Ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da FGV

Opinião|Agenda positiva do ministro da Agricultura precisa consolidar relações do campo com o governo


É preciso montar um Plano de Safra consistente, estruturado de comum acordo entre o governo e os produtores, considerando as exigências crescentes de importadores quanto ao tema ambiental

Por Roberto Rodrigues
Atualização:

O ministro de Estado da Agricultura, Carlos Fávaro, vem trabalhando muito para obter os recursos necessários para o Plano de Safra 2023/24, tendo em vista, sobretudo, o horizonte complexo que pode acontecer na colheita do próximo ano.

Ancorado por mais uma safra recorde de grãos ainda não completamente colhida, o agro deverá ajudar no crescimento do PIB nacional nos próximos trimestres como fez no primeiro, mas talvez não tenha a mesma performance em 2024.

Algumas razões permitem essa avaliação, como uma possível grande colheita nos Estados Unidos, que somada à brasileira e às de outros países, aumentaria a oferta e os preços cairiam mais do que já caíram nos últimos dois meses. Isso provocaria um “descasamento” da renda rural, visto que os custos de produção não caíram na mesma proporção.

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Um El Niño severo, por outro lado, reduziria a produtividade agrícola e as margens já estreitas em algumas regiões. Que dizer do câmbio?

Por fim, o risco da gripe aviária atingir nossos excelentes criatórios reduziria a demanda por milho, embora estejamos muito bem preparados para enfrentar a doença, com uma ampla rede de defesa sanitária integrando o setor privado e as ações do Ministério da Agricultura.

É necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o Ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo Foto: Wilton Junior/Estadão
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Por tudo isso, é preciso montar um Plano de Safra consistente, estruturado de comum acordo entre o governo e os produtores, considerando as exigências crescentes de importadores quanto ao tema ambiental.

Independente delas, precisamos de uma agenda que passa pelo fim do desmatamento ilegal, das invasões de terra, passa por acabar com garimpos clandestinos, pela implementação do Código Florestal, do acerto fundiário nas regiões de fronteira, da definição do marco temporal de terras para indígenas, da compreensão de que agricultores são todos os que labutam na terra (pequenos, médios, grandes, familiares ou empresariais), de que a bioeconomia precisa remunerar as populações do país com a implementação de bioinsumos, biomanufaturados e biofábricas, do pagamento por serviços ambientais, da regulamentação do mercado de carbono, da ampliação da bioenergia na matriz energética, de investimentos em inovação tecnológica, inclusive a digital…

Para o Plano de Safra, urge aumentar os recursos para o Seguro Rural e para a Política da Garantia dos Preços Mínimos. E é necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo.

O ministro de Estado da Agricultura, Carlos Fávaro, vem trabalhando muito para obter os recursos necessários para o Plano de Safra 2023/24, tendo em vista, sobretudo, o horizonte complexo que pode acontecer na colheita do próximo ano.

Ancorado por mais uma safra recorde de grãos ainda não completamente colhida, o agro deverá ajudar no crescimento do PIB nacional nos próximos trimestres como fez no primeiro, mas talvez não tenha a mesma performance em 2024.

Algumas razões permitem essa avaliação, como uma possível grande colheita nos Estados Unidos, que somada à brasileira e às de outros países, aumentaria a oferta e os preços cairiam mais do que já caíram nos últimos dois meses. Isso provocaria um “descasamento” da renda rural, visto que os custos de produção não caíram na mesma proporção.

Um El Niño severo, por outro lado, reduziria a produtividade agrícola e as margens já estreitas em algumas regiões. Que dizer do câmbio?

Por fim, o risco da gripe aviária atingir nossos excelentes criatórios reduziria a demanda por milho, embora estejamos muito bem preparados para enfrentar a doença, com uma ampla rede de defesa sanitária integrando o setor privado e as ações do Ministério da Agricultura.

É necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o Ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo Foto: Wilton Junior/Estadão

Por tudo isso, é preciso montar um Plano de Safra consistente, estruturado de comum acordo entre o governo e os produtores, considerando as exigências crescentes de importadores quanto ao tema ambiental.

Independente delas, precisamos de uma agenda que passa pelo fim do desmatamento ilegal, das invasões de terra, passa por acabar com garimpos clandestinos, pela implementação do Código Florestal, do acerto fundiário nas regiões de fronteira, da definição do marco temporal de terras para indígenas, da compreensão de que agricultores são todos os que labutam na terra (pequenos, médios, grandes, familiares ou empresariais), de que a bioeconomia precisa remunerar as populações do país com a implementação de bioinsumos, biomanufaturados e biofábricas, do pagamento por serviços ambientais, da regulamentação do mercado de carbono, da ampliação da bioenergia na matriz energética, de investimentos em inovação tecnológica, inclusive a digital…

Para o Plano de Safra, urge aumentar os recursos para o Seguro Rural e para a Política da Garantia dos Preços Mínimos. E é necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo.

