Ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da FGV

Opinião|O adeus a Alysson Paolinelli, nosso Nobel, responsável pela modernização do campo


Ex-ministro da agricultura ajudou a transformar o Brasil numa potência agrícola

Por Roberto Rodrigues

Morreu Alysson Paolinelli na semana passada, poucos dias antes de completar 87 anos. Perdemos o grande farol do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, mestre inconteste de gerações inteiras de produtores rurais, pesquisadores, cientistas, extensionistas e de milhões de pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho e com sua fé na pregação de Paolinelli. Ele foi o maestro que transformou o Brasil em exportador de commodities e produtos industrializados de origem agrícola para cerca de 200 países no mundo inteiro, alimentando mais de 800 milhões de pessoas de todos os continentes.

Não foi trivial. Quando ele se tornou ministro da Agricultura em 1974, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia. Cercado por uma equipe notável – e essa era sua característica, sempre trazia para seu lado gente competente e nacionalista –, motorizou a Embrapa, criada pouco tempo antes pelo bravo agrônomo gaúcho Cirne Lima, e partiu para o cerrado, até então desprezado pelos tradicionais agropecuaristas.

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Paolinelli foi o grande timoneiro dessa transformação. Com sua clara visão do papel que o Brasil teria na segurança alimentar global, promoveu a conquista do Centro-Oeste, uma experiência épica sem precedentes no século 20, por meio de programas governamentais como o Polocentro e o Prodecer. Com sua maneira mansa de convencer quem tinha o privilégio de ouvi-lo, e sistematicamente apoiado no que mais acreditava – a ciência –, ele criou e administrou uma onda de migração para essa nova fronteira agrícola, irmanando na mesma saga gente de todas as etnias e regiões.

Essa história foi alimentada por políticas públicas sempre articuladas com o privado. Com isso, nossa produção de alimentos, fibras e agroenergia (sim, ele também contribuiu para a criação do Proálcool!) permitiu a inserção do Brasil no cenário mundial do comércio agrícola.

Paolinelli também teve papel na criação do Proalcool, que estimulou a produção de combustível a partir de cana-de-açúcar Foto: J. F. Diorio / Estadão
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E aqui está um ponto central em toda essa epopeia extraordinária. Desconhecido por muita gente ao redor do mundo até os anos 80 do século passado, o Brasil de Paolinelli foi notado porque ajudou a combater a fome no mundo. Como não haverá paz onde houver fome, Paolinelli criou paz universal. Por isso, lutamos tanto para que fosse galardoado – com imensa justiça – com o Nobel da Paz.

Não conseguimos esse propósito. Mas o povo brasileiro reconheceu seu trabalho, e, grato por seu legado imponente, já fez de Alysson Paolinelli o seu campeão da paz.

Que Deus o tenha e o condecore. Amém…

Morreu Alysson Paolinelli na semana passada, poucos dias antes de completar 87 anos. Perdemos o grande farol do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, mestre inconteste de gerações inteiras de produtores rurais, pesquisadores, cientistas, extensionistas e de milhões de pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho e com sua fé na pregação de Paolinelli. Ele foi o maestro que transformou o Brasil em exportador de commodities e produtos industrializados de origem agrícola para cerca de 200 países no mundo inteiro, alimentando mais de 800 milhões de pessoas de todos os continentes.

Não foi trivial. Quando ele se tornou ministro da Agricultura em 1974, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia. Cercado por uma equipe notável – e essa era sua característica, sempre trazia para seu lado gente competente e nacionalista –, motorizou a Embrapa, criada pouco tempo antes pelo bravo agrônomo gaúcho Cirne Lima, e partiu para o cerrado, até então desprezado pelos tradicionais agropecuaristas.

Paolinelli foi o grande timoneiro dessa transformação. Com sua clara visão do papel que o Brasil teria na segurança alimentar global, promoveu a conquista do Centro-Oeste, uma experiência épica sem precedentes no século 20, por meio de programas governamentais como o Polocentro e o Prodecer. Com sua maneira mansa de convencer quem tinha o privilégio de ouvi-lo, e sistematicamente apoiado no que mais acreditava – a ciência –, ele criou e administrou uma onda de migração para essa nova fronteira agrícola, irmanando na mesma saga gente de todas as etnias e regiões.

