Safra cheia escancara vulnerabilidade da infraestrutura logística


Em plena colheita da segunda safra de milho, produtores não têm onde estocar a produção

Por Cesario Ramalho

Os preços das commodities como soja e milho estão pressionados. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 24% nos últimos 12 meses. No Brasil, as cotações da oleaginosa estão por baixo, em média 20% inferiores às registradas no ano passado.

Mesmo com a não renovação do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos pelo Mar Negro, os preços devem se manter achatados. Os motivos são a maior produção mundial, bem como uma pressão menor das importações uma vez que muitos países já recompuseram seus estoques. Além disso, impactos adversos do clima que ocorreram nos anos anteriores não se repetiram com tanta gravidade.

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Outro ponto crítico é a nossa infraestrutura logística de transportes e armazenagem. Por exemplo, estamos em plena colheita da segunda safra de milho, que deve superar 100 milhões de toneladas, e a grande maioria dos produtores não tem onde estocar a produção. Imagens de grãos ao relento são comuns.

O produtor, sobretudo o pequeno e o médio, passa por um momento delicado de fluxo de caixa. Mesmo quem fez hedge – travou seu preço de venda – pode não conseguir exercer essa opção, porque não tem onde armazenar, a fim de entregar futuramente. A título de comparação, os EUA têm capacidade para estocar 150% da safra.

Grãos como milho e soja tiveram supersafra em 2023 Foto: GABRIELA BILÓ / ESTADÃO
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Nossa matriz de transportes, baseada em rodovias, é outro histórico desafio: é ineficiente, pela condição ruim da maioria das estradas, o que gera perdas e desperdícios, arruinando o ganho obtido dentro das fazendas, pressionando a margem do agricultor e encarecendo o produto final.

O recomendável é que o escoamento por longas distâncias ocorra por ferrovias e hidrovias, o que é exceção. Mesmo com a alta dos embarques via portos do Arco Norte, nossa estrutura portuária é aquém da necessária e a existente, deficitária. Investimentos em infraestrutura demandam recursos gigantescos e precisam constar de um plano de Estado. Praticamente nada foi feito nos últimos anos, e o que saiu do papel primordialmente foi financiado pelo setor produtivo.

Neste momento, é importante que mecanismos de gestão de riscos estejam disponíveis para o produtor, em especial os recursos para comercialização e o seguro rural. Em particular sobre o seguro, sua necessidade só se acentua devido às mudanças climáticas, mas os prêmios são altos, o que inviabiliza sua expansão. As subvenções federal e estadual são indispensáveis e, na verdade, precisam ser elevadas.

Os preços das commodities como soja e milho estão pressionados. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 24% nos últimos 12 meses. No Brasil, as cotações da oleaginosa estão por baixo, em média 20% inferiores às registradas no ano passado.

Mesmo com a não renovação do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos pelo Mar Negro, os preços devem se manter achatados. Os motivos são a maior produção mundial, bem como uma pressão menor das importações uma vez que muitos países já recompuseram seus estoques. Além disso, impactos adversos do clima que ocorreram nos anos anteriores não se repetiram com tanta gravidade.

Outro ponto crítico é a nossa infraestrutura logística de transportes e armazenagem. Por exemplo, estamos em plena colheita da segunda safra de milho, que deve superar 100 milhões de toneladas, e a grande maioria dos produtores não tem onde estocar a produção. Imagens de grãos ao relento são comuns.

O produtor, sobretudo o pequeno e o médio, passa por um momento delicado de fluxo de caixa. Mesmo quem fez hedge – travou seu preço de venda – pode não conseguir exercer essa opção, porque não tem onde armazenar, a fim de entregar futuramente. A título de comparação, os EUA têm capacidade para estocar 150% da safra.

Grãos como milho e soja tiveram supersafra em 2023 Foto: GABRIELA BILÓ / ESTADÃO

Nossa matriz de transportes, baseada em rodovias, é outro histórico desafio: é ineficiente, pela condição ruim da maioria das estradas, o que gera perdas e desperdícios, arruinando o ganho obtido dentro das fazendas, pressionando a margem do agricultor e encarecendo o produto final.

O recomendável é que o escoamento por longas distâncias ocorra por ferrovias e hidrovias, o que é exceção. Mesmo com a alta dos embarques via portos do Arco Norte, nossa estrutura portuária é aquém da necessária e a existente, deficitária. Investimentos em infraestrutura demandam recursos gigantescos e precisam constar de um plano de Estado. Praticamente nada foi feito nos últimos anos, e o que saiu do papel primordialmente foi financiado pelo setor produtivo.

Neste momento, é importante que mecanismos de gestão de riscos estejam disponíveis para o produtor, em especial os recursos para comercialização e o seguro rural. Em particular sobre o seguro, sua necessidade só se acentua devido às mudanças climáticas, mas os prêmios são altos, o que inviabiliza sua expansão. As subvenções federal e estadual são indispensáveis e, na verdade, precisam ser elevadas.