O ministro de Estado da Agricultura, Carlos Fávaro, vem trabalhando muito para obter os recursos necessários para o Plano de Safra 2023/24, tendo em vista, sobretudo, o horizonte complexo que pode acontecer na colheita do próximo ano.

Ancorado por mais uma safra recorde de grãos ainda não completamente colhida, o agro deverá ajudar no crescimento do PIB nacional nos próximos trimestres como fez no primeiro, mas talvez não tenha a mesma performance em 2024.

Algumas razões permitem essa avaliação, como uma possível grande colheita nos Estados Unidos, que somada à brasileira e às de outros países, aumentaria a oferta e os preços cairiam mais do que já caíram nos últimos dois meses. Isso provocaria um “descasamento” da renda rural, visto que os custos de produção não caíram na mesma proporção.

Um El Niño severo, por outro lado, reduziria a produtividade agrícola e as margens já estreitas em algumas regiões. Que dizer do câmbio?

Por fim, o risco da gripe aviária atingir nossos excelentes criatórios reduziria a demanda por milho, embora estejamos muito bem preparados para enfrentar a doença, com uma ampla rede de defesa sanitária integrando o setor privado e as ações do Ministério da Agricultura.

É necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o Ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo Foto: Wilton Junior/Estadão

Por tudo isso, é preciso montar um Plano de Safra consistente, estruturado de comum acordo entre o governo e os produtores, considerando as exigências crescentes de importadores quanto ao tema ambiental.

Independente delas, precisamos de uma agenda que passa pelo fim do desmatamento ilegal, das invasões de terra, passa por acabar com garimpos clandestinos, pela implementação do Código Florestal, do acerto fundiário nas regiões de fronteira, da definição do marco temporal de terras para indígenas, da compreensão de que agricultores são todos os que labutam na terra (pequenos, médios, grandes, familiares ou empresariais), de que a bioeconomia precisa remunerar as populações do país com a implementação de bioinsumos, biomanufaturados e biofábricas, do pagamento por serviços ambientais, da regulamentação do mercado de carbono, da ampliação da bioenergia na matriz energética, de investimentos em inovação tecnológica, inclusive a digital…

Para o Plano de Safra, urge aumentar os recursos para o Seguro Rural e para a Política da Garantia dos Preços Mínimos. E é necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo.

O ministro de Estado da Agricultura, Carlos Fávaro, vem trabalhando muito para obter os recursos necessários para o Plano de Safra 2023/24, tendo em vista, sobretudo, o horizonte complexo que pode acontecer na colheita do próximo ano.

Ancorado por mais uma safra recorde de grãos ainda não completamente colhida, o agro deverá ajudar no crescimento do PIB nacional nos próximos trimestres como fez no primeiro, mas talvez não tenha a mesma performance em 2024.

Algumas razões permitem essa avaliação, como uma possível grande colheita nos Estados Unidos, que somada à brasileira e às de outros países, aumentaria a oferta e os preços cairiam mais do que já caíram nos últimos dois meses. Isso provocaria um “descasamento” da renda rural, visto que os custos de produção não caíram na mesma proporção.

Um El Niño severo, por outro lado, reduziria a produtividade agrícola e as margens já estreitas em algumas regiões. Que dizer do câmbio?

Por fim, o risco da gripe aviária atingir nossos excelentes criatórios reduziria a demanda por milho, embora estejamos muito bem preparados para enfrentar a doença, com uma ampla rede de defesa sanitária integrando o setor privado e as ações do Ministério da Agricultura.

É necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o Ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo Foto: Wilton Junior/Estadão

Por tudo isso, é preciso montar um Plano de Safra consistente, estruturado de comum acordo entre o governo e os produtores, considerando as exigências crescentes de importadores quanto ao tema ambiental.

Independente delas, precisamos de uma agenda que passa pelo fim do desmatamento ilegal, das invasões de terra, passa por acabar com garimpos clandestinos, pela implementação do Código Florestal, do acerto fundiário nas regiões de fronteira, da definição do marco temporal de terras para indígenas, da compreensão de que agricultores são todos os que labutam na terra (pequenos, médios, grandes, familiares ou empresariais), de que a bioeconomia precisa remunerar as populações do país com a implementação de bioinsumos, biomanufaturados e biofábricas, do pagamento por serviços ambientais, da regulamentação do mercado de carbono, da ampliação da bioenergia na matriz energética, de investimentos em inovação tecnológica, inclusive a digital…

Para o Plano de Safra, urge aumentar os recursos para o Seguro Rural e para a Política da Garantia dos Preços Mínimos. E é necessária e urgente uma união de esforços para ajudar o ministro da Agricultura e sua equipe a montar essa agenda positiva, verdadeira ponte para consolidar as relações do campo com o governo.

Opinião por Roberto Rodrigues

Ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas

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