Santander quer reduzir para 10 dias concessão de crédito imobiliário com uso de leitura facial


Atualmente, contratação e registro de financiamento demora, em média, 25 dias; novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo

Por Circe Bonatelli e Matheus Piovesana

O Santander começou a oferecer neste mês a possibilidade de contratar financiamento imobiliário com assinatura por meio de leitura facial via aplicativo e envio automático do documento ao cartório. Com isso, a expectativa do banco é que o tempo para contratação e registro caia da média atual de 25 dias para apenas 10 dias, promovendo um salto na produtividade do setor - que, até alguns anos atrás, levava mais de 60 dias para consumar esse tipo de operação.

Inicialmente, a novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo onde os cartórios já estão habilitados a processar essa transmissão de dados. Ao longo do ano, o novo sistema irá para mais regiões. Segundo o Santander, este é um serviço pioneiro no País.

A maioria dos bancos já oferecem ao cliente a opção de contratar o crédito imobiliário de forma totalmente digital, sem sair de casa, mas muitas vezes a assinatura eletrônica é feita em um arquivo do tipo PDF. No caso do Santander, os dados são estruturados em XML, um formato que facilita a inserção dos dados e a leitura por diferentes sistemas. É como se os dados já entrassem nas caixinhas corretas dos formulários de cada ente da cadeia.

continua após a publicidade

“Não tem necessidade de o cliente se deslocar até o cartório, que já recebe os dados automaticamente no seu sistema”, diz o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, em entrevista. “No melhor dos casos, quando a documentação está em ordem, podemos chegar a fazer o processo em só três dias”, complementa.

Transformação

continua após a publicidade

O executivo espera uma transformação do mercado imobiliário com o aumento da agilidade, uma vez que haverá um ganho de liquidez para construtora, corretor, cartório e o próprio mutuário. “É um benefício para todos porque o dinheiro chega mais rápido”, enfatiza Gamba.

No caso dos bancos, ele estima que haverá um incentivo para que as instituições se aproximem dos pontos de vendas dos imóveis. “Poderemos trabalhar quase que simultaneamente na operação comercial”, projeta o executivo.

A opinião é compartilhada pelo presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e diretor Institucional da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), Flaviano Galhardo. “Isso vai favorecer muito o ambiente de negócios como um todo e facilitar a circulação da riqueza”, diz.

continua após a publicidade
Segundo o Santander, serviço para concessão de financiamento imobiliário por meio de biometria facial é pioneiro no País Foto: Pilar Olivares/Reuters

Do total de 3,6 mil cartórios para registros de imóveis no País, cerca de metade já está capacitada para trabalhar com contratos digitais de compra, venda e financiamento de imóveis, estima Galhardo. “Em tese, esse registro está nos quatro cantos do Brasil, mas algumas localidades têm dificuldades de acesso à internet e até à energia elétrica. E cerca de 70% são pequenos e médios, não têm todo o aparato e o treinamento”, relata.

Apesar das dificuldades, Galhardo diz que houve um avanço significativo na digitalização do registro de imóveis nos últimos três anos, com uma diminuição sensível do tempo necessário para concluir o processo. Segundo ele, os grandes saltos vieram com a lei 13.874/2019, validando o uso de documentos digitalizados em transações comerciais, e com a lei 14.063/2020, que definiu as regras para o uso de assinaturas eletrônicas. Ambas contribuíram para que bancos e cartórios implementassem sistemas integrados, destaca. “Cada vez mais estamos vendo uma troca de fluxos de documentos eletrônicos em linha reta, sem intermediários, nem burocracias”, afirma.

continua após a publicidade

Não há uma pesquisa que monitore o tempo médio de conclusão da tomada e registro de financiamentos no Brasil, mas a estimativa é que isso gire em torno dos 25 dias, segundo Galhardo, com quase todos os bancos trabalhando já com processos 100% digitais.

Passo a passo

Para tomar o financiamento “express” no Santander, o cliente preenche formulários e envia documentos necessários para a análise do crédito. Depois, é feita a padronização dos pareceres, ou seja, verifica-se a falta ou não de outros documentos ou informações específicas do mutuário.

continua após a publicidade

Com todas as informações capturadas, é possível verificar se a matrícula do imóvel está registrada nos cartórios parceiros e o cliente pode optar por assinar o contrato digitalmente. Então o banco envia um push pelo aplicativo Santander (para correntistas) ou Assina Santander (para não correntistas) em que será capturada a biometria facial.

