Safra de grãos deve ser recorde em 2023, mas sofrerá impacto de estiagem no Sul, diz IBGE


Previsão é inferior à que havia sido feita em janeiro devido à seca no Rio Grande do Sul

Por Daniela Amorim

A safra nacional de grãos deve totalizar um recorde de 298,0 milhões de toneladas em 2023, 34,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,3%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, o resultado é 3,9 milhões de toneladas inferior ao previsto no levantamento anterior, de janeiro, uma queda de 1,3%. A estiagem que afeta o Rio Grande do Sul foi responsável pela redução na estimativa. O estado vai colher 4,126 milhões de toneladas de grãos a menos que o estimado em janeiro.

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“O que a gente está divulgando hoje vem desse impacto da falta de chuvas no Rio Grande do Sul”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.

Ele ressalta que, dos 497 municípios gaúchos, 369 decretaram estado de emergência por falta de chuvas.

“Isso afeta agricultura, afeta pecuária, e afeta até o abastecimento da população”, lembrou Guedes. “E é uma falta de chuva que já vem se arrastando há três anos. Isso tem muito a ver com a questão do (fenômeno climático) La Niña.”

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Soja e milho devem ter safra recorde Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

As culturas de 1ª safra, em geral, foram prejudicadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, especialmente o milho 1ª safra e a soja. O arroz também tem amargado prejuízos, e caminha para o segundo ano seguido de retração na produção. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional do grão. Há pouca água para irrigação da lavoura gaúcha, as temperaturas estão elevadas, mas também há uma tendência de redução de área plantada com arroz nos últimos anos, sendo substituído por culturas mais rentáveis, como a soja, enumerou Guedes.

A redução de área plantada com arroz vinha compensada por um aumento da produtividade, movimento que foi interrompido no ano passado. A produção de arroz está estimada em 10 milhões de toneladas em 2023, patamar muito próximo do consumo aparente da população brasileira. Se a estimativa de colheita diminuir novamente, o Brasil pode ter que importar arroz dos países vizinhos.

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Colheita recorde de soja e milho

Por outro lado, o Brasil deve colher novos recordes neste ano tanto de soja quanto de milho. A produção de soja deve somar 145,0 milhões de toneladas, uma elevação de 21,3% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 121,4 milhões de toneladas, com crescimento de 10,2% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,7 milhões de toneladas, um aumento de 12,9% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 92,7 milhões de toneladas, aumento de 9,4% em relação a 2022.

As projeções otimistas ajudam a manter comportados os preços dos alimentos, opina Guedes.

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“A gente tem observado uma redução de preços de soja, ainda que em patamar elevado, mas menor que no ano anterior. O milho é a mesma coisa”, disse Guedes.

O prognóstico favorece ainda os custos da produção de proteína animal, que depende desses grãos na ração. O milho, porém, tem sido disputado por usinas de etanol que usam o grão como matéria-prima, o que tem elevado os preços especialmente na região Centro-Oeste do País nos últimos anos, contou o pesquisador do IBGE.

“Essa safra grande que a gente está esperando colher está favorecendo segurar um pouco os preços”, afirmou Guedes. “Tem que ficar de olho um pouco no arroz”, ponderou.

A safra nacional de grãos deve totalizar um recorde de 298,0 milhões de toneladas em 2023, 34,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,3%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, o resultado é 3,9 milhões de toneladas inferior ao previsto no levantamento anterior, de janeiro, uma queda de 1,3%. A estiagem que afeta o Rio Grande do Sul foi responsável pela redução na estimativa. O estado vai colher 4,126 milhões de toneladas de grãos a menos que o estimado em janeiro.

“O que a gente está divulgando hoje vem desse impacto da falta de chuvas no Rio Grande do Sul”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.

Ele ressalta que, dos 497 municípios gaúchos, 369 decretaram estado de emergência por falta de chuvas.

“Isso afeta agricultura, afeta pecuária, e afeta até o abastecimento da população”, lembrou Guedes. “E é uma falta de chuva que já vem se arrastando há três anos. Isso tem muito a ver com a questão do (fenômeno climático) La Niña.”

Soja e milho devem ter safra recorde Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

As culturas de 1ª safra, em geral, foram prejudicadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, especialmente o milho 1ª safra e a soja. O arroz também tem amargado prejuízos, e caminha para o segundo ano seguido de retração na produção. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional do grão. Há pouca água para irrigação da lavoura gaúcha, as temperaturas estão elevadas, mas também há uma tendência de redução de área plantada com arroz nos últimos anos, sendo substituído por culturas mais rentáveis, como a soja, enumerou Guedes.

