NOVA YORK - O CEO da Arezzo, Alexandre Birman, afirmou que o Brasil vive um “momento trágico” por conta do desastre ambiental no Rio Grande do Sul e que a reconstrução do Estado trará mais desafios que os atuais.
“É um momento trágico no País. O futuro vai ser muito pior que o presente por conta da necessidade de reconstrução do Estado, que só será feita com trabalho e renda”, disse o executivo, em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em Nova York, durante a Brazil Week.
“O foco hoje, contudo, é no presente, nas pessoas que enfrentam condições difíceis”, acrescentou.
Birman é mineiro, mas a sede da Arezzo é no Rio Grande do Sul. Ele disse que esteve presencialmente no Estado e que o trabalho inicial da companhia foi resguardar os seus 3 mil funcionários, retirando-os de abrigos e alugando casas para acomodá-los.
Escolhido como personalidade do ano na Brazil Week, o CEO da Arezzo chamou atenção para os impactos da tragédia no setor calçadista, com 125 mil empregos diretos.
Um movimento para reconstruir a cadeia do setor foi lançado na segunda, 13, em conjunto com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), e já bateu a meta inicial de arrecadar R$ 10 milhões, conforme Birman.