Com isso, o sistema gera o contrato eletrônico e, por meio de um arquivo XML com os dados do contrato, dispara para o cartório, como uma declaração de que foi feita a formalização entre as partes.

O Santander começou a oferecer neste mês a possibilidade de contratar financiamento imobiliário com assinatura por meio de leitura facial via aplicativo e envio automático do documento ao cartório. Com isso, a expectativa do banco é que o tempo para contratação e registro caia da média atual de 25 dias para apenas 10 dias, promovendo um salto na produtividade do setor - que, até alguns anos atrás, levava mais de 60 dias para consumar esse tipo de operação.

Inicialmente, a novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo onde os cartórios já estão habilitados a processar essa transmissão de dados. Ao longo do ano, o novo sistema irá para mais regiões. Segundo o Santander, este é um serviço pioneiro no País.

A maioria dos bancos já oferecem ao cliente a opção de contratar o crédito imobiliário de forma totalmente digital, sem sair de casa, mas muitas vezes a assinatura eletrônica é feita em um arquivo do tipo PDF. No caso do Santander, os dados são estruturados em XML, um formato que facilita a inserção dos dados e a leitura por diferentes sistemas. É como se os dados já entrassem nas caixinhas corretas dos formulários de cada ente da cadeia.

“Não tem necessidade de o cliente se deslocar até o cartório, que já recebe os dados automaticamente no seu sistema”, diz o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, em entrevista. “No melhor dos casos, quando a documentação está em ordem, podemos chegar a fazer o processo em só três dias”, complementa.

Transformação

O executivo espera uma transformação do mercado imobiliário com o aumento da agilidade, uma vez que haverá um ganho de liquidez para construtora, corretor, cartório e o próprio mutuário. “É um benefício para todos porque o dinheiro chega mais rápido”, enfatiza Gamba.

No caso dos bancos, ele estima que haverá um incentivo para que as instituições se aproximem dos pontos de vendas dos imóveis. “Poderemos trabalhar quase que simultaneamente na operação comercial”, projeta o executivo.

A opinião é compartilhada pelo presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e diretor Institucional da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), Flaviano Galhardo. “Isso vai favorecer muito o ambiente de negócios como um todo e facilitar a circulação da riqueza”, diz.

Segundo o Santander, serviço para concessão de financiamento imobiliário por meio de biometria facial é pioneiro no País Foto: Pilar Olivares/Reuters

Do total de 3,6 mil cartórios para registros de imóveis no País, cerca de metade já está capacitada para trabalhar com contratos digitais de compra, venda e financiamento de imóveis, estima Galhardo. “Em tese, esse registro está nos quatro cantos do Brasil, mas algumas localidades têm dificuldades de acesso à internet e até à energia elétrica. E cerca de 70% são pequenos e médios, não têm todo o aparato e o treinamento”, relata.

Apesar das dificuldades, Galhardo diz que houve um avanço significativo na digitalização do registro de imóveis nos últimos três anos, com uma diminuição sensível do tempo necessário para concluir o processo. Segundo ele, os grandes saltos vieram com a lei 13.874/2019, validando o uso de documentos digitalizados em transações comerciais, e com a lei 14.063/2020, que definiu as regras para o uso de assinaturas eletrônicas. Ambas contribuíram para que bancos e cartórios implementassem sistemas integrados, destaca. “Cada vez mais estamos vendo uma troca de fluxos de documentos eletrônicos em linha reta, sem intermediários, nem burocracias”, afirma.

Não há uma pesquisa que monitore o tempo médio de conclusão da tomada e registro de financiamentos no Brasil, mas a estimativa é que isso gire em torno dos 25 dias, segundo Galhardo, com quase todos os bancos trabalhando já com processos 100% digitais.

Passo a passo

Para tomar o financiamento “express” no Santander, o cliente preenche formulários e envia documentos necessários para a análise do crédito. Depois, é feita a padronização dos pareceres, ou seja, verifica-se a falta ou não de outros documentos ou informações específicas do mutuário.

Com todas as informações capturadas, é possível verificar se a matrícula do imóvel está registrada nos cartórios parceiros e o cliente pode optar por assinar o contrato digitalmente. Então o banco envia um push pelo aplicativo Santander (para correntistas) ou Assina Santander (para não correntistas) em que será capturada a biometria facial.

