Saúde financeira dos brasileiros piora no início de 2022, segundo Febraban


Aumento de despesas e orçamento menor são alguns dos fatores que mais impactam a saúde financeira da população

Por Jessica Brasil Skroch

Pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com apoio técnico do Banco Central (BC), aponta uma redução de 57,2 pontos no final de 2020 para 56 pontos no início de 2022, uma queda de 1,2 ponto percentual na saúde financeira da população. Os resultados foram divulgados na última segunda-feira, 7. O índice é baseado em um questionário que permite calcular uma pontuação que vai de 0 a 100, de “ruim” a “ótima”. O resultado caiu de uma média “ok”, com um equilíbrio financeiro no limite, para uma média “baixa”, em que há os primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrar em alto estresse financeiro.

De acordo dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, tem crescido a preferência dos clientes por transferências eletrônicas - DOC e TED. Foto: Divulgação

A pesquisa, em sua segunda rodada, foi realizada entre janeiro e março de 2022 e considerou uma amostra de 4.796 pessoas, das 5 regiões do país, com idade superior a 18 anos e com contas em bancos.

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Orçamento menor e aumento de despesas pesaram na queda do índice, com 34,2% dos participantes afirmando que o orçamento está mais curto e gastam mais do que ganham, um aumento de 5,1 pontos porcentuais em relação a 2020. Para a maioria da população, 48,6%, existe algum nível de aperto financeiro (aumento de 1,8 ponto percentual em relação a 2020).

Houve, ainda, uma diminuição de 3,9 pontos percentuais na parcela da população que diz sobrar dinheiro no fim do mês com alguma regularidade, o que ocorre para 31% dos respondentes.

A piora na saúde financeira também é percebida pelo aumento dos serviços de crédito. Em 2020, 60% dos respondentes usavam esses produtos sem finalidade específica. Em 2022, esse indicador aumentou para 62,5%.

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Mais pessoas nas piores faixas de saúde financeira

Nesta segunda rodada da pesquisa, as faixas com maior bem-estar financeiro, “ótima” e “muito boa”, encolheram, assim como as faixas centrais, “boa” e “ok”. Os dados mostram que as pessoas “desceram” de faixa entre a primeira e a segunda medição do I-SFB, o que revela uma “saúde financeira sob pressão”, aponta a Febraban.

A maior concentração de pessoas está nas faixas “baixo” (16,6%) e “muito baixo” (23,2%). Apenas 6,8% da população tem uma vida financeira sem estresse, com finanças que proporcionam segurança e liberdade financeira. De acordo com a pesquisa, houve uma pressão generalizada, e não sobre regiões e grupos específicos.

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Entre os motivos para esse movimento, a pesquisa aponta os desafios crescentes durante a pandemia, o fim do auxílio emergencial, altas globais da inflação e recuperação desigual da economia.

Insegurança em relação ao futuro

O brasileiro continua inseguro em relação ao seu futuro financeiro, mostra a pesquisa. Questionado sobre as preocupações com as despesas e compromissos financeiros, 56,4% dos entrevistados afirmaram que as finanças são motivo de estresse na família, e 66,6% responderam que a maneira como cuidam das finanças não os permite aproveitar a vida.

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Quando questionados “há quanto tempo as preocupações com as despesas e compromissos financeiros são motivo de estresse”, 71% afirmaram que essa situação perdura há mais de 1 ano. Em 2020, o indicador estava em 53%.

Pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com apoio técnico do Banco Central (BC), aponta uma redução de 57,2 pontos no final de 2020 para 56 pontos no início de 2022, uma queda de 1,2 ponto percentual na saúde financeira da população. Os resultados foram divulgados na última segunda-feira, 7. O índice é baseado em um questionário que permite calcular uma pontuação que vai de 0 a 100, de “ruim” a “ótima”. O resultado caiu de uma média “ok”, com um equilíbrio financeiro no limite, para uma média “baixa”, em que há os primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrar em alto estresse financeiro.

De acordo dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, tem crescido a preferência dos clientes por transferências eletrônicas - DOC e TED. Foto: Divulgação

A pesquisa, em sua segunda rodada, foi realizada entre janeiro e março de 2022 e considerou uma amostra de 4.796 pessoas, das 5 regiões do país, com idade superior a 18 anos e com contas em bancos.

Orçamento menor e aumento de despesas pesaram na queda do índice, com 34,2% dos participantes afirmando que o orçamento está mais curto e gastam mais do que ganham, um aumento de 5,1 pontos porcentuais em relação a 2020. Para a maioria da população, 48,6%, existe algum nível de aperto financeiro (aumento de 1,8 ponto percentual em relação a 2020).

Houve, ainda, uma diminuição de 3,9 pontos percentuais na parcela da população que diz sobrar dinheiro no fim do mês com alguma regularidade, o que ocorre para 31% dos respondentes.

