Economista, doutor pela Universidade Harvard e professor da PUC-Rio, Rogério Werneck escreve quinzenalmente

Opinião|Grandes desacertos: Lula vem abusando do direito de errar


Já com um terço do mandato pelas costas, o presidente não para de tomar decisões lesivas aos seus próprios interesses

Por Rogério Werneck

A análise de como o Planalto vem lidando com três grandes desafios com que agora se defronta deixa claro como decisões cruciais do presidente continuam pautadas por visões distorcidas, altamente lesivas a seus melhores interesses. Basta ter em conta as escalações recentes que Lula da Silva fez para a presidência da Petrobras e para a recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. E, também, as considerações que, tudo indica, acabarão dominando sua escolha do nome a ser indicado para a presidência do Banco Central.

Das tormentosas relações dos governos petistas com a Petrobras, Lula nada aprendeu e nada esqueceu. Estivesse assombrado pelos fantasmas do passado, o presidente deveria, a esta altura, estar preocupado em dispensar à Petrobras um tratamento comedido e austero, tirando bom proveito do penoso esforço de reconstrução por que a empresa teve de passar a partir de 2016.

O que agora se vê, contudo, é o governo empenhado em remontar, a toque de caixa, o circo de horrores na Petrobras. A nova presidente da empresa tem currículo respeitável, mas bem sabe que foi nomeada para insistir, com determinação, no mesmo rosário de erros passados. Não será obstáculo ao avanço dessa agenda.

continua após a publicidade
Indicação feita por Lula para a Petrobras e a que será feita para o Banco Central levantam temores no mercado Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

No caso da nomeação do ministro que deverá comandar a ação federal na reconstrução do Rio Grande do Sul, a visão distorcida é outra. O que merece crítica é a decisão de entregar o novo cargo ao deputado Paulo Pimenta que, além de ter-se tornado um estorvo para o Planalto, por seu desempenho medíocre à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é pré-candidato declarado a governador do Estado.

Tendo se deixado apequenar pelo oportunismo eleitoreiro nessa nomeação, Lula parece ainda não ter se dado conta das reais proporções do desafio com que o País agora se defronta no Rio Grande do Sul.

continua após a publicidade

Quanto à indicação do novo presidente do Banco Central, a visão distorcida que tende a prevalecer é bem conhecida. Lula jamais escondeu sua ojeriza à ideia de que o Banco Central deve operar com independência em relação ao governo. Não lhe passa pela cabeça não ter controle estrito sobre a instituição. E, a se julgar pela fieira de declarações irritadas que tem dado a esse respeito, desde a campanha presidencial, é difícil que não acabe indicando um yes-man. Em bom português, um pau-mandado.

Três grandes desacertos de altíssimo custo. Tendo já atravessado mais de um terço do seu mandato, Lula vem abusando de seu direito de errar.

A análise de como o Planalto vem lidando com três grandes desafios com que agora se defronta deixa claro como decisões cruciais do presidente continuam pautadas por visões distorcidas, altamente lesivas a seus melhores interesses. Basta ter em conta as escalações recentes que Lula da Silva fez para a presidência da Petrobras e para a recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. E, também, as considerações que, tudo indica, acabarão dominando sua escolha do nome a ser indicado para a presidência do Banco Central.

Das tormentosas relações dos governos petistas com a Petrobras, Lula nada aprendeu e nada esqueceu. Estivesse assombrado pelos fantasmas do passado, o presidente deveria, a esta altura, estar preocupado em dispensar à Petrobras um tratamento comedido e austero, tirando bom proveito do penoso esforço de reconstrução por que a empresa teve de passar a partir de 2016.

O que agora se vê, contudo, é o governo empenhado em remontar, a toque de caixa, o circo de horrores na Petrobras. A nova presidente da empresa tem currículo respeitável, mas bem sabe que foi nomeada para insistir, com determinação, no mesmo rosário de erros passados. Não será obstáculo ao avanço dessa agenda.

Indicação feita por Lula para a Petrobras e a que será feita para o Banco Central levantam temores no mercado Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

No caso da nomeação do ministro que deverá comandar a ação federal na reconstrução do Rio Grande do Sul, a visão distorcida é outra. O que merece crítica é a decisão de entregar o novo cargo ao deputado Paulo Pimenta que, além de ter-se tornado um estorvo para o Planalto, por seu desempenho medíocre à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é pré-candidato declarado a governador do Estado.

Tendo se deixado apequenar pelo oportunismo eleitoreiro nessa nomeação, Lula parece ainda não ter se dado conta das reais proporções do desafio com que o País agora se defronta no Rio Grande do Sul.

Quanto à indicação do novo presidente do Banco Central, a visão distorcida que tende a prevalecer é bem conhecida. Lula jamais escondeu sua ojeriza à ideia de que o Banco Central deve operar com independência em relação ao governo. Não lhe passa pela cabeça não ter controle estrito sobre a instituição. E, a se julgar pela fieira de declarações irritadas que tem dado a esse respeito, desde a campanha presidencial, é difícil que não acabe indicando um yes-man. Em bom português, um pau-mandado.