Com isso, o sistema gera o contrato eletrônico e, por meio de um arquivo XML com os dados do contrato, dispara para o cartório, como uma declaração de que foi feita a formalização entre as partes.

O Santander começou a oferecer neste mês a possibilidade de contratar financiamento imobiliário com assinatura por meio de leitura facial via aplicativo e envio automático do documento ao cartório. Com isso, a expectativa do banco é que o tempo para contratação e registro caia da média atual de 25 dias para apenas 10 dias, promovendo um salto na produtividade do setor - que, até alguns anos atrás, levava mais de 60 dias para consumar esse tipo de operação.

Inicialmente, a novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo onde os cartórios já estão habilitados a processar essa transmissão de dados. Ao longo do ano, o novo sistema irá para mais regiões. Segundo o Santander, este é um serviço pioneiro no País.

A maioria dos bancos já oferecem ao cliente a opção de contratar o crédito imobiliário de forma totalmente digital, sem sair de casa, mas muitas vezes a assinatura eletrônica é feita em um arquivo do tipo PDF. No caso do Santander, os dados são estruturados em XML, um formato que facilita a inserção dos dados e a leitura por diferentes sistemas. É como se os dados já entrassem nas caixinhas corretas dos formulários de cada ente da cadeia.

“Não tem necessidade de o cliente se deslocar até o cartório, que já recebe os dados automaticamente no seu sistema”, diz o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, em entrevista. “No melhor dos casos, quando a documentação está em ordem, podemos chegar a fazer o processo em só três dias”, complementa.

Transformação

O executivo espera uma transformação do mercado imobiliário com o aumento da agilidade, uma vez que haverá um ganho de liquidez para construtora, corretor, cartório e o próprio mutuário. “É um benefício para todos porque o dinheiro chega mais rápido”, enfatiza Gamba.

No caso dos bancos, ele estima que haverá um incentivo para que as instituições se aproximem dos pontos de vendas dos imóveis. “Poderemos trabalhar quase que simultaneamente na operação comercial”, projeta o executivo.

A opinião é compartilhada pelo presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e diretor Institucional da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), Flaviano Galhardo. “Isso vai favorecer muito o ambiente de negócios como um todo e facilitar a circulação da riqueza”, diz.

Segundo o Santander, serviço para concessão de financiamento imobiliário por meio de biometria facial é pioneiro no País Foto: Pilar Olivares/Reuters

Do total de 3,6 mil cartórios para registros de imóveis no País, cerca de metade já está capacitada para trabalhar com contratos digitais de compra, venda e financiamento de imóveis, estima Galhardo. “Em tese, esse registro está nos quatro cantos do Brasil, mas algumas localidades têm dificuldades de acesso à internet e até à energia elétrica. E cerca de 70% são pequenos e médios, não têm todo o aparato e o treinamento”, relata.

Apesar das dificuldades, Galhardo diz que houve um avanço significativo na digitalização do registro de imóveis nos últimos três anos, com uma diminuição sensível do tempo necessário para concluir o processo. Segundo ele, os grandes saltos vieram com a lei 13.874/2019, validando o uso de documentos digitalizados em transações comerciais, e com a lei 14.063/2020, que definiu as regras para o uso de assinaturas eletrônicas. Ambas contribuíram para que bancos e cartórios implementassem sistemas integrados, destaca. “Cada vez mais estamos vendo uma troca de fluxos de documentos eletrônicos em linha reta, sem intermediários, nem burocracias”, afirma.

Não há uma pesquisa que monitore o tempo médio de conclusão da tomada e registro de financiamentos no Brasil, mas a estimativa é que isso gire em torno dos 25 dias, segundo Galhardo, com quase todos os bancos trabalhando já com processos 100% digitais.

Passo a passo

Para tomar o financiamento “express” no Santander, o cliente preenche formulários e envia documentos necessários para a análise do crédito. Depois, é feita a padronização dos pareceres, ou seja, verifica-se a falta ou não de outros documentos ou informações específicas do mutuário.

Com todas as informações capturadas, é possível verificar se a matrícula do imóvel está registrada nos cartórios parceiros e o cliente pode optar por assinar o contrato digitalmente. Então o banco envia um push pelo aplicativo Santander (para correntistas) ou Assina Santander (para não correntistas) em que será capturada a biometria facial.

Com isso, o sistema gera o contrato eletrônico e, por meio de um arquivo XML com os dados do contrato, dispara para o cartório, como uma declaração de que foi feita a formalização entre as partes.

