonio Vieira Fernandes, funcionário aposentado do banco, e que foi indicado por Lira. Internamente, a expectativa é que ele mostre maior habilidade política, embora a demissão de Serrano tenha sido recebida com tristeza.

Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, foi demitida por pressão de Arthur Lira Foto: CAIO SANTANA

No texto desta quinta-feira, 26, a ex-presidente da Caixa afirmou que sua gestão ajudou a resgatar a autoestima dos funcionários em trabalharem no banco. “Demos um salto de qualidade em diversos âmbitos da presença da Caixa na vida de todos e esse resultado positivo, que nos colocou em um dos melhores momentos da história do banco, é fruto de um esforço de trabalho coletivo”, disse ela, citando os 87 mil empregados do banco.

Nos dez meses em que comandou a instituição, Rita Serrano recriou a vice-presidência de pessoas, contratou funcionários e abriu agências. Ela iniciou ainda a troca dos equipamentos de tecnologia das agências, em um investimento de R$ 4,8 bilhões.

Serrano agradeceu ainda a Lula pela “confiança depositada” nela. “Presidente, para mim, foi uma honra ter participado do seu governo. Nos próximos dias, faremos a transição com o futuro presidente do banco, ao qual desde já registro meus desejos de boa sorte”, conclui.

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