A piora na saúde financeira também é percebida pelo aumento dos serviços de crédito. Em 2020, 60% dos respondentes usavam esses produtos sem finalidade específica. Em 2022, esse indicador aumentou para 62,5%.

Mais pessoas nas piores faixas de saúde financeira

Nesta segunda rodada da pesquisa, as faixas com maior bem-estar financeiro, “ótima” e “muito boa”, encolheram, assim como as faixas centrais, “boa” e “ok”. Os dados mostram que as pessoas “desceram” de faixa entre a primeira e a segunda medição do I-SFB, o que revela uma “saúde financeira sob pressão”, aponta a Febraban.

A maior concentração de pessoas está nas faixas “baixo” (16,6%) e “muito baixo” (23,2%). Apenas 6,8% da população tem uma vida financeira sem estresse, com finanças que proporcionam segurança e liberdade financeira. De acordo com a pesquisa, houve uma pressão generalizada, e não sobre regiões e grupos específicos.

Entre os motivos para esse movimento, a pesquisa aponta os desafios crescentes durante a pandemia, o fim do auxílio emergencial, altas globais da inflação e recuperação desigual da economia.

Insegurança em relação ao futuro

O brasileiro continua inseguro em relação ao seu futuro financeiro, mostra a pesquisa. Questionado sobre as preocupações com as despesas e compromissos financeiros, 56,4% dos entrevistados afirmaram que as finanças são motivo de estresse na família, e 66,6% responderam que a maneira como cuidam das finanças não os permite aproveitar a vida.

Quando questionados “há quanto tempo as preocupações com as despesas e compromissos financeiros são motivo de estresse”, 71% afirmaram que essa situação perdura há mais de 1 ano. Em 2020, o indicador estava em 53%.

Pesquisa que mede o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com apoio técnico do Banco Central (BC), aponta uma redução de 57,2 pontos no final de 2020 para 56 pontos no início de 2022, uma queda de 1,2 ponto percentual na saúde financeira da população. Os resultados foram divulgados na última segunda-feira, 7. O índice é baseado em um questionário que permite calcular uma pontuação que vai de 0 a 100, de “ruim” a “ótima”. O resultado caiu de uma média “ok”, com um equilíbrio financeiro no limite, para uma média “baixa”, em que há os primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrar em alto estresse financeiro.

De acordo dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, tem crescido a preferência dos clientes por transferências eletrônicas - DOC e TED. Foto: Divulgação

A pesquisa, em sua segunda rodada, foi realizada entre janeiro e março de 2022 e considerou uma amostra de 4.796 pessoas, das 5 regiões do país, com idade superior a 18 anos e com contas em bancos.

Orçamento menor e aumento de despesas pesaram na queda do índice, com 34,2% dos participantes afirmando que o orçamento está mais curto e gastam mais do que ganham, um aumento de 5,1 pontos porcentuais em relação a 2020. Para a maioria da população, 48,6%, existe algum nível de aperto financeiro (aumento de 1,8 ponto percentual em relação a 2020).

Houve, ainda, uma diminuição de 3,9 pontos percentuais na parcela da população que diz sobrar dinheiro no fim do mês com alguma regularidade, o que ocorre para 31% dos respondentes.

A piora na saúde financeira também é percebida pelo aumento dos serviços de crédito. Em 2020, 60% dos respondentes usavam esses produtos sem finalidade específica. Em 2022, esse indicador aumentou para 62,5%.

Mais pessoas nas piores faixas de saúde financeira

Nesta segunda rodada da pesquisa, as faixas com maior bem-estar financeiro, “ótima” e “muito boa”, encolheram, assim como as faixas centrais, “boa” e “ok”. Os dados mostram que as pessoas “desceram” de faixa entre a primeira e a segunda medição do I-SFB, o que revela uma “saúde financeira sob pressão”, aponta a Febraban.

A maior concentração de pessoas está nas faixas “baixo” (16,6%) e “muito baixo” (23,2%). Apenas 6,8% da população tem uma vida financeira sem estresse, com finanças que proporcionam segurança e liberdade financeira. De acordo com a pesquisa, houve uma pressão generalizada, e não sobre regiões e grupos específicos.

Entre os motivos para esse movimento, a pesquisa aponta os desafios crescentes durante a pandemia, o fim do auxílio emergencial, altas globais da inflação e recuperação desigual da economia.

Insegurança em relação ao futuro

O brasileiro continua inseguro em relação ao seu futuro financeiro, mostra a pesquisa. Questionado sobre as preocupações com as despesas e compromissos financeiros, 56,4% dos entrevistados afirmaram que as finanças são motivo de estresse na família, e 66,6% responderam que a maneira como cuidam das finanças não os permite aproveitar a vida.

Quando questionados “há quanto tempo as preocupações com as despesas e compromissos financeiros são motivo de estresse”, 71% afirmaram que essa situação perdura há mais de 1 ano. Em 2020, o indicador estava em 53%.

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