O Santander começou a oferecer neste mês a possibilidade de contratar financiamento imobiliário com assinatura por meio de leitura facial via aplicativo e envio automático do documento ao cartório. Com isso, a expectativa do banco é que o tempo para contratação e registro caia da média atual de 25 dias para apenas 10 dias, promovendo um salto na produtividade do setor - que, até alguns anos atrás, levava mais de 60 dias para consumar esse tipo de operação.

Inicialmente, a novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo onde os cartórios já estão habilitados a processar essa transmissão de dados. Ao longo do ano, o novo sistema irá para mais regiões. Segundo o Santander, este é um serviço pioneiro no País.

A maioria dos bancos já oferecem ao cliente a opção de contratar o crédito imobiliário de forma totalmente digital, sem sair de casa, mas muitas vezes a assinatura eletrônica é feita em um arquivo do tipo PDF. No caso do Santander, os dados são estruturados em XML, um formato que facilita a inserção dos dados e a leitura por diferentes sistemas. É como se os dados já entrassem nas caixinhas corretas dos formulários de cada ente da cadeia.

“Não tem necessidade de o cliente se deslocar até o cartório, que já recebe os dados automaticamente no seu sistema”, diz o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, em entrevista. “No melhor dos casos, quando a documentação está em ordem, podemos chegar a fazer o processo em só três dias”, complementa.

Transformação

O executivo espera uma transformação do mercado imobiliário com o aumento da agilidade, uma vez que haverá um ganho de liquidez para construtora, corretor, cartório e o próprio mutuário. “É um benefício para todos porque o dinheiro chega mais rápido”, enfatiza Gamba.

No caso dos bancos, ele estima que haverá um incentivo para que as instituições se aproximem dos pontos de vendas dos imóveis. “Poderemos trabalhar quase que simultaneamente na operação comercial”, projeta o executivo.

A opinião é compartilhada pelo presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e diretor Institucional da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), Flaviano Galhardo. “Isso vai favorecer muito o ambiente de negócios como um todo e facilitar a circulação da riqueza”, diz.

Segundo o Santander, serviço para concessão de financiamento imobiliário por meio de biometria facial é pioneiro no País Foto: Pilar Olivares/Reuters

Do total de 3,6 mil cartórios para registros de imóveis no País, cerca de metade já está capacitada para trabalhar com contratos digitais de compra, venda e financiamento de imóveis, estima Galhardo. “Em tese, esse registro está nos quatro cantos do Brasil, mas algumas localidades têm dificuldades de acesso à internet e até à energia elétrica. E cerca de 70% são pequenos e médios, não têm todo o aparato e o treinamento”, relata.

Apesar das dificuldades, Galhardo diz que houve um avanço significativo na digitalização do registro de imóveis nos últimos três anos, com uma diminuição sensível do tempo necessário para concluir o processo. Segundo ele, os grandes saltos vieram com a lei 13.874/2019, validando o uso de documentos digitalizados em transações comerciais, e com a lei 14.063/2020, que definiu as regras para o uso de assinaturas eletrônicas. Ambas contribuíram para que bancos e cartórios implementassem sistemas integrados, destaca. “Cada vez mais estamos vendo uma troca de fluxos de documentos eletrônicos em linha reta, sem intermediários, nem burocracias”, afirma.

Não há uma pesquisa que monitore o tempo médio de conclusão da tomada e registro de financiamentos no Brasil, mas a estimativa é que isso gire em torno dos 25 dias, segundo Galhardo, com quase todos os bancos trabalhando já com processos 100% digitais.

Passo a passo

Para tomar o financiamento “express” no Santander, o cliente preenche formulários e envia documentos necessários para a análise do crédito. Depois, é feita a padronização dos pareceres, ou seja, verifica-se a falta ou não de outros documentos ou informações específicas do mutuário.

Com todas as informações capturadas, é possível verificar se a matrícula do imóvel está registrada nos cartórios parceiros e o cliente pode optar por assinar o contrato digitalmente. Então o banco envia um push pelo aplicativo Santander (para correntistas) ou Assina Santander (para não correntistas) em que será capturada a biometria facial.

Com isso, o sistema gera o contrato eletrônico e, por meio de um arquivo XML com os dados do contrato, dispara para o cartório, como uma declaração de que foi feita a formalização entre as partes.

