‘Com Selic a 10%, teríamos quase um Bolsa Família por ano economizado’, diz secretário do Tesouro


Rogério Ceron relembra que, se política fiscal ancora as expectativas para inflação e juros, a política monetária também pode levar a gastos maiores

Por Fernanda Trisotto e Eduardo Rodrigues

BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estimou que uma redução de 3,75 pontos porcentuais na taxa básica de juros do País economizaria o equivalente a um programa Bolsa Família por ano com o pagamento de juros da dívida.

“Cada ponto porcentual da Selic custa dezenas de milhões de reais para a dívida pública. Para ter uma comparação, e não estou dizendo que é esse valor, mas se a Selic estivesse em 10% ao ano, teríamos quase um Bolsa Família por ano economizado em juros que estão sendo pagos, é muito relevante”, disse nesta sexta-feira, 23, durante live promovida pela revista Exame ao comentar o impacto da política monetária sobre a dívida pública.

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Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Orçamento do Bolsa Família para 2023 é de R$ 145 bilhões.

Apesar de falar sobre o impacto da política monetária, Ceron disse não se sentir no direito de comentar a condução feita pelo Banco Central. “Sou responsável pela política fiscal. Não me sinto no direito de comentar. Acho deselegante. Os ministros da Fazenda e Planejamento têm direito e legitimidade, estão no Conselho Monetário Nacional. Eu não. Assim como não gostaria que a autoridade monetária desse dicas de como conduzir a política fiscal”, disse.

Banco Central decidiu manter taxa Selic em 13,75% ao ano na última reunião do Copom Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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Ceron destacou que a política monetária tem relação simbiótica com a política fiscal: se é o fiscal que ancora as expectativas e faz a política monetária ser menos restritiva, os períodos de mais aperto monetário tem alto impacto sobre a dívida pública que está atrelada a esses juros. Esse cenário não se aplica aos juros de longo prazo, no entanto.

As taxas de juros de longo prazo dependem de questões estruturais que vêm melhorando, observou Ceron. “Tivemos um fechamento importante de 1 ponto porcentual na curva de juros, que já significa R$ 80 bilhões a menos de juros por ano”, disse.

O secretário atribuiu a melhora na parte longa da curva à credibilidade da equipe econômica junto ao mercado e sociedade e citou como exemplo a mudança na perspectiva de rating para o Brasil da S&P Global.

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Ceron reiterou que o intuito do time econômico é recuperar o grau de investimento e atrair de volta os não-residentes. Ele destacou que já há um apetite muito grande de estrangeiros pelo Brasil e que, neste contexto, a agenda ambiental importa muito. Ele ainda disse que o desempenho da Bolsa tem reagido bem à entrada de estrangeiros.

BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estimou que uma redução de 3,75 pontos porcentuais na taxa básica de juros do País economizaria o equivalente a um programa Bolsa Família por ano com o pagamento de juros da dívida.

“Cada ponto porcentual da Selic custa dezenas de milhões de reais para a dívida pública. Para ter uma comparação, e não estou dizendo que é esse valor, mas se a Selic estivesse em 10% ao ano, teríamos quase um Bolsa Família por ano economizado em juros que estão sendo pagos, é muito relevante”, disse nesta sexta-feira, 23, durante live promovida pela revista Exame ao comentar o impacto da política monetária sobre a dívida pública.

Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Orçamento do Bolsa Família para 2023 é de R$ 145 bilhões.

Apesar de falar sobre o impacto da política monetária, Ceron disse não se sentir no direito de comentar a condução feita pelo Banco Central. “Sou responsável pela política fiscal. Não me sinto no direito de comentar. Acho deselegante. Os ministros da Fazenda e Planejamento têm direito e legitimidade, estão no Conselho Monetário Nacional. Eu não. Assim como não gostaria que a autoridade monetária desse dicas de como conduzir a política fiscal”, disse.

Banco Central decidiu manter taxa Selic em 13,75% ao ano na última reunião do Copom Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Ceron destacou que a política monetária tem relação simbiótica com a política fiscal: se é o fiscal que ancora as expectativas e faz a política monetária ser menos restritiva, os períodos de mais aperto monetário tem alto impacto sobre a dívida pública que está atrelada a esses juros. Esse cenário não se aplica aos juros de longo prazo, no entanto.

As taxas de juros de longo prazo dependem de questões estruturais que vêm melhorando, observou Ceron. “Tivemos um fechamento importante de 1 ponto porcentual na curva de juros, que já significa R$ 80 bilhões a menos de juros por ano”, disse.

O secretário atribuiu a melhora na parte longa da curva à credibilidade da equipe econômica junto ao mercado e sociedade e citou como exemplo a mudança na perspectiva de rating para o Brasil da S&P Global.

Ceron reiterou que o intuito do time econômico é recuperar o grau de investimento e atrair de volta os não-residentes. Ele destacou que já há um apetite muito grande de estrangeiros pelo Brasil e que, neste contexto, a agenda ambiental importa muito. Ele ainda disse que o desempenho da Bolsa tem reagido bem à entrada de estrangeiros.

BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, estimou que uma redução de 3,75 pontos porcentuais na taxa básica de juros do País economizaria o equivalente a um programa Bolsa Família por ano com o pagamento de juros da dívida.

“Cada ponto porcentual da Selic custa dezenas de milhões de reais para a dívida pública. Para ter uma comparação, e não estou dizendo que é esse valor, mas se a Selic estivesse em 10% ao ano, teríamos quase um Bolsa Família por ano economizado em juros que estão sendo pagos, é muito relevante”, disse nesta sexta-feira, 23, durante live promovida pela revista Exame ao comentar o impacto da política monetária sobre a dívida pública.

Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Orçamento do Bolsa Família para 2023 é de R$ 145 bilhões.

Apesar de falar sobre o impacto da política monetária, Ceron disse não se sentir no direito de comentar a condução feita pelo Banco Central. “Sou responsável pela política fiscal. Não me sinto no direito de comentar. Acho deselegante. Os ministros da Fazenda e Planejamento têm direito e legitimidade, estão no Conselho Monetário Nacional. Eu não. Assim como não gostaria que a autoridade monetária desse dicas de como conduzir a política fiscal”, disse.

Banco Central decidiu manter taxa Selic em 13,75% ao ano na última reunião do Copom Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Ceron destacou que a política monetária tem relação simbiótica com a política fiscal: se é o fiscal que ancora as expectativas e faz a política monetária ser menos restritiva, os períodos de mais aperto monetário tem alto impacto sobre a dívida pública que está atrelada a esses juros. Esse cenário não se aplica aos juros de longo prazo, no entanto.

As taxas de juros de longo prazo dependem de questões estruturais que vêm melhorando, observou Ceron. “Tivemos um fechamento importante de 1 ponto porcentual na curva de juros, que já significa R$ 80 bilhões a menos de juros por ano”, disse.

O secretário atribuiu a melhora na parte longa da curva à credibilidade da equipe econômica junto ao mercado e sociedade e citou como exemplo a mudança na perspectiva de rating para o Brasil da S&P Global.

Ceron reiterou que o intuito do time econômico é recuperar o grau de investimento e atrair de volta os não-residentes. Ele destacou que já há um apetite muito grande de estrangeiros pelo Brasil e que, neste contexto, a agenda ambiental importa muito. Ele ainda disse que o desempenho da Bolsa tem reagido bem à entrada de estrangeiros.

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