Essa história foi alimentada por políticas públicas sempre articuladas com o privado. Com isso, nossa produção de alimentos, fibras e agroenergia (sim, ele também contribuiu para a criação do Proálcool!) permitiu a inserção do Brasil no cenário mundial do comércio agrícola.

Paolinelli também teve papel na criação do Proalcool, que estimulou a produção de combustível a partir de cana-de-açúcar Foto: J. F. Diorio / Estadão

E aqui está um ponto central em toda essa epopeia extraordinária. Desconhecido por muita gente ao redor do mundo até os anos 80 do século passado, o Brasil de Paolinelli foi notado porque ajudou a combater a fome no mundo. Como não haverá paz onde houver fome, Paolinelli criou paz universal. Por isso, lutamos tanto para que fosse galardoado – com imensa justiça – com o Nobel da Paz.

Não conseguimos esse propósito. Mas o povo brasileiro reconheceu seu trabalho, e, grato por seu legado imponente, já fez de Alysson Paolinelli o seu campeão da paz.

Que Deus o tenha e o condecore. Amém…

Morreu Alysson Paolinelli na semana passada, poucos dias antes de completar 87 anos. Perdemos o grande farol do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, mestre inconteste de gerações inteiras de produtores rurais, pesquisadores, cientistas, extensionistas e de milhões de pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho e com sua fé na pregação de Paolinelli. Ele foi o maestro que transformou o Brasil em exportador de commodities e produtos industrializados de origem agrícola para cerca de 200 países no mundo inteiro, alimentando mais de 800 milhões de pessoas de todos os continentes.

Não foi trivial. Quando ele se tornou ministro da Agricultura em 1974, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia. Cercado por uma equipe notável – e essa era sua característica, sempre trazia para seu lado gente competente e nacionalista –, motorizou a Embrapa, criada pouco tempo antes pelo bravo agrônomo gaúcho Cirne Lima, e partiu para o cerrado, até então desprezado pelos tradicionais agropecuaristas.

Paolinelli foi o grande timoneiro dessa transformação. Com sua clara visão do papel que o Brasil teria na segurança alimentar global, promoveu a conquista do Centro-Oeste, uma experiência épica sem precedentes no século 20, por meio de programas governamentais como o Polocentro e o Prodecer. Com sua maneira mansa de convencer quem tinha o privilégio de ouvi-lo, e sistematicamente apoiado no que mais acreditava – a ciência –, ele criou e administrou uma onda de migração para essa nova fronteira agrícola, irmanando na mesma saga gente de todas as etnias e regiões.

Essa história foi alimentada por políticas públicas sempre articuladas com o privado. Com isso, nossa produção de alimentos, fibras e agroenergia (sim, ele também contribuiu para a criação do Proálcool!) permitiu a inserção do Brasil no cenário mundial do comércio agrícola.

Paolinelli também teve papel na criação do Proalcool, que estimulou a produção de combustível a partir de cana-de-açúcar Foto: J. F. Diorio / Estadão

E aqui está um ponto central em toda essa epopeia extraordinária. Desconhecido por muita gente ao redor do mundo até os anos 80 do século passado, o Brasil de Paolinelli foi notado porque ajudou a combater a fome no mundo. Como não haverá paz onde houver fome, Paolinelli criou paz universal. Por isso, lutamos tanto para que fosse galardoado – com imensa justiça – com o Nobel da Paz.

Não conseguimos esse propósito. Mas o povo brasileiro reconheceu seu trabalho, e, grato por seu legado imponente, já fez de Alysson Paolinelli o seu campeão da paz.

Que Deus o tenha e o condecore. Amém…

Morreu Alysson Paolinelli na semana passada, poucos dias antes de completar 87 anos. Perdemos o grande farol do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, mestre inconteste de gerações inteiras de produtores rurais, pesquisadores, cientistas, extensionistas e de milhões de pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho e com sua fé na pregação de Paolinelli. Ele foi o maestro que transformou o Brasil em exportador de commodities e produtos industrializados de origem agrícola para cerca de 200 países no mundo inteiro, alimentando mais de 800 milhões de pessoas de todos os continentes.

Não foi trivial. Quando ele se tornou ministro da Agricultura em 1974, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia. Cercado por uma equipe notável – e essa era sua característica, sempre trazia para seu lado gente competente e nacionalista –, motorizou a Embrapa, criada pouco tempo antes pelo bravo agrônomo gaúcho Cirne Lima, e partiu para o cerrado, até então desprezado pelos tradicionais agropecuaristas.