O Santander começou a oferecer neste mês a possibilidade de contratar financiamento imobiliário com assinatura por meio de leitura facial via aplicativo e envio automático do documento ao cartório. Com isso, a expectativa do banco é que o tempo para contratação e registro caia da média atual de 25 dias para apenas 10 dias, promovendo um salto na produtividade do setor - que, até alguns anos atrás, levava mais de 60 dias para consumar esse tipo de operação.

Inicialmente, a novidade estará disponível em apenas parte da cidade de São Paulo onde os cartórios já estão habilitados a processar essa transmissão de dados. Ao longo do ano, o novo sistema irá para mais regiões. Segundo o Santander, este é um serviço pioneiro no País.

A maioria dos bancos já oferecem ao cliente a opção de contratar o crédito imobiliário de forma totalmente digital, sem sair de casa, mas muitas vezes a assinatura eletrônica é feita em um arquivo do tipo PDF. No caso do Santander, os dados são estruturados em XML, um formato que facilita a inserção dos dados e a leitura por diferentes sistemas. É como se os dados já entrassem nas caixinhas corretas dos formulários de cada ente da cadeia.

“Não tem necessidade de o cliente se deslocar até o cartório, que já recebe os dados automaticamente no seu sistema”, diz o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, em entrevista. “No melhor dos casos, quando a documentação está em ordem, podemos chegar a fazer o processo em só três dias”, complementa.

Transformação

O executivo espera uma transformação do mercado imobiliário com o aumento da agilidade, uma vez que haverá um ganho de liquidez para construtora, corretor, cartório e o próprio mutuário. “É um benefício para todos porque o dinheiro chega mais rápido”, enfatiza Gamba.

No caso dos bancos, ele estima que haverá um incentivo para que as instituições se aproximem dos pontos de vendas dos imóveis. “Poderemos trabalhar quase que simultaneamente na operação comercial”, projeta o executivo.

A opinião é compartilhada pelo presidente do Registro de Imóveis do Brasil (RIB) e diretor Institucional da Associação de Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), Flaviano Galhardo. “Isso vai favorecer muito o ambiente de negócios como um todo e facilitar a circulação da riqueza”, diz.

Segundo o Santander, serviço para concessão de financiamento imobiliário por meio de biometria facial é pioneiro no País Foto: Pilar Olivares/Reuters

Do total de 3,6 mil cartórios para registros de imóveis no País, cerca de metade já está capacitada para trabalhar com contratos digitais de compra, venda e financiamento de imóveis, estima Galhardo. “Em tese, esse registro está nos quatro cantos do Brasil, mas algumas localidades têm dificuldades de acesso à internet e até à energia elétrica. E cerca de 70% são pequenos e médios, não têm todo o aparato e o treinamento”, relata.

Apesar das dificuldades, Galhardo diz que houve um avanço significativo na digitalização do registro de imóveis nos últimos três anos, com uma diminuição sensível do tempo necessário para concluir o processo. Segundo ele, os grandes saltos vieram com a lei 13.874/2019, validando o uso de documentos digitalizados em transações comerciais, e com a lei 14.063/2020, que definiu as regras para o uso de assinaturas eletrônicas. Ambas contribuíram para que bancos e cartórios implementassem sistemas integrados, destaca. “Cada vez mais estamos vendo uma troca de fluxos de documentos eletrônicos em linha reta, sem intermediários, nem burocracias”, afirma.

Não há uma pesquisa que monitore o tempo médio de conclusão da tomada e registro de financiamentos no Brasil, mas a estimativa é que isso gire em torno dos 25 dias, segundo Galhardo, com quase todos os bancos trabalhando já com processos 100% digitais.

Passo a passo

Para tomar o financiamento “express” no Santander, o cliente preenche formulários e envia documentos necessários para a análise do crédito. Depois, é feita a padronização dos pareceres, ou seja, verifica-se a falta ou não de outros documentos ou informações específicas do mutuário.

Com todas as informações capturadas, é possível verificar se a matrícula do imóvel está registrada nos cartórios parceiros e o cliente pode optar por assinar o contrato digitalmente. Então o banco envia um push pelo aplicativo Santander (para correntistas) ou Assina Santander (para não correntistas) em que será capturada a biometria facial.

Com isso, o sistema gera o contrato eletrônico e, por meio de um arquivo XML com os dados do contrato, dispara para o cartório, como uma declaração de que foi feita a formalização entre as partes.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.