Os preços das commodities como soja e milho estão pressionados. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 24% nos últimos 12 meses. No Brasil, as cotações da oleaginosa estão por baixo, em média 20% inferiores às registradas no ano passado.

Mesmo com a não renovação do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos pelo Mar Negro, os preços devem se manter achatados. Os motivos são a maior produção mundial, bem como uma pressão menor das importações uma vez que muitos países já recompuseram seus estoques. Além disso, impactos adversos do clima que ocorreram nos anos anteriores não se repetiram com tanta gravidade.

Outro ponto crítico é a nossa infraestrutura logística de transportes e armazenagem. Por exemplo, estamos em plena colheita da segunda safra de milho, que deve superar 100 milhões de toneladas, e a grande maioria dos produtores não tem onde estocar a produção. Imagens de grãos ao relento são comuns.

O produtor, sobretudo o pequeno e o médio, passa por um momento delicado de fluxo de caixa. Mesmo quem fez hedge – travou seu preço de venda – pode não conseguir exercer essa opção, porque não tem onde armazenar, a fim de entregar futuramente. A título de comparação, os EUA têm capacidade para estocar 150% da safra.

Grãos como milho e soja tiveram supersafra em 2023 Foto: GABRIELA BILÓ / ESTADÃO

Nossa matriz de transportes, baseada em rodovias, é outro histórico desafio: é ineficiente, pela condição ruim da maioria das estradas, o que gera perdas e desperdícios, arruinando o ganho obtido dentro das fazendas, pressionando a margem do agricultor e encarecendo o produto final.

O recomendável é que o escoamento por longas distâncias ocorra por ferrovias e hidrovias, o que é exceção. Mesmo com a alta dos embarques via portos do Arco Norte, nossa estrutura portuária é aquém da necessária e a existente, deficitária. Investimentos em infraestrutura demandam recursos gigantescos e precisam constar de um plano de Estado. Praticamente nada foi feito nos últimos anos, e o que saiu do papel primordialmente foi financiado pelo setor produtivo.

Neste momento, é importante que mecanismos de gestão de riscos estejam disponíveis para o produtor, em especial os recursos para comercialização e o seguro rural. Em particular sobre o seguro, sua necessidade só se acentua devido às mudanças climáticas, mas os prêmios são altos, o que inviabiliza sua expansão. As subvenções federal e estadual são indispensáveis e, na verdade, precisam ser elevadas.

Os preços das commodities como soja e milho estão pressionados. O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) caiu 24% nos últimos 12 meses. No Brasil, as cotações da oleaginosa estão por baixo, em média 20% inferiores às registradas no ano passado.

Mesmo com a não renovação do acordo que permite à Ucrânia exportar grãos pelo Mar Negro, os preços devem se manter achatados. Os motivos são a maior produção mundial, bem como uma pressão menor das importações uma vez que muitos países já recompuseram seus estoques. Além disso, impactos adversos do clima que ocorreram nos anos anteriores não se repetiram com tanta gravidade.

Outro ponto crítico é a nossa infraestrutura logística de transportes e armazenagem. Por exemplo, estamos em plena colheita da segunda safra de milho, que deve superar 100 milhões de toneladas, e a grande maioria dos produtores não tem onde estocar a produção. Imagens de grãos ao relento são comuns.

O produtor, sobretudo o pequeno e o médio, passa por um momento delicado de fluxo de caixa. Mesmo quem fez hedge – travou seu preço de venda – pode não conseguir exercer essa opção, porque não tem onde armazenar, a fim de entregar futuramente. A título de comparação, os EUA têm capacidade para estocar 150% da safra.

Grãos como milho e soja tiveram supersafra em 2023 Foto: GABRIELA BILÓ / ESTADÃO

Nossa matriz de transportes, baseada em rodovias, é outro histórico desafio: é ineficiente, pela condição ruim da maioria das estradas, o que gera perdas e desperdícios, arruinando o ganho obtido dentro das fazendas, pressionando a margem do agricultor e encarecendo o produto final.

O recomendável é que o escoamento por longas distâncias ocorra por ferrovias e hidrovias, o que é exceção. Mesmo com a alta dos embarques via portos do Arco Norte, nossa estrutura portuária é aquém da necessária e a existente, deficitária. Investimentos em infraestrutura demandam recursos gigantescos e precisam constar de um plano de Estado. Praticamente nada foi feito nos últimos anos, e o que saiu do papel primordialmente foi financiado pelo setor produtivo.

Neste momento, é importante que mecanismos de gestão de riscos estejam disponíveis para o produtor, em especial os recursos para comercialização e o seguro rural. Em particular sobre o seguro, sua necessidade só se acentua devido às mudanças climáticas, mas os prêmios são altos, o que inviabiliza sua expansão. As subvenções federal e estadual são indispensáveis e, na verdade, precisam ser elevadas.

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