A redução de área plantada com arroz vinha compensada por um aumento da produtividade, movimento que foi interrompido no ano passado. A produção de arroz está estimada em 10 milhões de toneladas em 2023, patamar muito próximo do consumo aparente da população brasileira. Se a estimativa de colheita diminuir novamente, o Brasil pode ter que importar arroz dos países vizinhos.

Colheita recorde de soja e milho

Por outro lado, o Brasil deve colher novos recordes neste ano tanto de soja quanto de milho. A produção de soja deve somar 145,0 milhões de toneladas, uma elevação de 21,3% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 121,4 milhões de toneladas, com crescimento de 10,2% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,7 milhões de toneladas, um aumento de 12,9% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 92,7 milhões de toneladas, aumento de 9,4% em relação a 2022.

As projeções otimistas ajudam a manter comportados os preços dos alimentos, opina Guedes.

“A gente tem observado uma redução de preços de soja, ainda que em patamar elevado, mas menor que no ano anterior. O milho é a mesma coisa”, disse Guedes.

O prognóstico favorece ainda os custos da produção de proteína animal, que depende desses grãos na ração. O milho, porém, tem sido disputado por usinas de etanol que usam o grão como matéria-prima, o que tem elevado os preços especialmente na região Centro-Oeste do País nos últimos anos, contou o pesquisador do IBGE.

“Essa safra grande que a gente está esperando colher está favorecendo segurar um pouco os preços”, afirmou Guedes. “Tem que ficar de olho um pouco no arroz”, ponderou.

A safra nacional de grãos deve totalizar um recorde de 298,0 milhões de toneladas em 2023, 34,9 milhões de toneladas a mais que o desempenho de 2022, um aumento de 13,3%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de fevereiro, divulgado nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No entanto, o resultado é 3,9 milhões de toneladas inferior ao previsto no levantamento anterior, de janeiro, uma queda de 1,3%. A estiagem que afeta o Rio Grande do Sul foi responsável pela redução na estimativa. O estado vai colher 4,126 milhões de toneladas de grãos a menos que o estimado em janeiro.

“O que a gente está divulgando hoje vem desse impacto da falta de chuvas no Rio Grande do Sul”, afirmou Carlos Alfredo Guedes, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.

Ele ressalta que, dos 497 municípios gaúchos, 369 decretaram estado de emergência por falta de chuvas.

“Isso afeta agricultura, afeta pecuária, e afeta até o abastecimento da população”, lembrou Guedes. “E é uma falta de chuva que já vem se arrastando há três anos. Isso tem muito a ver com a questão do (fenômeno climático) La Niña.”

Soja e milho devem ter safra recorde Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

As culturas de 1ª safra, em geral, foram prejudicadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, especialmente o milho 1ª safra e a soja. O arroz também tem amargado prejuízos, e caminha para o segundo ano seguido de retração na produção. O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional do grão. Há pouca água para irrigação da lavoura gaúcha, as temperaturas estão elevadas, mas também há uma tendência de redução de área plantada com arroz nos últimos anos, sendo substituído por culturas mais rentáveis, como a soja, enumerou Guedes.

A redução de área plantada com arroz vinha compensada por um aumento da produtividade, movimento que foi interrompido no ano passado. A produção de arroz está estimada em 10 milhões de toneladas em 2023, patamar muito próximo do consumo aparente da população brasileira. Se a estimativa de colheita diminuir novamente, o Brasil pode ter que importar arroz dos países vizinhos.

Colheita recorde de soja e milho

Por outro lado, o Brasil deve colher novos recordes neste ano tanto de soja quanto de milho. A produção de soja deve somar 145,0 milhões de toneladas, uma elevação de 21,3% em relação ao produzido no ano passado. Já a produção nacional de milho foi estimada em 121,4 milhões de toneladas, com crescimento de 10,2% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 28,7 milhões de toneladas, um aumento de 12,9% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 92,7 milhões de toneladas, aumento de 9,4% em relação a 2022.

As projeções otimistas ajudam a manter comportados os preços dos alimentos, opina Guedes.

“A gente tem observado uma redução de preços de soja, ainda que em patamar elevado, mas menor que no ano anterior. O milho é a mesma coisa”, disse Guedes.

O prognóstico favorece ainda os custos da produção de proteína animal, que depende desses grãos na ração. O milho, porém, tem sido disputado por usinas de etanol que usam o grão como matéria-prima, o que tem elevado os preços especialmente na região Centro-Oeste do País nos últimos anos, contou o pesquisador do IBGE.

“Essa safra grande que a gente está esperando colher está favorecendo segurar um pouco os preços”, afirmou Guedes. “Tem que ficar de olho um pouco no arroz”, ponderou.

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