Três grandes desacertos de altíssimo custo. Tendo já atravessado mais de um terço do seu mandato, Lula vem abusando de seu direito de errar.

A análise de como o Planalto vem lidando com três grandes desafios com que agora se defronta deixa claro como decisões cruciais do presidente continuam pautadas por visões distorcidas, altamente lesivas a seus melhores interesses. Basta ter em conta as escalações recentes que Lula da Silva fez para a presidência da Petrobras e para a recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. E, também, as considerações que, tudo indica, acabarão dominando sua escolha do nome a ser indicado para a presidência do Banco Central.

Das tormentosas relações dos governos petistas com a Petrobras, Lula nada aprendeu e nada esqueceu. Estivesse assombrado pelos fantasmas do passado, o presidente deveria, a esta altura, estar preocupado em dispensar à Petrobras um tratamento comedido e austero, tirando bom proveito do penoso esforço de reconstrução por que a empresa teve de passar a partir de 2016.

O que agora se vê, contudo, é o governo empenhado em remontar, a toque de caixa, o circo de horrores na Petrobras. A nova presidente da empresa tem currículo respeitável, mas bem sabe que foi nomeada para insistir, com determinação, no mesmo rosário de erros passados. Não será obstáculo ao avanço dessa agenda.

Indicação feita por Lula para a Petrobras e a que será feita para o Banco Central levantam temores no mercado Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

No caso da nomeação do ministro que deverá comandar a ação federal na reconstrução do Rio Grande do Sul, a visão distorcida é outra. O que merece crítica é a decisão de entregar o novo cargo ao deputado Paulo Pimenta que, além de ter-se tornado um estorvo para o Planalto, por seu desempenho medíocre à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é pré-candidato declarado a governador do Estado.

Tendo se deixado apequenar pelo oportunismo eleitoreiro nessa nomeação, Lula parece ainda não ter se dado conta das reais proporções do desafio com que o País agora se defronta no Rio Grande do Sul.

Quanto à indicação do novo presidente do Banco Central, a visão distorcida que tende a prevalecer é bem conhecida. Lula jamais escondeu sua ojeriza à ideia de que o Banco Central deve operar com independência em relação ao governo. Não lhe passa pela cabeça não ter controle estrito sobre a instituição. E, a se julgar pela fieira de declarações irritadas que tem dado a esse respeito, desde a campanha presidencial, é difícil que não acabe indicando um yes-man. Em bom português, um pau-mandado.

Três grandes desacertos de altíssimo custo. Tendo já atravessado mais de um terço do seu mandato, Lula vem abusando de seu direito de errar.

A análise de como o Planalto vem lidando com três grandes desafios com que agora se defronta deixa claro como decisões cruciais do presidente continuam pautadas por visões distorcidas, altamente lesivas a seus melhores interesses. Basta ter em conta as escalações recentes que Lula da Silva fez para a presidência da Petrobras e para a recém-criada Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. E, também, as considerações que, tudo indica, acabarão dominando sua escolha do nome a ser indicado para a presidência do Banco Central.

Das tormentosas relações dos governos petistas com a Petrobras, Lula nada aprendeu e nada esqueceu. Estivesse assombrado pelos fantasmas do passado, o presidente deveria, a esta altura, estar preocupado em dispensar à Petrobras um tratamento comedido e austero, tirando bom proveito do penoso esforço de reconstrução por que a empresa teve de passar a partir de 2016.

O que agora se vê, contudo, é o governo empenhado em remontar, a toque de caixa, o circo de horrores na Petrobras. A nova presidente da empresa tem currículo respeitável, mas bem sabe que foi nomeada para insistir, com determinação, no mesmo rosário de erros passados. Não será obstáculo ao avanço dessa agenda.

Indicação feita por Lula para a Petrobras e a que será feita para o Banco Central levantam temores no mercado Foto: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

No caso da nomeação do ministro que deverá comandar a ação federal na reconstrução do Rio Grande do Sul, a visão distorcida é outra. O que merece crítica é a decisão de entregar o novo cargo ao deputado Paulo Pimenta que, além de ter-se tornado um estorvo para o Planalto, por seu desempenho medíocre à frente da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, é pré-candidato declarado a governador do Estado.

Tendo se deixado apequenar pelo oportunismo eleitoreiro nessa nomeação, Lula parece ainda não ter se dado conta das reais proporções do desafio com que o País agora se defronta no Rio Grande do Sul.

Quanto à indicação do novo presidente do Banco Central, a visão distorcida que tende a prevalecer é bem conhecida. Lula jamais escondeu sua ojeriza à ideia de que o Banco Central deve operar com independência em relação ao governo. Não lhe passa pela cabeça não ter controle estrito sobre a instituição. E, a se julgar pela fieira de declarações irritadas que tem dado a esse respeito, desde a campanha presidencial, é difícil que não acabe indicando um yes-man. Em bom português, um pau-mandado.

Três grandes desacertos de altíssimo custo. Tendo já atravessado mais de um terço do seu mandato, Lula vem abusando de seu direito de errar.

Opinião por Rogério Werneck

Economista, doutor pela Universidade Harvard, é professor titular do departamento de Economia da PUC-Rio

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.