Estamos a pouco mais de dez meses da COP-30, evento mundial espetacular que discutirá temas da maior importância para o futuro do planeta, de sistemas de produção, transição energética, mercado de carbono, mudanças climáticas e financiamento para a sustentabilidade, entre outros.
Portanto, não será uma COP da floresta ou da Amazônia, embora seja realizada em Belém do Pará. Será, na verdade, uma grande oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo suas conquistas em vários daqueles temas, com ênfase para nossa matriz energética renovável e a sustentabilidade de nossa produção agropecuária lastreada em tecnologias inovadoras.
Centenas de pessoas estão discutindo isso em todo o País, mas há 3 questões que preocupam a todo mundo. São elas:
1- Como estará a infraestrutura de Belém para receber autoridades governamentais de dezenas de países, representantes de academias, de ONGs, de instituições públicas e privadas interessadas nas discussões e decisões a serem feitas? Haverá acomodação para todos? Transporte, alimentação, conforto, assistência médica etc.? O governador do Estado está trabalhando duro nesse ponto, que é fundamental para a imagem do País;
2- Por incrível que pareça, o governo federal ainda não definiu a liderança oficial do evento! E isso é fundamental para que haja unidade e competência nesse comando. Precisamos de um líder que conheça os temas que serão debatidos e tenha capacidade de encontrar o senso comum, sem ceder a pressões ideológicas ou a radicalismos de qualquer natureza, sem trocadilho. O agro torce pela escolha do embaixador André Correia do Lago, profundo conhecedor de toda a temática. E espera que o ministro Carlos Fávaro seja ouvido com respeito;
3- Mas a questão principal é a agenda. Aqui está o grande risco de perdermos uma chance especial de mostrar o que temos de excelência, sobretudo nas cadeias produtivas do agro e da energia renovável. Para apresentar propostas que realmente interessem a toda a humanidade – como segurança alimentar sustentável, transição energética para a renovabilidade e redução das desigualdades sociais –, é absolutamente imprescindível que as instituições representativas de todos os setores econômicos e sociais se articulem para que a agenda seja única e construtiva, não admitindo diferenças ou conflitos de nenhum tipo, ou brasileiros falando mal do Brasil. Daí a importância da boa coordenação.
O agro, em especial, precisa se organizar nessa agenda única, sob a batuta do ministro da Agricultura. É proibido perder essa oportunidade!