Paolinelli foi o grande timoneiro dessa transformação. Com sua clara visão do papel que o Brasil teria na segurança alimentar global, promoveu a conquista do Centro-Oeste, uma experiência épica sem precedentes no século 20, por meio de programas governamentais como o Polocentro e o Prodecer. Com sua maneira mansa de convencer quem tinha o privilégio de ouvi-lo, e sistematicamente apoiado no que mais acreditava – a ciência –, ele criou e administrou uma onda de migração para essa nova fronteira agrícola, irmanando na mesma saga gente de todas as etnias e regiões.

Essa história foi alimentada por políticas públicas sempre articuladas com o privado. Com isso, nossa produção de alimentos, fibras e agroenergia (sim, ele também contribuiu para a criação do Proálcool!) permitiu a inserção do Brasil no cenário mundial do comércio agrícola.

Paolinelli também teve papel na criação do Proalcool, que estimulou a produção de combustível a partir de cana-de-açúcar Foto: J. F. Diorio / Estadão

E aqui está um ponto central em toda essa epopeia extraordinária. Desconhecido por muita gente ao redor do mundo até os anos 80 do século passado, o Brasil de Paolinelli foi notado porque ajudou a combater a fome no mundo. Como não haverá paz onde houver fome, Paolinelli criou paz universal. Por isso, lutamos tanto para que fosse galardoado – com imensa justiça – com o Nobel da Paz.

Não conseguimos esse propósito. Mas o povo brasileiro reconheceu seu trabalho, e, grato por seu legado imponente, já fez de Alysson Paolinelli o seu campeão da paz.

Que Deus o tenha e o condecore. Amém…

Morreu Alysson Paolinelli na semana passada, poucos dias antes de completar 87 anos. Perdemos o grande farol do desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, mestre inconteste de gerações inteiras de produtores rurais, pesquisadores, cientistas, extensionistas e de milhões de pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho e com sua fé na pregação de Paolinelli. Ele foi o maestro que transformou o Brasil em exportador de commodities e produtos industrializados de origem agrícola para cerca de 200 países no mundo inteiro, alimentando mais de 800 milhões de pessoas de todos os continentes.

Não foi trivial. Quando ele se tornou ministro da Agricultura em 1974, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia. Cercado por uma equipe notável – e essa era sua característica, sempre trazia para seu lado gente competente e nacionalista –, motorizou a Embrapa, criada pouco tempo antes pelo bravo agrônomo gaúcho Cirne Lima, e partiu para o cerrado, até então desprezado pelos tradicionais agropecuaristas.

Paolinelli foi o grande timoneiro dessa transformação. Com sua clara visão do papel que o Brasil teria na segurança alimentar global, promoveu a conquista do Centro-Oeste, uma experiência épica sem precedentes no século 20, por meio de programas governamentais como o Polocentro e o Prodecer. Com sua maneira mansa de convencer quem tinha o privilégio de ouvi-lo, e sistematicamente apoiado no que mais acreditava – a ciência –, ele criou e administrou uma onda de migração para essa nova fronteira agrícola, irmanando na mesma saga gente de todas as etnias e regiões.

Essa história foi alimentada por políticas públicas sempre articuladas com o privado. Com isso, nossa produção de alimentos, fibras e agroenergia (sim, ele também contribuiu para a criação do Proálcool!) permitiu a inserção do Brasil no cenário mundial do comércio agrícola.

Paolinelli também teve papel na criação do Proalcool, que estimulou a produção de combustível a partir de cana-de-açúcar Foto: J. F. Diorio / Estadão

E aqui está um ponto central em toda essa epopeia extraordinária. Desconhecido por muita gente ao redor do mundo até os anos 80 do século passado, o Brasil de Paolinelli foi notado porque ajudou a combater a fome no mundo. Como não haverá paz onde houver fome, Paolinelli criou paz universal. Por isso, lutamos tanto para que fosse galardoado – com imensa justiça – com o Nobel da Paz.

Não conseguimos esse propósito. Mas o povo brasileiro reconheceu seu trabalho, e, grato por seu legado imponente, já fez de Alysson Paolinelli o seu campeão da paz.

Que Deus o tenha e o condecore. Amém…

Opinião por Roberto Rodrigues

Ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas

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